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terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Câncer de pele: entenda a doença e saiba como se prevenir

Fique atento às suas pintas, qualquer sinal de mudança consulte o dermatologista

Não é comum que as pessoas considerem a pele como um órgão. Porém é o maior do nosso corpo e pode ficar doente, inclusive pelo câncer. Como em todas as variações dessa doença, quanto mais precoce é o diagnóstico, maiores são as chances de recuperação do paciente.


O câncer de pele pode ter diversas manifestações, que variam de uma pequena pinta, uma ferida que não cicatriza, uma crosta que não sai até uma pinta que mudou de cor ou tamanho. Todo ano são feitas campanhas de conscientização como o Dezembro Laranja, responsável por falar à população um pouco mais sobre a doença, prevenção e tratamento.



O Dr. Marcelo Calil, oncologista dos Hospitais São Luiz Itaim, Morumbi e Jabaquara, sugere que as campanhas sejam massificadas, a fim de que as pessoas conheçam mais sobre o câncer de pele e aprendam todas as formas de prevenção. “Muitos ainda não usam protetor solar diariamente ou se expõem ao sol em horários inadequados”, orienta.

Para facilitar o diagnóstico do câncer de pele, os especialistas criaram um método chamado de ABCD das pintas:

A – assimétrica – Ocorre quando uma metade da pinta está diferente da outra.
B – bordas irregulares – As margens da pinta parecem difusas e indefinidas.
C – mais de uma cor – A pinta não tem a mesma cor em toda sua superfície.
D – diâmetro – Quando elas começam a aumentar de tamanho.

Caso o paciente observe uma ou duas pintas com essas características, é recomendado que vá imediatamente ao dermatologista para uma avaliação. Já uma pinta com somente duas dessas especificidades, é necessário realizar um exame para uma melhor avaliação, chamado dermatoscopia, que analisa a pinta com um microscópio.

Quando a pessoa identifica apenas uma característica descrita acima, a orientação é que o acompanhamento seja feito apenas com autoexame de observação mensal e consultas médicas de rotina com o dermatologista.

Os cânceres de pele mais frequentes são o carcinoma basocelular e o espinocelular, geralmente são localmente invasivos, ou seja, aumentam de tamanho e se aprofundam, mas não se espalham. Já o melanoma e alguns outros tipos raros de câncer de pele podem acometer outras partes do corpo.

A prevenção do câncer de pele se dá, principalmente, pelo uso do filtro solar, evitando as queimaduras solares com exposição ao sol entre às 10h e 16h e o uso de medidas complementares de proteção, como chapéus, bonés, viseiras e óculos de sol.

O tratamento para o câncer de pele é geralmente cirúrgico e, dependendo do caso, precisa de medidas complementares, como imunoterapia.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Anestesia x analgesia no trabalho de parto: conheça as diferenças

O momento do parto é muito especial para a gestante, para o bebê e para toda a família, por isso o mais importante é que ele ocorra de maneira tranquila e confortável. Nesta hora, a dor e os métodos para aliviá-la são aspectos fundamentais a serem considerados. Quando solicitado pela paciente, cabe ao médico anestesiologista trazer alívio da dor no parto normal e no parto cesáreo.

De acordo com o Dr. Arthur de Campos Vieira Abib, anestesiologista do Hospital São Luiz, dois métodos são empregados pelos especialistas: a analgesia e a anestesia. A analgesia consiste em promover o alívio da dor, sem perda de consciência, perda de mobilidade ou perdas sensitivas. Já a anestesia é o bloqueio de todas as vias de sensibilidade e motoras, havendo ausência completa da dor, muitas das vezes acompanhada de perda de consciência e abolição de reflexos motores e sensoriais, dependendo da técnica anestésica utilizada.



“Durante o trabalho de parto normal, normalmente utiliza-se a técnica de duplo bloqueio onde é realizada anestesia combinada peridural e raquidiana. Ocorre alívio da dor sem bloquear a movimentação das pernas e, desta forma, é possível levantar-se e caminhar durante o trabalho de parto”, explica o especialista. No parto cesáreo, a técnica de escolha é a raquianestesia.

