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terça-feira, 29 de setembro de 2015

O que você fez pelo seu coração hoje?

A data 29 de setembro marca o Dia Mundial do Coração. Diariamente, nossas escolhas e atitudes podem contribuir para a saúde desse tão importante órgão.  Cuidados com a alimentação, prática de exercícios físicos, evitar o tabagismo e bebidas alcoólicas são algumas delas. “Muitas pessoas pensam que é difícil manter o coração saudável, mas não é. A maioria dos fatores de risco é mutável e outros podem ser controlados”, diz Carlos Melo, cardiologista do Hospital Esperança Recife.



Só no Brasil, por ano, as doenças cardiovasculares afetam 17,1 milhões de pessoas e matam mais de 300 mil. Elas representam a principal causa de mortes no país. Os dados são da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Os principais fatores de risco são hipertensão, colesterol, diabetes, sedentarismo, alimentação inadequada, obesidade e tabagismo. Esses, conforme salientou a cardiologista, podem ser modificados ou controlados. A eles, somam-se hereditariedade, idade e gênero. A partir dos 45 anos, aumentam as possibilidades de apresentar alguma doença cardiovascular. Além disso, os homens são mais suscetíveis que as mulheres, embora a incidência entre elas venha aumentando ao longo dos anos, atribuída – sobretudo – a uma rotina cada vez mais intensa.

A saúde do coração está aliada à prevenção. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% dos casos de ataques cardíacos e infartos prematuros podem ser evitados se ações preventivas forem adotadas. Além de seguir as orientações sobre alimentação e atividade física, é importante a consulta regular e a realização de exames de rotina, para medir os níveis de colesterol e glicose, por exemplo. Se o paciente tem histórico familiar de infarto ou morte súbita e apresenta sintomas como dores no peito, falta de ar e palpitações, os cuidados precisam ser intensificados. “Todavia, as doenças cardiovasculares podem ser silenciosas. Por isso, é tão importante o acompanhamento médico”, salienta Dr Carlos Melo.

A prevenção começa na infância – É muito importante incentivar as crianças a terem uma vida saudável. Os índices de obesidade são cada vez mais elevados entre os pequenos. Nessa fase da vida, o exemplo é o melhor ensinamento. Procure fazer refeições leves com seus filhos, evitando fast-food e outros alimentos industrializados, que são ricos em sódio, gordura e açúcar. A prática de exercícios físicos também é fundamental. Natação, futebol, ciclismo e outras atividades ao ar livre são ótimas opções para despertar a atenção das crianças e o interesse em movimentar o corpo.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Hidrocefalia não é uma doença exclusiva da terceira idade



Você já ouviu falar em hidrocefalia? Este problema é ocasionado por um distúrbio na circulação do líquido cerebral gerando o acúmulo de água no crânio. As causas desta doença podem ser congênitas (quando a criança já nasce com o problema) ou adquiridas.

O Dr. Renato Campos, neurocirurgião do Hospital Santa Luzia, em Brasília, esclarece que este problema também pode ser desencadeado por algum tipo de obstrução no cérebro. “Muitas vezes, tumores, infecções, sangramentos devido a aneurismas podem causar alterações no fluxo do líquido presente nesta região, levando à hidrocefalia”, explica. “Porém, também existem as causas não-obstrutivas da patologia, que podem ser congênitas ou desencadeadas por impactos na região da cabeça causados por acidentes, por exemplo”, acrescenta.

O especialista acrescenta que a doença não é exclusiva dos idosos e pode, sim, se desenvolver em outras fases da vida. “Por isso, é importante ficar atento aos sintomas deste problema. Eles podem se manifestar por meio de simples dores de cabeça, a vômitos, febres, alteração do nível de consciência e até convulsões. Na terceira idade, sinais como dificuldades de locomoção, incontinência urinária e alterações na memória também podem indicar alterações neurológicas”, observa.

Nas crianças os sintomas de hidrocefalia podem se apresentar de uma forma diferente. “Nesta fase da vida, o crânio ainda não está totalmente “fechado”, o que facilita o maior acúmulo líquido cerebral nesta região desencadeando o aumento do tamanho da cabeça”, destaca o neurocirurgião.

Quanto à prevenção, Dr. Renato Campos alerta especialmente as mães. “Muitas vezes, as formas congênitas desta doença estão ligadas às baixas taxas de ácido fólico presentes no organismo das grávidas. Por isso, é importante verificar os níveis desta substância e fazer a reposição necessária antes mesmo de engravidar, este cuidado deve ser redobrado em mulheres que fazem uso de alguns tipos de medicamentos”, conclui o Dr. Renato Campos.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Os vilões da vez


A última edição da revista Indicas publicou uma matéria sobre o Glúten e Lactose, considerados - pela publicação - como os vilões da vez. A nutricionista do Hospital São Luiz - Morumbi, Camila Giacomini, falou sobre a retirada destes componentes. A especialista aponta a inconsequência desta atitude e que o ideal é a atenção ao consumo excessivo de leite integral, que apresenta um alto teor de gordura, contribuindo para o ganho de peso e aumento na taxa de colesterol. Confira a matéria completa abaixo:







terça-feira, 15 de setembro de 2015

Varizes são um problema para 20 milhões de brasileiros


As varizes são um problema sério que, só no Brasil, atinge mais de 20 milhões de pessoas, sendo a maioria mulheres. A população feminina é mais atingida por essa doença por causa dos hormônios, principalmente a progesterona que favorece a dilatação das veias. No entanto, o principal fator de risco para se ter varizes é a presença desta doença na família: a hereditariedade.





