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terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Verão exige cuidados especiais com as crianças

O verão é uma das estações mais queridas do ano. É tempo de férias e muitos passeios ao ar livre, mas também é um período preocupante, principalmente para as crianças. Por ser a época mais quente do ano, muitas sofrem com a desidratação e gastroenterite. Abaixo, listamos algumas dicas para quem deseja evitar os riscos da estação: 

• Evite sair com as crianças nos horários em que o sol estiver a pino, das 10h às 16h.
• Crianças devem usar filtro solar com fator de proteção igual ou acima de 50.
• Vale a pena incluir um chapéu ou boné no vestuário dos pequenos durante esta estação.
• Ofereça muita água ao seu filho. Sempre. Mesmo se ele não pedir.
• Sucos de frutas, água de coco, picolés e sorvetes de frutas também são uma boa pedida.
• Contra os mosquitos, repelente! Que deve ser reaplicado com frequência, de acordo com as determinações do fabricante.
• Evite colocar excesso de roupa em bebês pequenos e, independentemente da idade, a criança deve estar confortável com a roupa que está vestindo.

• Ao sair da praia e da piscina é importante secar bem todo o corpo e as orelhas. Água no ouvido sai naturalmente, mas em caso de desconforto maior ou dor, vale a pena procurar um pediatra.



quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Sangue novo, vida nova

O doador de sangue é personagem fundamental para a recuperação de muitos pacientes. Apesar de o Brasil contar com milhares de doadores de sangue, esse percentual ainda está abaixo do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é entre 3,5% e 5% de sua população. Em nosso país, o percentual não chega a 2%.



São várias as barreiras a serem vencidas para conseguir um doador voluntário de sangue. Muitas pessoas sequer sabem o tipo sanguíneo e fator Rh e grande parte só se sensibiliza quando algum parente necessita de transfusão. “Costumo dizer que acreditamos que nunca iremos precisar de uma doação de sangue, no entanto uma cirurgia ou mesmo um acidente pode nos colocar na situação de receptor. Dessa forma, tento convencer cada vez mais pessoas a se tornarem doadores”, diz o médico Marco Antonio Alves, gestor da Emergência do Hospital Esperança Recife (PE).

Pessoas entre 18 e 65 anos, com boa saúde e acima dos 50 kg podem se tornar doadores. E o mais importante: homens podem doar sangue a cada dois meses e mulheres a cada três. Além disso, uma só bolsa de sangue pode ajudar mais de um paciente. Isso porque os hemocomponentes – concentrado de hemácias, concentrado de plaquetas e plasma – são separados e destinados a quem precisar, o que inclui pessoas com anemia, que passaram por cirurgias ou que se encontram em tratamento do câncer. “Ou seja, dá pra ajudar bastante com uma única doação. Sem contar que doar sangue é um gesto de amor e caridade com o próximo”, incentiva o médico.

Cada pessoa doa cerca de 450 ml de sangue. Entre o cadastro, triagem e coleta, são em média 50 minutos. E o organismo repõe o volume de sangue doado ainda nas primeiras 24 horas após a doação. “É importante derrubar alguns mitos, como doar sangue enfraquece ou dói, nada disso é verdade”, reforça.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Acidentes de carro podem causar sérios problemas à saúde

O fim do ano está cada vez mais próximo e as famosas festas desta época chegam para aliviar o estresse de 2015. Com isto, o álcool vira forte companheiro e um facilitador de acidentes no trânsito. O Detran DF computou até outubro deste ano 12 mil pessoas pegas em blitzes dirigindo após ingestão de bebidas alcoólicas e outras 1750 presas por conduzirem totalmente embriagadas.



Porém, cada vez mais é comum flagras pessoas dirigindo sem o cinto de segurança ou usando o celular. No DF, um terço das colisões são provocadas pela utilização dos smartphones. Só este ano, entre janeiro e agosto, o Detran distribuiu mais de 33 mil multas na cidade - uma média diária de 140 casos. E por mais que pareçam simples, essas colisões “comuns” e aparentemente sem lesão são muito perigosas.

Dr. Márcio Vinhal, neurocirurgião do Hospital Santa Luzia, em Brasília, alerta a população sobre esses perigos e pede mais cuidado com as festividades deste mês. “No caso de um acidente, mesmo se não tiver alguma lesão visível é importante visitar o médico. O paciente pode não sentir dores no momento da colisão principalmente por estar nervoso ou com sangue quente, mas futuramente algum incômodo pode aparecer”, explica o médico.

Colisões Frontais
Dr. Márcio Vinhal, é especialista em colunas e explica que quando a atenção sai da pista e vai para o celular, ou o álcool não permite a concentração, o risco de colisão frontal é muito grande. Neste caso, o corpo faz o movimento de chicote indo para frente e para trás bruscamente. “O pescoço vai e volta. Causando lesão dos ligamentos cervicais e luxação, que é uma dor intratável. Se bebeu, aproveite o Natal e a estadia na casa do amigo, mãe ou tio e durma por lá mesmo”, sugere o especialista.

Colisões sem o uso de cinto
O médico destaca que a maioria dos carros não possuem airbag (bolsa de ar), apenas o cinto que segura a região do tórax. “Quando o paciente está alcoolizado, parte do seu reflexo fica comprometido. Se o acidente ocorrer e o carro não tiver a bolsa, o volante vem com toda a força em direção ao peito. E dependendo do impacto, o airbag diminui a velocidade do contato, mas não evita lesões. Nos dois casos, além da lesão cervical há a lesão da coluna e do tórax podendo ser ainda mais grave se a batida for muito forte”, comenta o neurocirurgião.

Colisões sem o uso de cinto e no banco de trás
Os passageiros são de responsabilidade do motorista do veículo, mas nem sempre eles se atentam de toda a segurança que o carro disponibiliza esquecendo com frequência do cinto de segurança. “Passageiros que utilizam o banco de trás não costumam colocar o cinto. Em qualquer batida são jogados para fora do carro e podem ser acometidos por tetraplegia - fratura torácica e lombar. Além de se atentar para isto, o passageiro precisa perceber se o condutor tem condições de dirigir. Se não, aconselho a sequer entrar no carro. Seria péssimo começar o ano enfrentando um acidente como este”, finaliza Dr. Márcio Vinhal.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Mitos e verdades sobre diabetes

Temido por muitos, sobretudo pela falta de informação, o diabetes é uma doença metabólica onde ocorre elevação dos níveis de glicose no sangue, chamada hiperglicemia. Esse aumento se dá pela falta de produção da insulina ou emprego inadequado da insulina produzida pelo organismo. A insulina é o hormônio responsável por regular a entrada de glicose (açúcar) para as células. “Esse processo ocorre durante a digestão, quando os alimentos são transformados em açúcar, que é absorvido para o sangue e se apresenta como fonte de energia para o corpo”, explica a endocrinologista Alyne Teixeira, do Hospital Esperança Olinda.



De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), mais de 13 milhões de pessoas vivem com a doença no país. No entanto, muitas dúvidas surgem ao receberem o diagnóstico. A principal delas é em relação à ingestão de açúcar. “A primeira coisa que muitos pacientes perguntam é se vão deixar de consumir sobremesas e bebidas adoçadas com açúcar”, diz a endocrinologista. O planejamento alimentar do diabético pode sim incluir doces, em alguns casos, desde que a doença esteja controlada e ele seja acompanhado regularmente pelo médico. “Eventualmente e em pequenas porções, uma sobremesa ou mesmo chocolate pode ser ingerido pelo diabético”, esclarece.

Entretanto, para controlar a taxa de glicemia no sangue, a primeira recomendação é evitar o açúcar, o que inclui açúcar mascavo, mel e, até mesmo, a ingestão de algumas frutas, pois a frutose também é um tipo de açúcar. “Para os pacientes que não conseguem ingerir alimentos não adoçados, pode-se indicar adoçante, mas em quantidades moderadas”, explica a médica. Outra recomendação é em relação aos carboidratos. O diabético precisa ter cautela ao consumir batatas, massas, pães e outros alimentos feitos com farinha branca, que apresentam alto índice glicêmico. Refrigerantes e outras bebidas adoçadas – como sucos industrializados – também devem ser evitadas. “Os grandes aliados dos diabéticos são os vegetais e alimentos fontes de fibras, que retardam a absorção de açúcar pelo organismo e auxiliam a ação da insulina”, aponta.

