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quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Cuidados com a pele no verão

Aproveitar o sol, com moderação e protetor solar, traz benefícios ao organismo

A pele, o maior órgão do corpo humano, deve ter atenção redobrada no verão – estação mais quente do ano. Isso porque é comum que neste período algumas doenças tenham maior incidência, como herpes e micoses. Além disso, são frequentes as queimaduras por sol. O que também é importante é lembrar que os raios ultravioletas são essenciais para a síntese da vitamina D, ativo na regulação do metabolismo do cálcio, entre inúmeros outros benefícios. Portanto, sol com moderação é indicado para todos.



A dermatologista do Hospital Rios D’Or, Dra. Helena Reich Camasmie, esclarece algumas questões sobre os principais cuidados necessários com a pele:

Quais as indicações para a proteção da pele no verão?

O uso regular do filtro solar é o principal cuidado, e deve ser aliado ao uso diário de hidratantes aplicados, preferencialmente, após o banho. Utilização de chapéus e bonés, óculos escuros e roupas com fator de proteção solar também são importantes. Não se pode esquecer da ingestão de água que deve ser de ao menos 2 litros por dia.

O uso do protetor solar é recomendação diária. Nos períodos de exposição solar mais intensa o fator de proteção tem que ser maior? Qual a indicação?

O fator de proteção solar (FPS) mínimo recomendado é de 30, mas pode variar em função da cor da pele. Mais importante que o FPS é a reaplicação constante do filtro e em quantidade suficiente. No período entre 10h e 16h a exposição solar deve ser evitada.

Quais as orientações para uso do protetor solar?

Aplicar sempre o filtro 30 minutos antes da exposição solar, reaplicar de 2/2 h e sempre após mergulhos no mar ou piscina. Evitar o uso de bronzeadores. Procurar sempre por um filtro com proteção UVA e UVB. Crianças a partir dos 6 meses também devem fazer uso, conforme recomendação do pediatra.

Quais são os perigos do bronzeamento excessivo?

O excesso de exposição solar causa dano às células da pele, podendo resultar em queimaduras e bolhas, além de estar associado ao aumento na incidência de tumores de pele, como os carcinomas basocelular, espinocelular e melanoma – o câncer de pele.

Quais doenças têm maior ocorrência neste período?


Nesse período é comum a reativação do vírus herpes simples, pois a exposição solar excessiva é um dos fatores precipitadores de recorrências. Devemos ter atenção para queimaduras provocadas por frutas cítricas, como limão, figo e caju. Sempre que houver contato com essas frutas, lembrar de lavar bem as mãos antes da exposição solar. A incidência de micoses também aumenta devido a maior sudorese, pois os fungos se proliferam mais em ambientes quentes e úmidos.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Brincadeira de criança pode gerar acidentes graves

Condutas de primeiros socorros contribuem para minimizar consequências

Quedas, cortes, fraturas e queimaduras. Estas são algumas das principais ocorrências quando as brincadeiras infantis não têm um desfecho positivo. Saber como conduzir os momentos de lazer de forma segura é tão importante quanto saber como agir em caso de acidentes. Os cuidados iniciais, até a indicação de encaminhamento ao serviço de emergência médica reduzem as possíveis sequelas, que podem se agravar de acordo com o fato ocorrido, em casos extremos, chegando ao óbito.

- Crianças de 5 a 10 anos, geralmente, são vítimas de quedas devido as brincadeiras. Seja enquanto correm, ou mesmo no uso de bicicletas e similares, é indicado que estejam supervisionadas por adultos e, sempre que possível, utilizem equipamentos de segurança. A atenção também tem que ser dada aos bebês e crianças menores de 2 anos, que podem vir a cair da cama, principalmente se dormirem com os pais. Após quedas sem lesões aparentes, é preciso que as crianças sejam observadas e em caso de vômito, sonolência ou forte dor de cabeça, levadas ao serviço de emergência para uma avaliação mais específica – destaca Dra. Carla Dall Olio, coordenadora da emergência pediátrica do Hospital Barra D’Or.



