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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Meditação muda estrutura do cérebro, diz estudo


















Vários estudos relatam a eficácia da meditação. Áreas do cérebro responsáveis pela aprendizagem, memória, emoções e estresse são motivadas e potencializadas com a prática. Os benefícios são constatados logo nos primeiros meses de meditação e consolidam-se para as pessoas que praticam há muito tempo.

A matéria publicada no
Folha.com, mostra as pesquisas realizadas e uma análise feita por especialistas sobre as mudanças que ocorrem no cérebro.

Meditação muda estrutura do cérebro, diz estudo

MARIANA VERSOLATO
DE SÃO PAULO

De olhos fechados, em silêncio e, de preferência, sentados, os praticantes da meditação de atenção plena devem se concentrar em apenas uma coisa: a respiração.

A técnica é antiga, da tradição budista, mas começou a ser mais difundida depois de ter sido usada em um curso não religioso de redução de estresse, criado em 1979 por Jon Kabat-Zinn, professor da Escola Médica da Universidade de Massachussets.

Os benefícios da técnica, conhecida também como "mindfulness", já foram relatados em vários estudos.

A lista vai da melhora de sintomas de esclerose múltipla (como diz estudo publicado na "Neurology") à prevenção de novos episódios de depressão (demonstrada em artigo na "Archives of General Psychiatry").

Mas, agora, um estudo mostra, pela primeira vez, os efeitos provocados por essa meditação no cérebro.

A pesquisa, publicada hoje na "Psychiatry Research: Neuroimaging", foi feita pela Harvard Medical School, nos EUA, em conjunto com um instituto de neuroimagem da Alemanha e a Universidade de Massachussets.

E o mais importante: as mudanças ocorreram em apenas oito semanas de meditação em praticantes adultos iniciantes.

As conclusões foram feitas após comparações entre as ressonâncias magnéticas dos que praticaram a meditação e de um grupo-controle que não fez as aulas.

Outros estudos já haviam sugerido que a meditação causa mudanças no cérebro. Mas eles não excluíam a possibilidade de haver diferenças preexistentes entre os grupos de meditadores experientes e não meditadores.

Ou seja, não era possível afirmar se os efeitos eram causados pela prática.

MENOS ESTRESSE

Todos os 16 participantes da pesquisa, com idades de 25 a 55 anos, deveriam obedecer a um critério: não ter feito nenhuma aula de meditação "mindfulness" nos últimos seis meses ou mais de dez aulas em toda a vida.

Eles frequentaram oito encontros semanais, com duração de duas horas e meia.

Também foram instruídos a fazer 45 minutos de exercícios diários e a praticar os ensinamentos da meditação em atividades do dia a dia, como andar, comer e tomar banho.

Para avaliar as mudanças, todos os participantes e o grupo-controle fizeram ressonâncias magnéticas antes e depois do período de aulas.

Os exames iniciais não indicaram diferenças entre grupos, mas as ressonâncias feitas após o curso mostraram um aumento na concentração de massa cinzenta no hipocampo esquerdo naqueles que haviam meditado.

Análises do cérebro todo revelaram mais quatro aumentos de massa cinzenta: no córtex cingulado posterior, na junção temporo-parietal e mais dois no cerebelo.

BENEFÍCIOS

Britta Hölzel, pesquisadora da Harvard Medical School e uma das autoras do estudo, disse à Folha que isso pode significar uma melhora em regiões envolvidas com aprendizagem, memória, emoções e estresse.

O aumento da massa cinzenta no hipocampo é benéfico porque ali há uma maior concentração de neurônios, afirma Sonia Brucki, do departamento científico de neurologia cognitiva e do envelhecimento da Academia Brasileira de Neurologia.

"Antes, acreditava-se que a pessoa só perdia neurônios durante a vida. Agora, vemos que podem brotar em qualquer fase da vida, e determinadas atividades fazem a estrutura do cérebro mudar."