Outra grande dúvida é sobre a necessidade das injeções de insulina. Os portadores do diabetes tipo 1 é que precisam das injeções diárias de insulina para manterem a glicose no sangue em valores normais, uma vez que o pâncreas não produz insulina suficiente para o organismo por suas células sofrem uma destruição autoimune. O diabetes tipo 1 ocorre em qualquer idade, porém é mais frequente em crianças e adolescentes, acometendo cerca de 10% da população do país, de acordo com a SBD.

No entanto, a apresentação mais comum da doença é a do tipo 2, onde há a presença da insulina, mas sua ação é dificultada por fatores como a obesidade e o sedentarismo, sobretudo. “Esses são os principais fatores de risco”, alerta a médica. Além de dieta rica em açúcar e gordura e falta de exercícios físicos, outros fatores de risco para desenvolver o diabetes tipo 2 são histórico familiar e idade (pessoas acima dos 45 anos). Como geralmente não apresenta sintomas, a maioria dos pacientes desconhece a presença da doença. Por isso é tão importante a regularidade das consultas médicas e realização de exames. Dentre os perigos de uma identificação tardia destaca-se que pacientes com diabetes tipo 2 não diagnosticado têm maior risco de apresentar doenças cardiovasculares, como acidente vascular cerebral (AVC) e infarto do miocárdio.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Câncer está entre as doenças que mais mata no Brasil

O câncer é uma das doenças que mais faz vítimas no Brasil. Em 2013, cerca de 2,7 milhões de pessoas foram diagnosticadas com a patologia, conforme a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). A enfermidade é ocasionada devido a um conjunto de fatores que se desenvolvem de forma desordenada provocando tumores em diversos órgãos.



Segundo o Ministério da Saúde, estima-se que em 2015 ocorra 576 mil novos casos entre homens e mulheres, número que causa preocupação entre os médicos. Doutor Anderson Silvestrini, oncologista do Hospital Santa Luzia, em Brasília, afirma que várias outras doenças predispõem ao câncer, como infecção pelo HPV e cirrose, por exemplo.

“O câncer não é uma só doença. Qualquer célula do corpo pode dar origem a tumores, através de alterações moleculares e genéticas causadas, por exemplo, pela exposição aos produtos do cigarro ou radiação ionizante (radiação que possui energia suficiente para ionizar átomos e moléculas). As células do corpo começam a crescer desenfreadamente causando tumores”, explica o especialista. De acordo com o médico, o consumo do cigarro é o principal responsável pelo aumento da patologia. “O tabagismo desenvolve o câncer, pois pode provocar tumores na boca e na garganta, bem como no pulmão e até na bexiga”, completa.

Segundo o Ministério da Saúde, houve óbito de 13,9 mil pessoas no DF por causa do câncer, somente em 2013. O número representa cerca de 2,3% da população brasiliense. O especialista, afirma que o número de novos casos varia de acordo com o gênero. “Estima-se que o câncer de próstata, desenvolvido na população masculina, irá se desenvolver em cerca de 70 mil homens no Brasil, em 2015. O câncer de mama, por sua vez, poderá acometer cerca de 72 mil mulheres”, certifica.

PREVENÇÃO 
Para o médico, a melhor forma de prevenir a patologia é de uma maneira bem simples: cuidando da saúde. “O câncer pode se desenvolver de várias maneiras. Um dos principais fatores é o tabagismo, mas a má alimentação e também da radiação solar, responsável pelo câncer de pele, por exemplo”, explica e complementa: “Hábitos saudáveis são primordiais: alimentação balanceada, assim como exercícios físicos regulares aliados à exclusão do álcool e tabaco da rotina são atitudes muito bem-vindas a quem não quer desenvolver um câncer”, conclui o especialista.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Entenda a esclerose múltipla

Conversamos com Gabriel Rodríguez de Freitas, Coordenador de Pesquisa em Neurologia do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOr) sobre a esclerose múltipla, doença autoimune que ataca o nervo central. O especialista explica que isso acontece porque o sistema imunológico do corpo confunde células saudáveis com “intrusas” e as ataca provocando lesões no cérebro. O sistema imune do paciente corrói a mielina – bainha protetora que cobre os nervos.

Gabriel explica que os sintomas variam de acordo com o caso e da quantidade de danos e os nervos afetados. “As principais alterações que a doença provoca são alteração da visão, coordenação motora afetada, dormência no corpo que tende a piorar, deterioração dos próprios nervos, lesões no cérebro que podem levar à atrofia ou perda de massa cerebral, dores crônicas, incontinência urinária, perda de força, falta de equilíbrio, fadiga”.

A doença afeta de diversas maneiras, mas Gabriel destaca as duas principais:
- Remitente-recorrente: é a manifestação clínica mais comum, caracterizada por surtos que duram dias ou semanas e, em seguida, desaparecem.
- Progressivo-secundária: pacientes que evoluíram da forma remitente-recorrente e vão piorando lenta e progressivamente.

A esclerose múltipla não tem cultura, mas pode ser controlada. O especialista reforça dois tratamentos:
- Com anti-inflamatório em casos de surto;
- Com medicação em longo prazo que acaba prevenindo um novo surto.
Para ele, a doença é mais fácil de tratar em comparação aos anos 90 pois, atualmente, há medicações capazes de prevenir novos surtos. “Estas medicações podem diminuir o surto em até 80% a 90%. Os efeitos colaterais e incapacidades também diminuíram. Melhora na qualidade de vida”, explica Gabriel.

O especialista ainda reforça que novas medicações também estão em fase de aprovação. A previsão é de que haja novidades no mercado para um futuro próximo. 

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Psoríase: estigma e vergonha prejudicam a busca por tratamento

A psoríase é uma doença da pele relativamente comum, crônica e não contagiosa. Porém, existem pesquisas que mostram que o dano físico e mental provocado pela psoríase pode ser similar ou até mesmo maior do que o provocado pelo câncer, artrite e diabetes.

Os sintomas da psoríase variam de paciente para paciente, mas normalmente incluem manchas vermelhas com escamas secas esbranquiçadas ou prateadas, coceira, queimação e dor. A Dra Samar Mohamad El Harati, dermatologista do Hospital São Luiz, explica que um dos motivos para o dano psicológico provocado pela psoríase vem do falso estigma de que essa doença é contagiosa.

“Por deixar marcas visíveis na pele, existe uma ideia de que a psoríase pode ser transmissível. Por isso, é preciso conscientizar a sociedade que o contato não precisa ser evitado, e é possível controlar essa doença com tratamento adequado”. Samar explica que por esse motivo, por afetar a qualidade de vida e autoestima e pelo medo do diagnóstico, já que é uma doença crônica, muitas pessoas deixam de procurar um médico e buscar tratamento.



Tratamento

A psoríase não tem grupo de risco, qualquer pessoa pode desenvolver a doença, independente de cor, raça, sexo e idade. Porém, questões genéticas, estresse, obesidade, tempo frio, consumo de bebidas alcóolicas e tabagismo podem acelerar e desencadear o surgimento dessa doenças. Por isso, a alimentação saudável e bons hábitos de vida ajudam no controle da doença.


A Dra Samar explica que, em casos leves, a simples hidratação da pele por cremes tópicos e a exposição diária ao sol bastam para melhor o quadro clínico e controlar os sintomas. “Caso o quadro não melhore, ainda é possível utilizar um tratamento com exposição à luz ultravioleta que utiliza combinação de medicamentos que aumentam a sensibilidade da pele à luz, com a luz ultravioleta A (UVA), geralmente em uma câmara emissora da luz”. Casos graves podem demandar medicação por via oral ou injetável. Muitas vezes, por afetar drasticamente a autoestima e qualidade de vida, é recomendável um acompanhamento psicológico.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Inovação tecnológica da neurocirurgia chega ao Centro-Oeste

Hospital Santa Luzia é o primeiro em Brasília a obter a última versão do microscópio mais eficiente do mercado



Um tumor cerebral é o desenvolvimento anormal de células, que crescem de maneira descontrolada e formam uma massa com nódulos. Como no cérebro existem vários tipos de células – neurônios, células da glia (uma espécie de "armação" onde ficam os neurônios), células ependimais (que revestem internamente as cavidades do cérebro), células das meninges e das glândulas hipófise e pineal – também há diferentes tipos de tumores no órgão. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), os tumores das mais variadas áreas do cérebro devem afetar de 3 a 7,5 pessoas a cada 100 mil brasileiros.

Por se tratar de uma área extremamente sensível do corpo humano, é natural que os médicos utilizem equipamentos tecnológicos cada vez mais precisos e desenvolvidos para a realização de cirurgias na cabeça. É o que indica o neurocirurgião do Hospital Santa Luzia, em Brasília, Dr. Mauro Takao. “Na nossa área temos o costume de usar microscópios capazes de ampliar e iluminar essas áreas difíceis de enxergar a olho nu. Por meio destes equipamentos conseguimos garantir com mais certeza o sucesso destes procedimentos de grande complexidade”, afirma.

De acordo com o médico, a chegada da mais recente inovação na área de neurocirurgias ao mercado de saúde de Brasília, pelo Hospital Santa Luzia, assegura um atendimento ainda mais competente aos pacientes do Distrito Federal. “A Zeiss é a empresa referência na fabricação de microscópios utilizados em cirurgias e nós vamos inaugurar ainda nesta semana a versão lançada ainda nesse ano, o Pentero 900”, reforça Dr. Mauro.

Conheça o equipamento
“O Pentero 900 é uma combinação de lentes potentes e possui um jogo de canhões de luz que ilumina estruturas mais profundas do corpo. Ele as amplia e torna visível imagens que a olho nu não seriam enxergadas nitidamente”, descreve o neurocirurgião do Hospital Santa Luzia. O microscópio mede aproximadamente dois metros de altura e possui uma torre com um computador moderno responsável por processar tudo o que está sendo feito. O Pentero chega a 700 quilos, tem um braço móvel mecânico e acoplado a ele há o conjunto de lentes descritas pelo especialista.

Como ele auxilia nas cirurgias?
“Numa cirurgia neurológica quanto mais nitidez na visibilidade do órgão melhor. Por isso este microscópio proporciona melhor iluminação, qualidade de imagem, registra e grava todo o procedimento em full High Definition (HD) e permite usar contrastes que realçam algumas estruturas vasculares”, explica o especialista. Além disso, Dr. Mauro acrescenta que o Pentero 900 possibilita ainda que dois especialistas o utilizem simultaneamente na mesma cirurgia.

Em quais cirurgias ele pode ser utilizado?
“Além dos tumores cerebrais, o Pentero auxilia em procedimentos cirúrgicos da coluna, aneurismas cerebrais, má formações vasculares do encéfalo e dos nervos periféricos (os que estão fora do cérebro e da medula - mão pé, e braço, por exemplo)”, finaliza Dr. Mauro Takao.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Entenda a Neuralgia do Trigêmeo, doença que causa imensa dor num dos lados da face

Uma dor extremamente forte, num dos lados da face, que chega de forma súbita e desaparece depois de algum tempo. Esse é o principal sintoma da Neuralgia do Trigêmeo, um distúrbio que ataca o trigêmeo, um nervo do rosto. Pessoas que sofrem dessa enfermidade descrevem essa dor como uma das piores que existem, e o problema é que ela é crônica e episódios podem ocorrer de forma frequente.



Álvaro Pentagna, neurologista do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim, explica que, apesar das causas desse distúrbio poderem estar associadas com lesões tumorais, má formação, esclerose e quadros infecciosos, entre outros, a Neuralgia do Trigêmeo pode ocorrer sem nenhum motivo aparente. “Ela é algo comum, não existe grupo de risco e pode aparecer a qualquer momento”. Pentagna explica que o paciente deve procurar um neurologista assim que esse quadro de dor ocorrer. “O diagnóstico tardio pode significar episódios mais frequentes e maior dificuldade de tratamento”.

O trigêmeo é um par de nervos (um para cada lado da face) que tem esse nome já que se divide em três ramos que são responsáveis pela sensibilidade do rosto desde a parte frontal do couro cabeludo até o queixo. Por isso, a Neuralgia do Trigêmeo pode ocasionar dor em três regiões da face: a que vai do queixo ao lábio inferior, a do lábio superior à ponta do nariz e a do nariz que vai até o couro cabeludo, envolvendo o glóbulo ocular.

O tratamento dessa doença pode ser clínico através de medicamentos para dor, drogas anticonvulsivantes, antidepressivos e neuroléticos. “Se não houver melhora do quadro, ainda existe a possibilidade de tratamento cirúrgico. Existem várias técnicas menos invasivas, como fazer uma compressão do nervo, ou outros procedimentos mais invasivos”, explica o neurologista.

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Mitos e verdades sobre a osteoporose

A osteoporose é diagnosticada quando ocorre o desequilíbrio negativo entre a produção e a reabsorção dos minerais ósseos aumentando a probabilidade de fraturas. O sexo feminino é o mais afetado, isso por questões hormonais, pois com a menopausa a as alterações das taxas de estrógeno aumentam a reabsorção óssea. A Secretaria de Saúde do DF informa que não há muitos estudos no Brasil sobre a incidência da osteoporose, pois é uma manifestação silenciosa e muitas pessoas podem tê-la sem saber. Mas a Fundação Internacional da Osteoporose afirma que uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens, com mais de 50 anos, sofrerão uma fratura por fragilidade agravada pela presença da osteoporose.

“Durante o início da nossa vida, conseguimos manter uma reserva óssea bem significativa. Na mulher menopausada essa reserva acaba aos poucos, ou seja, ela perde mais do que ganha. O estágio inicial da doença é o que chamamos de osteopenia, que pode ser considerado como o primeiro elemento do diagnóstico”, afirma Weldson Muniz, Ortopedista do Hospital Santa Luzia, em Brasília.

O especialista afirma que em alguns casos só há a suspeita do desenvolvimento da doença quando o indivíduo sofre alguma fratura. “Como forma de prevenir e diagnosticar precocemente, o ideal é o exame de densitometria óssea. A osteoporose não tem cura, mas tem tratamento com exercícios de baixo impacto e alta intensidade, associado a uma dieta balanceada além da não ingestão de álcool, cigarro e café. Nos casos mais avançados é bom iniciar a reposição hormonal associado a uma suplementação de cálcio”, explica.




Seguem algumas explicações dadas pelo Dr. Weldson Muniz:

Quem tem osteoporose não pode praticar atividade física? 
“Pelo contrário. A pessoa com diagnóstico de osteoporose deve praticar, pois a atividade é um fator de prevenção. Quanto mais se exige do osso, mais o organismo entende que ele precisa ficar forte. Em estados em que o paciente só fica em repouso, o corpo automaticamente aumenta a reabsorção dos minerais ósseos diminuindo a produção deles. A atividade física deve ser de impacto e sem risco de quedas. Caminhadas, hidroginástica, natação, bicicleta ergométrica e musculação são muito recomendadas.”

Quem não gosta de leite apresenta maior risco de ter osteoporose? 
“Não. A quantidade de cálcio necessária não se encontra só no leite. Uma dieta balanceada é suficiente para o organismo absorver a quantidade diária de cálcio.”

Minha mãe tem osteoporose, por isso, eu tenho um risco maior de também desenvolver? 
“Não. A osteoporose não é transmitida com herança genética. Em raríssimos casos os indivíduos podem apresentar alguma doença de caráter genético que altere a densidade óssea. Mas são doenças com outros sintomas e com outras repercussões no desenvolvimento do aparelho musculoesquelético.”

A doença pode atingir homens e jovens? 
“Sim, mas não é algo comum. Um exemplo dessa osteoporose é quando há uma fratura e o indivíduo fica com o membro imobilizado por muito tempo. Outro exemplo são os astronautas quando voltam das viagens espaciais. Como eles ficam muito tempo flutuando, sem a ação da gravidade para criar resistência ao movimento muscular, eles desenvolvem uma osteoporose transitória. Esse aliás é um dos fatores que, atualmente, mais tem sido estudado considerando a possibilidade de uma viajem a Marte.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Testosterona não é um hormônio exclusivo dos homens

Apesar de muitos acharem que a testosterona é um hormônio exclusivamente masculino, ele também está presente no corpo de mulheres e crianças. Ao longo da vida, os níveis desta substância podem sofrer algumas variações. Porém, nem sempre, isto indica algum problema, e a reposição deste hormônio deve ser feita com bastante cuidado.

“Nos homens, a testosterona é responsável por características como pelos e voz mais grossos e musculatura robusta. Este hormônio é produzido pelo organismo masculino desde a gestação. Nas mulheres, ele é responsável, principalmente, pela libido. É importante ressaltar que a queda da testosterona pode ocorrer em ambos os sexos. Porém, nem sempre os baixos níveis deste hormônio indicam a necessidade de reposição. A interrupção ou diminuição importante da produção de testosterona pelo homem, com o envelhecimento, não é uma certeza no sexo masculino. Bem como o termo ‘andropausa’ que não é utilizado para o sexo masculino. Contudo, quando ocorre a queda importante da testosterona, nós a denominamos de DAEM (distúrbio androgênico do envelhecimento masculino). Nestes casos específicos, está autorizada a reposição hormonal masculina”, explica Dr. Diogo Mendes, urologista do Hospital Santa Luzia, em Brasília.



O médico observa que este tipo de tratamento só é indicado quando o paciente apresenta sintomas característicos da queda hormonal. “A baixa da testosterona pode ocorrer em todas as etapas da vida. Porém, há pessoas que convivem normalmente com as pequenas doses desta substância no organismo. Por isso, só é recomendada a reposição quando esta é acompanhada de alguns sinais que indicam impacto no corpo, como perda de massa muscular, diminuição da libido, queda de pelos, entre outros”, completa.

Dr. Diogo Mendes esclarece ainda que, quando necessária, a reposição pode ser feita por meio de injeções, cremes, vitaminas ou medicamentos fitoterápicos. “É sempre importante lembrar que este tipo de tratamento não deve ser feito de forma contínua, pois altos níveis de testosterona no organismo podem causar inibição do hipotálamo (região do cérebro que regula a produção de hormônios), ocasionando danos nos testículos e podendo levar até mesmo a infertilidade. No caso da existência de câncer de próstata, está formalmente contra indicada a reposição de testosterona seja tópica ou injetável”, afirma.

Este alerta também vale para aqueles que fazem uso de anabolizantes. “Em geral, estes compostos contêm altos níveis de testosterona, o que pode causar disfunções sexuais e infertilidade em homens e mulheres, além da evolução das características masculinas no organismo feminino”, conclui o urologista.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Cuidados para cada fase da vida


Acompanhamento do pediatra da infância à adolescência

Até que idade devo levar meu filho ao pediatra?

Essa é uma pergunta mais frequente que se imagina. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o recomendado é até os 19 anos. “O pediatra acompanha a criança desde antes do nascimento, durante a consulta do pré-natal. O profissional conhece a rotina da criança, as doenças que apresentou e está preparado para acompanhar o seu desenvolvimento, até a adolescência”, diz o chefe da Pediatria do Hospital Esperança Recife, Fernando Oliveira.

Durante a gestação, por volta da 32ª semana, é indicado que ocorra a primeira consulta com o pediatra. Ele poderá orientar a futura mãe sobre os cuidados com o bebê, como a alimentação – com destaque para o aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida. O médico também acompanha o bebê ainda na maternidade, quando verifica a realização dos testes do pezinho, da orelhinha, do olhinho e de outros procedimentos fundamentais, o que inclui as primeiras vacinas. Já a primeira ida ao consultório deve ocorrer até o sétimo dia de vida do bebê. É nesse momento que o médico realiza o primeiro exame físico, avaliando medidas como peso, comprimento, circunferência cefálica, torácica e abdominal.



Após esse período, as consultas devem ocorrer uma vez por mês, até o primeiro ano. Essa fase regular de consultas é chamada de puericultura. Nela, é avaliado o desenvolvimento da criança, podendo ser identificados quaisquer distúrbios de crescimento ou alimentar, por exemplo. Também é importante para a realização de exames periódicos e o acompanhamento do calendário de vacinação.
Com o passar do tempo, as consultas podem ser bimestrais ou trimestrais até que a criança complete quatro anos. A partir dessa idade, ela pode se tornar anual, até os 19 anos.

Vale salientar que essas são as recomendações para o acompanhamento de uma criança saudável e que o médico pode avaliar caso haja necessidade de aumentar a frequência das consultas. “A criança não deve ser levada ao consultório apenas quando está doente. É importante que os pais sigam esse calendário, pois é fundamental para acompanhar o desenvolvimento da criança e identificar e tratar possíveis doenças – como as respiratórias, por exemplo, tão comuns nos pequenos. E sim, as consultas rotineiras são importantes até quando as crianças são mais crescidas, pois a relação de confiança que se estabelece entre médico e paciente é fundamental para acompanhar as mudanças da maturidade”, salienta o pediatra.

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

De mãos limpas e saúde em dia

Além do Dia das Crianças, o mês de outubro também comemora um dia ainda mais importante para os pequenos: o Dia Mundial de Lavar as Mãos. Celebrada no dia 15 de outubro, a data visa conscientizar a população para o hábito de lavar as mãos e, assim, erradicar doenças causadas pela falta de higiene.



Segundo a Unicef, no Brasil, 14% das crianças menores de cinco anos morrem de doenças diarreicas e infecções respiratórias. Boa parte dessas mortes poderia ser evitada com dois ingredientes simples: água e sabão. A lavagem das mãos com sabonete pode reduzir infecções diarreicas em até 40% e, em quase 25% os casos de infecções respiratórias. Para isso, a lavagem deve ser feita, no mínimo, em cinco momentos-chave do dia-a-dia: antes do café da manhã, do almoço e do jantar, logo após usar o banheiro e ao chegar em casa.

De acordo com pesquisa da Pastoral da Criança, de modo geral, as pessoas sabem que lavar as mãos após usar o banheiro, antes das refeições ou ao chegar em casa, evita doenças. Mas confessam que não lavam com frequência e nem insistem para que as crianças lavem.

Marcelo Gonçalves, infectologista do Hospital Caxias D’Or,  lembra que o hábito de lavar as mãos é de grande importância para adultos e, especialmente, para a proteção das crianças. “Essa medida evita uma série de doenças parasitárias intestinais e a transmissão de micro-organismos responsáveis por parenterites e conjuntivites. As crianças, de forma geral, são mais suscetíveis às gastroenterites, por isso é muito importante manter suas mãozinhas limpas”, alerta o médico.

Mãos contaminadas podem provocar diarreias, vômitos e doenças como gripes, resfriados, hepatites e alguns tipos de meningite. Além da contaminação em casa, a transmissão pode afetar muitas pessoas rapidamente em creches, escolas, escritórios e locais públicos. Os germes são transmitidos para os outros pelo toque direto ou de objetos contaminados que entram em contato com olhos, nariz ou boca.

Mas lavar as mãos não é simplesmente colocá-las embaixo d’água. É necessário esfregá-las com sabão, cuidado e atenção a cada pedacinho, desde a palma até entre os dedos. “É importante as pessoas saberem que lavar as mãos tem que ser como escovar os dentes: assim como os dentes têm várias faces que precisam ser limpas de todos os ângulos, as mãos também têm vários detalhes e precisam ser limpas em todos os cantos”, explica Gonçalves.

