Sobre o que você quer saber?







sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Mitos e verdades sobre a osteoporose

A osteoporose é diagnosticada quando ocorre o desequilíbrio negativo entre a produção e a reabsorção dos minerais ósseos aumentando a probabilidade de fraturas. O sexo feminino é o mais afetado, isso por questões hormonais, pois com a menopausa a as alterações das taxas de estrógeno aumentam a reabsorção óssea. A Secretaria de Saúde do DF informa que não há muitos estudos no Brasil sobre a incidência da osteoporose, pois é uma manifestação silenciosa e muitas pessoas podem tê-la sem saber. Mas a Fundação Internacional da Osteoporose afirma que uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens, com mais de 50 anos, sofrerão uma fratura por fragilidade agravada pela presença da osteoporose.

“Durante o início da nossa vida, conseguimos manter uma reserva óssea bem significativa. Na mulher menopausada essa reserva acaba aos poucos, ou seja, ela perde mais do que ganha. O estágio inicial da doença é o que chamamos de osteopenia, que pode ser considerado como o primeiro elemento do diagnóstico”, afirma Weldson Muniz, Ortopedista do Hospital Santa Luzia, em Brasília.

O especialista afirma que em alguns casos só há a suspeita do desenvolvimento da doença quando o indivíduo sofre alguma fratura. “Como forma de prevenir e diagnosticar precocemente, o ideal é o exame de densitometria óssea. A osteoporose não tem cura, mas tem tratamento com exercícios de baixo impacto e alta intensidade, associado a uma dieta balanceada além da não ingestão de álcool, cigarro e café. Nos casos mais avançados é bom iniciar a reposição hormonal associado a uma suplementação de cálcio”, explica.




Seguem algumas explicações dadas pelo Dr. Weldson Muniz:

Quem tem osteoporose não pode praticar atividade física? 
“Pelo contrário. A pessoa com diagnóstico de osteoporose deve praticar, pois a atividade é um fator de prevenção. Quanto mais se exige do osso, mais o organismo entende que ele precisa ficar forte. Em estados em que o paciente só fica em repouso, o corpo automaticamente aumenta a reabsorção dos minerais ósseos diminuindo a produção deles. A atividade física deve ser de impacto e sem risco de quedas. Caminhadas, hidroginástica, natação, bicicleta ergométrica e musculação são muito recomendadas.”

Quem não gosta de leite apresenta maior risco de ter osteoporose? 
“Não. A quantidade de cálcio necessária não se encontra só no leite. Uma dieta balanceada é suficiente para o organismo absorver a quantidade diária de cálcio.”

Minha mãe tem osteoporose, por isso, eu tenho um risco maior de também desenvolver? 
“Não. A osteoporose não é transmitida com herança genética. Em raríssimos casos os indivíduos podem apresentar alguma doença de caráter genético que altere a densidade óssea. Mas são doenças com outros sintomas e com outras repercussões no desenvolvimento do aparelho musculoesquelético.”

A doença pode atingir homens e jovens? 
“Sim, mas não é algo comum. Um exemplo dessa osteoporose é quando há uma fratura e o indivíduo fica com o membro imobilizado por muito tempo. Outro exemplo são os astronautas quando voltam das viagens espaciais. Como eles ficam muito tempo flutuando, sem a ação da gravidade para criar resistência ao movimento muscular, eles desenvolvem uma osteoporose transitória. Esse aliás é um dos fatores que, atualmente, mais tem sido estudado considerando a possibilidade de uma viajem a Marte.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Testosterona não é um hormônio exclusivo dos homens

Apesar de muitos acharem que a testosterona é um hormônio exclusivamente masculino, ele também está presente no corpo de mulheres e crianças. Ao longo da vida, os níveis desta substância podem sofrer algumas variações. Porém, nem sempre, isto indica algum problema, e a reposição deste hormônio deve ser feita com bastante cuidado.

“Nos homens, a testosterona é responsável por características como pelos e voz mais grossos e musculatura robusta. Este hormônio é produzido pelo organismo masculino desde a gestação. Nas mulheres, ele é responsável, principalmente, pela libido. É importante ressaltar que a queda da testosterona pode ocorrer em ambos os sexos. Porém, nem sempre os baixos níveis deste hormônio indicam a necessidade de reposição. A interrupção ou diminuição importante da produção de testosterona pelo homem, com o envelhecimento, não é uma certeza no sexo masculino. Bem como o termo ‘andropausa’ que não é utilizado para o sexo masculino. Contudo, quando ocorre a queda importante da testosterona, nós a denominamos de DAEM (distúrbio androgênico do envelhecimento masculino). Nestes casos específicos, está autorizada a reposição hormonal masculina”, explica Dr. Diogo Mendes, urologista do Hospital Santa Luzia, em Brasília.



