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segunda-feira, 25 de julho de 2016

Hipotireoidismo: entenda as causas da doença e os principais sintomas

Endocrinologista do Hospital São Luiz explica também o diagnóstico e o tratamento

Localizada na região anterior do pescoço, a tireoide é uma glândula do sistema endócrino responsável pela produção dos hormônios T3 e T4, que controlam o metabolismo. O distúrbio mais comum nesta glândula é o hipotireoidismo, que acontece quando a tireoide não está conseguindo produzir esses hormônios em quantidade suficiente.

A principal causa deste problema é uma doença autoimune chamada hipotireoidite de Hashimoto, quando o organismo começa a produzir anticorpos contra a própria tireoide. Outras possíveis origens são a retirada da glândula, devido a um nódulo ou câncer, e radioterapia na região cervical, por exemplo.




De acordo com o Dr. Alex Leite, coordenador da equipe de Endocrinologia das unidades Itaim e Morumbi do Hospital São Luiz, por ser uma característica genética, se um membro da família é portador dessa doença, os demais devem ficar atentos, já que as chances de desenvolvê-la são maiores neste caso.

Entre os principais sintomas estão fadiga, intolerância ao frio, queda de cabelo, pele seca, sonolência, dores no corpo, depressão, dificuldade de memorização, constipação intestinal, rouquidão, unhas fracas, ganho de peso e frequência cardíaca mais baixa do que o normal. Nas mulheres, a doença pode alterar a menstruação e também a fertilidade.

O diagnóstico é feito por meio da análise clínica e laboratorial. “Como os sintomas não são tão específicos, se ocorrer suspeita clínica é necessário confirmar com os exames. Se o paciente apresentar essa sintomatologia, pode procurar um clínico geral ou um endocrinologista”, explica o Dr. Alex.

Se o paciente demorar a ser diagnosticado ou não for tratado corretamente, pode ter perda de rendimento, piora progressiva dos sintomas e evoluir para um quadro mais severo. “Nas crianças, o diagnóstico tem que ser precoce para não comprometer o desenvolvimento neurológico e o crescimento”, diz o especialista.

Apesar de não ter cura, o hipotireoidismo tem controle. O tratamento é feito através da reposição de hormônio tireoidiano, via medicação oral. O desafio maior é o ajuste da dose do paciente, que é individualizada e feita com base nos sintomas e nos exames. Se a dose não for apropriada, a pessoa pode persistir com os sintomas. Porém, quando a reposição acontece adequadamente, o indivíduo recupera as condições normais e não tem qualquer perda na qualidade de vida.

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Doenças respiratórias aumentam durante inverno

A chegada da estação mais fria do ano e as baixas temperaturas deixam o ar mais seco. A baixa umidade facilita a propagação de vírus e bactérias, dificulta a eliminação de secreção nas vias aéreas e favorece a instalação de bactérias no aparelho respiratório. Por essa soma de fatores é necessário redobrar a atenção com a saúde, principalmente das crianças, pela fragilidade de seus sistemas imunológicos que são os principais alvos das conhecidas doenças de inverno.

Entre as doenças de maior incidência estão aquelas causadas por infecções do trato respiratório, frequentemente provocadas por vírus que são transmitidos de pessoa para pessoa.

Segundo Carla Dall`Olio, coordenadora da Emergência Pediátrica do Hospital Barra D'Or, doenças de quadro respiratório representam 52% dos atendimentos na emergência durante esse período, sendo 23% desses atendimentos relacionados à síndromes gripais seguidos pela asma, sinusite, otite, pneumonia e bronquiolite.

Crianças são mais vulneráveis pela fragilidade de seus sistemas imunológicos

- O aglomerado de pessoas em um mesmo ambiente com janelas e portas fechadas facilita a proliferação dos vírus. É por isso que o número de casos de gripe, resfriado, amidalite, entre outras, se multiplica durante o inverno - comentou a pediatra.

Carla Dall`Olio explicou que os pais devem ficar atentos à criança: “Febre, coriza e espirros em menores de dois anos são sinais para procurar a emergência. O especialista vai avaliar se há indicação do antigripal - que faz parte do protocolo de tratamento do Ministério da Saúde. Os principais sintomas em crianças, acima dos dois anos, que aconselho uma consulta médica são o cansaço excessivo, respiração em ritmo diferente do normal e dificuldade de se alimentar”.

Manter a vacinação em dia, lavar as mãos com frequência, usar álcool em gel antes do contato com as crianças, arejar os ambientes da casa e consumir frutas e vitamina C são algumas simples precauções para evitar o contágio.

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Conheça 5 mitos e verdades da cirurgia plástica no inverno

Cada estação do ano tem características específicas na recuperação do paciente que passa por uma cirurgia plástica. A temperatura não é determinante para o sucesso do procedimento, mas pode colaborar em alguns aspectos no pós-operatório.

Segundo o Dr. Marcos Sammartino, cirurgião plástico do Hospital São Luiz Jabaquara, há uma maior demanda dos pacientes entre junho e agosto, por uma decisão pessoal, já que é época de férias escolares, inverno e maior chance de programação. Este também é um período que traz vantagens na recuperação comparada ao verão, como menos inchaço, menor chance de edemas e, consequentemente, mais conforto na recuperação.