Para ajudar adultos e crianças a aprenderem a maneira mais eficiente de lavar as mãos, o infectologista ensina um breve passo a passo:


  • Umedeça as mãos com água corrente;
  • Coloque sabonete em quantidade suficiente em ambas as mãos;
  • Ensaboe as palmas das mãos, esfregando-as entre si;
  • Esfregue a palma de uma das mãos contra o dorso da outra mão e vice-versa;
  • Esfregue todos os dedos, entrelaçando-os e esfregando o espaço entre eles;
  • Esfregue o dorso dos dedos de uma mão com a palma da outra mão e vice-versa;
  • Esfregue um polegar com a palma da outra mão e vice-versa;
  • Esfregue a palma de uma mão com os dedos e as unhas da outra mão fechada e vice-versa;
  • Enxague bem as mãos evitando tocar na torneira;
  • Caso esteja em um ambiente público, utilize a mesma toalha de papel que usou para secar as mãos para fechar a torneira;


Pronto! Mãos limpinhas e saudáveis!

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Hipertireoidismo e hipotireoidismo: entenda a diferença


A tireoide está localizada na parte superior do pescoço e esta glândula é responsável pela secreção dos hormônios tireoidianos que influenciam grande parte das atividades do nosso organismo. Dra. Cristina Blankenburg, endocrinologista do Hospital Santa Luzia, em Brasília, alerta que algumas enfermidades podem afetar o bom funcionamento deste órgão. Entre elas, as mais comuns são os hipo e hipertireoidismo.

Você sabe a diferença entre estas doenças? Confira os esclarecimentos da médica e tire suas dúvidas!

- Hipo x Hiper 
“O hipotireoidismo é caracterizado pelo funcionamento insuficiente da tireoide. Já o hipertireoidismo, acontece quando há o excesso de produção de hormônios por esta glândula”, explica e médica.

- Sintomas 
“Sonolência, falta de energia, cansaço, fraqueza, queda de cabelo e menor resistência ao frio podem ser sinais de hipotireoidismo. Nos idosos, este problema também pode causar alterações no funcionamento cerebral, levando inclusive a demência. O hipertireoidismo, por sua vez, ocasiona taquicardia, calor excessivo, entre outros sintomas. Além disso, dores no pescoço e/ou na região da mandíbula precisam ser investigadas”, esclarece Dra. Cristina.

- Causas 
“Estes problemas podem ser manifestar devido à falta de iodo no organismo, o que não acontece com tanta frequência desde que o sal passou a ser enriquecido com esta substância. É importante lembrar que o consumo excessivo de sal enriquecido com iodo também pode causar danos à tireoide. Quem se expõe a altos níveis de radiação e utiliza alguns medicamentos específicos também tem mais chance de desencadear problemas nesta glândula. Por fim, inflamações na tireoide também podem evoluir para um quadro de hiper ou hipotireoidismo”, ressalta.

- Tratamento 
“Em geral, o hipotireoidismo é tratado por meio de reposição hormonal. Para o hipertireoidismo, há dois tipos de procedimento, que podem ser feitos por meio do uso de medicamentos que bloqueiam a produção de hormônios ou por iodoterapia, método que utiliza o iodo radioativo para controlar os problemas na tireoide”, conclui a endocrinologista.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

O que você fez pelo seu coração hoje?

A data 29 de setembro marca o Dia Mundial do Coração. Diariamente, nossas escolhas e atitudes podem contribuir para a saúde desse tão importante órgão.  Cuidados com a alimentação, prática de exercícios físicos, evitar o tabagismo e bebidas alcoólicas são algumas delas. “Muitas pessoas pensam que é difícil manter o coração saudável, mas não é. A maioria dos fatores de risco é mutável e outros podem ser controlados”, diz Carlos Melo, cardiologista do Hospital Esperança Recife.



Só no Brasil, por ano, as doenças cardiovasculares afetam 17,1 milhões de pessoas e matam mais de 300 mil. Elas representam a principal causa de mortes no país. Os dados são da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Os principais fatores de risco são hipertensão, colesterol, diabetes, sedentarismo, alimentação inadequada, obesidade e tabagismo. Esses, conforme salientou a cardiologista, podem ser modificados ou controlados. A eles, somam-se hereditariedade, idade e gênero. A partir dos 45 anos, aumentam as possibilidades de apresentar alguma doença cardiovascular. Além disso, os homens são mais suscetíveis que as mulheres, embora a incidência entre elas venha aumentando ao longo dos anos, atribuída – sobretudo – a uma rotina cada vez mais intensa.

A saúde do coração está aliada à prevenção. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% dos casos de ataques cardíacos e infartos prematuros podem ser evitados se ações preventivas forem adotadas. Além de seguir as orientações sobre alimentação e atividade física, é importante a consulta regular e a realização de exames de rotina, para medir os níveis de colesterol e glicose, por exemplo. Se o paciente tem histórico familiar de infarto ou morte súbita e apresenta sintomas como dores no peito, falta de ar e palpitações, os cuidados precisam ser intensificados. “Todavia, as doenças cardiovasculares podem ser silenciosas. Por isso, é tão importante o acompanhamento médico”, salienta Dr Carlos Melo.

A prevenção começa na infância – É muito importante incentivar as crianças a terem uma vida saudável. Os índices de obesidade são cada vez mais elevados entre os pequenos. Nessa fase da vida, o exemplo é o melhor ensinamento. Procure fazer refeições leves com seus filhos, evitando fast-food e outros alimentos industrializados, que são ricos em sódio, gordura e açúcar. A prática de exercícios físicos também é fundamental. Natação, futebol, ciclismo e outras atividades ao ar livre são ótimas opções para despertar a atenção das crianças e o interesse em movimentar o corpo.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Hidrocefalia não é uma doença exclusiva da terceira idade



Você já ouviu falar em hidrocefalia? Este problema é ocasionado por um distúrbio na circulação do líquido cerebral gerando o acúmulo de água no crânio. As causas desta doença podem ser congênitas (quando a criança já nasce com o problema) ou adquiridas.

O Dr. Renato Campos, neurocirurgião do Hospital Santa Luzia, em Brasília, esclarece que este problema também pode ser desencadeado por algum tipo de obstrução no cérebro. “Muitas vezes, tumores, infecções, sangramentos devido a aneurismas podem causar alterações no fluxo do líquido presente nesta região, levando à hidrocefalia”, explica. “Porém, também existem as causas não-obstrutivas da patologia, que podem ser congênitas ou desencadeadas por impactos na região da cabeça causados por acidentes, por exemplo”, acrescenta.

O especialista acrescenta que a doença não é exclusiva dos idosos e pode, sim, se desenvolver em outras fases da vida. “Por isso, é importante ficar atento aos sintomas deste problema. Eles podem se manifestar por meio de simples dores de cabeça, a vômitos, febres, alteração do nível de consciência e até convulsões. Na terceira idade, sinais como dificuldades de locomoção, incontinência urinária e alterações na memória também podem indicar alterações neurológicas”, observa.

Nas crianças os sintomas de hidrocefalia podem se apresentar de uma forma diferente. “Nesta fase da vida, o crânio ainda não está totalmente “fechado”, o que facilita o maior acúmulo líquido cerebral nesta região desencadeando o aumento do tamanho da cabeça”, destaca o neurocirurgião.

Quanto à prevenção, Dr. Renato Campos alerta especialmente as mães. “Muitas vezes, as formas congênitas desta doença estão ligadas às baixas taxas de ácido fólico presentes no organismo das grávidas. Por isso, é importante verificar os níveis desta substância e fazer a reposição necessária antes mesmo de engravidar, este cuidado deve ser redobrado em mulheres que fazem uso de alguns tipos de medicamentos”, conclui o Dr. Renato Campos.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Os vilões da vez


A última edição da revista Indicas publicou uma matéria sobre o Glúten e Lactose, considerados - pela publicação - como os vilões da vez. A nutricionista do Hospital São Luiz - Morumbi, Camila Giacomini, falou sobre a retirada destes componentes. A especialista aponta a inconsequência desta atitude e que o ideal é a atenção ao consumo excessivo de leite integral, que apresenta um alto teor de gordura, contribuindo para o ganho de peso e aumento na taxa de colesterol. Confira a matéria completa abaixo:







terça-feira, 15 de setembro de 2015

Varizes são um problema para 20 milhões de brasileiros


As varizes são um problema sério que, só no Brasil, atinge mais de 20 milhões de pessoas, sendo a maioria mulheres. A população feminina é mais atingida por essa doença por causa dos hormônios, principalmente a progesterona que favorece a dilatação das veias. No entanto, o principal fator de risco para se ter varizes é a presença desta doença na família: a hereditariedade.





