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terça-feira, 31 de outubro de 2017

Apenas 50% dos idosos que são vítimas de fratura no fêmur retomam suas atividades


Especialista destaca que agilidade no atendimento, procedimento cirúrgico precoce e equipe multiprofissional qualificada são determinantes para a redução de complicações

As estatísticas causam preocupação quando se trata de queda e traumas relacionados ao idoso. Principalmente se associada a fratura. A literatura médica relata que até 50% dos idosos com fratura de fêmur vão a óbito nos dois anos seguintes e apenas 50%, ou seja, metade dos que sobrevivem, retomam suas atividades sem nenhum prejuízo ou queda de função. Estes dados são analisados por especialistas na tentativa de melhorar os índices e promover uma melhor resposta dos pacientes ao tratamento implementado.

Entendendo a gravidade do quadro e a prevalência cada vez maior, haja visto o envelhecimento populacional, o Hospital Copa D’Or implementou, de forma gradual e consistente, o sistema multiprofissional de atendimento ao trauma ortopédico do idoso. O serviço integra diferentes profissionais preparados para o atendimento deste paciente de forma que, em um curto espaço de tempo, consegue-se o pronto reestabelecimento do doente, com retorno ao ambiente familiar de forma precoce e segura.



- O sistema de atendimento ao trauma do idoso do Hospital Copa D’Or conseguiu reduzir as taxas de hemotransfusões (infusão de sangue antes, durante ou após o procedimento cirúrgico), a quase zero. O paciente muitas vezes tem alta hospitalar em 72 horas após o trauma inicial, retornando com segurança para seu domicílio e já tendo iniciado o programa de reabilitação no ambiente hospitalar. O último levantamento do serviço demonstra resultados muito animadores, com mais de 75% dos pacientes operados recuperando os níveis de atividade e independência que possuíam previamente ao acidente. Além disso, a taxa de óbito relacionado a fratura reduziu significativamente, sendo inferior a preconizada pela literatura mundial, permanecendo em semestres subsequentes igual a zero – destaca o cirurgião ortopedista do Hospital Copa D’Or, Dr. Daniel Ramallo.

O sucesso desta abordagem é a atuação conjunta e especializada de diversos profissionais que entendem a singularidade da doença. A otimização do tempo e a abordagem cirúrgica por técnica minimamente invasiva pela equipe de cirurgiões ortopedistas mudaram o prognóstico da doença, fazendo toda a diferença, inclusive podendo significar a vida ou não do paciente.

Por que os idosos são mais propensos a fratura de fêmur? – A lesão desta região tem relação direta com fragilidade do organismo e osteoporose, uma vez que quedas e traumas simples na terceira idade podem gerar a ruptura deste osso. O fêmur é um dos ossos mais importantes do corpo, pois conecta a bacia ao joelho, permitindo movimentos simples, porém da maior importância ao desenvolvimento e vida humana. Alguns exemplos em que ele necessariamente é utilizado são: caminhas, correr, subir e descer escadas, e sentar. Uma vez quebrado, o paciente pode ter limitações e, na maioria das vezes, permanecer acamado.

O paciente acamado e deitado, tem suas funções vitais comprometidas, com atrofia e perda da massa muscular, inclusive, a responsável pela respiração. A motilidade intestinal débil faz com que o paciente permaneça constipado e, desta forma, causa a perda progressiva da capacidade respiratória, dos movimentos, da função gastrointestinal, levando o paciente a um estado limítrofe de vida. Além disso, a pele mais fina se rompe e forma escaras cutâneas (grandes machucados que podem infectar com germes altamente virulentos). A higiene precária em um paciente acamado e com dor e a dificuldade de movimentar o corpo faz com que seja um paciente altamente colonizado por bactérias infectantes.

- O lúdico e a parte cognitiva também podem ser afetados e o paciente pode perder noção de espaço e localização. Alteração comportamental como agressividade e agitação podem advir em conjunto, abrindo um quadro de delirium. Estes fatores em conjunto são devastadores para o idoso, que se não for bem conduzidos, podem culminar, em uma última instância, em óbito – ressalta o especialista, reforçando a importância do atendimento de qualidade ao paciente.