Isso significa que o cérebro adulto também é plástico, capaz de ser moldado.

No ano passado, um estudo dos mesmos pesquisadores já mostrava redução da massa cinzenta na amígdala cerebral, uma região relacionada à ansiedade e ao estresse, em pessoas que fizeram meditação por oito semanas.

Mas qualquer um que começar a meditar amanhã terá esses mesmos efeitos benéficos em algumas semanas?

"Provavelmente sim", diz a neurologista Sonia Brucki.

Ela ressalta, no entanto, que a idade média dos participantes da pesquisa é baixa e, por isso, não dá para afirmar com certeza que isso acontecerá com pessoas de todas as idades.

Agora, a pesquisadora Britta Hölzel quer entender como essas mudanças no cérebro estão relacionadas diretamente à melhora da vidas das pessoas.

"Essa é uma área nova, e pouco se sabe sobre o cérebro e os mecanismos psicológicos relacionados a ele. Mas os resultados até agora são animadores."

Confira a matéria no site Folha.com.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Câncer de mama em idosas aumenta 42% em São Paulo














O câncer de mama é um mal que atinge mulheres de qualquer idade, porém com maior incidência nas mulheres acima dos 60 anos. Diferentes fatores contribuem para o aparecimento da doença, entre eles estresse, angústia e tristeza. Em São Paulo, o número de idosas com câncer de mama aumentou 42% em um período de oito anos.

A matéria publicada no portal R7 analisa a questão da doença e a sua manifestação em mulheres de todas as idades, além de apresentar, em números, o aumento do número de casos no estado de São Paulo.

Câncer de mama em idosas aumenta 42% em São Paulo

Tumor em mulheres jovens representa cerca de 10% de novos casos

Diego Junqueira, do R7

O câncer de mama cresce no Brasil em mulheres de todas as idades, mas o avanço é mais rápido em mulheres acima dos 60 anos. Levantamento feito com base nos registros da Fundação Oncocentro de São Paulo, no período de 2000 a 2008, revela que o número de novos casos em idosas cresceu 41,8% no Estado.

A Fundação Oncocentro recebe dados de 76 hospitais do Estado, incluindo o Hospital das Clínicas de São Paulo e de Ribeirão Preto, Hospital A.C. Camargo, Hospital de Barretos, Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo), entre outros. O levantamento foi realizado pelo mastologista Marcos Desidério Ricci, da SBM (Sociedade Brasileira de Mastologia), que analisou os 44.709 novos casos diagnosticados pela fundação durante nove anos.

Do total de casos, 44.312 foram registrados em mulheres e 397 em homens. Segundo o levantamento, 2.110 mulheres com mais de 60 anos foram diagnosticadas com câncer de mama somente no ano 2008. Oito anos antes, o número de novos casos nessa faixa etária tinha sido de 1.487, o que indica um crescimento de 41,8% no período.

Entre as mulheres de 40 a 60 anos, o número de novos registros saltou de 2.042, no ano 2000, para 2.744 em 2008, um aumento de 34,3%. Apesar do crescimento menor (na comparação com as idosas), são as mulheres de 40 a 60 anos que mais recebem diagnóstico do câncer. O levantamento mostra que, em 2008, 51% dos casos foram registrados nessa faixa etária. Já as idosas representam 39,2% dos novos casos. O restante (9,8%) são os diagnósticos da doença em mulheres com menos de 40 anos.

A idade é um dos fatores de risco para o câncer de mama, de acordo com Ricci. Além disso, o avanço mais acelerado da doença entre as mulheres com mais de 60 anos também pode ser explicado pela maior expectativa de vida da população

- O câncer de mama é uma doença da velhice.

Além da idade, outros fatores também aumentam o risco da doença, como a menarca (primeira menstruação) mais cedo, a menopausa tardia, o sedentarismo, a obesidade, a ansiedade, o estresse, angústia, tristeza, depressão, o tabagismo, o consumo de álcool e a reposição hormonal. O componente genético é responsável por 10% dos casos, de acordo com a SBM.

