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segunda-feira, 23 de abril de 2018

Treinamento, alimentação e descanso são o tripé para a prática saudável de exercícios físicos


Especialista dá dicas para iniciar a prática esportiva e evitar lesões 

Quer começar a praticar atividades físicas, mas não sabe bem como entrar nessa “caminhada”? O primeiro passo é buscar um especialista para avaliar suas condições físicas e orientar quanto a melhor forma de iniciar. Neste sentido, o ortopedista Rodrigo Rezende, responsável pelo Centro de Ortopedia do Hospital Rios D’Or destacou alguns pontos importantes, principalmente, para evitar lesões.


1) Consulte um médico antes de começar
O check-up é o ponto mais importante na avaliação prévia ao início da atividade física. O ideal é buscar por um cardiologista e um ortopedista para fazer uma avaliação dos seus sistemas cardiorrespiratório e músculo articular.


2) Faça aquecimentos
Antes de começar a praticar exercícios, faça o aquecimento indicado pelo profissional de atividade física. Isso eleva a temperatura corporal e deixa o músculo mais preparado para o que for exigido dele. O aquecimento não precisa acontecer durante muito tempo, basta executá-lo corretamente. Dependendo da atividade que será realizada e de seu preparo, cinco a dez minutos serão suficientes. Comece de maneira lenta e vá acelerando aos poucos, gradualmente.


3) Dedique-se ao fortalecimento muscular
Seus músculos são a proteção para seus ligamentos e articulações. Eles absorvem consideravelmente a tensão que seria direcionada para as partes mais sensíveis do seu corpo. Construir uma musculatura de qualidade vai diminuir consideravelmente a probabilidade de se lesionar.


4) Faça alongamentos
Muita gente contesta a importância do alongamento antes da atividade física, mas fato é que ser flexível previne diversos tipos de dores e de lesões. Uma boa elasticidade faz com que os tendões, os músculos e os ligamentos tenham chances menores de lesão, além de permitir que você execute movimentos mais amplos sem tantos problemas. Mas, para isso, é preciso ter prática diária. Inicie de forma gradual e vá aumentando o alongamento, sem forçar o seu limiar de dor.


5) Correção do gesto esportivo
Em outras palavras, quando estamos desenvolvendo uma habilidade nova, seja correr, escalar, chutar, devemos primeiro aprender como fazer aquilo corretamente. Depois corrigir toda a forma e postura, refinando a técnica. Só então vamos adicionar potência no que estamos fazendo. Lapidar a postura exata para executar uma técnica vai fazer toda diferença, inclusive aplicando isso para o cotidiano. Todas essas atividades podem causar lesões graves se feitas com desleixo.


6) Mantenha uma boa alimentação
A dieta é fundamental para os atletas de final de semana. Além de dar a energia necessária para praticar os exercícios físicos, ficar dentro do peso ideal é muito importante para evitar lesões. Antes da prática, o ideal é um prato com carboidratos de boas fontes, como alimentos integrais, verduras, legumes e frutas. Para manter a forma, costumamos restringir as calorias que ingerimos. Quando entram menos calorias do que o corpo precisa para se manter, ele entra em um estado catabólico, ou seja, o corpo se alimenta dos músculos.

Assim como comer demais e estar acima do peso são fortes indicadores de que uma lesão está a caminho, ingerir menos calorias do que o necessário também pode ocasionar contusões, seja pelo processo de catabolismo ou por pura falta de nutrientes responsáveis pela recuperação dos músculos, ligamentos e ossos. Sendo recomendado uma boa combinação de carboidratos com proteínas, para restaurar os músculos. O ideal é consultar um nutricionista para descobrir a alimentação ideal.


7) Utilize equipamento adequado
Não basta praticar todos esses procedimentos acima se, por exemplo, não usar os equipamentos adequados e corretamente. Por exemplo, praticar exercícios físicas descalço, ou ainda com tênis desadequado, pode gerar mais prejuízos que benefícios.


8) Atenção as dores durante o exercício
Procure observar qualquer relação entre dores mais agudas com os movimentos das articulações. Se alguma dor impedir você de se movimentar da forma normalmente costuma, é um grande sinal de que é hora de visitar o ortopedista. Cuidado com dores que não são musculares.