Diferenciais no atendimento de traumatologia do idoso – O sistema de tratamento do trauma do idoso no Hospital Copa D’Or acolhe o paciente desde a sua entrada na emergência, com atendimento imediato do ortopedista que aciona o cirurgião ortopedista especialista em cirurgia do trauma (especialidade que trata as fraturas complexas dos ossos). A clínica médica imediatamente solicita todos os exames específicos, ainda na emergência, sendo o paciente revisto e operado em menos de 12 – 24 horas da sua admissão, seguindo os mais rigorosos protocolos de segurança do paciente. O pós operatório inicial é feito em unidade própria para este perfil de doente, com equipe especializada, liberando muitas vezes para o quarto em menos de 12 horas. A fisioterapia motora e respiratória está todo tempo atuante e inicia já nas primeiras horas após o procedimento cirúrgico.

A cirurgia é realizada por equipe especializada, com técnica minimamente invasiva e com mínima dose anestésica. Esse sistema integrado e multiprofissional, permite que no dia seguinte ao procedimento, o fisioterapeuta coloque o idoso de pé e o trabalho para recuperação funcional é otimizado ainda dentro do âmbito hospitalar.

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Filhos de pais obesos têm de 50 a 100% de chance de desenvolver a doença

Avaliação clínica multiespecialidades é aliada no combate ao excesso de peso e as doenças associadas

A obesidade está ligada principalmente à influência genética, ou seja, filhos que tenham os dois pais ou um deles obeso têm de 50 a 100% de chance de desenvolver o problema. Já para aqueles que não têm histórico familiar a possibilidade é de 25% – menor, mas não nula. Em todos os casos, os hábitos de vida adquiridos desde a infância têm total interferência na balança, seja na fase adulta ou, ainda, infantil. Logo, a melhor medida contra a obesidade é a prevenção.

- Prevenir é muito mais eficaz e mais fácil. Manter-se no peso ideal é mais prático do que ter que perder os quilos excedentes e lutar para continuar dentro da forma física. O trabalho é longo e mais difícil no sentido de emagrecimento e manutenção – explica a Dra. Cristiane Carius, médica especialista em suporte nutricional do Hospital Quinta D’Or.



Ainda segundo a especialista, o cuidado deve iniciar na infância. Para isso, há dois caminhos importantes a seguir: o primeiro é o exemplo dos pais juntamente com uma educação alimentar. Ter uma família que come de forma equilibrada e variada, e ensinar sobre a importância da alimentação adequada ajudam as crianças a definirem seus paladares corretamente; a outra forma é através do estímulo às atividades físicas. Os pequenos têm tendência a gostar de esportes e, quanto mais cedo são inseridos nesse meio, mais fácil irão se adaptar e estender para a vida adulta.

Para quem já está acima do peso ou que tem predisposição genética, as orientações são para que busque acompanhamento e avaliação médica, pois a obesidade pode estar associada com outras doenças, principalmente as hormonais.

- As doenças que envolvem a obesidade são divididas em dois grupos: as que são associadas às causas, e as que são consequências, ou seja, que se desenvolvem por causa do excesso de peso. No primeiro grupo, o hipotireoidismo é mais comum. No segundo, estão diabetes, hipertensão, esteatose hepática e colesterol alto. Mas do que a estética, essas patologias podem colocar em risco a vida do paciente obeso – alerta Dr. Leonardo Grossi, endocrinologista do Hospital Quinta D’Or.

O acompanhamento de uma equipe médica multidisciplinar – que pode ser composta por nutricionista, endocrinologista, cardiologista, psicólogo e cirurgião bariátrico – é indicado tanto para quem encontra-se dentro do peso adequado, mas tem predisposição genética, quanto para quem já desenvolveu a doença. Através deste apoio, é possível prevenir, diagnosticar as causas do sobrepeso e receber orientação quanto ao melhor caminho para tratar o problema, antes que a cirurgia bariátrica seja a única forma resolutiva.

