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terça-feira, 26 de janeiro de 2016

De onde vêm as cólicas dos bebês?

As indesejadas cólicas costumam ser um grande incômodo nos primeiros meses de vida de muitos bebês. A enfermeira e supervisora da UTI Neonatal do Hospital São Luiz, Talita Magalhães, explica quais são as possíveis causas dessas dores abdominais em recém-nascidos e o que as mães podem fazer para evita-las ainda durante a gestação:



Por que os bebês têm cólica?
O sistema digestivo dos bebês ainda é imaturo. Por isso, reações a algumas substâncias do leite materno ou artificial podem resultar em dores na região abdominal.

Qualquer bebê está suscetível a sentir cólicas?
Não se sabe ao certo porque alguns bebês são mais suscetíveis a sentir cólicas do que outros. A cólica acomete meninos e meninas, tanto amamentadas no peito como na mamadeira.

Os hábitos da mulher durante a gestação influenciam na intensidade de cólicas do bebê?
O consumo de alguns alimentos durante a gravidez, geralmente os que provocam gases, podem predispor o bebê a ter cólicas. Por isso, recomenda-se evitar leite chocolate, brócolis, couve-flor, repolho, feijão, cebola e comidas apimentadas. Estudos afirmam também que o consumo de tabaco na gravidez ou o próprio convívio com fumantes podem predispor o bebê ao problema, além de outros danos já conhecidos.

Quais sinais indicam que o bebê está com cólica?
Choro intenso, encolhimento das perninhas e eliminação de gases durante o choro são os sinais mais comuns de cólica.

Massagens ajudam a aliviar o desconforto do bebê?
Deitar a criança de barriga para cima e massagear suavemente a região abdominal com movimentos circulares em sentido horário costumam ser suficiente para resolver o problema. Aquecer a barriga do bebê durante a massagem também é eficaz. O uso de medicamentos é recomendado apenas com indicação do pediatra.

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Sepse tem controle

A sepse é conhecida erroneamente como infecção generalizada e a cada dia torna-se um desafio maior a ser vencido pelos profissionais das unidades de emergências e terapias intensivas dos hospitais do mundo. É uma doença de alta prevalência e associada a elevadas taxas de morbidade e mortalidade, bem como altos custos financeiros da iniciativa hospitalar pública e privada - no Brasil, o custo total para o tratamento da doença gira em torno de 9.632 dólares (R$ 38 mil).



“Para diminuir o número de pessoas afetadas pela sepse é importante estar atento ao modo como o corpo se comporta. Uma vez que aparece, o diagnóstico e o tratamento devem ser feitos o mais rápido possível. Para isto, precisamos trabalhar com o público divulgando campanhas de alerta e conscientização”, afirma Dr. Marcelo Maia, intensivista do Hospital Santa Luzia, em Brasília.

O médico destaca que a patologia é constituída de um conjunto de sinais e sintomas. Suspeita de infecção, febre, calafrios, coração batendo rápido ou cansaço para respirar, são alguns exemplos. “A fonte de infecção não é uma só e pode ser originada em diversos órgãos. Se estiver relacionada ao aparelho respiratório, por exemplo, o paciente pode ter pneumonia ou sinusite. Sepse também se manifesta por infecção de pele ou da urina”, explica o especialista.

Dr. Marcelo acrescenta que algumas pessoas desenvolvem a patologia com mais facilidade e alerta sobre os cuidados com a saúde. “O paciente só pode evitar o desenvolvimento da patologia prevenindo qualquer tipo de infecção, cuidando-se e visitando o médico regularmente. Aqueles com diabetes, câncer, os que trataram o HIV previamente com quimioterapia, usuários de corticosteroides, recém-nascidos prematuros e idosos são os mais propensos às formas mais graves de infecção”, exemplifica.

ATITUDE IMEDIATA

O grande desafio da sepse a ser vencido pelos hospitais é a identificação da doença logo que o paciente chega para fazer a triagem. Em 2004, foi iniciado no Hospital Santa Luzia um trabalho especial voltado ao tratamento da infecção. Hoje, a unidade conta com 58 leitos de UTI e comemora uma evolução em 80% no controle da patologia desde o início dos trabalhos.

“Procuramos realizar no Santa Luzia um protocolo gerenciado de sepse que inicia no departamento de emergência com monitoramento do paciente desde o primeiro atendimento. A finalidade deste protocolo é garantir a segurança daqueles atendidos em nossa instituição reduzindo de maneira drástica a evolução da doença e consequente risco de mortalidade”, relata.

De acordo com o médico, o alinhamento dos objetivos e propósitos do corpo clínico foi essencial para o sucesso do trabalho. “Preparamos nossa equipe por meio da capacitação para reconhecimento imediato e precoce da doença. A infraestrutura do hospital e acesso livre aos mais variados exames laboratoriais são cruciais na intervenção terapêutica em tempo hábil”, finaliza o especialista.