9) Descansar é necessário
O tripé do treinamento deve ser equilibrado: se um lado falhar, de nada adiantou todos os outros. Treinamento, alimentação e descanso devem andar juntos. Com muita frequência, na busca por resultados mais rápidos, negligenciamos a base mais óbvia. Quando nos empolgamos com alguma atividade nova, queremos fazer aquilo o máximo de vezes possível. Quando começamos a notar os resultados queremos triplicar a frequência da atividade em busca de mais resultados. Vamos aumentando a carga até sobrecarregarmos a máquina e, com isso, ela falha. Perdermos grande parte do trabalho por falta de equilíbrio.

terça-feira, 10 de abril de 2018

Saiba tudo sobre os distúrbios oftalmológicos mais frequentes que acometem os idosos e crianças

Os problemas oftalmológicos podem ser simples desconfortos até malformação ocular do bebê

Os livros e a tela do computador parecem mais distantes a cada dia. As receitas de bolo parecem mais escuras. As simples dificuldades para enxergar no dia a dia podem ser centenas de doenças que afetam os olhos e comprometem a visão. As causas são variadas, podendo decorrer de lesões, do processo de envelhecimento ou até mesmo se desenvolver por processos crônicos ou congênitos.

Dentre as queixas oftalmológicas mais comuns estão os erros de refração que são responsáveis pela maioria dos distúrbios: astigmatismo (causa visão borrada), miopia (dificuldade de enxergar de longe), hipermetropia (dificuldade de enxergar de perto) e presbiopia (visão cansada para perto) são muito comuns nos consultórios.



“Esses erros de refração podem acontecer por causa do tamanho do globo ocular, pela irregularidade da córnea ou porque os meios óticos estão opacos”, explica o Dr. Andre Luis Pellizzon, oftalmologista do Hospital Assunção, da Rede D’Or São Luiz.

Há também alguns distúrbios considerados mais graves, que podem surgir ainda na infância. Os tumores oculares, a catarata congênita (quando o bebê já nasce com o cristalino lesionado) e pode causar cegueira, o estrabismo (desvios de um dos olhos do eixo visual) e os erros de refração muito altos.

Já nos adultos, existe a preocupação com o glaucoma (doença que atinge o nervo ótico e envolve a perda de células da retina) e a catarata (perda da opacidade do cristalino, normalmente associada à idade), além das complicações oculares causadas pelo diabetes e hipertensão arterial.

Nos dias de hoje, os diagnósticos são mais precisos com o uso de equipamentos computadorizados, que garantem receitas de óculos e planejamento cirúrgico mais precisos. Temos como exemplo, o microscópio eletrônico, que é capaz de avaliar as células da córnea detalhadamente e há equipamentos que fazem a análise completa do fundo do olho.

O Dr. André explica que as cirurgias são indicadas quando há o risco de perda da visão, em doenças como catarata, glaucoma e da retina. “Outra indicação frequente são os casos em que o paciente deseja corrigir os distúrbios de refração (miopia, hipermetropia e astigmatismo), principalmente os casos mais acentuados”, explica.


A prevenção se dá a partir de visitas anuais, independente da idade, pois o oftalmologista consegue visualizar qualquer sinal de mínima alteração.

quarta-feira, 4 de abril de 2018

Médico faz alerta para necessidade de boas noites de sono


Especialista destaca que distúrbios podem gerar diversos problemas ao organismo





A discussão sobre distúrbios e a necessidade de boas noites de sono para o funcionamento completo e ideal do organismo tem sido uma discussão cada vez mais importante. Em conversa com o Dr. Renato Calil, pneumologista e especialista em medicina do sono do Hospital Caxias D’Or, destacamos os fatores que levam a problemas com o sono, possíveis tratamentos e dicas para noites “bem dormidas”.