A cirurgia bariátrica não é o fim da linha de chegada – No entanto, mesmo aqueles que passaram pela bariátrica precisam continuar o tratamento com outros profissionais, que darão suporte nutricional e psicológico após a cirurgia, principalmente se alguns dos estopins da doença forem compulsão alimentar ou depressão.

Há todo um processo de avaliação e preparo clínico que antecede a cirurgia, e o paciente com obesidade precisa ser acompanhado por uma equipe multidisciplinar. Durante este período, os especialistas submetem o paciente aos exames complementares, como de sangue específico, Doppler dos membros inferiores, eletrocardiograma, endoscopia, ultrassom e prova de função respiratória. Além de receber orientações para tentar reduzir o excesso de peso de forma gradual, com boa alimentação e atividades físicas. Porém, se, ao passar por este processo, for percebido que não houve alteração nas taxas de IMC, tendo este se estabilizado acima dos 35 e associado com outras patologias, ou IMC acima de 40, os profissionais indicam a cirurgia bariátrica.

- O sucesso da cirurgia se dá com perda de 20% do peso inicial. Mas para manter o progresso, o paciente tem que ter consciência de que precisa permanecer acompanhado por multiprofissionais por mais cinco anos, até receber alta. Hoje, a gente sabe que apenas 35% dos pacientes conseguem o objetivo final. As pessoas acham que cirurgia é o fim do tratamento, mas não é. Existe todo um trabalho de outros profissionais antes, durante e após ela – aconselha Dr. Guilherme Cotta, cirurgião bariátrico do Hospital Quinta D’Or.

Benefícios da Cirurgia Robótica – A técnica, minimamente invasiva, também está presente na realização de cirurgias bariátricas. O procedimento disponível no Hospital Quinta D’Or, e também no CopaStar, gera vantagens aos pacientes, como redução do tempo de hospitalização; recuperação e retorno mais rápido às atividades normais; redução de dor e complicações no período pós-operatório; cortes menores e menor sangramento; menor risco de infecção hospitalar; redução na dose de medicamentos no pós-operatório.


Segurança para o paciente – Os hospitais da Rede D’Or São Luiz estão credenciados para operacionalizar a plataforma Da Vinci Surgery, e todo o procedimento é muito seguro. O braço do robô é o responsável por manipular as pinças introduzidas no paciente para a cirurgia – com total precisão, sendo importante salientar que todos os comandos são definidos e controlados em tempo real por médicos altamente treinados para a realização da cirurgia robótica. Na prática, um cirurgião comanda o equipamento – através de um joystick, tendo acesso a uma visão mais abrangente do que nas cirurgias convencionais. O cirurgião executa os movimentos no equipamento, que são replicados pelo robô, dento do paciente, durante a cirurgia. Um cirurgião assistente fica próximo à mesa cirúrgica, com outros especialistas, para dar o suporte necessário ao procedimento.

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Outubro Rosa chama atenção para o câncer de mama

Especialistas reforçam a importância do diagnóstico precoce da doença

O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil. Dados divulgados pelo Instituto Nacional do Câncer – Inca indicaram que, em 2016, aproximadamente 58 mil novos casos foram diagnosticados no país. O mês de outubro é marcado por ações de conscientização sobre a importância de exames preventivos e do diagnóstico precoce pelo Outubro Rosa. Em apoio à campanha, especialistas compartilham informações sobre o diagnóstico e tratamento da doença, contribuindo dessa forma para a redução da mortalidade.



A coordenadora do Centro de Mama do Hospital Quinta D’Or, Ellyete Canella, especialista em Radiologia Mamária, destaca que, descobrir o câncer de mama no estágio inicial aumenta a chance de sobrevida e permite tratamento conservador (com preservação da mama). Este alerta indica que a realização de exames de alta tecnologia, como a tomossíntese – também conhecido como mamografia digital 3D, é capaz de detectar tumores pequenos (menores que 10 milímetros), não palpáveis, ou seja, impossíveis de serem identificados no autoexame.





Segundo Gilberto Amorim, oncologista clínico e coordenador de oncologia mamária do Grupo Oncologia D’Or, o diagnóstico tardio da doença é o principal fator de morte da mulher brasileira – 27% descobrem este tipo de câncer em estágio já avançado.