O médico observa que este tipo de tratamento só é indicado quando o paciente apresenta sintomas característicos da queda hormonal. “A baixa da testosterona pode ocorrer em todas as etapas da vida. Porém, há pessoas que convivem normalmente com as pequenas doses desta substância no organismo. Por isso, só é recomendada a reposição quando esta é acompanhada de alguns sinais que indicam impacto no corpo, como perda de massa muscular, diminuição da libido, queda de pelos, entre outros”, completa.

Dr. Diogo Mendes esclarece ainda que, quando necessária, a reposição pode ser feita por meio de injeções, cremes, vitaminas ou medicamentos fitoterápicos. “É sempre importante lembrar que este tipo de tratamento não deve ser feito de forma contínua, pois altos níveis de testosterona no organismo podem causar inibição do hipotálamo (região do cérebro que regula a produção de hormônios), ocasionando danos nos testículos e podendo levar até mesmo a infertilidade. No caso da existência de câncer de próstata, está formalmente contra indicada a reposição de testosterona seja tópica ou injetável”, afirma.

Este alerta também vale para aqueles que fazem uso de anabolizantes. “Em geral, estes compostos contêm altos níveis de testosterona, o que pode causar disfunções sexuais e infertilidade em homens e mulheres, além da evolução das características masculinas no organismo feminino”, conclui o urologista.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Cuidados para cada fase da vida


Acompanhamento do pediatra da infância à adolescência

Até que idade devo levar meu filho ao pediatra?

Essa é uma pergunta mais frequente que se imagina. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o recomendado é até os 19 anos. “O pediatra acompanha a criança desde antes do nascimento, durante a consulta do pré-natal. O profissional conhece a rotina da criança, as doenças que apresentou e está preparado para acompanhar o seu desenvolvimento, até a adolescência”, diz o chefe da Pediatria do Hospital Esperança Recife, Fernando Oliveira.

Durante a gestação, por volta da 32ª semana, é indicado que ocorra a primeira consulta com o pediatra. Ele poderá orientar a futura mãe sobre os cuidados com o bebê, como a alimentação – com destaque para o aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida. O médico também acompanha o bebê ainda na maternidade, quando verifica a realização dos testes do pezinho, da orelhinha, do olhinho e de outros procedimentos fundamentais, o que inclui as primeiras vacinas. Já a primeira ida ao consultório deve ocorrer até o sétimo dia de vida do bebê. É nesse momento que o médico realiza o primeiro exame físico, avaliando medidas como peso, comprimento, circunferência cefálica, torácica e abdominal.



Após esse período, as consultas devem ocorrer uma vez por mês, até o primeiro ano. Essa fase regular de consultas é chamada de puericultura. Nela, é avaliado o desenvolvimento da criança, podendo ser identificados quaisquer distúrbios de crescimento ou alimentar, por exemplo. Também é importante para a realização de exames periódicos e o acompanhamento do calendário de vacinação.
Com o passar do tempo, as consultas podem ser bimestrais ou trimestrais até que a criança complete quatro anos. A partir dessa idade, ela pode se tornar anual, até os 19 anos.

Vale salientar que essas são as recomendações para o acompanhamento de uma criança saudável e que o médico pode avaliar caso haja necessidade de aumentar a frequência das consultas. “A criança não deve ser levada ao consultório apenas quando está doente. É importante que os pais sigam esse calendário, pois é fundamental para acompanhar o desenvolvimento da criança e identificar e tratar possíveis doenças – como as respiratórias, por exemplo, tão comuns nos pequenos. E sim, as consultas rotineiras são importantes até quando as crianças são mais crescidas, pois a relação de confiança que se estabelece entre médico e paciente é fundamental para acompanhar as mudanças da maturidade”, salienta o pediatra.

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

De mãos limpas e saúde em dia

Além do Dia das Crianças, o mês de outubro também comemora um dia ainda mais importante para os pequenos: o Dia Mundial de Lavar as Mãos. Celebrada no dia 15 de outubro, a data visa conscientizar a população para o hábito de lavar as mãos e, assim, erradicar doenças causadas pela falta de higiene.



Segundo a Unicef, no Brasil, 14% das crianças menores de cinco anos morrem de doenças diarreicas e infecções respiratórias. Boa parte dessas mortes poderia ser evitada com dois ingredientes simples: água e sabão. A lavagem das mãos com sabonete pode reduzir infecções diarreicas em até 40% e, em quase 25% os casos de infecções respiratórias. Para isso, a lavagem deve ser feita, no mínimo, em cinco momentos-chave do dia-a-dia: antes do café da manhã, do almoço e do jantar, logo após usar o banheiro e ao chegar em casa.