Outros fatores que também contribuem para o aparecimento das varizes ou para agravar as que já existem são: idade, sexo, história familiar, obesidade, traumatismo nas pernas, temperatura, tabagismo, gravidez, sedentarismo e pílula anticoncepcional.

Atividades que demandam muito tempo em pé, sentadas ou agachadas com as pernas dobradas ou pendentes são desfavoráveis ao retorno venoso. Se não for possível evitar essas posições é recomendável fazer exercícios repetidos com o dorso-flexão dos pés. Os movimentos facilitam a mobilização da musculatura da panturrilha evitando o aparecimento do problema.

E as mulheres que adoram usar um salto fino devem evitar fazer o uso prolongado desse tipo de calçado. O salto fino reduz a área de apoio do calcanhar, obrigando que a pessoa efetivamente se equilibre. Isto pode levar a deformidades nos pés. O ideal é que haja um pequeno salto de até 4 cm na parte posterior, com uma base larga, o que apoia melhor o pé e permite uma distribuição equilibrada de peso com condições adequadas ao impulso necessário para a marcha.

A partir dos 30 anos é comum aparecer varizes que podem ir piorando com o passar dos anos. No entanto, os mais jovens podem ter microvarizes (ou aranhas vasculares, também chamadas de vasos). Como já falamos, as mulheres são mais propensas do que os homens devido aos fatores hormonais da gestação, menstruação e menopausa, além das terapias de reposição hormonal e anticoncepcionais, segundo alguns pesquisadores.

A gravidez aumenta a quantidade de sangue circulante e assim o trabalho das veias é mais solicitado. Aumenta também, nesse período, a quantidade de progesterona, hormônio que dilata as veias. O aumento do útero também tem influência já que vai comprimindo as veias do abdômen e da região pélvica, colocando um obstáculo para a subida do sangue das pernas para o coração. As varizes que aparecem durante a primeira gravidez frequentemente desaparecem após o parto. Já aquelas que surgem a partir da segunda gestação costumam permanecer após o nascimento do bebê.

O sobrepeso, provocado pela obesidade, aumenta a pressão sobre as veias e dificulta o retorno venoso. E outro fator que contribui é o sedentarismo. Movimentar as pernas é muito importante para bombear o sangue das veias. Ficar muito tempo sentado ou em pé, parado é ruim para as pernas. Os exercícios e o combate ao sedentarismo são muito importantes para a circulação corporal.

Já as altas temperaturas podem dilatar as veias, principalmente por tempo prolongado. Portanto deve se ter cuidado com a exposição excessiva ao calor do sol, da sauna e de fornos. A incidência de varizes é um pouco menor nos países mais frios.

Por fim o tabagismo. O uso do cigarro é responsável por diversas doenças, porque as substâncias contidas no cigarro agridem o organismo e também as paredes das veias.
O melhor a fazer para evitar as varizes é se movimentar, ter uma alimentação saudável e a qualquer sinal de veias dilatadas procurar um especialista.

Por: Dr. Ricardo Brizzi , angiologista e cirurgião vascular. Membro da Sociedade de Cirurgia Vascular do Rio de Janeiro. Responsável pelo setor de cirurgia vascular e endovascular do Hospital Badim, do Hospital Israelita e Hospital Norte D'Or.

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Automedicação pode agravar doenças e acarretar morte

Profissional alerta que cada pessoa possui um tratamento específico



Basta sentir algum tipo de dor que muitas pessoas recorrem aos remédios, ou melhor, aos paliativos que camuflam os sintomas das enfermidades. No entanto, esse gesto tão corriqueiro pode trazer mais malefícios que benefícios. Desde combinação inadequada - com um medicamento anulando o efeito de outro – até reações alérgicas e consequências mais graves como dependência e morte.

De acordo com a coordenadora da Assistência Farmacêutica do Hospital Esperança do Recife, Ana Alice Monteiro, cada paciente exige um atendimento específico e uma necessidade muito particular, por isso, o indicado é não se automedicar. “Cada paciente tem suas particularidades e um mesmo medicamento pode ser adequado para tratar um caso, mas não outro, a depender do histórico familiar e quadro clínico apresentado. Além disso, ainda há dosagens e períodos específicos para cada pessoa, que devem ser seguidos conforme prescrição médica” orienta.

Além disso, a ingestão inapropriada de medicamentos pode ainda agravar uma doença. Como por exemplo, o uso abusivo de antibióticos, que pode facilitar o aumento da resistência de micro-organismos. Atualmente, essa classe de medicamentos tem venda controlada mediante retenção de via da receita médica. “Bactérias multirresistentes são agravantes de diversas doenças, como a tuberculose, por exemplo”, salienta a profissional.

A profissional também alertou que a prática citada pode gerar graves consequências, como contração dos vasos sanguíneos, retenção de sódio, aumento da pressão arterial e lesões hepáticas e renais.

OMS - Conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente, 50% dos pacientes tomam medicamentos de forma incorreta. Com isso, também aumentam os casos de reações alérgicas com sintomas dos mais variados, desde prurido (coceira) e retenção de liquido até falta de ar e edema da glote. Já o Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), da Fundação Oswaldo Cruz, alerta para outro perigo: medicamentos são a principal causa de intoxicação no Brasil, ficando à frente de produtos de limpeza, agrotóxicos e alimentos estragados. A causa lidera o ranking desde 1994.

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Quimionautas visita a ala de Oncologia do Hospital Quinta D'Or

Na última quarta-feira, o pessoal do Quimionautas visitou a ala de Oncologia do Hospital Quinta D'Or e fez a alegria da garotada que está internada lá.



O Projeto Quimionautas tem a proposta de funcionar como um bálsamo durante o tratamento quimioterápico infantil, uma fase da vida em que só a alegria e a magia de viver deveriam reinar.

O objetivo desse projeto é, por meio do lúdico, mostrar uma nova maneira de encarar a doença. A força dos Quimionautas ajuda a transformar a dor em superação, trazendo resultados positivos para as famílias, que estão lutando contra o câncer.

Durante as sessões de quimioterapia, as crianças passam por internações e
intercorrências e se privam de hábitos infantis, como brincar, correr... Então, uma leitura que fale diretamente, mas de forma leve, do que elas estão vivendo, melhora o tratamento.

A peça, que tem duração de 20 minutos, é apresentada por dois atores, acompanhados por um músico, sobre um tapete de retalhos. Baseada no livro, a apresentação teatral narra a história de amor e superação vivida pelos personagens-mirins Theo e Nina (ambos em tratamento quimioterápico) e os 5 super-heróis Quimionautas, oriundos do Planeta “Kura”: Enfrentudo, Alegrete, Fezão, Fortalina e Empolgado (respectivamente, quimionautas da coragem, alegria, fé, força e entusiasmo).


Livro As Aventuras dos Quimionautas no Planeta Terra

Esta é uma história de amor que começa há três anos. Nos primeiros meses de gravidez, Gigi (Gizella Werneck Doyle) descobriu que estava com câncer. Apesar de muitas opiniões contrárias, ela decidiu seguir adiante com a gravidez e só depois iniciar o seu tratamento. Seu filho Gael nasceu prematuro e hoje é um menino lindo e saudável.
Gigi nunca desanimou. Em sua luta pela superação do câncer, durante seu
tratamento, nasceu o livro “As Aventuras dos Quimionautas no Planeta Terra”, uma fábula de super-heróis repleta de fantasia e encantamento, com lições importantes sobre a valorização da vida e a importância da fé e do amor.