O oncologista clínico do Grupo Oncologia D’Or faz um alerta para mulheres com menos de 45 anos e que tenham grande histórico familiar de câncer. “A busca por um oncogeneticista para um aconselhamento genético é indicado, pois permite detectar mutações e marcadores genéticos associados à predisposição de desenvolver a doença. Trata-se de uma análise de risco. A oncogenética realiza esse mapeamento para uma profunda identificação na árvore genealógica do paciente”, explica Gilberto Amorim.

A união entre atividade física e alimentação saudável também é uma importante aliada na prevenção do câncer de mama.

Principais sintomas da doença

Gilberto Amorim ainda cita alguns sinais que podem ajudar a reconhecer se há algo de errado nos seios. “O aparecimento de nódulos duros palpáveis, com ou sem dor mamária, e que permanecem por vários dias; mudança no aspecto do mamilo; alterações na pele da mama, como abaulamentos, retrações ou aspecto ‘casca de laranja’; secreção escura ou sangue; e mudanças na cor ou textura da pele são alguns dos destaques”, explica. Entretanto, ele faz uma ressalva: “Nem sempre são sinais definitivos de câncer”, diz.




Sobre o tratamento

O tratamento vai depender do tamanho do tumor na época do diagnóstico. Tumores pequenos (menores que 2 cm) geralmente são tratados com cirurgia conservadora da mama. Tumores grandes (maiores que 5 cm) geralmente são tratados por quimioterapia e depois por cirurgia. “Hoje sabe-se que o câncer de mama é uma doença com vários perfis, então o tratamento é muito individualizado. A doença benigna também tem várias expressões, as mais comuns são os fibroadenomas (tumor sólido benigno) e os cistos (nódulos com líquido). Algumas lesões são caracteristicamente benignas, mas a maioria necessita de uma biópsia para a diferenciação, pois ambas as doenças (benigna e maligna) podem ter a mesma expressão clínica e/ou radiológica”, explica a radiologista Ellyete Canella.


Serviços especializados – O Centro de Diagnóstico de Mama do Hospital Quinta D’Or é um serviço de alta relevância nesta linha de cuidados, permitindo a realização de mamografia digital com tomossíntese, ultrassonografia mamária, procedimentos invasivos (biopsias guiadas, percutâneas e cirúrgicas), além da ressonância magnética para elucidação diagnóstica nas patologias mamárias. Saiba mais no site: http://quintador.com.br/Centro_de_Mama,d,2916.aspx

terça-feira, 17 de outubro de 2017

Proteção de dose em dose: vacinas oferecem ganhos individuais e coletivos

Movimentos antivacinação colocam em risco o surgimento de doenças já erradicadas

Desde da implantação do Programa Nacional de Imunizações (PNI), há 40 anos, o Brasil se mostrou como um dos países com maior efetividade de combate e controle de doenças contagiosas, como sarampo e poliomielite, que está erradicada no país há mais de 20 anos.

Hoje, o calendário nacional obrigatório de vacinação pode proteger, em média, contra 18 tipos de doenças, como meningite, HPV e doenças pneumocócicas. Em contrapartida, o crescimento de movimentos antivacina ameaça os resultados conquistados nos últimos anos pelas campanhas de imunização, e podem contribuir no retorno de doenças que foram erradicadas ou que já estão controladas no Brasil e no mundo.



Para ajudar pais e responsáveis pelas crianças, a Dra. Renata Coutinho, infectologista do Hospital Rios D’Or, esclarece dúvidas sobre vacinação, reforçando a importância de manter o calendário vacinal atualizado.

Por que é importante manter a vacinação infantil em dia?

A vacinação é um dos melhores métodos para prevenir as principais doenças infectocontagiosas da infância. E, além de ter benefício individual, existe um grande benefício coletivo, pois diminui a circulação dessas doenças na população em que essas crianças convivem. Tem também outros ganhos, como menor taxa de hospitalização, de óbito, de sequelas, de abstinência no trabalho, porque todas essas doenças acabam afetando, inclusive, a vida econômica dos pais e atividade profissional. Sendo assim, os ganhos acontecem em várias áreas, não só na saúde individual.

