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quarta-feira, 29 de junho de 2016

Mito ou verdade: Tomar anticoncepcional aumenta o risco de desenvolver trombose?

Especialista do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim tira dúvidas sobre o contraceptivo oral

A pílula anticoncepcional é um dos métodos contraceptivos mais utilizados para evitar uma gestação indesejada. Ela é feita de hormônios combinados, geralmente estrogênio e progesterona, e inibe a ovulação. No entanto, alguns efeitos colaterais podem ser associados ao uso da pílula, gerando dúvidas entre as mulheres.

Uma das dúvidas mais frequentes é se a pílula realmente pode causar trombose, formação de um coágulo sanguíneo em uma veia na parte inferior do corpo, geralmente nas pernas. Segundo o Dr. Soubhi Kahhale, coordenador de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim, o risco pode aumentar, mas em poucos casos. Isso acontece porque o estrogênio exerce uma interferência na coagulação do sangue, favorecendo o desenvolvimento da trombose.

No entanto, o médico esclarece que isso é uma preocupação apenas para as mulheres que apresentam fatores de risco. São eles: pacientes com trombofilia, uma anomalia no sistema de coagulação que aumenta a propensão ao desenvolvimento de trombose, além de pessoas com tendências genéticas ao adquirias para o aparecimento desta doença, que já tiveram trombose ou antecedentes na família.



“Isso pode ser diagnosticado de maneira correta por exames laboratoriais, indicados pelo ginecologista quando ele achar necessário”, diz. O especialista também afirma que outras mulheres que não devem fazer uso da pílula são as que já tiveram e trataram câncer de mama.

É comum que muitas mulheres comecem a tomar anticoncepcional ou troquem de pílula de pílula sem consultar o médico, mas é importante ressaltar que esta não é a conduta ideal. “Sempre deve haver uma avaliação para verificar os riscos que a paciente tem. O ginecologista vai verificar se existe a necessidade ou não de exames e investigar o histórico da paciente e de seus familiares”, explica o Dr. Soubhi.

As pílulas têm dosagens maiores e menores de seus componentes e a progesterona muda de um medicamento para o outro. Por isso, o médico é quem sabe qual é o melhor tipo de hormônio e a melhor dose para aquela paciente. Também é essencial que depois de um tempo de uso, aproximadamente seis meses, o médico veja o que a paciente está sentindo, porque cada paciente responde de um jeito ao uso do contraceptivo.

De uma forma geral, os benefícios da pílula, que vão desde a correção do ciclo menstrual até a prevenção de endometriose e alguns tipos de câncer, superam muito os riscos, que são poucos caso sejam tomados os cuidados necessários. A utilização do anticoncepcional é segura, se for receitada pelo médico e com os exames apropriados, caso ele julgue necessário.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Amar faz bem ao coração e à saúde

 Historicamente se diz que no coração está a origem do amor, porém hoje sabemos que o cérebro é a base do comportamento humano onde todos os sentimentos, pensamentos e emoções são gerados. Contudo, as emoções, iniciadas no cérebro, afetam diretamente o coração e a saúde, pois o cérebro libera diversos hormônios que contribuem para o bom funcionamento do nosso organismo.

Pesquisas mostram que, quando estamos apaixonados, uma série de hormônios são liberados pelo cérebro - como a dopamina, a norepinefrina, serotonina, endorfina e a oxitocina, também conhecida como "hormônio do amor". São as repercussões bioquímicas do amor no corpo que, de acordo com os pesquisadores, ajudam a controlar a pressão arterial, aliviar o estresse e a ansiedade, por exemplo.



“Amar faz muito bem à nossa saúde! Quando estamos em um relacionamento equilibrado, nutritivo, acompanhados por pessoas que nos fazem sentir valorizados e apoiados, a autoconfiança aumenta e nos sentimos mais preparados ou seguros para enfrentar os eventos e desafios do nosso dia a dia - e até mesmo situações negativas, melhorando a resolução dos problemas. Relações amorosas satisfatórias aumentam o sentimento de bem-estar para as pessoas e podem contribuir para a qualidade de vida individual e conjugal”, explica a psicóloga do Hospital Rios D´Or, Mariana Guedes.

A satisfação e a melhora na qualidade de vida de pessoas que estão em boas relações amorosas podem ser consideradas como fator de proteção da saúde. Diversos estudos correlacionam o emocional ao funcionamento do sistema imunológico, por exemplo. Essas pessoas também tendem a ter melhor enfrentamento das adversidades, incluindo o adoecimento. “Eu diria que o amor pode ser importante na prevenção e na recuperação de doenças. Cada vez mais o bem-estar emocional é compreendido como fator de importância para a prevenção e no tratamento de doença”, comentou a especialista.