Outro ponto de atenção quanto as brincadeiras é o risco de ingestão de objetos. A curiosidade associada a disponibilidade de pequenas peças podem ser uma armadilha. Bebês de 1 a 2 anos estão na fase oral e tendem a colocar na boca tudo o que encontram. Embora seja uma fase importante para o desenvolvimento, deve ser monitorada por adultos para evitar que tenham acesso a elementos perigosos.

- A garganta tem cerca de 3cm de diâmetro, sendo espaço suficiente para ingestão de objetos que podem causar o sufocamento ou, em caso de ingestão ou aspiração total, serem direcionados a órgãos como estômago e pulmão. O risco também é iminente com feijão e outros alimentos, como amendoim, quando colocados na cavidade nasal e/ou auricular. Além disso, sacolas e embalagens plásticas devem ser guardados em lugares seguros. É preciso que todo o ambiente de acesso destas crianças seja observado, e que os brinquedos sejam recolhidos após o uso, para a prevenção de acidentes – pontua a pediatra.

Saiba quais são os outros riscos quando o assunto envolve crianças e acidentes, e o que fazer:

Queimaduras: Podem acontecer devido ao forte calor produzido por brinquedos, principalmente se estiverem conectados a tomadas, mas também em outros ambientes da residência – principalmente a cozinha. É indicado que o local seja lavado com agua corrente, para resfriar, mas não se deve esfregar a área queimada. Após esta primeira etapa, deve-se buscar atendimento em uma unidade de emergência para avaliação de cuidados adicionais.

Ingestão de objetos: No primeiro momento, o indicado é ligar para 190 para que o Corpo de Bombeiros oriente os protocolos iniciais de expulsão do objeto. Uma outra possibilidade é que o contato seja feito com a emergência pediátrica de referência, para onde a criança será encaminhada. Não é indicado tentar retirar o objeto com pinças e outros materiais, sob o risco de empurrar o objeto, contribuindo com a obstrução.

Medicamentos e produtos de limpeza: As intoxicações são frequentes oriundas da ingestão destes produtos, pois devido a aparência (coloração forte) são atrativos para as crianças. Devem ser guardados nos frascos originais, em armários altos e/ou trancados. Em caso de contato com produtos que possam causar intoxicação, é preciso identificar o que causou o acidente e, se possível. Se houve ingestão, não é indicado oferecer líquidos ou provocar vômito, mas sim levar para avaliação médica, que pode ter a indicação de lavagem estomacal de acordo com o fato. Se o contato foi com pele ou com os olhos, o local deve ser lavado com bastante água e, caso perceba irritação da área, buscar atendimento médico.

Cortes: Objetos cortantes ou pontiagudos devem sempre ser restritos ao acesso de crianças, para evitar acidentes. Caso ocorra, se o corte for superficial, a área deve ser lavada em água corrente, com sabão neutro, podendo ser feito – diante da necessidade, um curativo simples. No entanto, em caso de corte profundo, a área além de lavada deve ser comprimida para evitar o sangramento excessivo, até a chegada em uma unidade de emergência. O ideal é que este tempo não exceda seis horas para a realização da sutura, assim como as demais terapêuticas de prevenção, como vacina antitetânica.

Orientações do Inmetro:

- No ato da compra, exigir o selo de identificação da conformidade ou selo de certificação. Ele demonstra que o produto atente a requisitos mínimos de segurança estabelecidos em normas e regulamentos.

- Não comprar produtos no comércio informal, mas sim no comércio legalmente estabelecido. Os produtos comprados no comércio informal, geralmente mais baratos, na quase totalidade dos casos são produtos irregulares, falsificados e, apenas como exemplo, podem conter substâncias tóxicas na sua composição. Exija sempre a nota fiscal do estabelecimento onde comprou para que haja responsabilidade social em caso de acidente ou defeito no produto.

- Antes de entregá-los às crianças, leia atentamente as instruções de uso, que orientam quanto ao uso seguro do produto. Cuidados especiais devem ser observados na retirada das embalagens, que podem ter grampos metálicos, papéis com tintas inadequadas, etc.


