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terça-feira, 9 de junho de 2009

Diabetes – A melhor saída ainda é prevenir e cuidar













Doença grave, o diabetes é um problema sério de saúde pública, não só pelo número crescente de indivíduos que atinge, mas também pelos custos elevados envolvidos no controle e prevenção de suas complicações. A cada ano que passa, o diabetes incapacita e causa a morte de mais pessoas principalmente entre as mulheres, que são as mais afetadas.

Estima-se que até o ano 2025 teremos 300 milhões de pessoas com a doença em todo o mundo. O número é resultado de aumento da longevidade dos indivíduos, a partir da segunda metade do século XX, crescimento do consumo de gordura saturada, sedentarismo e, principalmente, por conta da obesidade.

Diabetes Mellitus, nome científico do mal, é uma doença crônica degenerativa, que envolve um grupo de alterações metabólicas, com causas diversas. É caracterizada por hiperglicemia (aumento da glicose no sangue), ocasionada por uma deficiente produção de insulina( hormônio produzido pelo pâncreas) ou resistência insulinica (produção hormonal é normal ou elevada , mais a ação do hormonio não é eficaz).

O diabetes se divide em duas classificações: tipo 1 e 2. O do tipo 1 pode ser de natureza auto-imune ou idiopático (causa desconhecida) e ocorre por destruição da célula que produz a insulina no pâncreas, levando a uma deficiência absoluta desse hormônio. Ou seja, o organismo não produz insulina. Ele ocorre entre 10% a 20% dos casos, sendo predominante em crianças e adolescentes (cerca de 80% dos casos surgem antes dos 18 anos). Uma característica desse tipo de diabetes é que, normalmente, os pacientes são magros ou estão dentro do peso ideal.

Já o tipo 2 do diabetes é caracterizado pela produção de insulina pelo pâncreas, porém há incapacidade do organismo em absorver o hormônio regulador da glicose. É responsável por 80 a 90% dos casos de diabetes e surge habitualmente após os 40 anos. Cerca de 80% dos portadores deste tipo de diabetes são obesos. Ultimamente, presenciamos um aumento dramático desta doença em crianças e adolescentes, o que parece estar relacionado com a taxa de obesidade nesse grupo etário. Há diversos fatores de risco para o diabetes tipo 2. Entre eles: histórico familiar, hipertensão arterial e taxas de HDL e triglicerídeos fora dos padrões.

No caso do diabetes tipo 1, não há prevenção específica. A atenção tem que estar voltada aos sintomase, que são a taxa de HDL baixo e triglicerídeos elevados, para que não se tenha um início tardio no tratamento, o que poderia comprometer seriamente a vida do paciente. Os sintomas são: muita fome, sede e aumento do volume de urina, ou seja, o paciente passa a ir muitas vezes ao banheiro, associados à perda de peso.

Em diabetes tipo 2, o ideal é o acompanhamento regular das taxas de glicose no sangue, por meio de exames indicados pelo médico, quando o paciente tem histórico familiar e já se encontra acima do peso, ou sofrendo de obesidade. Isto porque o tipo 2 tende a ser pouco sintomático, ou assintomático e associado a ganho de peso.

Levar uma vida saudável, com boa alimentação, prática regular de atividades físicas é a receita ideal para a prevenção de qualquer doença. Principalmente quem sofre de diabetes tem que ter a consciência de que está diante de uma doença extremamente séria e que implica em uma rotina regrada, aliada ao tratamento indicado pelo médico.

Por Dra. Vera Cuoco
Endocrinologista da Rede D'Or

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