Tumor em jovens representa 10% dos casos

O levantamento de Ricci mostra ainda que o número de novos casos em mulheres jovens (com menos de 40 anos) cresceu 12,6% em nove anos, passando de 468 diagnósticos, em 2000, para 527 em 2008.

Para o presidente da SBM, o mastologista Carlos Ruiz, a pesquisa é importante por mostrar que, apesar desse avanço, a porcentagem de casos em mulheres jovens se manteve estável durante o período. No ano 2000, o tumor nas mulheres com menos de 40 anos representava 11,7% de todos os casos, segundo o levantamento. Já em 2008, esse índice caiu para 9,8%.

Ruiz afirma que algumas mulheres com menos de 40 anos, de tão preocupadas com a doença, estão antecipando os exames de mamografia.

- Se a paciente não for do grupo de risco, ela não precisa fazer a mamografia antes dos 40. Está se criando um medo nas mulheres dessa faixa etária. Mas não é preciso gastar dinheiro com a população jovem, e sim com quem precisa.

Segundo Ricci, o fator de risco mais importante para a mulher jovem é o componente genético. Mulheres com histórico da doença na família, principalmente se o tumor for diagnosticado antes dos 40, devem antecipar a consulta com o mastologista.

O Inca (Instituto Nacional de Câncer) recomenda a mamografia de rastreamento (de prevenção) para as mulheres entre 50 e 69 anos, sendo apenas um exame a cada dois anos. Para as mulheres que têm casos de câncer de mama na família, a recomendação é realizar esse exame uma vez por ano a partir dos 35 anos.

Já a Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda o exame de rastreamento a partir dos 40 anos, uma vez por ano.

A mamografia é a radiografia da mama que permite a detecção precoce do câncer, por meio de um aparelho de raios-X apropriado, chamado mamógrafo. Nele, a mama é comprimida de forma a fornecer melhores imagens, inclusive milimétricas, que ampliam a capacidade de diagnóstico.

Confira a matéria do portal R7.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Aumenta o número de distúrbios alimentares na América Latina



















De acordo com uma série de dados apresentados no seminário “Sou bonita, livre de preocupações relacionadas com a comida e meu corpo”, realizado recentemente em Miami, EUA, nove entre cada dez pessoas que sofre com algum tipo de transtorno alimentar na América Latina são mulheres. Segundo os pesquisadores participantes do evento, a anorexia é o transtorno alimentar mais comum nos países da região e os casos aumentaram consideravelmente nos últimos anos, especialmente entre pessoas do sexo feminino.

Abaixo você analisa o conteúdo da reportagem, publicada pelo portal Estadão.com.

Aumenta o número de distúrbios alimentares na América Latina

Nove em dez pessoas com problema são mulheres, maioria anoréxica; evento nos EUA discute tema

MIAMI - Os casos de distúrbios alimentares na América Latina aumentaram na última década, revelaram especialistas que participam de um seminário sobre o tema em Miami (EUA).

Do evento "Sou bonita, livre de preocupações relacionadas com a comida e meu corpo", participaram 12 especialistas de Colômbia, Venezuela, El Salvador e Estados Unidos para trocar conhecimentos e apresentar testemunhos de pacientes com o objetivo de identificar novos e melhores tratamentos.

Atualmente, nove em cada dez pessoas que apresentam distúrbios alimentares na América Latina são mulheres. "O tema está tomando grandes níveis e, inclusive, supera os EUA", afirmou Claudia Pimentel, do Centro Oliver Pyatt.

Ela disse que a anorexia é o principal transtorno alimentar nos países da região. A maior recomendação dos especialistas é que os pais ajudem a identificar o problema de suas filhas o mais rápido possível.