As vacinas são 100% seguras?

As vacinas têm seus riscos e benefícios, e, neste caso, recomenda-se a comparação entre os riscos da doença e os riscos da vacina. Exemplo, a febre amarela: o risco de ter um evento grave pela vacina é de 1 em 1 milhão de doses; e o risco de ter febre amarela selvagem grave é 10 em 100 casos – e mortalidade é muito alta. Matematicamente, é incomparável o risco da doença selvagem e o risco da vacina. Assim, a vacina tem indicação e em caso de dúvidas, deve-se consultar o médico.

Ultimamente, vem crescendo um movimento antivacina, liderado por pais que acreditam que são agressivas à saúde e podem desencadear reações adversas. Tem fundamento o motivo desta relutância?

A vacina é um produto médico imunobiológico dos mais seguros que existem por vários motivos. O principal deles é que ela é usada em larga escala. Em todos os programas de vacinação no mundo, o ideal é que se vacine 100% da população alvo. Então, exige-se um tempo bem extenso de estudo para introduzi-la no mercado. Inclusive, um estudo sobre sua funcionalidade. É preciso que esse produto seja de alta segurança, e, realmente, é.

Quais as consequências de não imunizar as crianças?

A principal e mais preocupante é o ressurgimento de doenças erradicadas e aumento da incidência de doenças.

As reações das vacinas são menos prejudiciais se comparadas aos efeitos da doença em uma criança não imunizada?

Seguramente. E os pais/responsáveis têm que compreender que algumas doenças são graves e inerentes as condições clínicas das crianças. Ou seja, este é um contra-argumento para aqueles que acreditam que crianças saudáveis e bem nutridas estariam imunes de doenças, não precisando ser vacinadas. O ideal é que esta concepção seja aceita por todos, pois, por exemplo, a pneumococcemia pode matar qualquer criança, inclusive as saudáveis. A gente já passou por experiencia de mães que tinham essa filosofia e mudaram de ideia uma vez que os filhos estavam na UTI com doenças que seriam imunopreviníveis, ou seja, que poderiam ser evitadas com a vacinação.

Existe algum fator que impeça a criança de tomar vacina?

Dependendo da vacina, sim. Por exemplo, não devem ser vacinadas crianças que têm comorbidade específica, imunodeficiência, portadora de HIV, transplantado de medula, doença renal crônica e transplantado de órgão sólido. Apesar de ser um procedimento seguro, sempre se coloca na balança riscos e os benefícios. Se o risco da vacina for maior que os benefícios, ela é suspensa, pela segurança do paciente. O médico que acompanha a criança deve ser sempre consultado para uma orientação mais específica e segura.

Para quais reações deve-se ligar o alerta de que algo deu errado?

Placas ou pintas no corpo até 24 horas depois a vacinação, convulsão com ou sem febre e alguma dificuldade motora. A criança deve ser encaminhada ao serviço de emergência e/ou ao médico pediatra.

Qual o melhor período do dia para vacinar as crianças?

Do ponto de vista prático, o ideal seria pela manhã, pois, assim, teria o dia inteiro para observar. De noite, todos estão dormindo. Mas não é um procedimento que exija o acompanhamento dos pais o dia todo, pois, geralmente, as crianças ficam bem.

Criança doente pode tomar vacina?

A contraindicação para vacinar são doenças febris agudas graves. Mas, em caso de dúvida, indica-se buscar orientação do pediatra.

Pode tomar mais de uma vacina em um dia?

As que são programadas para serem juntas no calendário não têm interferência de resposta vacinal. Mas, existem outras com indicação de intervalo mínimo de aplicação, exemplo da tríplice viral e febre amarela. Isso tudo é respeitado pelo esquema de vacinação pública, que tenta ao máximo simplificar as vacinações, diminuindo as chances de falha de cobertura e o número de visitas dessa criança nos postos.


terça-feira, 10 de outubro de 2017

Sucesso de transplantes de fígado está relacionado diretamente com experiência da equipe de assistência e qualidade do centro transplantador


Procedimentos realizados no Hospital Quinta D’Or alcançam a marca de 95% bem-sucedidos

“Tão importante quanto o transplante, é o sucesso dele”. A afirmação é do coordenador do serviço de transplante hepático do Hospital Quinta D’Or, Dr. Lucio Pacheco, que é incansável quando o assunto é salvar vidas. Com sua equipe, alcança a marca de 95% de transplantes de fígado bem-sucedidos, considerando casos de alta complexidade. E este dado se torna ainda mais relevante quando se observa que muitos dos pacientes com doença do fígado morrem antes de conseguirem o transplante.

