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terça-feira, 28 de novembro de 2017

Com altas chances de sucesso, parto normal após cesárea é possível sim!

Taxas de êxito chegam a 80%; complicações não atingem 1% dos casos

Estudos realizados desde a década de 60 têm demonstrado que a frase “uma vez cesárea, sempre cesárea” tem cada vez mais perdido o sentido.

“Submeter-se a um parto normal com cesárea prévia é possível e, mais do que isso, com altas chances de sucesso e segurança.” É assim que o Dr. Wagner Hernandez, ginecologista e obstetra da Maternidade São Luiz Itaim, fala sobre as mulheres que foram submetidas previamente a uma cesariana, que podem tentar passar por um trabalho de parto e terem seus filhos por meio de um parto vaginal.




As taxas de sucesso de partos vaginais após cesarianas podem chegar a 80%, sempre variando de caso a caso, mas nunca menor do que 60%. A complicação mais temida é a de o útero se romper durante o parto, causando grande hemorragia, perda do útero e até óbito da parturiente e do bebê, mas sua incidência não chega a 1%. “De todos os partos normais, os rompimentos de úteros ficam entre 0,4 a 0,7%, mostrando que o procedimento é altamente seguro”, orienta Hernandez.

As vantagens de se escolher o parto normal após ter passado por uma cesárea são as mesmas de se optar por um parto vaginal na primeira gravidez. Os benefícios vão além da melhoria da maturidade dos pulmões do bebê, que ocorre pelo nascimento natural do pequeno. Menor risco de infecção, favorecimento da produção de leite materno e o retorno do útero ao seu tamanho normal mais rapidamente são outros existentes nessa prática, que valem destaque.

Para o bebê, a passagem pelo canal vaginal é importante para tirar todo o líquido que fica dentro do pulmão – que acontece no momento que ele é espremido –, diminuindo as chances de desenvolver complicações respiratórias. Além de possibilitar que o bebê entre em contato com bactérias que ajudam no desenvolvimento imunológico trazendo ainda benefícios para a vida adulta.

Já para a mãe, a não realização de uma cirurgia possibilita que ela esteja precocemente em contato com seu bebê e se reabilite mais rapidamente sem dores, diferente da cirurgia que traz limitações.

Para poder escolher a realização de parto normal após cesárea prévia, a mulher precisa atender a alguns requisitos:

Ter tido apenas uma cicatriz no útero (cesárea tradicional) anterior;
A cesariana anterior ter ocorrido pelo bebê estar sentado ou sem ter atingido dilatação total do colo do útero;
A mulher ter menos de 40 anos;
Entrar em trabalho de parto espontâneo e antes da data prevista;
Estar esperando um bebê com menos de 4000g.

No caso das gestações gemelares após cesárea prévia, o Dr. Wagner Hernandez explica que os riscos são iguais às gestações únicas. “Os grandes prejuízos da cesárea aparecem em grandes proles, provocando alta incidência de placenta prévia ou acretismo placentário, com risco de hemorragia e até perda do útero”, orienta.

Após o parto, o especialista recomenda verificar a parede uterina por meio do exame de toque, para checar se realmente não houve ruptura. “Em todos os casos, o mais importante é ser avaliada por um especialista que levará em consideração seu histórico, buscando sempre encontrar a melhor escolha para a gestante e seu bebê”, orienta Hernandez.

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Novembro Branco: mês reforça a importância da prevenção do câncer de pulmão

Especialistas alertam para a ligação entre tabagismo e a doença, e afirmam que, apesar dos avanços, a neoplasia ainda é uma das mais letais que existem

O Brasil tem apresentado importantes avanços no combate ao câncer de pulmão, entretanto, a doença continua sendo uma das principais causas de morte no país. Aproximadamente 90% dos pacientes diagnosticados com a doença são ou já foram tabagistas. Na tentativa de reverter este quadro, o penúltimo mês do ano ganhou uma campanha especial para alertar a população sobre a doença e seus fatores de risco: o Novembro Branco.