Confira a matéria também através do site Estadão.com.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Pesquisa diz que tomar anticoncepcional não engorda



Conhecida como “vilã do peso”, a pílula anticoncepcional por via oral recentemente foi analisada em uma pesquisa publicada pelo periódico Human Reproduction. O diagnóstico foi elaborado com base em dez fêmeas de macacos que têm um sistema reprodutivo muito semelhante ao humano e concluiu que não existe nenhuma relação entre o uso de anticoncepcional e dados expressivos de ganho de peso. Ao contrário, a pesquisa apontou que algumas das fêmeas inclusive perderam alguns quilos durante o tratamento.

A análise, publicada pelo portal R7, concluiu que as mulheres costumam não se conformar com um fenômeno muito comum: o ganho normal de peso com o passar dos anos, culpando geralmente o único medicamento de uso contínuo que costumam ingerir ao longo de sua vida reprodutiva. O estudo é apenas mais um de muitos que já foram realizados acerca do tema, de modo que todos chegaram à conclusão de que o ganho de “alguns quilinhos” tem relação muito mais considerável com hábitos de vida cada vez menos saudáveis do que com o uso das famosas pílulas.

Pesquisa diz que tomar anticoncepcional não engorda

Fatores genéticos, ambientais e de estilo de vida podem ser a causa

Uma pesquisa publicada no periódico científico Human Reproduction mostra que não houve relação entre o uso da pílula anticoncepcional por via oral e o ganho de peso em um grupo pesquisado. A análise, feita com dez fêmeas de macacos rhesus, que têm um mecanismo reprodutivo bastante similar ao humano, não conseguiu registrar ganho de peso entre os animais pesquisados. Pelo contrário, as fêmeas em geral perderam peso durante o tratamento.

A pesquisa, publicada em dezembro, concluiu que o maior ganho de peso durante o uso da pílula ocorria entre fêmeas obesas. O estudo lembra que, em geral, os seres humanos adultos tendem a ganhar peso com o passar dos anos.

- Não é surpreendente que as mulheres geralmente culpem os contraceptivos orais pelo ganho de peso, já que eles podem ser a única medicação que as mulheres tomam consistentemente ao longo de sua vida reprodutiva. Apesar disso, a razão mais provável para o crescimento da gordura de mulheres em nossa população é uma combinação de fatores genéticos, ambientais e de estilo de vida, que não têm nada a ver com o uso de anticoncepcionais orais.

O estudo lembra que pesquisas anteriores realizadas em humanos não conseguiram determinar conclusivamente se as pílulas têm algum impacto no ganho de peso das mulheres, notando que em geral há poucas mulheres obesas nesses trabalhos - as macacas obesas foram as que perderam mais peso nesse último estudo.

- Porém, há vários estudos com humanos com conclusões similares às nossas, demonstrando de leve à moderada perda de peso com o uso da pílula. Ou pelo menos não há ganho de peso.

Acesse o portal R7 e confira o conteúdo da matéria.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Comer mais no café da manhã não ajuda a comer menos durante o dia


Ao contrário do que muitos imaginam, comer muito pela manhã não faz com que a pessoa consuma menos calorias nas demais refeições do dia. A reportagem foi publicada no site Estadão e mostra que a única diferença observada foi o benefício de não se fazer um lanche no meio da manhã quando o café da manhã já foi grande. No entanto, isso não foi suficiente para compensar as calorias a mais que já haviam sido ingeridas.

Comer mais no café da manhã não ajuda a comer menos durante o dia

"O café da manhã é a refeição mais importante do dia." Frases populares como essa imortalizaram a crença de que um café da manhã reforçado é importante para uma nutrição balanceada. Mas será que comer mais no café da manhã é mesmo melhor? Uma pesquisa publicada na revista Nutrition Journal ajuda a esclarecer o papel do desjejum na dieta balanceada.

Os pesquisadores avaliaram a dieta de 300 pessoas, que fizeram um diário de sua alimentação. No grupo havia aqueles que comiam muito no café da manhã, os que comiam pouco e os que não comiam nada.