1- Qual é a importância de uma noite de sono bem dormida na saúde e na qualidade de vida de uma pessoa?
Durante o sono, nosso organismo realiza funções importantíssimas com consequências diretas à saúde, como o fortalecimento do sistema imunológico, secreção e liberação de hormônios (hormônio do crescimento, insulina e outros), consolidação da memória, isso sem falar no relaxamento e descanso da musculatura. Sua privação provoca importantes alterações no ritmo biológico, na condição ambiental e em fatores orgânicos, como sonolência excessiva, dificuldade de concentração, déficit de memória, irritabilidade, fadiga física e mental, alteração de humor, manifestações psicopatológicas, neurológicas, voz lenta, aumento da sensibilidade dolorosa etc. Em razão disso, qualquer interferência na quantidade ou na qualidade do sono importará em sensíveis alterações nas atividades cotidianas dos indivíduos. Os distúrbios do sono podem estar relacionados com diversas doenças, entre elas, hipertensão, diabetes, depressão, obesidade. Os distúrbios do sono, como vimos, causam, entre outros males, significativa redução do alerta. O Brasil é recordista mundial em acidentes de trânsito e as duas maiores causas desses acidentes são o álcool e o sono (incidência sete vezes maior quando comparada aos motoristas em geral). Comprometem, ademais, o desempenho social da pessoa e a vida profissional.

2- Existem diferenças nas necessidades de sono das mulheres e dos homens? E nos fatores que interferem na capacidade de dormir logo e na qualidade do sono?
Normalmente cada organismo necessita de um número de horas diferente para uma boa noite de sono e isto varia muito com a idade, no entanto os estudos mostram uma tendência quando analisamos pela diferença entre mulheres e homens:

MULHERES

● Necessitam em média de 6,8 horas do sono;

● São mais vulneráveis a insônia. As mulheres que dormem com homens que roncam são três vezes mais suscetíveis;

● Preferem dormir mais cedo e acordar mais cedo;

● Levam em média apenas 9 minutos para adormecer.


HOMENS

● Precisam em média de 6,2 horas de sono;

● São mais suscetíveis a ter apneia (interrupção temporária da respiração);

● Tendem a querer dormir mais tarde e acordar mais tarde;

● Levam em média 23,2 minutos para adormecer.


3- Quando é hora de procurar ajuda médica de especialistas em sono? Que sintomas indicam isso?
Cerca de 50% da população brasileira possui algum distúrbio do sono. No geral, as principais manifestações são as apresentadas abaixo e devem seguir acompanhamento com um especialista:

- Insônia (sintoma frequente, chegando a atingir cerca de ½ de certas populações);

- Sonolência diurna excessiva (observado, principalmente, em pacientes com distúrbios respiratórios relacionados ao sono);

- Apneia do sono (afeta 4% da população mundial e é considerada o mais grave distúrbio do sono);

- Ronco;

- Sonambulismo, Pesadelos, Terror do sono, Bruxismo;

- Epilepsia do sono;

- Distúrbios dos movimentos rítmicos (movimento de membros);

- Distúrbios comportamentais (distúrbios depressivos, esquizofrenia, alcoolismo, dependência de drogas).

4- Gostaria que você listasse de 5 a 10 hábitos / atitudes / fatores externos / fatores internos que prejudicam a capacidade de a pessoa pegar no sono ou a qualidade do sono em si. E explicasse brevemente cada item.
1- Usar a cama para leitura, ver televisão ou alimentar-se. Prefira a sala ou outro ambiente. A cama deve estar relacionada como ato de dormir. A luminosidade da TV ou o ato de ler podem deixar a pessoa desperta;

2- Evite ficar na cama sem dormir. Se necessário levante e faça uma atividade calma até ficar sonolento novamente. Ficar na cama rolando de um lado para outro gera estresse e piora a insônia;

3- A luminosidade e ruídos no ambiente diminuem o relaxamento ao se deitar. O quarto deve estar silencioso e com baixa ou nenhuma luminosidade;

4- O uso de álcool e de cafeína (café, refrigerante, chá preto) pelo menos 6 horas antes do seu horário de dormir podem causar insônia, pois são substâncias estimulantes. O álcool ainda pode piorar o ronco e provocar insônia no meio da noite;

5- Alimentar-se próximo ao horário de dormir pode causar refluxo e insônia;

6- Cochilos durante o dia podem atrapalhar seu sono à noite;

7- O ócio pode prejudicar o sono. Procure ocupar-se durante o seu dia.