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Para curtir só o melhor do verão

Todo mundo sabe que dezembro e janeiro são os meses mais aguardados do ano. Não somente por causa das férias, mas também por conta do verão, estação do sol, da praia e da vida ao ar livre. Mas o que nem todo mundo sabe é que a estação também pede cuidados redobrados com o corpo e a saúde.

As altas temperaturas proporcionam condições ideais para a ocorrência de sintomas e doenças que podem afetar o bem-estar físico. Os mais comuns são aqueles que levam à perda de líquidos como a desidratação, além do risco de insolações e o aparecimento de micoses.



“A hipertermia acontece quando o corpo absorve mais calor do que consegue dissipar. Esse é um mal-estar muito comum com as altas temperaturas do verão. Alguns sintomas são:  câimbras, vômito, tontura, dores abdominais, fraqueza, muito ou nenhum suor, e até delírios”, explica a Dra. Márcia Ribeiro, diretora médica do Hospital Oeste D’Or.

A desidratação é uma das maiores vilãs do verão e pode acontecer de duas formas: quando o corpo elimina líquido e sais minerais através da transpiração excessiva e pela ingestão de alimentos contaminados ou mal conservados, o que causa vômito e diarreia. Por isso, além de ingerir muito líquido, é recomendado o consumo de alimentos leves, como frutas, verduras e legumes, sempre bem limpos.

“A alimentação deve ser a mais natural possível, preferencialmente não industrializada, devido ao processo de preparação, conservação e refrigeração, muitas vezes desconhecido. Frutas como melancia, melão, abacaxi, manga, laranja, uva, pera e kiwi são uma boa pedida por terem alto teor líquido e vitaminas. Frituras devem ser evitadas. E sorvetes de palito são muito bem vindos, pois são refrescantes e hidratam”, orienta Márcia.

Além da boa nutrição, é importante estar atento também à exposição ao sol. Para afastar o risco de insolação e queimaduras solares, o recomendado é evitar os horários de calor mais intenso, apostar em roupas leves e nunca esquecer de usar o filtro solar. A prática de exercícios físicos também deve ser moderada nesta época do ano, para evitar mal-estar.

“O ideal para qualquer pessoa é beber no mínimo dois litros de água por dia. Por isso, ao sair para caminhar ou fazer exercícios é importante levar ou comprar uma garrafa de água. Além disso, a exposição excessiva aos raios solares pode trazer malefícios à saúde, como envelhecimento precoce e até câncer de pele. É importante o uso de filtro solar com fator de proteção maior que 15, além de barreiras físicas, como chapéus e bonés”, explica.

Outro risco à saúde atrelado ao verão é o aparecimento de micoses. Como nesta época do ano as pessoas  frequentam com maior assiduidade praias e piscinas, a umidade da pele acaba favorecendo o aparecimento de fungos, que originam as micoses.  As mais recorrentes são as das unhas e as dos pés, como a famosa frieira. A indicação é procurar um dermatologista nos primeiros sinais de micose.

“O excesso de umidade nos espaços entre os dedos dos pés ou nas axilas pode causar coceiras e rachaduras. Para prevenir o contágio de fungos, é importante sempre andar de chinelo e se deitar sobre cangas ou toalhas quando estiver na praia, além de secar muito bem todo o corpo, principalmente as juntas e entre os dedos dos pés”, ensina a médica.

Com um pouco mais de cuidado com a saúde e com a alimentação todo mundo pode curtir somente o melhor que a estação mais quente do ano tem a oferecer!

Dicas para você aproveitar só o melhor do verão:

• Evite sair nos horários em que o sol estiver a pino, das 10h às 16h.
• Use filtro solar.
• Evite ficar exposto ao sol, procure caminhar pela sombra.
• Prefira uma alimentação leve: frutas suculentas e saladas.
• Mantenha-se hidratado: beba bastante líquido, mas evite bebidas com cafeína, álcool ou muito açúcar.
• Facilite a transpiração: use roupas folgadas, de tecidos leves e claros.
• Uma boa ideia é incluir um chapéu ou boné no figurino.
• Também não se esqueça dos óculos escuros, que precisam ter proteção ultravioleta.
• Para se refrescar nos momentos mais críticos procure, se puder, um ambiente com ar-condicionado. Mesmo que você não permaneça no local por muito tempo, isso vai ajudar a manter seu corpo mais fresco quando você tiver que retornar para o calor.
• Mas, para aliviar mesmo, nada melhor do que água. Sempre que puder, lave rosto, nuca, braços e mãos, tome uma ducha fria, mergulhe na piscina ou tome um banho de mar.
• Tenha um cuidado ainda maior com bebês e crianças, maiores de 65 anos e pessoas doentes, especialmente cardíacos ou hipertensos.