Sobre o que você quer saber?







quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Hidrocefalia não é uma doença exclusiva da terceira idade



Você já ouviu falar em hidrocefalia? Este problema é ocasionado por um distúrbio na circulação do líquido cerebral gerando o acúmulo de água no crânio. As causas desta doença podem ser congênitas (quando a criança já nasce com o problema) ou adquiridas.

O Dr. Renato Campos, neurocirurgião do Hospital Santa Luzia, em Brasília, esclarece que este problema também pode ser desencadeado por algum tipo de obstrução no cérebro. “Muitas vezes, tumores, infecções, sangramentos devido a aneurismas podem causar alterações no fluxo do líquido presente nesta região, levando à hidrocefalia”, explica. “Porém, também existem as causas não-obstrutivas da patologia, que podem ser congênitas ou desencadeadas por impactos na região da cabeça causados por acidentes, por exemplo”, acrescenta.

O especialista acrescenta que a doença não é exclusiva dos idosos e pode, sim, se desenvolver em outras fases da vida. “Por isso, é importante ficar atento aos sintomas deste problema. Eles podem se manifestar por meio de simples dores de cabeça, a vômitos, febres, alteração do nível de consciência e até convulsões. Na terceira idade, sinais como dificuldades de locomoção, incontinência urinária e alterações na memória também podem indicar alterações neurológicas”, observa.

Nas crianças os sintomas de hidrocefalia podem se apresentar de uma forma diferente. “Nesta fase da vida, o crânio ainda não está totalmente “fechado”, o que facilita o maior acúmulo líquido cerebral nesta região desencadeando o aumento do tamanho da cabeça”, destaca o neurocirurgião.

Quanto à prevenção, Dr. Renato Campos alerta especialmente as mães. “Muitas vezes, as formas congênitas desta doença estão ligadas às baixas taxas de ácido fólico presentes no organismo das grávidas. Por isso, é importante verificar os níveis desta substância e fazer a reposição necessária antes mesmo de engravidar, este cuidado deve ser redobrado em mulheres que fazem uso de alguns tipos de medicamentos”, conclui o Dr. Renato Campos.

Nenhum comentário: