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terça-feira, 29 de novembro de 2016

Câncer Infantil: Pequenos sinais podem salvar vidas

As últimas quatro décadas são marcadas pelo progresso no desenvolvimento do tratamento do câncer infantil. Estima-se que cerca de 70% das crianças acometidas de câncer podem ser curadas, se diagnosticadas precocemente e tratadas em centros especializados. Muitas são as conquistas obtidas pela equipe do Hospital Estadual da Criança, localizado no Rio de Janeiro, no tratamento de cerca de 200 pacientes. Submetidas a assistência no HEC, a maioria dessas crianças usufrui de boa qualidade de vida, após o tratamento.

- Para atingir possibilidades reais de cura do câncer infantil, é fundamental o diagnóstico precoce. Os pais devem estar alertas para o fato de que a criança não inventa sintomas. No entanto, na maioria das vezes, os sintomas estão relacionados a doenças comuns na infância, o que não deve ser motivo para descartar a visita ao pediatra para avaliação mais detalhada – ressalta Dra. Patrícia Moura, responsável pelo Serviço de Oncohematologia pediátrica do Hospital Estadual da Criança, administrado pelo Instituto D’Or de Gestão de Saúde Pública.

A manifestação do câncer infantil pode não diferir muito de doenças benignas (sem maior gravidade) comuns nessa faixa etária. Muitas vezes, a criança ou o jovem está em razoáveis condições de saúde no início da doença, e por isso, chegam aos centros especializados de tratamento com a doença em estágio avançado por diversos fatores: desinformação dos pais; medo do diagnóstico de câncer; desinformação dos médicos.


A causa da maioria dos casos de câncer pediátrico ainda é desconhecida, causando questionamentos e angústias nos pais. Alguns casos são resultado da predisposição genética – apenas 5% dos cânceres são herdados dos pais para filhos, mas ao contrário do que ocorre com os adultos, o câncer infantil não está associado a fatores como dieta, falta de exercícios físicos e, muito menos, ao uso de cigarro e álcool. Os tumores mais frequentes na infância e na adolescência são as leucemias, os do sistema nervoso central e linfomas.

- O conhecimento do pediatra para a desconfiança do câncer é determinante para um diagnóstico seguro e rápido. Partimos que o diagnóstico é feito a partir da história clínica suspeita e exame físico detalhado; exames laboratoriais como hemograma completo e exames bioquímicos; e exames de imagem de acordo com achados do exame físico e/ou da história clínica, que pode ser desde um raio x simples até exames mais elaborados como ressonância nuclear magnética – explica a oncohematologista.

O tratamento do câncer infantil é determinado com base no tipo e estadiamento da doença. As opções podem incluir quimioterapia, cirurgia, radioterapia e outros tipos de tratamento. Em muitos casos, é necessário apenas um destes tratamentos ou combinações deles. Cabe ressaltar que tratamento de crianças é diferente do tratamento de pacientes adultos, e o ideal é que a criança possa ser tratada em centros pediátricos, onde outras crianças também estejam recebendo tratamento. Também é muito importante que a família participe ativamente do tratamento da criança, dando segurança e confiança a mesma.

- O Hospital Estadual da Criança é concebido no conceito de multi especialidades para o tratamento dos pequenos pacientes. Além de uma equipe de especialistas altamente competentes, a assistência é oferecida com o complemento de ações humanizadas, lideradas por psicólogos, pedagogos, terapeutas ocupacionais, contando ainda com o apoio de voluntários. Tudo no intuito de fazer com que o tratamento e a estadia hospitalar sejam mais confortáveis para os pacientes e seus familiares, mantendo o foco na segurança do paciente – declara Dr. Lúcio Abreu, diretor de qualidade do hospital.

Sinais e sintomas de alerta do câncer infantil:
Dores de cabeça e vômitos pela manhã;
Caroços no pescoço, nas axilas e na virilha, ínguas que não resolvem;
Dores nas pernas e nas articulações que não passam e atrapalham as atividades da criança;
Manchas arroxeadas na pele, como hematomas ou pintinhas vermelhas (petéquias);
Aumento de tamanho de barriga;
Febre prolongada;
Perda de peso;
Palidez inexplicada (anemia) e prostração;
Brilho branco em um ou nos dois olhos quando a criança sai em fotografias com flash.

Principais tipos de câncer infantil:
Leucemia – É o câncer mais comum na infância. As leucemias têm origem na medula óssea, o tutano dos ossos, onde é normalmente produzido o sangue. Manifesta-se com dor nos ossos ou nas articulações, palidez, manchas roxas, sangramentos, febre, abatimento, entre outras. O diagnóstico das leucemias se faz através do mielograma, exame do sangue de dentro do osso. Existem vários tipos de leucemia: Leucemia Linfoide Aguda (LLA), Leucemia Mieloide Aguda (LMA), Leucemia Mieloide Crônica (LMC) e Leucemia Linfoide Crônica (LLC - só em adultos). As leucemias podem ter índices de cura de até 80% quando tratadas com quimioterapia. Em alguns casos, estão indicados também radioterapia e transplante de medula óssea.