No final de 2014, o livro foi publicado em duas versões (eletrônica e física). A primeira edição impressa teve tiragem de 3 mil exemplares com verba conseguida através de um fundo de financiamento coletivo. Resultado de uma campanha de 60 dias na internet. Os primeiros exemplares estão sendo distribuídos gratuitamente em instituições de tratamento e apoio às crianças com câncer, em todo o Brasil.

Gigi faleceu um pouco depois dos livros ficarem prontos. O sonho de juntar a entrega dos exemplares com a contação da história de forma teatral para as crianças em tratamento quimioterápico, começou a virar realidade, quando seus amigos e sua prima decidiram se unir em prol dessa missão. Assim, nasceu o Projeto Quimionautas.


Mais informações sobre o projeto:

Katia Werneck
(21) 99478-6858
katiawerneck.paiva@gmail.com

Licia Lameri
(21) 98101-5979
liciamosci@hotmail.com

Ricardo Falco
(21) 99848-6839
rickfalco2@hotmail.com

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Você sabia que bactérias presentes na boca podem ocasionar doenças cardíacas?

Dentista esclarece que os cuidados com a saúde bucal são essenciais para manter o coração em dia




A boca é abrigo diário de muitas bactérias. Estes organismos se fixam na superfície dos dentes, da língua, da gengiva e de outras estruturas presentes nesta cavidade, como os restos radiculares (partes dos dentes que, por algum motivo, "se perdem" na gengiva). Se acumulados, estes podem trazer problemas para a saúde e desencadear doenças em diversas partes do corpo. 

O dentista do Hospital do Coração do Brasil em Brasília, Alexandre Miranda, ressalta que há uma forte relação entre as patologias do coração e a saúde odontológica, assim como os problemas dentários podem causar doenças cardíacas. "Isto acontece porque a cavidade bucal não está separada do todo. Assim, as bactérias presentes na boca podem entrar na corrente sanguínea e causar prejuízos na estrutura do coração. Algumas doenças cardíacas frequentemente estão associadas a estes organismos", observa.]


As inflamações, ferimentos e sangramentos na gengiva e nos tecidos dentários, também conhecidas como periodontites, são alguns dos problemas que mais ameaçam a saúde cardíaca. "As lesões causadas pelas periodontites facilitam a entrada de bactérias na corrente sanguínea e podem ocasionar a endocardite bacteriana, problema que ocorre quando estes organismos se instalam nas válvulas cardíacas, comprometendo o funcionamento do coração", argumenta o especialista. 

Por isso, o dentista lembra que pessoas que procuram ajuda odontológica apenas por questões estéticas precisam ficar atentas. "Para evitar qualquer tipo de problema, é indispensável fazer uma avaliação completa da saúde bucal ao menos uma vez por ano. Além disso, recomenda-se uma visita ao dentista antes e depois de se submeter a cirurgias no coração. Isto, é claro, depende da avaliação do cardiologista", esclarece. "Ações educativas e de prevenção sobre a forma correta de fazer a higienização dos dentes, das próteses e da língua também são fundamentais. Estas devem acontecer frequentemente nos hospitais, com o objetivo de esclarecer dúvidas dos pacientes e de toda a equipe médica", ressalta. 

Tendo em vista o maior conforto e segurança de seus pacientes, o Hospital do Coração do Brasil (HCBr) é um dos primeiros centros de Brasília a integrar dentistas à equipe de atendimento. "Esta postura é adotada em centros de excelência de todo o mundo. Para minimizar os riscos, é indispensável que os serviços odontológicos sejam parte da rotina dos hospitais. Desta maneira, é possível dar uma assistência completa aos nossos pacientes, prevenindo-os de várias doenças", conclui o dentista.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Arritmias cardíacas podem levar à morte súbita

Este problema é caracterizado pelo aumento ou diminuição do ritmo cardíaco


Todos nós já sentimos o coração bater mais forte ao menos uma vez na vida. Isso acontece com frequência quando recebemos uma ótima notícia ou somos surpreendidos por um fato não tão agradável. Porém, alterações no ritmo cardíaco nem sempre são normais. Elas podem indicar que algo não está bem.

Dr. Joubert Mosquéra, cardiologista do Hospital do Coração do Brasil, em Brasília, explica que estes descompassos, mais conhecidos como arritmias, podem indicar problemas cardiovasculares e aumentar as chances de morte súbita.

Confira alguns esclarecimentos do cardiologista sobre o assunto:

- Qual o ritmo adequado do coração?
“A frequência cardíaca normal em repouso é de 60 a 100 batimentos por minuto (bpm). Isto varia bastante de acordo com a idade, que também é um fator determinante para calcular a frequência máxima de cada pessoa. A conta é simples, basta subtrair a sua idade de 220. Uma pessoa de 20 anos, por exemplo, tem a frequência máxima de 200 bpm. Frequências mais baixas ou mais altas podem ser consideradas normais, dependendo da idade e da condição física do paciente”, esclarece o especialista.

- O que provoca as arritmias?
“Arritmia é um distúrbio do ritmo do coração. Ela acontece de duas formas: quando a frequência cardíaca está mais baixa que o normal (bradicardias) ou quando o ritmo é irregular e a frequência muito alta (taquicardia). Este problema pode ser causado por doença de chagas, infarto do miocárdio, inflamações do coração, uso de medicações, descongestionantes nasais ou suplementos alimentares. O descompasso também pode ter causas genéticas, por isso, quem tem histórico familiar de arritmia deve ter atenção redobrada com a saúde do coração”, afirma Dr. Joubert Mosquéra.

- Quais os sintomas do problema? 
“A maioria das arritmias é benigna e, muitas vezes, assintomáticas. Porém, há casos em que este problema se manifesta por meio de palpitações, tonturas, desmaios, falta de ar e dores no peito. Dentre estes, o mais preocupante é o desmaio, pois acredita-se que um paciente que desmaia por arritmia tem mais risco de sofrer morte súbita”, ressalta o cardiologista.

TRATAMENTO
Dr. Joubert ressalta que, muitas vezes, a suspensão do uso de algumas medicações ou produtos pode solucionar este problema. “Quem usa suplementos alimentares, medicamentos para emagrecer, ou toma muitos copos de café por dia está mais suscetível às arritmias. O consumo excessivo de álcool também pode causar o descompasso”, afirma. “Porém, em casos mais graves, o cardiologista pode prescrever medicações antiarrítmicas, ou sugerir o implante de um marca-passo. Tudo depende do caso específico de cada paciente”, conclui.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Mulheres evitam a mamografia por medo de sentir dor


Mastologista do Hospital São Luiz explica porque o exame causa desconforto 

Para a maioria das mulheres, a mamografia - principal exame de rastreamento do câncer de mama - está associada a sensações de desconforto e dor. “A mamografia doí, pois para aumentar a sua eficácia é necessário comprimir as mamas, que normalmente são sensíveis”, explica Fábio Arruda, mastologista do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim.

Seja por medo de sentir dor ou desconhecimento muitas mulheres evitam a mamografia. Segundo pesquisa do Datafolha, 19% das brasileiras, entre 40 e 69 anos, nunca fizeram o exame no SUS (Sistema Único de Saúde), na rede particular a estimativa é de 5%.

No entanto, o incômodo ocasionado pelo exame não pode ser um empecilho para sua realização. Segundo Fábio Arruda, a mamografia identifica nódulos, calcificações, assimetrias e outras alterações nas mamas que podem ser doenças malignas ou benignas. “Esse é o único método capaz de diminuir as mortes por câncer de mama. O exame deve ser feito anualmente a partir dos 40 anos”, reforça.