Além de tantos benefícios para a saúde, amar nos traz felicidade, bem-estar e ânimo para vivermos momentos especiais. Então, que tal aproveitar o dia dos namorados para aumentar os níveis de oxitocina no corpo?

Hormônio do amor

A oxitocina, ou o “hormônio do amor”, também está envolvida nas emoções de afiliação. Esse mecanismo de apego foi tema de pesquisa do neurocientista Jorge Moll Neto, presidente do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR), e dos especialistas Patrícia Bado e Ricardo de Oliveira-Souza, também pesquisadores do Instituto. A partir de dados de ressonância magnética, a equipe de neurocientistas descobriu que a região Septo-Hipotalâmica, rica em oxitocina, apresentou uma maior atividade quando as emoções afiliativas estavam envolvidas.

Segundo os pesquisadores, a afiliação está envolvida em diversas experiências humanas, que podem inclusive despertar emoções opostas. As experiências afiliativas são inerentes aos seres humanos e também a outros mamíferos, que são consideradas fundamentais para a sobrevivência das pessoas.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Aneurisma: Diagnóstico Precoce Evita Complicações

Cerca de 6,5 mil pessoas morrem anualmente no Brasil por aneurisma.O aneurisma é uma dilatação anormal e permanente de algumas artérias, ocasionando um enfraquecimento da parede arterial e que sem tratamento pode ocasionar a ruptura da artéria.

A aterosclerose, que tem elevada incidência na população, é a causa mais frequente de aneurisma, mas a doença pode ser também provocada por certas enfermidades como inflamações, infecções ou traumatismos, ocasionando um aneurisma intracraniano ou secundário.

Qualquer artéria do corpo pode ser acometida por um aneurisma, mas a aorta abdominal, especificamente abaixo das artérias renais é a mais atingida. Quando a artéria é atingida e se dilata, essa dilatação aumenta progressivamente e caso não seja tratada pode ocasionar a ruptura da artéria.






Isso ocorre principalmente em aneurismas maiores que 5 cm de diâmetro, por isso todo o aneurisma da aorta abdominal deve ser tratado a fim de evitar uma complicação maior que é a ruptura da artéria e até o óbito do paciente.

Como essa doença não tem sintomas específicos, na maioria dos casos, quando o paciente começa a sentir alguma dor é porque o volume, a dilatação está comprimindo órgãos vizinhos na cavidade abdominal, ou até, em casos mais graves, ocorrer uma hemorragia interna.

O diagnóstico é feito por exame físico, com a palpação do trajeto arterial a fim de verificar sua dilatação e expansibilidade e é complementado com ultrassonografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética ou arteriografia, para um diagnóstico preciso. O procedimento é sempre a cirurgia, mas para que ela seja bem sucedida é necessário um diagnóstico precoce, antes da ruptura da artéria.

Texto elaborado pelo Dr. Ricardo Brizzi - Angiologista e Cirurgião Vascular. É membro da Sociedade de Cirurgia Vascular do Rio de Janeiro e responsável pelo setor de cirurgia vascular e endovascular do Hospital Badim, do Hospital Israelita e do Hospital Norte D’Or.

terça-feira, 7 de junho de 2016

A moda “detox” e os excessos na busca pelo corpo perfeito

A cada dia a busca pelo corpo ideal e perfeito se instala mais na sociedade. Exercícios e principalmente dietas, são utilizadas sem o devido acompanhamento de profissionais de saúde e podem não surtir o efeito desejado. Os produtos detox são um exemplo claro, pois, alimentos como esses prometem uma rápida desintoxicação do organismo com a ingestão de alimentos da forma mais natural possível. Em 2015, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda de 21 dessas mercadorias, entre sucos e shakes, gerando discussão sobre o consumo.


Apesar disso, a nutricionista Fernanda Arruda, do Hospital Santa Luzia, em Brasília, alerta para tudo o que é consumido em excesso, e os produtos detox não fogem à regra. “A falsa ideia de que o natural pode ser usado livremente, leva algumas pessoas à ilusão do consumo desenfreado de diversos produtos. Antes de qualquer atitude desta origem, o paciente deve consultar um profissional habilitado. Ele vai orientar e verificar as reais necessidades do indivíduo por meio dos exames e orientá-lo da melhor maneira possível”, comenta a especialista.




O modismo é um problema e uma das principais causas do aumento da adesão de dietas malucas, do consumo desenfreado de sopas mágicas e produtos detox. Consequentemente, estas atitudes culminam na diminuição das idas ao especialista. Fernanda Arruda coloca a mídia como uma das principais culpadas. “Eles buscam receitas onlines milagrosas, seguem perfis de musos fitness e colocam em prática os exercícios e alimentação dessas pessoas, sem perceber que cada organismo funcionada de forma individualizada, ou seja, nem sempre o que traz resultado a uma pessoa trará à outra. Infelizmente a internet, neste aspecto, é uma grande vilã” explica a especialista.