Outros fatores que também contribuem para o aparecimento das varizes ou para agravar as que já existem são: idade, sexo, história familiar, obesidade, traumatismo nas pernas, temperatura, tabagismo, gravidez, sedentarismo e pílula anticoncepcional.

Atividades que demandam muito tempo em pé, sentadas ou agachadas com as pernas dobradas ou pendentes são desfavoráveis ao retorno venoso. Se não for possível evitar essas posições é recomendável fazer exercícios repetidos com o dorso-flexão dos pés. Os movimentos facilitam a mobilização da musculatura da panturrilha evitando o aparecimento do problema.

E as mulheres que adoram usar um salto fino devem evitar fazer o uso prolongado desse tipo de calçado. O salto fino reduz a área de apoio do calcanhar, obrigando que a pessoa efetivamente se equilibre. Isto pode levar a deformidades nos pés. O ideal é que haja um pequeno salto de até 4 cm na parte posterior, com uma base larga, o que apoia melhor o pé e permite uma distribuição equilibrada de peso com condições adequadas ao impulso necessário para a marcha.

A partir dos 30 anos é comum aparecer varizes que podem ir piorando com o passar dos anos. No entanto, os mais jovens podem ter microvarizes (ou aranhas vasculares, também chamadas de vasos). Como já falamos, as mulheres são mais propensas do que os homens devido aos fatores hormonais da gestação, menstruação e menopausa, além das terapias de reposição hormonal e anticoncepcionais, segundo alguns pesquisadores.

A gravidez aumenta a quantidade de sangue circulante e assim o trabalho das veias é mais solicitado. Aumenta também, nesse período, a quantidade de progesterona, hormônio que dilata as veias. O aumento do útero também tem influência já que vai comprimindo as veias do abdômen e da região pélvica, colocando um obstáculo para a subida do sangue das pernas para o coração. As varizes que aparecem durante a primeira gravidez frequentemente desaparecem após o parto. Já aquelas que surgem a partir da segunda gestação costumam permanecer após o nascimento do bebê.

O sobrepeso, provocado pela obesidade, aumenta a pressão sobre as veias e dificulta o retorno venoso. E outro fator que contribui é o sedentarismo. Movimentar as pernas é muito importante para bombear o sangue das veias. Ficar muito tempo sentado ou em pé, parado é ruim para as pernas. Os exercícios e o combate ao sedentarismo são muito importantes para a circulação corporal.

Já as altas temperaturas podem dilatar as veias, principalmente por tempo prolongado. Portanto deve se ter cuidado com a exposição excessiva ao calor do sol, da sauna e de fornos. A incidência de varizes é um pouco menor nos países mais frios.

Por fim o tabagismo. O uso do cigarro é responsável por diversas doenças, porque as substâncias contidas no cigarro agridem o organismo e também as paredes das veias.
O melhor a fazer para evitar as varizes é se movimentar, ter uma alimentação saudável e a qualquer sinal de veias dilatadas procurar um especialista.

Por: Dr. Ricardo Brizzi , angiologista e cirurgião vascular. Membro da Sociedade de Cirurgia Vascular do Rio de Janeiro. Responsável pelo setor de cirurgia vascular e endovascular do Hospital Badim, do Hospital Israelita e Hospital Norte D'Or.

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Automedicação pode agravar doenças e acarretar morte

Profissional alerta que cada pessoa possui um tratamento específico



Basta sentir algum tipo de dor que muitas pessoas recorrem aos remédios, ou melhor, aos paliativos que camuflam os sintomas das enfermidades. No entanto, esse gesto tão corriqueiro pode trazer mais malefícios que benefícios. Desde combinação inadequada - com um medicamento anulando o efeito de outro – até reações alérgicas e consequências mais graves como dependência e morte.

De acordo com a coordenadora da Assistência Farmacêutica do Hospital Esperança do Recife, Ana Alice Monteiro, cada paciente exige um atendimento específico e uma necessidade muito particular, por isso, o indicado é não se automedicar. “Cada paciente tem suas particularidades e um mesmo medicamento pode ser adequado para tratar um caso, mas não outro, a depender do histórico familiar e quadro clínico apresentado. Além disso, ainda há dosagens e períodos específicos para cada pessoa, que devem ser seguidos conforme prescrição médica” orienta.

Além disso, a ingestão inapropriada de medicamentos pode ainda agravar uma doença. Como por exemplo, o uso abusivo de antibióticos, que pode facilitar o aumento da resistência de micro-organismos. Atualmente, essa classe de medicamentos tem venda controlada mediante retenção de via da receita médica. “Bactérias multirresistentes são agravantes de diversas doenças, como a tuberculose, por exemplo”, salienta a profissional.

A profissional também alertou que a prática citada pode gerar graves consequências, como contração dos vasos sanguíneos, retenção de sódio, aumento da pressão arterial e lesões hepáticas e renais.

OMS - Conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente, 50% dos pacientes tomam medicamentos de forma incorreta. Com isso, também aumentam os casos de reações alérgicas com sintomas dos mais variados, desde prurido (coceira) e retenção de liquido até falta de ar e edema da glote. Já o Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), da Fundação Oswaldo Cruz, alerta para outro perigo: medicamentos são a principal causa de intoxicação no Brasil, ficando à frente de produtos de limpeza, agrotóxicos e alimentos estragados. A causa lidera o ranking desde 1994.