Sobre o que você quer saber?







segunda-feira, 28 de junho de 2010

Realidade virtual auxilia tratamento da síndrome do pânico














Experiências virtuais estimulam a neuroplasticidade, capacidade que o cérebro tem de moldar e recuperar uma função perdida. A técnica tem sido usada em pacientes com síndrome do pânico e estresse pós-traumático.

Sabe aqueles momentos em que você quer sumir, ir para outro mundo? Agora, isso é possível. E serve para tratar labirintite, síndrome do pânico. E também para superar traumas e fobias.


“O bandido colocava a arma na minha cabeça, engatilhava e dizia que ia me matar. E disse que sabia que eu tinha um filho de dois meses”, lembra o bancário Renato.


O bancário participa de uma pesquisa inédita para tentar se livrar do medo que tomou conta de sua vida.


A costureira Maria está fazendo o mesmo tipo de tratamento. Mas para se livrar de outro problema: a tontura. Ela explica o tipo de tontura: “Foge tudo, você está andando e de repente dá aquele branco”, descreve a paciente Maria Ivana Lisboa.


Renato sofre de estresse pós-traumático e a tontura de Dona Maria é por causa da labirintite.

Eles estão experimentando um novo tipo de tratamento: a realidade virtual.

Todo tratamento com realidade virtual usa óculos como os mostrados em vídeo, com lentes especiais. É só colocá-los e a sensação é de que somos transportados para um outro lugar, um outro ambiente.


Pode ser um túnel. Ou então, esperando o ônibus chegar. O repórter está dentro de um metrô.

Tudo isso pode até parecer um jogo de vídeo game, mas pesquisas mostram que esse tipo de experiência é capaz de transformar o nosso cérebro.

“Ela estimula o que chamamos de neuroplasticidade”, diz o Dr. Fernando Freitas Ganança,otoneurologista da Unifesp.


Neuroplasticidade é a capacidade que o cérebro tem de moldar e recuperar alguma função perdida.


“Na medida que o paciente se sente imerso em um outro ambiente, o cérebro é forçado a funcionar”, explica o neurologista Fernando Freitas Ganança, da Unifesp.


Dona Maria foi "transportada" para o joguinho mostrado em vídeo. Ela é a bolinha vermelha. O desafio é sumir com as peças sem perder o equilíbrio.


“Os movimentos fazem com que a gente lá fora aprenda a andar, a se movimentar, sem tanto medo”, diz Dona Maria.


Dona Maria está tratando sua labirintite na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). No Rio, duas outras universidades, a UFRJ e a Uerj estão testando o uso da a realidade virtual em pessoas com síndrome do pânico.


“Eles têm medo de ficar em ambientes fechados, com muitas pessoas, e começam a evitar essas situações. Então, a gente podendo simular um ambiente que ele ainda não consegue enfrentar na realidade, ele pode começar o tratamento até que ele consiga ir para uma situação real”, explica a psicóloga da UFRJ Marcele de Carvalho.


No Rio Grande do Sul, pesquisadores da PUC criaram uma agência bancária virtual para tratar funcionários que foram vítimas de assalto e ficaram traumatizados.


Um especialista explica o que gera um estresse pós traumático: “É uma falha da capacidade que a pessoa tem, que todos nós temos, de se recuperar, depois que a gente passa por uma situação traumática”, diz o professor de psicologia da PUC-RS, Christian Kristensen.


Renato já passou por sete assaltos, em quatro agências diferentes que ele trabalhou, e nas duas últimas vezes, esses assaltos tiveram uma agressão física. “Eu fiquei com medo de sair de casa. Evito chegar no banco sozinho”, conta.


Renato precisa vencer o medo de entrar na agência onde trabalha. Chegou o momento de o Renato encarar pela primeira vez a terapia com realidade virtual.


A pulseirinha azul monitora os batimentos cardíacos. Na agência virtual, ele assume o papel do caixa. No momento do tiros, a ansiedade dele aumenta.


“Quando ele começa a vivenciar essa situação em um ambiente de realidade virtual, isso começa organizar a memória dele e diminui então a resposta de ansiedade”, explica o professor de psicologia


Em Barcelona, na Espanha, a experiência médica com realidade virtual vai além. Ela consegue criar a ilusão de que você é uma outra pessoa e que tem um outro corpo. Veja em vídeo a experiência que acontece em uma sala.