Já se sabe que o tabaco pode aumentar em cerca de 30 a 40 vezes o risco de desenvolver o câncer de pulmão ao longo da vida, inclusive em fumantes passivos que têm cerca de 2 a 3 vezes mais chances de ter esse tipo de neoplasia. "A melhor forma de prevenção do câncer de pulmão é não fumar. Caso esse hábito já exista, abandoná-lo o quanto antes é o primeiro passo para evitar não apenas este tipo de tumor, como também os localizados na cavidade oral, na laringe, no esôfago, na bexiga, no pâncreas e no estômago", ressalta Tatiane Montella, oncologista clínica e uma das coordenadoras do projeto Neotórax – Núcleo de Excelência em Oncologia Torácica, do Grupo Oncologia D’Or.



Além do abandono do hábito, outro grande desafio é o diagnóstico precoce da neoplasia, como destaca a Dra. Angela Chindamo, responsável pelo Centro de Pneumologia do Hospital Barra D’Or.

"É comum as pessoas procurarem o pneumologista depois de passarem por vários outros especialistas, o que retarda o diagnóstico. E, para que este seja feito de forma mais assertiva, dispomos de um serviço que compreende o atendimento especializado e exames diagnósticos, como a broncoscopia e a espirometria, para agilizar a identificação de tumores e doenças inflamatórias nos pulmões. A proposta do Centro de Pneumologia é oferecer esta assistência integrada que, em caso de diagnóstico confirmado, possa encaminhar com agilidade para o tratamento com o oncologista”, explica a Dra. Angela Chindamo.

Segundo Tatiane Montella, apesar das constantes campanhas antitabagistas realizadas no Brasil, os números continuam sendo alarmantes. Este ano, a publicação científica The Lancet publicou um estudo realizado com 195 países, entre eles o Brasil, mostrou que o cigarro causa uma em dez mortes no mundo. “Nosso país está entre os dez com maior índice de tabagismo. Porém, é importante ressaltar que houve uma redução de homens fumantes, eles passaram de 29% para 12%, já as mulheres de 19% para 8%”.

Novidades em tratamento

O número de mortes por câncer de pulmão atualmente é maior do que o número de mortes por câncer de mama, próstata e colón juntos. São mais de 28 mil novos casos da doença por ano no Brasil.

A boa notícia é que o tratamento para a doença tem avançado, sendo a imunoterapia um dos mais promissores nos últimos anos. “Diferente das demais terapias, a imunoterapia tem como proposta estimular o próprio organismo a combater o tumor. O sistema imunológico do paciente é a grande arma contra a neoplasia”, explica Tatiane Montella.

Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou a terapia como primeira opção terapêutica para pacientes com câncer de pulmão de não pequenas células – um dos tipos mais comuns da doença. “A aprovação foi um grande avanço, pois há décadas o padrão de tratamento era apenas a quimioterapia”, diz a oncologista.

Neotórax – Núcleo de Excelência em Oncologia Torácica – Acompanhando as evoluções no tratamento do câncer de pulmão, os centros oncológicos têm apostado cada vez mais em unidades especializadas e com assistência integral ao paciente oncológico. É o caso do Neotórax - Núcleo de Excelência em Oncologia Torácica, que oferece um atendimento específico no trato das neoplasias pulmonares com o uso de terapias complementares para o combate à doença. Além de desenvolver pesquisas clínicas para o estudo de novos tratamentos.

O diferencial da unidade é o foco em uma linha de cuidado integral dos pacientes, voltada especificamente para câncer de pulmão. A clínica também dispõe de terapias complementares, como é o caso da Yogaterapia, projeto que conta com o apoio do Instituto Hermógenes, com base no trabalho desenvolvido pelo professor José Hermógenes, criador do instituto. As aulas são ministradas pelo professor Thiago Leão, neto de Hermógenes, e contam com exercícios respiratórios, visualizações, meditação e relaxamentos.