- A espera pelo transplante de fígado pode ser um processo longo para muitos pacientes, que têm que se submeter a tratamentos conservadores e sofrem impactos relevantes em sua qualidade de vida. O que observamos é que há uma fila relevante para o transplante no Brasil, mas ela se dá mais pela falta de doadores do que pela estrutura instalada para a realização. A realidade é que muitos pacientes morrem antes de conseguir o doador – destaca o especialista.


A condição mais frequente, em adultos, que leva ao transplante de fígado é a cirrose hepática. Além disso, o tumor primário de fígado é outra indicação frequente de transplante de fígado. Em crianças, a principal indicação é uma doença congênita, chamada Atresia de Vias Biliares. No entanto, ainda é um grande obstáculo a negativa familiar, hoje, cerca de 47% não autorizam. É preciso que todos tenham consciência de que os órgãos de um familiar falecido podem contribuir diminuindo a dor de tantas outras famílias.

- Temos conhecimento de que ainda há receio quanto ao que é morte encefálica. É preciso que todos tenham ciência de que há protocolos muito bem estabelecidos para confirmação da morte encefálica e que morte encefálica é irreversível. É este o diagnóstico que viabiliza a doação dos órgãos. A doação de órgãos é um assunto deve ser comentado constantemente. O ideal é que as famílias falem sobre isso antes do óbito, pois em muitos casos é um assunto deliciado para ser tratado. Estimulamos que o tema seja exposto em reuniões de família, já que cabe a ela a decisão final quanto a doação ou não dos órgãos – complementa o Dr. Lucio Pacheco.

Como escolher um hospital para realizar um transplante de fígado? – No Brasil, o transplante hepático só pode ser feito por uma equipe e um hospital credenciado pelo Sistema Nacional de Transplantes para realizar este procedimento. O resultado destes centros não é divulgado, como é feito nos Estados Unidos. A escolha do centro de transplante é um fator muito importante para o sucesso do procedimento, principalmente para pacientes com doença mais avançada, isto é, com alto grau de gravidade. 

- O que observamos é que com uma equipe especializada e coesa o potencial de sucesso cirúrgico e de sobrevida a longo prazo aumenta. Além disso, uma equipe multidisciplinar experiente em um hospital bem equipado possibilita que o paciente tenha um diagnóstico mais ágil e a definição de conduta mais correta com o menor tempo possível – explica o coordenador do serviço de transplante hepático do Hospital Quinta D’Or, Dr. Lucio Pacheco.

Cerca de 95% dos procedimentos de transplante de fígado realizados em pacientes graves, no Hospital Quinta D’Or, são considerados bem-sucedidos. Isso ocorre, pois a equipe de assistência, desde diagnóstico ao pós-transplante atua de forma integrada, na discussão do caso, identificação do diagnóstico e da conduta. Conta com parque de imagem completo (tomografia computadorizada, ressonância magnética, ultrassom e serviço de endoscopia estruturado). Outra questão relevante é a composição da equipe, com hepatologista, cirurgiões, radiologia diagnóstica, radiologia intervencionista, oncologia e endoscopia.

Além disso, o Quinta D’Or dispõe de uma Unidade de Tratamento Intensivo especializada na doença hepática, o que potencializa a assistência ao doente hepático em casos graves, tendo indicação ou não do transplante.

Transplante Intervivos – O transplante de fígado intervivos é uma prática possível e condiz na retirada de parte do órgão de pessoas sadias para doação ao paciente com doença no fígado. Inicialmente, era uma opção voltada para crianças, pois a cirurgia no doador é um pouco menor. Atualmente, também é feito transplante intervivos de fígado em adultos. A compatibilidade principal é o tipo sanguíneo ABO, seguida por avaliação de peso e altura do paciente e do doador. Outros pontos também são considerados como o tamanho do fígado a ser doado e a estrutura anatômica do doador e receptor, como veias, artérias e vias biliares.