A hora ideal para tomar a anestesia em cada tipo de parto depende da avaliação da equipe médica e da dor que a paciente sente durante a evolução. “Entretanto, a simples requisição da paciente já deve ser o gatilho para a analgesia ser indicada, afinal, a meta é o conforto da parturiente neste momento tão especial, sempre com o objetivo da segurança de a mãe e seu bebê receberem alta do hospital com toda a saúde e bem recuperados”, diz.

O parto normal, com a utilização de técnicas adequadas de analgesia espinhal, apresenta várias vantagens para a mãe e para o feto. Além disso, a anestesia diminui a sobrecarga cardiorrespiratória materna, reduz a liberação de hormônios e substâncias ligadas ao estresse e à dor, o que repercute de forma positiva sobre o feto, contribuindo para a manutenção de adequado fluxo sanguíneo útero-placentário. Uma das grandes vantagens da analgesia no trabalho de parto é não apresentar efeitos colaterais sobre a vitalidade e bem-estar fetal.

Apesar de todos os benefícios da analgesia, há algumas contraindicações. Gestantes que apresentem doenças que causem alteração da coagulação do sangue ou portadoras de doenças neurológicas e cardíacas precisam ter uma avaliação rigorosa antes de serem submetida a analgesia para o trabalho de parto.

“Complicações ocasionadas unicamente pela anestesia, hoje, são muito raras na literatura mundial, mas podem ocorrer. Contudo, ter disponíveis equipamentos adequados e uma estrutura hospitalar segura, com retaguarda de médicos de todas as especialidades, equipes de Anestesia e UTI especializadas é imprescindível para tratar uma eventual intercorrência”, acrescenta o profissional.

Há também os métodos não farmacológicos, que são adjuvantes na melhora do processo de dor. Eles incluem massagens corporais, exercícios respiratórios, banhos aquecidos, hidroterapia, exercícios corporais e até mesmo acupuntura. No geral, todos contribuem de para reduzir a sensibilidade da paciente à dor e proporcionar mais conforto.

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Parto humanizado: o que é e quais são seus benefícios

O conceito de parto humanizado ainda gera muitas dúvidas. Apesar de ser frequentemente confundido com um tipo de parto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) traz a seguinte definição: “humanizar o parto é um conjunto de condutas e procedimentos que promovem o parto e o nascimento saudáveis, pois respeita o processo natural e evita condutas desnecessárias ou de risco para a mãe e o bebê”.
Assim, deve-se sempre evitar qualquer tipo de procedimento invasivo desnecessário, independente do tipo de parto, seja ele normal, natural ou cesárea. Segundo a Dra. Monica Resende, ginecologista do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim, a humanização do parto consiste também na promoção de vínculo familiar, entre mãe, pai e bebê.
Portanto, além de evitar as interferências desnecessárias ou prejudiciais e respeitar as decisões da gestante, várias medidas podem ser adotadas. Entre elas estão a presença do pai na sala de parto, amamentação o mais precoce possível, luz baixa no ambiente e musicoterapia, por exemplo. “Tanto partos vaginais quanto cirúrgicos podem e devem ser humanizados”, explica a especialista.
A Dra. Monica também ressalta outros benefícios desta prática para o bem-estar físico e emocional da mãe e do bebê. De acordo com ela, alguns estudos mostram que a promoção da humanização do parto aumenta de forma significativa o bom prognóstico de evolução do recém-nascido, além de deixá-lo mais seguro e favorecer os laços afetivos entre os membros da família.
“O Hospital e Maternidade São Luiz é uma instituição que preza pela realização do parto humanizado, apoiando e realizando a amamentação precoce na sala de parto, incentivando o contato precoce do pai com o bebê através do uso de slings, cromoterapia e musicoterapia no ambiente do nascimento, e favorecendo o alojamento conjunto”, esclarece a médica.
Para mais informações e preparo para o parto humanizado, é muito importante que a paciente converse com o seu médico durante o pré-natal. Este é o melhor momento para orientações e solucionar dúvidas sobre quais são os melhores caminhos para que esses procedimentos sejam realizados de forma individualizada e especial.