Segundo os cientistas, os resultados da análise dos diários mostram que as pessoas comem a mesma quantidade no almoço e no jantar, independentemente do que comeram no desjejum. Sendo assim, um acréscimo de calorias no café de manhã apenas resulta em um acréscimo de calorias no total do dia, não ajudando na redução das refeições ao longo do dia.

A única diferença observada foi o benefício de não se fazer um lanche no meio da manhã quando o café da manhã já foi grande. No entanto, isso não foi suficiente para compensar as calorias a mais que já haviam sido ingeridas.

O grupo de cientistas responde com essa pesquisa a uma pesquisa anterior, que afirmava que um café da manhã reforçado reduzia a ingestão de calorias no dia, mostrando que esses dados podem ser enganosos. Isso por que a pesquisa anterior avaliou a proporção entre as calorias ingeridas no desjejum e nas demais refeições, notando uma aparente diminuição (quando na verdade, o acréscimo de calorias da primeira refeição do dia não estava gerando uma diminuição nas demais refeições). Em outras palavras, o café da manhã é proporcionalmente, mas não em absoluto, maior.

Confira a matéria no site do Estadão.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Tempo demais sentado eleva risco cardíaco














A vida sedentária proporcionada pelos eletrônicos leva cada vez mais indivíduos a desenvolver problemas de saúde dos mais variados. Recentemente, um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Queensland, na Austrália, comprovou que o hábito de ficar sentado o dia todo é um dos principais responsáveis pelo surgimento de problemas cardíacos.

Os resultados da pesquisa foram reproduzidos pelo portal Folha.com e, segundo a avaliação de quase 5.000 pessoas, as que se movimentavam mais tinham uma média de circunferência abdominal 4,1 centímetros menor do que as demais. O índice tem forte influência nos riscos de desenvolvimento de doenças vasculares, já que a gordura intra-abdominal está relacionada à probabilidade maior de desenvolver aterosclerose e aumento do colesterol.

Tempo demais sentado eleva risco cardíaco

JULIANA VINES SÃO PAULO

Levantar mais vezes, mesmo que seja para beber água ou mudar o canal da televisão, diminui o risco de desenvolver doenças cardíacas.

Dar descanso para a cadeira resulta em cintura mais fina; medida é indicador de doença cardíaca

A conclusão é de pesquisadores da Universidade de Queensland, Austrália, em estudo publicado hoje na versão on-line da revista "European Heart Journal".

Segundo a pesquisa, até quem é sedentário, mas faz várias pausas para levantar durante o dia, tem menor risco do que quem faz atividades físicas e fica longos períodos sentado.

A pesquisa acompanhou 4.757 pessoas com mais de 20 anos entre 2003 e 2006. Cada voluntário recebeu um aparelho que monitorou a atividade física durante sete dias.

Também foram medidos os níveis de quatro marcadores de risco de doença cardiovascular: a quantidade de uma proteína que sinaliza a formação de aterosclerose, os níveis de HDL (colesterol "bom"), triglicérides e a circunferência abdominal.

Quem se movimentou mais teve todos os índices melhores.

A diferença mais significativa foi na circunferência abdominal: os participantes que ficaram menos tempo sentados sem pausas tiveram, em média, 4,1 centímetros a menos de cintura do que as pessoas que ficaram paradas na mesma posição.

"Já se sabe que a atividade física moderada ou intensa reduz o risco cardiovascular. O surpreendente é que o estudo mostra que mesmo as pequenas quebras no sedentarismo já ajudam", diz Raffael Fraga, cardiologista do Incor (Instituto do Coração).

Segundo Fraga, uma das explicações é que mesmo as atividades físicas mais leves aumentam o gasto energético total diário e, consequentemente, ajudam a diminuir a circunferência abdominal.

A gordura intra-abdominal está relacionada à probabilidade maior de desenvolver aterosclerose e também ao aumento do colesterol.