O doador não precisa ser membro da família, mas é necessário que seja uma ação voluntária, respeitando os critérios éticos. A lei brasileira diz que parentes até 4º grau e conjugues podem doar sem autorização judicial.

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Exercícios físicos também auxiliam no combate ao mal de Alzheimer

A prática ainda contribui para que seja retardado o desenvolvimento da doença

A saúde da mente está mais ligada às atividades físicas do que se imagina. Estudos da neurociência já comprovaram que a prática de exercícios físicos é capaz de diminuir o risco de desenvolver diversas doenças, não apenas as cardíacas como se imaginava recentemente. O mal de Alzheimer é uma delas. Atos simples como subir escadas e caminhar podem reduzir os riscos de desenvolvimento da doença, que, atualmente, afeta 1,2 milhões de brasileiros.



- Além da prevenção, a prática de exercícios físicos também pode minimizar os sintomas do Alzheimer, melhorando a ‘comunicação’ entre as áreas cerebrais afetadas pela doença. O exercício aumenta tanto a expressão gênica quanto a proteína do BDNF, substância que favorece a formação dos neurônios – explica Dr. Paulo Mattos, médico e pesquisador do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR).

Atividades aeróbicas também contribuem para uma melhor irrigação sanguínea do cérebro, mais um fator que pode contribuir para a diminuição do risco do surgimento da demência. Curiosamente, a atividade física parece ter mais influência positiva no envelhecimento cerebral e na prevenção das demências do que a manutenção de atividade intelectual pós-aposentadoria, algo que sempre foi muito repetido.

Associado à velhice, o mal de Alzheimer ocorre em aproximadamente 60% dos casos de demência entre pessoas acima dos 60 anos de idade. Com o aumento da expectativa de vida da população mundial, a projeção é que haja cada vez mais idosos e, consequentemente, mais demência.

- É importante que o olhar e o cuidado estejam direcionados não só para o paciente com Alzheimer como também para a família que, sobretudo no fim da doença fica muito sobrecarregada. Como não há cura, é preciso que alternativas sejam inseridas na rotina para que o dia a dia se torne menos desgastante. A atividade física se torna uma aliada também na promoção do bem-estar e contribui para que o paciente permaneça ativo, mesmo que através das tarefas diárias – pontua a psicóloga Mariana Guedes, que coordena o Grupo de Apoio a familiares de pessoas com Alzheimer do Hospital Rios D’Or.

Clínica da memória – O Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) mantém no Rio de Janeiro o serviço “Memory Clinic”, primeiro do estado a oferecer os diversos exames necessários para o diagnóstico de demência. Com o intuito de justamente avaliar indivíduos com queixas de memória, o serviço utiliza os protocolos mais modernos de investigação, como avaliação clinico-neurológica, neuroimagem e neuropsicologia, além do exame de líquor.

- Pelo fato do IDOR ser um centro de pesquisa, muitas investigações precisam esclarecer aspectos importantes sobre demência. Por exemplo, quais fatores determinam se o estágio intermediário, o Comprometimento Cognitivo Leve, irá progredir para demência ou não – finaliza o Paulo Mattos.

Grupo de apoio a familiares de pessoas com Alzheimer – Há sete anos profissionais de diversas especialidades se reúnem e promovem no Hospital Rios D’Or um encontro gratuito, mensal, com familiares e cuidadores de pessoas com Alzheimer. A iniciativa busca colaborar com a melhoria da qualidade de vida de pacientes.

- A família da pessoa com Alzheimer fica ciente do caminho que terá que percorrer, mas cabe a ela a forma com que fará isso. As que buscam se amparar, além da assistência especializada e multiprofissional ao paciente, com condutas de amor e humor, administram as fases com mais tranquilidade, gerando benefícios para todos. É este o estímulo que recebem no Grupo de apoio do Hospital Rios D’Or – complementa a psicóloga.