Centro de Pneumologia Barra D'Or – uma unidade especializada em atendimento Pneumológico reunindo todos os critérios necessários para realização de Espirometria e de Broncoscopia diagnóstica e terapêutica, em nível interno ou ambulatorial. Com atendimento de 2ª a 6ª feira, das 8h às 17h, o centro também oferece prova de função respiratória e avaliação da via aérea e troca de cânula de pacientes traqueostomizados em serviços de Home Care. 

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Arritmia Cardíaca: Cerca de 20% da população será afetada nos próximos dez anos

Doença está associada a morte súbita, que no Brasil, estima-se ocorrer mais de 300 mil casos/ano

Quando o coração demonstra que está “fora do compasso” é sinal de que um cardiologista, ou mesmo um arritmólogo (cardiologista especialista em arritmia), deve ser procurado. Cansaço, palpitações, desmaios e tonturas, confusão mental, falta de ar, pressão baixa e dor no peito podem ser indícios de arritmia cardíaca. Algumas vezes pode não causar sintomas prévios, e a primeira apresentação ser a morte súbita. No Brasil, dados apontam que por ano ocorrem mais de 300 mil casos de morte súbita por doenças cardiovasculares, destes, 250 mil provocados por arritmias cardíacas.

A arritmia é uma alteração no ritmo normal do coração que produz frequências cardíacas velozes, lentas e/ou irregulares. Nos batimentos acelerados (mais de 100 por minuto), o problema é chamado de taquicardia. Já nos lentos (menos de 60), de bradicardia. Para identificar a doença é necessário fazer uma série de exames, e a maioria só podem ser realizados em hospitais.



- Observamos que nas emergências hospitalares muitos são os casos de busca por atendimento devido a arritmias cardíacas. Nos hospitais da Rede D’Or São Luiz, isso corresponde a 1% de toda a demanda, o que significa uma média de 33.500 mil pacientes por ano. Estatísticas apontam que nos próximos dez anos uma epidemia de fibrilação atrial, como também é conhecida a arritmia, afetará cerca de 20% da população mundial. Por isso a importância de se descobrir e tratar a arritmia precocemente. O tratamento evita a formação de coágulos, que podem subir ao cérebro e até levar o paciente à morte – explica a Dra. Olga Ferreira de Souza, coordenadora do serviço de arritmia e eletrofisiologia da Rede D'Or São Luiz.

Tratamento – Muitas são as opções de tratamento disponíveis, desde a mais convencional como a ablação por radiofrequência, realizada por cateterismo; o uso de medicações anticoagulantes, que impedem a formação de coágulos; medicamentos que evitam novos surtos e sintomas. Até o tratamento mais inovador, feito por crioablação, procedimento para corrigir o ritmo cardíaco é realizado também via cateterismo cauterizando as veias à temperatura de -50 C°. Esse novo tratamento é mais simples e rápido, além de ter uma menor taxa de complicações.

Há, também, como opção de tratamento para todas as arritmias, a colocação de um marca-passo, indicado, na maioria das vezes para tratar as bradicardias, mas há tipos especiais recomendados para prevenir morte súbita e para o tratamento da insuficiência cardíaca. O dispositivo é responsável por manter uma cadência cardíaca adequada às pessoas portadoras de arritmias, grupo de condições em que o batimento cardíaco é irregular, sendo demasiado rápido ou lento. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), cerca de 350 mil pessoas são portadoras de marcapasso no Brasil e, a cada ano, 39 mil dispositivos são implantados em novos pacientes.

É importante destacar que a escolha do tratamento é sempre feita pelos médicos arritmologista e cardiologista.