Tumores do Sistema Nervoso Central – Os tumores do sistema nervoso central, cérebro e cerebelo são os tumores sólidos (que não leucemias e linfomas) mais frequentes em crianças. Os sintomas mais comuns são dor de cabeça e vômitos pela manhã, tontura e perda do equilíbrio, alteração visual, entre outros. O diagnóstico do tipo exato de tumor é feito durante a cirurgia. Os tumores benignos são tratados apenas com cirurgia. Para os tumores malignos são, em geral, necessárias também quimioterapia e /ou radioterapia.

Linfomas – Os linfomas são tumores que acometem os gânglios e o baço (sistema linfático). Existem dois tipos principais de linfomas: Linfoma de Hodgkin e Linfoma Não Hodgkin. A maioria dos casos começa com adenomegalias ("ínguas" – aumento de volume dos gânglios) que vão crescendo no pescoço, nas axilas na região inguinal ou intra-abdominal. A criança pode apresentar febre prolongada, perda de peso, aumento do baço, entre outros. O diagnóstico dos Linfomas de uma forma geral é feito através de uma série de exames laboratoriais e de imagem, mas somente confirmado na maioria dos casos através da biópsia de um gânglio aumentado de tamanho. O tratamento é feito com quimioterapia e em alguns casos radioterapia. 

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Mamilos não são polêmicos: especialista do Hospital São Luiz dá dicas para a amamentação em público

Amamentar é um ato de saúde para mãe e bebê. Porém, apesar de ser um direito, muitas mulheres ainda sofrem preconceito ou se sentem constrangidas de amamentar em público. Patricia Scalon, consultora e enfermeira do Grupo de Apoio de Aleitamento Materno (GAAM) da Maternidade São Luiz Itaim, ressalta que a amamentação dever ser sobre livre demanda, sempre que o bebê estiver com fome, pois isso garantirá que ele cresça saudável e receba o alimento mais completo que existe.

“O leite materno protege contra inúmeras doenças, tem um papel importantíssimo na imunidade do bebê e diminui a chance de desenvolver alergias como rinite, dermatite, asma e outras”, explica a especialista. Além destes benefícios, protege e repara o intestino da criança, diminuindo a cólica, e é fundamental para o desenvolvimento da arcada dentária. Já para as mães, protege contra câncer de mama e ovários, diabetes e auxilia na perda de peso adquirida na gravidez.


Para Patricia, o principal desafio ao amamentar em público é encontrar um lugar confortável para a mãe e o bebê. As mulheres não devem se preocupar com os olhares dos curiosos, mas apenas pensar no bebê e aproveitar esse momento independente de onde estejam. A seguir, a enfermeira dá informações importantes para facilitar a ocasião:

Quais são as principais orientações para amamentar fora de casa?

É importante ter um local onde a mãe possa se sentar confortavelmente e apoiar as costas para que o bebê consiga realizar a pega correta. O corpo e a cabeça do bebê deverão ficar alinhados e encostar no corpo da mãe. O queixo tem que tocar o peito e o nariz ficar afastado da mama. O bebê precisa pegar toda região areolar, não só o mamilo. Além disso, a mãe deve higienizar bem as mãos com água e sabão e, se possível, complementar com álcool gel 70%. A roupa confortável, com abertura frontal, como botões, também facilita. 
  
Pode ser prejudicial deixar de amamentar na rua por constrangimento? Por quê?

Sim, porque o bebê poderá ficar irritado e choroso, uma vez que os momentos de fome não são respeitados. A mama poderá ficar muito cheia, com pontos endurecidos e dolorosos, devido ao excesso de leite. Isso dificulta a pega na próxima mamada.

Extrair o leite em casa para amamentar depois é uma opção viável?

Não, pois durante o transporte o leite poderá ser contaminado. O correto seria ordenhar e armazenar em bolsas térmicas com gelo para garantir a qualidade do alimento. Mas, para oferecer o leite ordenhado, é necessário aquecer em banho-maria e servir no copinho ou colherzinha previamente esterilizada, pois a mamadeira pode levar ao desmame precoce. Desta forma, é muito mais fácil oferecer a mama, para que o bebê possa mamar em qualquer lugar, na temperatura ideal, na quantidade que desejar e livre de contaminação.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Conheça as Maternidades da Rede D'Or São Luiz

As maternidades da Rede D'Or São Luiz oferecem acompanhamento em todas as fases da gestação. Veja a lista de unidades que contam com o serviço. Para saber mais sobre os hospitais da Rede, acesse: http://rededor.com.br/unidades.aspx