As luzes se apagam. Os pesquisadores pedem para a pessoa que está sendo testada olhar para baixo. Ela vê mãos de uma criança e tem a sensação de que são as suas. Olha para o espelho e, ao invés de ver a sua imagem, vê uma menina. Não só vê, como chega a sentir que está no corpo dela. Uma mulher faz um carinho na criança. No mesmo momento no laboratório, o pesquisador passa a mão no braço da pessoa.


Vinte e oito homens fizeram esse teste e contaram que realmente se sentiram em um corpo feminino, o da menina mostrada em vídeo. E também tiveram uma sensação muito forte de que era a mulher virtual que estava passando a mão neles.


Segundo o chefe da pesquisa, pela primeira ficou provado que o cérebro é capaz de aceitar um corpo virtual como sendo o seu próprio.


Cientistas já pensam em usar essa tecnologia para tratar pacientes com anorexia, que têm uma visão distorcida do próprio corpo.


A realidade virtual seria o futuro da medicina? “É um início muito promissor”, responde o médico.


Veja o vídeo na íntegra no site do Fantástico.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Câncer de mama é a maior causa de morte de mulheres no Brasil














O brasileiro está cuidando mais da saúde? Os pesquisadores do IBGE foram às ruas para descobrir a resposta. Houve avanços. Cresceu bastante o número de exames para prevenir o câncer de mama e do colo do útero. Mas ainda estamos longe, bem longe do ideal.

Pelas ruas do país, elas formam a maioria. Representam quase 52% da população. São 97 milhões de mães, irmãs, esposas, filhas, avós. Muitas com a saúde em perigo. O câncer de mama é a maior causa da morte de mulheres no Brasil.


“O câncer de mama atinge hoje em torno de 50 mil mulheres por ano no Brasil e é a primeira causa de morte por câncer entre as mulheres”, adverte o Diretor Geral do Instituto Nacional do Câncer, Luis Antonio Santini.


Pior ainda é a segunda maior causa de óbitos no país, o câncer de colo do útero. “Infelizmente no Brasil hoje em dia a gente ainda faz diagnóstico de câncer de colo do útero avançado, que é uma doença que demora muitos anos para se desenvolver. Então, existe a chance de diagnosticar a doença em vários estágios. É possível diagnosticar a doença em um estágio inicial, em que tratando a mulher fica curada”, ensina a médica ginecologista Virgínia Siqueira.


Nos últimos cinco anos, cresceu o número de mulheres brasileiras que fizeram exames preventivos. É uma forma eficiente de detectar e evitar as consequências mais graves de câncer de mama e câncer de colo do útero, por exemplo. Mas as brasileiras que ainda não se submetem ao exame preventivo ainda são em número muito alto.


Entre 2003 a 2008, a população feminina de 25 anos ou mais cresceu 15,6%. Segundo a pesquisa do IBGE, neste período, o percentual de mulheres que já haviam feito mamografia subiu de 42,5% para 54,8%.


Porém, quase 30% delas, nunca passaram pelo exame clínico das mamas, realizado por médico ou profissional de saúde. Riscos de saúde fáceis de ser evitados.


“É importante reforçar que da mesma forma que leva o filho em um posto de saúde para fazer uma vacina, é importante a mulher procurar o posto de saúde. A pessoa pode ter a cura para essa doença e não morrer dela, como a gente ainda vê muito”, argumenta a ginecologista.


Veja o vídeo no portal do Bom Dia Brasil.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Níveis de colesterol sobem um ano antes da menopausa















A chegada da menopausa interessa a milhões de mulheres. É o período em que o ritmo do corpo feminino passa por muitas mudanças. Os cuidados com a saúde devem ser redobrados.

O alerta dos médicos é para as doenças do coração e veio dos pesquisadores da Universidade de Pitsburg, nos Estados Unidos. Eles constataram que os níveis de colesterol aumentam bastante um ano antes da menopausa. Essa alteração deixa as mulheres mais vulneráveis às doenças cardíacas.

Quem vê a doméstica Celina Martins caminhando, confiante, aos 59 anos, não imagina os desafios que ela já enfrentou. Assim que entrou na menopausa, começaram os problemas no coração: “Tive arritmia, coloquei marca-passo”.

A relação entre a menopausa e o aumento do colesterol ruim, a gordura que faz mal à saúde, já era conhecida pelos médicos. Mas uma nova pesquisa aponta que os problemas começam mais cedo do que se imaginava: um ano antes da menopausa.

Para os especialistas, o grande diferencial da pesquisa é o tempo de avaliação. Os médicos acompanharam cerca de mil mulheres durante dez anos. O resultado mostra que, com a redução dos hormônios femininos, o colesterol ruim tende a aumentar. Durante a menopausa, os problemas no coração das mulheres chegam a ultrapassar as ocorrências dos homens.

“O risco é ter uma maior possibilidade de ter infarto ou um derrame”, aponta o médico da Unicamp Aarão Mendes Pinto Neto.

A dona de casa Maria de Lurdes Bongagna jamais pensou que poderia ter problemas cardíacos. Na virada do ano teve um infarto: “Parece que fechava o peito. Agora tomo medicamentos e está tudo sob controle”.

Os médicos dizem que o desafio é conscientizar as mulheres da necessidade de prevenção.

“Do ponto de vista cultural, as mulheres aceitaram muito bem fazer o diagnóstico precoce do câncer. Fazem papanicolau e mamografia. Mas raramente vão ao cardiologista para fazer o diagnóstico precoce de risco cardiovascular. O primeiro passo é que a saúde do coração é importante. O segundo passo é que a partir dos 35, 40 anos todas as mulheres façam uma avaliação do seu risco cardiovascular. É extremamente simples. É dosar glicemia, dosar colesterol, avaliar o índice de massa corpóreo, a cintura abdominal e como está a atividade física”, diz o médico da Unicamp Otávio Rizzi Coelho.

O estudo americano acompanha três mil mulheres há mais de uma década e tem mostrado que as alterações hormonais que chegam com a menopausa mudam muito a vida - e a saúde - de uma mulher.

Veja o vídeo acessando a página do Bom Dia Brasil.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Depressão e ansiedade em mulheres têm origem biológica


















O motivo pelo qual há mais casos de ansiedade e de depressão entre mulheres pode ser biológico, segundo um estudo divulgado por um grupo de neurocientistas do Hospital da Criança na Filadélfia, nos Estados Unidos.


Ao estudar a recepção de situações de estresse em cérebros de ratos, os pesquisadores descobriram que nas fêmeas falta uma proteína capaz de amenizar o efeito do hormônio que desencadeia a resposta ao estresse.

A maior incidência de depressão, de estresse pós-traumático e de problemas de ansiedade entre as mulheres já é reconhecida pela comunidade médica, mas a explicação por mecanismos biológicos nunca havia sido discutida.

A pesquisa liderada por Debra Bangasser achou a resposta no hormônio liberador da corticotropina (CRF, na sigla em inglês), liberado em mamíferos pela hipófise.

Após a exposição ao estresse, os ratos do sexo masculino tiveram uma resposta adaptativa, denominado de internalização, em suas células cerebrais. Suas células reduziram o número de receptores de CRF, e tornou-se menos sensível ao hormônio. Em ratos fêmeas, esta adaptação não ocorre porque uma proteína importante para essa internalização não se liga ao receptor de CRF.

Leia esta reportagem direto no R7 Notícias.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Novo contraceptivo promete ajudar a diminuir o risco de contágio da Aids















Um método revolucionário promete deixar as mulheres mais tranquilas com relação à proteção contra o vírus da Aids. Por meio de uma combinação entre anel vaginal e antirretrovirais, medicamento utilizado no tratamento de paciente com HIV, o novo contraceptivo tem por objetivo eliminar a capacidade de contaminação pelo vírus, com um método que é praticamente imperceptível para o parceiro.


A Sociedade Internacional de Microbicidas (IPM, na sigla em inglês) já está preparando um estudo com 280 mulher na África e pretende avaliar a segurança e aceitabilidade do novo método por parte do sexo feminino.

Leia a matéria na íntegra no portal O Globo Online