- Particularmente, para brinquedos, deve ser dada atenção à faixa etária recomendada para o produto. Peças pequenas, em especial, são muito perigosas se usadas por crianças com idades inadequadas. Cabe total atenção nos lares onde existam crianças com diferentes faixas etárias.

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Doenças de verão: Dermatologista destaca seis principais ocorrências

Cuidados envolvem prevenção e tratamento com acompanhamento de especialista

No período do verão aumentam as doenças de pele. Micoses e queimaduras são as mais frequentes, e podem ocorrer devido à falta de cuidado apropriado e/ou pelo favorecimento da condição climática. Algumas destas são facilmente tratadas, mas outras exigem um acompanhamento médico mais específico e tratamentos mais longos. A dermatologista do Hospital Oeste D’Or, Dra. Valéria Stagi, destaca as doenças mais frequentes nesta estação, com orientações sobre prevenção e tratamento.



Tíneas cruris (micose na virilha) – Causada por fungo, acomete principalmente as áreas de dobras da pele – como virilha e axilas, apresenta eritema e hipercromia (mancha escura), e geralmente causa prurido (coceira). Seu aparecimento é favorecido pelo calor e humidade, portanto, é indicado evitar permanecer por longos períodos com roupas molhadas, seja por água ou suor. O tratamento é feito com antifúngico tópico ou oral – para lesões maiores.

Pitiríase versicolor (manchas brancas) – Conhecida como micose de praia ou pano branco, é causada por um fungo. Há casos em que a micose já existe, sem demonstração aparente, e esta ocorre devido à exposição ao sol. Aparece com mais frequência nas costas e pode ter maior recorrência em algumas pessoas devido ao tipo de pele. O tratamento é mais extenso, pois normalmente a área acometida da pele é maior do que a visualmente atingida pelas manchas. É preciso que também seja tratado o couro cabeludo, pois é uma área facilmente acometida, embora seja mais difícil identificar a lesão.

Larva migrans (bicho geográfico) – O contágio é feito através do contato com areia contaminada por fezes de animais, o que frequentemente acontece em praia e também parques. A larva entra na pele e seu deslocamento provoca marcas, que se assemelham a um mapa. O tratamento é feito com creme antiparasitário.

Miliária (brotoeja) – Embora muito comum em crianças, a brotoeja também pode ocorrer em adultos, principalmente nas áreas de dobras, como pescoço e braços. Para prevenir, é importante evitar a permanência de longos períodos em locais de muito calor. Para tratar, nos casos mais brandos pode-se utilizar de talco líquido e/ou cremes hidratantes, e nos casos graves é indicado o uso de antibióticos com corticoide.

Herpes solar – É muito comum que as pessoas já tenham tido contato com o vírus da herpes e se apresente devido a baixa imunidade e a exposição ao sol. É mais comum que a herpes se manifeste nos lábios, mas outras partes do corpo também podem ser acometidas. Uma das formas de prevenir é aplicando protetor solar, e o tratamento é feito com creme antiviral.

Fitofotodermatoses – É uma reação provocada na pele devido ao contato com agente químico associada à exposição solar, o que pode causar um processo inflamatório ou queimadura. Geralmente é provocada por limão e outras frutas cítricas, algumas plantas e perfumes, portanto, é importante evitar o manuseio destes produtos caso haja exposição ao sol. Se não for possível, deve-se lavar bem as áreas com água e sabão imediatamente, seguida da aplicação de fotoprotetor. Para o tratamento, se a lesão for leve é indicado o uso de protetor solar, pois a pele tende a clarear com o tempo. Em lesões mais exuberantes, o tratamento deve ser feito com cremes contendo corticoides e antibióticos, ou até mesmo com cremes próprios para queimaduras. É importante destacar que, na ocorrência de bolhas, torna-se uma queimadura de segundo grau, exigindo cuidados mais específicos.

Acne – A exposição ao sol tende a provocar a produção de mais sebo na pele, potencializando a presença de acne. Há casos também em que o uso de produtos inadequados – como os cremes mais oclusivos – pode provocar o mesmo efeito. O uso de protetor solar oil free, e sabonetes mais adstringentes é uma boa alternativa para prevenção.