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sexta-feira, 20 de julho de 2018

A amizade pode ser ainda mais importante do que você imagina

Amigos podem ser um fator positivo para a saúde

Você já se perguntou como seria uma vida sem amigos? Sejam próximas ou distantes, físicas ou virtuais, as amizades carregam lembranças positivas e trazem grande apoio à vida das pessoas. A ciência ratifica o que a vida mostra na prática: os laços afetivos podem ser um fator positivo para a saúde e para a qualidade de vida.

- A amizade traz bem-estar subjetivo, o que pode contribuir para melhorar, também, a nossa resposta imunológica. E pode ser fator de proteção para transtornos mentais e até para o risco de suicídio. Nossas relações podem influenciar positivamente também um tratamento de saúde. Ter uma boa rede de apoio (amigos e família) ajuda a enfrentar melhor a doença, o tratamento, a possibilidade de uma cirurgia e/ou o período de internação. A busca por essa rede de apoio pode ser incentivada pelo profissional de saúde – afirma a psicóloga do Hospital Rios D’Or, Mariana Guedes.



Pesquisa realizada pelo Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) aponta que as relações podem ir além. Dr. Jorge Moll Neto, foi o primeiro neurocientista no mundo a chegar a esta conclusão: fazer o bem ao próximo traz benefícios para si mesmo, pois realizar boas ações, ativa áreas do cérebro relacionadas com o prazer, o bem-estar e o sentimento de pertencimento.


- Observamos, em mapeamento cerebral por ressonância magnética, que os chamados "centros de recompensa" do cérebro são ativados quando voluntários doavam para instituições de caridade. Mais importante, essa atividade era tão intensa quanto quando eles ganhavam direito para eles mesmos. Além disso, e de forma muito interessante, constatamos que ativou, de forma seletiva, duas regiões do cérebro (o córtex subgenual e a área septal) que estão relacionadas ao sentimento de apego, de pertencimento. Essas regiões estão envolvidas, por exemplo, no cuidado que uma mãe tem com o seu filho e na união entre casais. Ou seja, quando você age em favor de uma causa ou princípio importante, você está ativando um sistema que foi desenvolvido ao longo de milhões de anos para promover os laços familiares e de amizade – afirma o neurocientista Dr. Jorge Moll Neto.

segunda-feira, 2 de julho de 2018

Alimentação e saúde do coração: entenda a relação entre elas


Para manter a saúde do coração em dia, hábitos como não fumar, praticar exercícios físicos regularmente e controlar o estresse são indispensáveis. Mas a alimentação também exerce um papel fundamental: o menor consumo de sal e de alimentos com excesso de açúcares refinados e gorduras saturadas e trans são medidas básicas.

De acordo com o Dr. Andrea Bottoni, coordenador da equipe de Nutrologia do Hospital e Maternidade São Luiz Anália Franco, é preciso atenção aos níveis de colesterol no sangue, principalmente o chamado “colesterol ruim” (LDL).



“As pessoas com níveis de colesterol total com predomínio do LDL devem tomar medidas para reduzi-lo, especialmente quando fatores de risco como pressão alta, diabetes, obesidade e tabagismo estão associados. O colesterol alto está relacionado ao infarto e ao AVC”, diz o especialista.

Um exemplo de bom alimento para o coração é o azeite extra virgem, que funciona com um regulador, diminuindo o LDL (colesterol ruim) e aumentando o HDL (colesterol bom). Além disso, possui ação protetora do coração por conter antioxidantes, como polifenóis e vitamina E, auxiliando no combate à aterosclerose (entupimento das artérias).

“A melhor forma de consumir o azeite é na forma in natura em preparo de saladas ou como tempero de massas, peixes ou carnes. Porém, estudos recentes mostram que pode ser consumido mesmo aquecido no preparo dos alimentos e frituras, mantendo suas propriedades antioxidantes e vitaminas”, afirma o Dr. Rafael Borlini Ricardo, nutrólogo do Hospital e Maternidade São Luiz Anália Franco.

O vinho tinto e o suco de uva integral também têm substâncias que funcionam como antioxidante, auxiliando na diminuição da inflamação do excesso de gordura ruim no organismo e no aumento do HDL. Entretanto, os especialistas lembram que é preciso moderação no consumo de ambos.

“O alho contém uma substância chamada alicina, que ajuda a reduzir o colesterol e o triglicérides. Também funciona como anticoagulante sanguíneo, evitando a formação de trombos nas veias e artérias”, ressalta o Dr. Andrea.

A vitamina C também é uma aliada e um potente antioxidante presente na maioria das frutas cítricas. Ela ajuda a reduzir a inflamação causada pelo excesso de gordura no organismo. Pesquisas mostram que suplementações com vitamina C auxiliam na redução de formação de placas nas artérias. Para finalizar, os especialistas recomendam comer 1 quadradinho de chocolate amargo por dia.

quarta-feira, 27 de junho de 2018

Ação “Vamos limpar juntos” coletou 500 litros de lixo

A Rede D'Or São Luiz e Oncologia D’Or apoiaram o evento da agência de mobilização socioambiental “Bota para Girar”, um mutirão de limpeza na praia de Ipanema e palestras sobre meio ambiente na Casa de Cultura Laura Alvim, ocorrido no dia 9/6.