O especialista esclarece 5 mitos e verdades da cirurgia plástica relacionada às estações do ano. Veja:

1- Na maioria das vezes, os pacientes optam pelo procedimento cirúrgico no inverno para estarem recuperadas no verão

VERDADE – O número de cirurgias plásticas e corretivas aumenta em até 60% com a chegada do outono e inverno. Dependendo da cidade, esse número é ainda maior, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Para o Dr. Marcos, esse aumento acontece devido a alguns fatores, entre eles estarem recuperadas no verão. São eles: período de férias escolares, época em que os pacientes conseguem se organizar melhor para sair de licença; clima mais ameno para a utilização dos acessórios pós-operatórios e época do ano em que as pessoas ficam mais em casa, o que ajuda na recuperação, por conta do repouso; e claro, estar pronto para a chegada do verão, pois terão tempo hábil para a recuperação e liberados para a exposição ao sol e contato com a água do mar, por exemplo.



2- A cirurgia plástica no inverno é mais segura do que no verão

MITO – Com a evolução da medicina, há diversos recursos que possibilitam a realização de procedimentos com segurança e bem sucedidos em qualquer período do ano. A boa condição clínica dos pacientes é fator determinante para a cirurgia plástica, além de ser essencial é o cuidado com o pré e pós-operatório;

3- A recuperação da cirurgia plástica no inverno é mais rápida, já que a temperatura é alterada

MITO – Em termos gerais não há diferença no resultado, já que a temperatura corpórea se regula de acordo com a externa. Porém no inverno, a chance de ter um edema pós-operatório é menor comparado ao verão. Mas é importante reforçar que o fator determinante na recuperação são as condutas tomadas pelo paciente, que devem ser adequadas às orientações do especialista.

4- O uso da cinta modeladora é mais confortável no inverno

VERDADE – Para a recuperação de alguns tipos de intervenção é recomendado o uso cinta modeladora por mais de um mês, período pós-cirúrgico, e o uso é realmente mais confortável em climas mais amenos e/ou frio, pois a pressão da cinta incomoda mais no verão, quando o corpo tende a ficar mais inchado naturalmente.

5- As pessoas escolhem fazer cirurgia plástica no inverno, pois podem aproveitar o período com menor exposição ao sol, para fazer mais de um procedimento

MITO – Independente da exposição ao sol, é importante esclarecer para o paciente que não deve ser feito mais de dois procedimentos por vez, e nunca devem estar associados a uma mesma região. Caso contrário, a exposição do corpo é maior, a recuperação torna-se mais complicada e o risco de complicações aumenta consideravelmente. Mas evitar a exposição ao sol, o que no inverno é mais fácil, é um fator positivo, pois diminui a chance de manchas no pós-operatório.

“O importante é que o paciente esteja apto a submeter-se ao procedimento, tempo hábil para recuperação e principalmente, seja atendido por um cirurgião qualificado. Orientação importante que valem tanto para o verão quando para o inverno”, finaliza o Dr. Marcos Sammartino, cirurgião plástico do Hospital São Luiz Jabaquara.

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Entenda quais são os cuidados necessários para quem dirige na gravidez

Especialista do Hospital e Maternidade São Luiz Anália Franco comenta até quando é seguro dirigir na gestação

Se você está grávida e precisa usar o carro durante a gestação, já deve ter se perguntado até quando pode dirigir. Na verdade, não existe uma recomendação ou restrição do DETRAN (Departamento Estadual de Trânsito) sobre isso, portanto não há uma regra. Segundo o Dr. Anderson Nascimento, ginecologista do Hospital e Maternidade São Luiz Anália Franco, as opiniões de médicos e profissionais de trânsito divergem bastante, mas em geral os obstetras aconselham a prática até o sétimo ou oitavo mês.

A orientação se deve ao grande aumento do volume uterino, o que eleva os riscos para as gestantes, segundo o especialista. Entre eles estão o perigo de trauma da barriga com o volante e as freadas que causam desaceleração brusca, o que pode gerar problemas como o descolamento prematuro de placenta, uma complicação grave.



Além das recomendações básicas para garantir a segurança no trânsito, as futuras mães devem se atentar para mais alguns cuidados. “Manter adequada distância entre o abdômen e o volante e, portanto, posicionar o assento mais distante. Colocar o cinto de segurança de três pontos, de forma que passe acima do ombro, pelo meio das mamas e pela lateral do abdômen com a faixa inferior o mais baixo possível, próximo à raiz das coxas” diz o médico.

O Dr. Anderson ainda ressalta que outros fatores da gravidez também podem interferir na segurança da gestante. Sintomas como tontura, mal-estar e enjoos podem atrapalhar na hora da condução do veículo e causar acidentes. “Fora isso, normalmente se usam medicamentos para tais problemas que potencializam o sono da gestante”, afirma o ginecologista. Assim, nesses casos o cuidado deve ser ainda maior.

A falta de atenção e o sono ocasionados pelo estado gravídico também podem fazer com que a grávida perca o devido foco na direção. Outro ponto que deve ser considerado é o tempo de permanência no veículo, que não deve ser longo, já que as chances de ter trombose aumentam na gestação. Em caso de trânsito ou percursos mais longos, estacionar o carro durante um período é uma boa solução.

Por fim, é importante conversar com o médico responsável pelo pré-natal para que ele avalie caso a caso se a direção é segura para mãe e bebê.