O grande problema destacado pela nutricionista é a perda de substâncias preciosas no organismo e para que ele permaneça em equilíbrio são necessários mais de 40 nutrientes, o que não acontece apenas com o consumo de produtos detox. “Não vamos colocá-los como vilões. Eles também têm seus benefícios, pois fornecem muitas vitaminas e minerais que combatem radicais livres, queimam calorias e melhoram problemas gastrointestinais. Os consumidores precisam se atentar apenas ao consumo desenfreado e buscar um acompanhamento de profissionais da área quando decidirem seguir este caminho”, finaliza.

DICAS DA MÉDICA

A nutricionista Fernanda Arruda ainda cita alguns alimentos que podem participar do grupo dos alimentos funcionais e são mais comuns nas nossas mesas além de conterem grandes valores nutricionais:

  • Alimentos integrais;
  • Frutas em geral;
  • Verduras e legumes;
  • Proteínas magras: carnes de aves, peixe e ovos.


quarta-feira, 1 de junho de 2016

Menopausa: entenda as principais características dessa fase de vida de toda a mulher

O climatério representa um período natural biológico feminino que marca a transição gradual do estado reprodutivo para o não reprodutivo. Este momento de transição, porém, ainda traz muita insegurança para mulheres, principalmente em relação aos seus sintomas e o que isso significa para sua vida e saúde. Menopausa é a data da última menstruação na vida de uma mulher. Os termos menopausa e climatério muitas vezes aparecem como tendo o mesmo significado.

Por isso, conversamos com a Profa. Dra. Sônia Maria Rolim Rosa Lima, ginecologista e obstetra do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim, e professora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, para entender um pouco mais sobre esse momento na vida de toda a mulher:

O que é climatério e menopausa?
O Climatério representa a transição gradual do estado reprodutivo para o não reprodutivo. Podemos também entender como uma fase de evolução da mulher onde seu organismo, até então direcionado a gerar vida, dirige-se livremente a outros fins, possibilitando que ela desenvolva todas suas potencialidades. A Menopausa é um ponto no tempo que marca a data da última menstruação na vida de uma mulher.

Esse período constitui uma fase natural da vida, e muitas mulheres passam por ela sem queixas ou necessidade de medicamentos. Outras têm sintomas que variam na sua diversidade e intensidade. No entanto, em ambos os casos, é fundamental que se tenha acolhimento e acompanhamento sistemático que promova a saúde, a abordagem adequada, o diagnóstico precoce e o tratamento imediato das alterações diagnosticadas para que se possa prevenir futuras complicações.



Existe uma transformação na vida da mulher?
A passagem do período reprodutivo para o não reprodutivo ocorre de maneira gradual. Nesta fase, é possível observar sintomas e sinais que podem ocorrer no climatério. Isto envolve não apenas alterações hormonais, mas também mudanças psicológicas e sociais.

Quais são seus sinais e sintomas?
Ondas de calor acompanhadas por sudorese intensa são características desse período, ocorrendo com frequência durante a noite e resultando em piora da qualidade do sono. Podem, ainda, ocorrer palpitações, enxaqueca e cansaço fácil. Mais tardiamente, existem sintomas urinários e ressecamento e desconforto vaginal, podendo levar à dor nas relações sexuais que, acompanhada na diminuição da libido, costumam conduzir a uma piora da qualidade de vida sexual.

A saúde pode ser afetada?
Nesta fase, identificam-se sintomas decorrentes da queda da produção de estrogênio na grande maioria das mulheres, o que pode provocar, inicialmente, irregularidades menstruais, hemorragias disfuncionais e diminuição da fertilidade; podendo ser acompanhado das instabilidades vasomotoras (ondas de calor e suores noturnos), alterações emocionais (destacando-se a depressão, a ansiedade e a insônia), decréscimo da libido, dor durante o ato sexual e distúrbios urinários; e, no longo prazo, osteoporose, aumento do risco de doenças cardiovasculares e cerebrais.

Como atenuar os sintomas e evitar riscos à saúde?
Existem diversos esquemas de terapia hormonal (TH) que tratam os sintomas vasomotores durante este período. O sucesso no emprego da terapia hormonal está intimamente ligado ao conhecimento adequado do médico, dos diferentes tipos de hormônios que podem ser utilizados, assim como as doses, as vias de administração e os esquemas terapêuticos, procurando identificar as necessidades de cada mulher. Outros medicamentos também podem ser indicados naquelas com contra indicação a terapia hormonal, e o uso de fitomedicamentos também tem sua indicação.

Além disso, é fundamental ter uma mudança do estilo de vida, adotando a prática regular de exercícios e alimentação balanceada. A acupuntura, yoga e técnicas de relaxamento como terapia complementar, também são indicadas.