Para diminuir a dor o especialista recomenda realizar a mamografia após o período menstrual (5 a 10 dias depois da menstruação) e, se necessário, tomar um remédio com função anti-inflamatória na véspera do dia do exame.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Doenças cardíacas são mais incidentes em épocas de frio



Durante este período, ocorre a vasoconstrição, fenômeno que contrai os vasos sanguíneos e aumenta a chance de infarto e AVC

O frio agrada muita gente, pois é a época ideal para tirar os agasalhos do armário, consumir alimentos quentes e ficar bem perto das pessoas queridas. Porém, este período exige alguns cuidados específicos com o corpo e, principalmente, com a saúde cardiovascular.

Dr. Paulo Cardoso, cardiologista do Hospital do Coração do Brasil, em Brasília, alerta que quando as temperaturas estão mais baixas ocorre a vasoconstrição, um fenômeno que pode causar problemas cardíacos. “Isto é um mecanismo de defesa do organismo para manter o aquecimento interno do corpo. Assim, os vasos se contraem e a pressão sanguínea aumenta, fazendo o coração trabalhar mais rápido e aumentando as chances de infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC) ”, esclarece. 

O médico lembra que manter hábitos saudáveis, mesmo durante o inverno, é fundamental para que a saúde cardíaca fique em dia. “É comum que, durante o frio, as pessoas se exercitem menos e consumam alimentos mais gordurosos e pouco nutritivos. Estas práticas contribuem para o mal funcionamento do coração. Por isso, o ideal é manter a mesma rotina em todas as épocas do ano”, afirma Dr. Paulo Cardoso. 

Além da vasoconstrição, o frio apresenta outro risco para a saúde cardíaca: as infecções virais. “Durante este período, aumenta a ocorrência de gripes e resfriados. Isto pode levar a descompensação cardíaca e ocasionar problemas do coração. Este risco é maior para os idosos e pessoas que sofrem de doenças cardíacas (cardiopatas) ”, acrescenta o cardiologista.

FÉRIAS
Você vai viajar para lugares muito frios? Não se esqueça de consultar um cardiologista antes de embarcar. “Esta recomendação é ainda muito importante para cardiopatas. Outro alerta é para quem vai praticar esportes na neve. Estes exercícios podem exigir bastante do sistema cardiovascular”, conclui o médico.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Cuidado com acidentes domésticos nas férias



Informações importantes do coordenador da Emergência Pediátrica do Hospital Esperança Recife, Fernando Oliveira, que podem evitar acidentes domésticos com crianças, sobretudo nesta época de férias, quando elas passam mais tempo em casa.  Para as crianças, férias significam lazer. Para os pais, atenção em dobro. De acordo com o Ministério da Saúde, 122 mil crianças são hospitalizadas anualmente e 4,7 mil morrem em decorrência de acidentes ou lesões não intencionais, sendo a principal causa de morte de crianças de um a 14 anos no Brasil.

Entre os principais acidentes estão quedas, envenenamentos, sufocamentos e afogamentos. No que diz respeito às quedas, as crianças pequenas estão mais expostas ao perigo, principalmente as de até quatro anos. “Isso ocorre pelo fato de explorarem o ambiente onde estão por meio dos sentidos (olfato, paladar, tato, visão e audição) e por não terem a noção do perigo ao qual estão expostas”, avalia o coordenador da Emergência Pediátrica do Hospital Esperança Recife, Fernando Oliveira. Quanto ao envenenamento, as crianças sofrem consequências mais graves que os adultos devido à estrutura corporal menor e ao metabolismo mais rápido.

Em casa, os locais de maiores riscos são cozinha, banheiro e escada. No entanto, estudos apontam que cerca de 90% das lesões podem ser evitadas com atitudes de prevenção. 

De acordo com o médico, é importante adotar algumas medidas:
Manter produtos de higiene e limpeza, além de medicamentos, fora da vista e do alcance dos pequenos; não se referir a medicamentos como doces, pois pode levar a criança a pensar que são agradáveis de comer; ficar atento ao recall de brinquedos e escolher os que possuem peças maiores, para evitar aspiração; instalar corrimão nas escadas; instalar barras de segurança no banheiro e utilizar tapetes emborrachados.

Também é indicado evitar brincadeiras de risco na cama; colocar telas nas janelas e sacadas; não deixar objetos na escada; colocar protetores nas tomadas; nunca deixar o bebê sozinho em mesas, camas ou outros móveis; e tomar cuidado com os andadores para bebês, pois eles são responsáveis por mais acidentes que qualquer outro produto infantil destinado a crianças entre cinco e 15 meses.

Em caso de acidente, a primeira providência é procurar atendimento médico. Se a ocorrência for envenenamento, deve-se levar o produto para análise da equipe de saúde. “Quanto menor a idade da criança, maior deve ser a vigilância dos pais. À medida que eles forem crescendo, explique os riscos de determinadas atitudes – como, por exemplo, que energia elétrica e fogo não são itens seguros para brincadeiras”, diz Fernando Oliveira.

Confira os acidentes mais frequentes de acordo com as idades (dados da Sociedade Brasileira de Pediatria):

• 0 a 1 ano: quedas (trocador, cama, colo), asfixia, sufocação, aspiração de corpos estranhos, intoxicações, queimaduras (água quente, cigarro).
• 2 a 4 anos: quedas, asfixia, sufocação, afogamentos, intoxicações, choques elétricos, traumas.
• 5 a 9 anos: quedas, atropelamentos, queimaduras, afogamentos, choques elétricos, intoxicações, traumas.

• 10 a 19 anos: quedas, atropelamentos, afogamentos, choques elétricos, intoxicações, traumas.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Saiba mais sobre a pré-eclâmpsia e suas complicações


pré-eclâmpsia e suas complicações são a principal causa de morte materna no Brasil, e a identificação dessa doença e seu tratamento adequado salvam muitas vidas. Ela é uma enfermidade que costuma ocorrer nos últimos meses de gestação – a partir da 20ª semana ou no terceiro trimestre da gravidez. É caracterizada pela hipertensão arterial (crônica ou especifica da gestação) que reduz o fluxo de sangue para a placenta, restringindo o crescimento do bebê. A pré-eclâmpsia pode evoluir para a eclâmpsia quando a pressão arterial sobe demais, colocando as vidas da mãe e do bebê em risco. A eclâmpsia pode causar convulsões, levar a paciente ao coma e à morte.
O principal sinal da doença é a pressão alta, mas outros sintomas incluem inchaço de mãos, pés e rosto, dor de cabeça, sangramento vaginal, perda de proteínas pela urina, alterações visuais, baixo nível de plaquetas no sangue e alteração de enzimas hepáticas.
Dr. Soubhi Kahhale, Coordenador de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim, explica que pacientes que têm pré-eclâmpsia, ou pressão alta na gravidez, devem ficar sempre atentas aos sinais de risco para a eclâmpsia, que são: dor de cabeça forte, dor na boca do estômago e transtornos visuais como surgimento de pontos luminosos. “Esses são sinais de perigo e a gestante deve ir imediatamente ao hospital para verificar a pressão arterial e ser avaliada”.
Algumas gestantes têm maior probabilidade de desenvolver a pré-eclâmpsia. Entre os fatores de risco estão:
• Gestantes que estão em sua primeira gravidez, ou quando há um espaço de pelo menos dez anos entre duas gestações
• Gestantes acima dos 40 anos ou abaixo dos 20 anos
• Obesidade antes da gestação
• Diabetes
• Parente próximo com histórico de pré-eclâmpsia
• Hipertensão arterial crônica
• Gravidez gemelar
• Gestantes que têm doença renal
• Gestantes que têm trombofilias (tendência à trombose).
Um pré-natal criterioso e sistemático é a melhor indicação para controlar a pré-eclâmpsia e evitar que a doença evolua para a eclâmpsia. Nos casos de riscos, o Dr. Soubhi Kahhale explica que existe evidência que pacientes podem se beneficiar do uso da aspirina em dose baixa e controlada, podendo diminuir em até 50% as chances de desenvolver a pré-eclâmpsia. “A principal recomendação, e que salva inúmeras vidas, é procurar o médico assim que algum desses sintomas aparecerem. Ele vai poder dar um diagnóstico preciso e saber qual o tratamento mais indicado para cada caso”