"Qualquer redução na gordura abdominal já representa uma queda de risco. Quatro centímetros é uma diferença muito grande", diz o cardiologista Ricardo Pavanello, do HCor (Hospital do Coração).

O recomendado, segundo a Federação Internacional de Diabetes, é que mulheres tenham no máximo 80 cm de cintura e homens, 94 cm.

DOSES HOMEOPÁTICAS

Para o cardiologista Antonio Sergio Tebexreni, da Unifesp, a pesquisa mostra que qualquer atividade física é importante.

"É possível dividir os 30 minutos de exercícios em etapas. Se você se movimentar várias vezes durante o trabalho, já é válido."

Além de aumentar o gasto energético total, sair da cadeira e movimentar os músculos das pernas ativa a circulação sanguínea.

"Isso melhora a pressão arterial e ajuda no gasto calórico. Facilita o trabalho do coração, além de prevenir a formação de coágulos."

O cardiologista Nabil Ghorayeb, do HCor, discorda do estudo. Segundo ele, a atividade física só traz benefícios quando é realizada a longo prazo e frequentemente.

"Levantar poucas vezes não muda a vida de ninguém", diz o médico. Para ele, qualquer mudança de hábito para o sedentário faz diferença nas estatísticas, mas isso não quer dizer que o risco cardíaco vá ficar menor.

Confira a matéria na íntegra junto com um infográfico explicativo no portal Folha.com.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Nervosismo, insônia e sensação de paralisia são sintomas da fobia de médico



















Você sabia que existe fobia de médico e dentista? Muita gente sofre com esse mal, que exige tratamento psicológico e treinos de relaxamento.

Na matéria abaixo, disponível no portal Folha Online, pacientes contam como acabaram deixando de lado o tratamento de doenças aparentemente simples e curáveis até que elas se tornassem crônicas e tivesses seus sintomas aumentados. Tudo por um simples medo de ir ao consultório ou se submeter a exames. Os casos são tão comuns que alguns estabelecimentos estão oferecendo aos pacientes massagens terapêuticas, sedação e outros artifícios para estimular a ida às clínicas e hospitais sem tanto nervosismo.

Nervosismo, insônia e sensação de paralisia são sintomas da fobia de médico

MARIANA VERSOLATO
DE SÃO PAULO

A paulista Vera Rodrigues-Rath, 56, diz se sentir transtornada quando vai a uma consulta médica.

A ansiedade aumenta na noite anterior. Ela tem que tomar remédios para conseguir dormir. Depois, passa por um "suplício inenarrável" na sala de espera.

A pensionista, que mora em Donauwörth, na Alemanha, há dez anos, conta que sua pressão caiu em uma das últimas visitas à ginecologista e que chora no dentista.

Vera até se recusou a fazer uma cirurgia recomendada pela médica. "Eu disse que assumia qualquer risco, mas não me sujeitava à operação. E não fiz. Sofro, mas me sinto melhor longe dos médicos."

Esse tipo de fobia não é comum, segundo Mariangela Gentil Savoia, psicóloga do ambulatório de ansiedade do HC de São Paulo.

"É normal ficar ansioso ou nervoso, mas não a um ponto que impeça a pessoa de ir ao médico. Aí vira transtorno."

Vera conta que o medo começou quando era criança. Ela já foi submetida a oito cirurgias --a primeira foi para corrigir o lábio leporino.

O professor universitário Anselmo Alencar Colares, 63, também desenvolveu seu medo de médicos cedo.

"Meu primo, quando era criança, tomou uma injeção que afetou um nervo. Associei o problema ao médico."

Ele diz que sempre pensa na possibilidade do erro.

"A gente tem que se entregar quando está numa emergência, mas dá medo colocar a sua vida nas mãos de outra pessoa, especialmente quando você não sabe se o médico é bem preparado."