De acordo com pesquisa da Pastoral da Criança, de modo geral, as pessoas sabem que lavar as mãos após usar o banheiro, antes das refeições ou ao chegar em casa, evita doenças. Mas confessam que não lavam com frequência e nem insistem para que as crianças lavem.

Marcelo Gonçalves, infectologista do Hospital Caxias D’Or,  lembra que o hábito de lavar as mãos é de grande importância para adultos e, especialmente, para a proteção das crianças. “Essa medida evita uma série de doenças parasitárias intestinais e a transmissão de micro-organismos responsáveis por parenterites e conjuntivites. As crianças, de forma geral, são mais suscetíveis às gastroenterites, por isso é muito importante manter suas mãozinhas limpas”, alerta o médico.

Mãos contaminadas podem provocar diarreias, vômitos e doenças como gripes, resfriados, hepatites e alguns tipos de meningite. Além da contaminação em casa, a transmissão pode afetar muitas pessoas rapidamente em creches, escolas, escritórios e locais públicos. Os germes são transmitidos para os outros pelo toque direto ou de objetos contaminados que entram em contato com olhos, nariz ou boca.

Mas lavar as mãos não é simplesmente colocá-las embaixo d’água. É necessário esfregá-las com sabão, cuidado e atenção a cada pedacinho, desde a palma até entre os dedos. “É importante as pessoas saberem que lavar as mãos tem que ser como escovar os dentes: assim como os dentes têm várias faces que precisam ser limpas de todos os ângulos, as mãos também têm vários detalhes e precisam ser limpas em todos os cantos”, explica Gonçalves.

Para ajudar adultos e crianças a aprenderem a maneira mais eficiente de lavar as mãos, o infectologista ensina um breve passo a passo:


  • Umedeça as mãos com água corrente;
  • Coloque sabonete em quantidade suficiente em ambas as mãos;
  • Ensaboe as palmas das mãos, esfregando-as entre si;
  • Esfregue a palma de uma das mãos contra o dorso da outra mão e vice-versa;
  • Esfregue todos os dedos, entrelaçando-os e esfregando o espaço entre eles;
  • Esfregue o dorso dos dedos de uma mão com a palma da outra mão e vice-versa;
  • Esfregue um polegar com a palma da outra mão e vice-versa;
  • Esfregue a palma de uma mão com os dedos e as unhas da outra mão fechada e vice-versa;
  • Enxague bem as mãos evitando tocar na torneira;
  • Caso esteja em um ambiente público, utilize a mesma toalha de papel que usou para secar as mãos para fechar a torneira;


Pronto! Mãos limpinhas e saudáveis!

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Hipertireoidismo e hipotireoidismo: entenda a diferença


A tireoide está localizada na parte superior do pescoço e esta glândula é responsável pela secreção dos hormônios tireoidianos que influenciam grande parte das atividades do nosso organismo. Dra. Cristina Blankenburg, endocrinologista do Hospital Santa Luzia, em Brasília, alerta que algumas enfermidades podem afetar o bom funcionamento deste órgão. Entre elas, as mais comuns são os hipo e hipertireoidismo.

Você sabe a diferença entre estas doenças? Confira os esclarecimentos da médica e tire suas dúvidas!

- Hipo x Hiper 
“O hipotireoidismo é caracterizado pelo funcionamento insuficiente da tireoide. Já o hipertireoidismo, acontece quando há o excesso de produção de hormônios por esta glândula”, explica e médica.

- Sintomas 
“Sonolência, falta de energia, cansaço, fraqueza, queda de cabelo e menor resistência ao frio podem ser sinais de hipotireoidismo. Nos idosos, este problema também pode causar alterações no funcionamento cerebral, levando inclusive a demência. O hipertireoidismo, por sua vez, ocasiona taquicardia, calor excessivo, entre outros sintomas. Além disso, dores no pescoço e/ou na região da mandíbula precisam ser investigadas”, esclarece Dra. Cristina.

- Causas 
“Estes problemas podem ser manifestar devido à falta de iodo no organismo, o que não acontece com tanta frequência desde que o sal passou a ser enriquecido com esta substância. É importante lembrar que o consumo excessivo de sal enriquecido com iodo também pode causar danos à tireoide. Quem se expõe a altos níveis de radiação e utiliza alguns medicamentos específicos também tem mais chance de desencadear problemas nesta glândula. Por fim, inflamações na tireoide também podem evoluir para um quadro de hiper ou hipotireoidismo”, ressalta.

- Tratamento 
“Em geral, o hipotireoidismo é tratado por meio de reposição hormonal. Para o hipertireoidismo, há dois tipos de procedimento, que podem ser feitos por meio do uso de medicamentos que bloqueiam a produção de hormônios ou por iodoterapia, método que utiliza o iodo radioativo para controlar os problemas na tireoide”, conclui a endocrinologista.