Fatores de risco – Hipertensão, obesidade, tabagismo, sedentarismo e cardiopatias são os principais fatores de risco do desenvolvimento das arritmias cardíacas. A fibrilação atrial é um tipo de arritmia mais associada ao envelhecimento, acima dos 65 anos – aumentando 20% naqueles com mais de 80 anos. A tendência é que com maior expectativa de vida da população, os casos de arritmia cardíaca aumentem de 5 a 10% no país, nos próximos anos.

No entanto, este cenário pode ser alterado devido a maus hábitos, como o consumo excessivo de álcool, o uso de drogas e estimulantes. A prática excessiva de exercício físico – sem prévia avaliação médica e acompanhamento profissional – também pode causar a arritmia cardíaca.

- É sempre indicado que as pessoas com mais de 35 anos, com histórico familiar de cardiopatia ou morte súbita, sejam submetidas a consultas regulares com cardiologista, principalmente, porque não são todas as pessoas que possuem fibrilação atrial que apresentam sintomas. Contudo, a prevenção é forte aliada para evitar complicações – destaca a especialista.


Centro de Arritmias Cardíacas – A Rede D’Or São Luiz dispõe de um serviço de excelência especializado no diagnóstico e tratamento das arritmias cardíacas e um centro de avaliação de dispositivos cardíacos eletrônicos implantáveis. Equipe especializada está à disposição para atender os pacientes com Estudo eletrofisiológico, Ablação com rádio frequência ou Crioablação e Dispositivos cardíacos eletrônicos implantáveis.

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Envelhecimento, sedentarismo e má postura agravam dores na coluna

Episódios de dores das costas são muito comuns na população. Em geral, eles estão relacionados à má postura, ao uso indevido da coluna (como movimentos repetitivos e sobrecarga mecânica) e ao envelhecimento. Os desconfortos também podem esconder outros problemas, que podem ser agravados se não houver correção das posturas incorretas.

Segundo o Dr. Marco Prist, neurocirurgião do Hospital e Maternidade São Luiz Anália Franco, os processos mais comuns com o envelhecimento da coluna são as doenças chamadas degenerativas, como bicos de papagaio, hérnias discais e estreitamentos dos locais por onde passam os nervos da coluna vertebral. Porém, os maus hábitos favorecem o aparecimento destas enfermidades mais cedo.



“Hoje, o sedentarismo, o hábito de ficar mais tempo sentado ao computador e a utilização excessiva de tablets e celulares estão agravando o mau uso da coluna e aumentando o aparecimento de problemas e dores cervicais, além dos desconfortos lombares por falta de atividade muscular compensatória da coluna lombar”, explica o especialista.

Exercícios físicos podem ser grandes aliados na correção da postura e na melhora dos quadros de dor, mas apenas se forem feitos de forma correta. Por isso, é necessário ter atenção e acompanhamento profissional. De acordo com o médico, todo exercício com impacto para a coluna, principalmente a lombar, pode ser prejudicial se feito sem acompanhamento e regra. Os mais indicados são alongamento, musculação e pilates.

“Os exercícios orientados e a fisioterapia reabilitadora podem fazer com que os sintomas dolorosos melhorem e o paciente fique bem sem necessidade de outros procedimentos, por melhora da condição muscular e das articulações da coluna. O paciente deve sempre fazer exercícios como alongamento, pilates, e evitar esforços com sobrecarga e impacto para se manter bem”, diz o Dr. Marco.

É importante ressaltar que os problemas posturais também melhoram com RPG (reabilitação postural global), que educa o paciente ao uso de seu corpo em condições mais anatômicas, preservando a coluna e melhorando o estresse mecânico das posturas viciosas e das sobrecargas do uso. Eventualmente, em doenças como a escoliose, há necessidade de correção cirúrgica.

O especialista ainda alerta para o risco da automedicação: “O uso indiscriminados de remédios para dor pode levar a dependência desses medicamentos, bem como a perda da sua eficácia e efeitos colaterais sobre outros órgãos. As medicações devem ser usadas com parcimônia e sempre com acompanhamento”.