A perda do único filho, morto em 2010 aos 13 anos, de leucemia, contribuiu para que o medo relacionado à área de saúde aumentasse.

Segundo Vladimir Bernik, coordenador de psiquiatria do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, um dos motivos que leva alguém a evitar o consultório é o temor de descobrir uma doença grave.

É por isso que muitos só procuram um médico quando os sintomas já apareceram. Bernik afirma que a "fuga" do consultório pode levar a diagnósticos tardios, reduzindo as chances de cura.

Já no caso do medo de dentista, o receio está ligado aos procedimentos de antigamente, de acordo com Rodrigo Bueno de Moraes, cirurgião dentista, da Associação Brasileira de Odontologia.

Tanto que a odontofobia é mais comum entre os adultos de meia-idade.

Hoje há mais recursos para os que chegam tensos ao consultório, como sedação e até cadeiras massageadoras.

Alguns profissionais usam musicoterapia, hipnose e analgesia inalatória, com óxido nitroso e oxigênio, para tranquilizar.

A técnica laboratorial Valéria Ranieri, 49, conta que sente medo de dentista desde que se conhece por gente.

Como só marcava uma consulta em último caso, teve que arrancar dentes e fazer 16 canais.

Quando ficou grávida, desenvolveu o medo de médico. "Era um medo que me congelava. Não ia ao médico nem me cuidava."

Terapia e treinos de relaxamento podem ajudar quem tem a fobia, segundo a psicóloga Mariangela Savoia.

"Se for medo da doença, podemos trabalhar estratégias de enfrentamento."

Ironicamente, Valéria conseguiu um emprego num hospital. A coincidência a ajudou a vencer seu medo.

"No começo, ficava apavorada, mas foi terapêutico."

ESPANTA PACIENTE

Algumas especialidades geram mais tensão. O proctologista Gilberto Saute admite que a sua é uma das temidas.

"A região anal sempre foi um tabu. As pessoas deixam o problema avançar com medo do exame."

Foi para desmistificar o assunto que lançou o livro "Quem (Não) Tem Medo do Proctologista?", com informações sobre testes e diagnósticos, para que as pessoas não fujam do consultório.

Para Paulo Rodrigues, urologista do Hospital 9 de Julho, o medo do câncer também provoca esse temor. "Há familiares que me ligam antes da consulta e pedem para eu não usar a palavra câncer com o paciente."

Acesse o site da Folha Online e veja os depoimentos e formas de tratamento.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Chá verde protege mais a saúde do que se pensava















Há tempos que muitas mulheres viraram consumidoras assíduas de uma bebida com propriedades medicinais e que ajuda, inclusive, na estética corporal: o chá verde. E nesta semana pesquisadores da Universidade de Newcastle, na Austrália, comprovaram sua eficácia para o tratamento de outras malignidades, como Alzheimer e alguns tipos de câncer.

Confirma na matéria publicada pelo portal O Globo essas e outras funções do chá, que também ajuda a equilibrar as funções do metabolismo, facilita a eliminação de toxinas e ajuda em dietas de emagrecimento. Basta apenas que os pesquisadores cheguem à conclusão da quantidade ideal de consumo diário.

Chá verde protege mais a saúde do que se pensava

NOVA YORK - Beber chá verde com regularidade pode ajudar a proteger o cérebro de certos tipos de demência, entre elas o Alzheimer, afirmaram nesta quinta-feira cientistas da Universidade de Newcastle, na Austrália. O novo estudo, publicado pelo jornal científico 'Phytomedicine', mostra que a bebida também pode ser uma poderosa aliada contra certos tipos de câncer.

Na pesquisa liderada pelo cientista Ed Okello, os pesquisadores queriam descobrir como o chá verde protege a saúde humana. Diversos estudos apontam que este tipo de chá ajuda a equilibrar fuções do metabolismo, facilita a eliminação de toxinas e pode auxiliar nas dietas de emagrecimento.