8- Exercícios no período noturno podem alterar o sono. O ideal é que se faça atividades físicas regularmente, porém evite exercícios fortes no final do dia, prefira os períodos da manhã ou almoço. No final do dia, os exercícios precisam ser mais leves como alongamento ou caminhadas, e pelo menos 4 horas antes de dormir.

9- Deitar e se levantar em horários irregulares. Procure sempre deitar e se levantar em horários regulares todas as noites.

10- Deitar na cama para dormir sem estar com sono. A pessoa poderá ter dificuldade para dormir.

5- Temperaturas mais baixas ajudam a pegar no sono? Como acontece esse processo?
Em geral, a temperatura ideal para dormir fica entre 21 e 23 °C, o que é considerado um clima ameno, como o da primavera ou do outono. Além disso, o corpo pode sofrer com o excesso de frio. Um dos principais incômodos causados pelo ar mais frio, sempre mais seco, é o ressecamento das vias aéreas, o que pode exacerbar alergias e abrir caminho para doenças infecciosas, causadas por vírus, fungos e bactérias.

Por isso, além de manter uma temperatura amena no ambiente, é preciso deixá-lo o mais arejado possível, e caso necessite usar ar condicionado, deve-se manter os filtros do ar condicionado sempre limpos. O ideal é limpar os filtros a cada seis meses, mesmo que você só utilize o aparelho de vez em quando. O calor excessivo durante a noite é uma das principais causas de insônia. A temperatura elevada do corpo impede que a pessoa pegue no sono. A pressão sanguínea se eleva com o calor e o organismo fica num estado de alerta. Ao contrário, o ambiente mais frio convida ao sono. Ele resfria o corpo e estimula a circulação periférica, mantendo pés e mãos mais aquecidos, pois estimulam o sono.

6- A primeira hora de sono tem uma importância enorme para a construção dos músculos dos atletas. É verdade? Como acontece?
Na primeira fase do sono, o corpo relaxa, descontrai os músculos que passam muito tempo durante o dia tensos. A respiração fica mais suave, melhorando a pressão sanguínea. Geralmente é o sono leve, onde você experimenta um entrar e sair do sono, sendo facilmente acordado. O movimento dos olhos e os movimentos do corpo desaceleram. Você pode experimentar movimento espasmódico de pernas ou outros músculos.

7- A ida excessiva ao banheiro a noite pode prejudicar a qualidade do sono?
Sim. Quando acordamos no meio da noite, fragmentamos o sono e consequentemente diminuímos o tempo de permanência nas fases mais tardias e relaxantes do sono (sono REM). Não podemos esquecer que, às vezes, acordar à noite para ir ao banheiro é sinônimo de distúrbio do próprio sono, como por exemplo os pacientes com síndrome de apneia obstrutiva

8- O que fazer no caso de pessoas que bebem muita água e costumam acordar mais de duas vezes para ir ao banheiro?
Ingerir líquidos é importante para manter o equilíbrio do nosso corpo, porém, orientamos que seja ingerido no máximo um copo com água ao deitar para dormir. Durante o sono normal é ocasionada a queda da pressão arterial e por outras questões relacionadas a alguns hormônios, o nosso sistema urinário passa a diminuir a taxa de filtração e consequentemente acabamos formando menos volume de urina no período do sono e na maioria das vezes não acordamos à noite para urinar. Orientamos estas pessoas que normalmente acordam para ir ao banheiro que evitem uso de bebidas alcoólicas no período noturno, que avaliem possíveis riscos para síndrome de apneia do sono ou o uso de medicamentos, tais como, diuréticos ou chás naturais.

9- Chás ou calmantes naturais podem ajudar essas pessoas a dormirem melhor e não acordarem tanto?
Sim. Alguns chás, tais como camomila, maracujá, valeriana, erva-cidreira, lavanda, entre outros, auxiliam no relaxamento e consequentemente ajudam na indução do sono.