Os pesquisadores descobriram que as propriedades do chá verde são potencializadas durante a digestão porque são quebradas em centenas de moléculas menores. Segundo Okello, nem todos os alimentos, mesmo os ricos em vitaminas e minerais, são bem aproveitados pelo sistema digestivo.

- Percebemos que, após a digestão, as substâncias benéficas do chá verde ficam ainda mais potentes contra o Alzheimer. Também descobrimos que as propriedades do chá têm ação anti-tumoral e poderá nos ajudar a descobrir novas formas de combater o câncer.

Duas substâncias têm um papel chave no desenvolvimento do Alzheimer, o peróxido de hidrogênio e uma proteína conhecida como beta-amilóide. Estudos feitos anteriormente já mostraram que os polifenóis, um poderoso antioxidante do chá verde, têm propriedades neuroprotetoras, impedindo que essas substâncias se fixem no cérebro.

- Temos que ter cuidado com as alegações de que certos alimentos, suplementos ou bebidas fazem bem à saúde. No processo de digestão, suas propriedades podem acabar não sendo aproveitadas. Como o chá verde, felizmente vimos o contrário acontecer.

Agora, os cientistas querem descobrir a quantidade ideal que deve ser consumida para as pessoas realmente perceberem um efeito protetor.

- O chá verde tem sido usado por séculos e pode ajudar a combater algumas doenças da modernidade. Mas é claro que um alimento isolado não vai fazer a diferença na saúde. O ideal é investir também na alimentação, nos exercícios e nos exames preventivos.

Acesse o site do jornal O Globo e visualize a reportagem na íntegra.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Câncer de mama aumenta entre mulheres mais jovens















Um levantamento recente do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo chegou a números que levaram os pesquisadores a concluir que o número de jovens com câncer de mama aumentou muito nos últimos três anos. Segundo o coordenador da pesquisa, 15% das mulheres que passaram pela instituição no período citado tinham menos de 45 anos e a mais jovem, apenas 19 anos.

Segundo os estudiosos existem dois fatores que podem ter motivado o aumento dos números: as mudanças de costumes femininos com o passar dos anos e o fato dos casos poderem ser diagnosticados mais precocemente, através de avanços da medicina.

Confira abaixo a reportagem completa ou acesse o portal R7.

Câncer de mama aumenta entre mulheres mais jovens

15% das pacientes atendidas em hospital especializado de SP têm menos de 45 anos

O Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo) levantou o perfil das mulheres que passaram pelo hospital para tratamento de câncer de mama. Entre as 2.573 pacientes atendidas nos quase três anos de funcionamento da instituição, 15% têm menos de 45 anos. A mais jovem tinha, na época em que recebeu o diagnóstico, apenas 19 anos.

O coordenador do Setor de Mastologia do Icesp, José Roberto Filassi, diz que esse levantamento será feito também para outros tipos de câncer. Mama foi o primeiro justamente porque a incidência está aumentando em mulheres em idade reprodutiva.

– Alguns defendem que há um aumento real, causado por mudanças de costumes. Outros dizem que os casos estão apenas sendo diagnosticados mais cedo. Os dois fatores pesam.

A grande preocupação é que a detecção da doença nas mulheres jovens é mais difícil. Primeiro porque elas não estão na idade em que exames são feitos rotineiramente e, mesmo quando a mamografia é realizada, a percepção do tumor é mais difícil.

Afonso Nazário, do Departamento de Ginecologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), diz que a "mulher jovem tem muito tecido glandular e pouca gordura".

– Isso dificulta a visualização dos sinais precoces do câncer.

Além disso, diz ele, o câncer de mama na mulher jovem costuma ser mais agressivo. Tem taxa de crescimento maior e mais risco de metástase. Mas, segundo Nazário, a incidência desse tipo de tumor cresce em todas as faixas etárias, não só em mulheres jovens.

Acesse esse e outros conteúdos relacionados ao tema através do portal R7.