A ação reuniu aproximadamente 60 pessoas que coletaram 500 litros de resíduos. Foram contabilizados: 1.213 canudos, 2.757 bitucas de cigarro, 297 tampas plásticas e 189 hastes de plásticos de cotonetes.



A destinação ambientalmente correta destes resíduos foi dada pela COMLURB. Com exceção das tampas plásticas que foram para o projeto Eco Pet, do Rio de Janeiro, e o dinheiro arrecadado com a venda dessa matéria-prima será doado às ONGs de cuidados animais.

Pensando globalmente dentro do movimento mundial de combate ao plástico, a ação foi local durante a semana do Meio Ambiente e Virada Sustentável. Foram envolvidas nessa atividade lúdica o artista plástico e grafiteiro Acme, do @universo_acme, da comunidade vizinha ao trecho onde foi a ação, do Pavão, Pavãozinho e Cantagalo e as crianças da escola/ONG Solar Meninos de Luz.

Confira mais informações e o vídeo da ação: http://botapragirar.blogspot.com/2018/06/limpamos-e-fizemos-arte-juntos-em.html

segunda-feira, 25 de junho de 2018

Tela de celular pode ter mais bactérias que a sola de um sapato

Infectologista destaca que, além da limpeza dos aparelhos, é essencial a higienização das mãos



Estudo da Universidade de Barcelona evidenciou que o teclado do computador e a tela do celular têm aproximadamente 30 vezes mais microrganismos do que uma tampa de um vaso sanitário limpo. O motivo é bastante simples: estes aparelhos estão em contato direto com as nossas mãos, que não são higienizadas como e com a frequência que deveriam.

 - A tela de um celular pode ter mais bactérias que muitos objetos reconhecidos como ‘sujos’, como a sola de um sapato. Os aparelhos funcionam como veículos para que os microrganismos entrem no corpo, causando doenças que poderiam ser evitadas. Seguir simples rotinas de limpeza com as mãos e higienização de aparelhos eletrônicos pode reduzir doenças infectocontagiosas, como gripe e conjuntivite. Para as mãos, há no mercado lenços umedecidos apropriados para a higienização, caso não seja possível lavar com água e sabão – destaca o infectologista do Hospital Quinta D’Or, Dr. Marcus Cardoso.

Para que os aparelhos sejam mantidos em melhores condições de higiene, o ideal é manter pequenas regras para utilização, como: não os utilizar em área de preparação de alimentos e no banheiro, por exemplo – local com grande concentração de microrganismos. Com relação ao computador, não comer durante seu uso é uma recomendação, pois o teclado acumula resíduos alimentares, fato que atrai vetores e bactérias. Para manter a higiene, os teclados também devem ser aspirados com frequência regular.

- A higienização de celulares e outros eletrônicos portáveis pode ser simples, mas requer alguns cuidados. Para limpar esses aparelhos deve-se evitar produtos corrosivos, como o cloro e produtos à base de amônia. Engenheiros eletrônicos sugerem o uso de uma mistura com água destilada com álcool isopropílico – explica.

segunda-feira, 18 de junho de 2018

Pneumologista do Hospital e Maternidade São Luiz dá 5 dicas para parar de fumar


Segundo a OMS, um terço da população mundial adulta é fumante (cerca 1,2 bilhão de pessoas, dentre as quais 200 milhões são mulheres). O fumo pode desencadear e ampliar os riscos de pelo menos 50 tipos de doenças, tanto para os fumantes quanto para os fumantes passivos, como o câncer de pulmão, doenças cardiovasculares, impotência sexual masculina, complicações na gravidez, entre outras.



Contudo, sabendo das dificuldades que os pacientes encontram na tentativa de parar de fumar, a Dra. Andrea Sette, pneumologista do Hospital e Maternidade São Luiz, reuniu algumas dicas para quem deseja largar o vício:

1 – Escolha uma data para a parada. Então, decida se essa jornada será imediata ou gradual

2 – Após alguns dias sem o cigarro, é muito comum que algumas pessoas ganhem peso, podendo chegar até dois quilos

3 – Busque atividades para substituir o cigarro que ajudem no controle da ansiedade e do estresse

4 – Beba água gelada e mantenha as mãos ocupadas. Estas são duas atitudes que o ajudarão a ficar longe do cigarro

5 – Respire fundo, relaxe os músculos, a cabeça e siga em frente.

terça-feira, 12 de junho de 2018

Esporotricose: doença popular em animais de estimação pode passar para os donos


O nome é difícil, mas a forma de transmissão é simples em caso de pouco cuidado. A esporotricose é uma micose subcutânea causada por um fungo que pode contaminar animais e humanos. Geralmente afeta a pele e os vasos linfáticos próximos a ela, mas pode também afetar ossos, pulmão e articulações.
 

- A doença geralmente é benigna, restrita a pele, tecido celular subcutâneo e vasos linfáticos. A disseminação da doença pode ocorrer para os ossos e outros órgãos. E a inalação do fungo pode ocasionar pneumonia – explica Dra. Silvia Oliveira, infectologista do Hospital Rios D’Or.

O fungo causador da doença (sporothrix schenkii) vive disseminado na natureza, no solo, palha, madeira, vegetais e plantas. Por isso pode ser considerada doença ocupacional ou ligadas a atividades de lazer e no passado também era conhecido como “doença dos jardineiros”. Apesar disso, nas grandes cidades a transmissão tem sido feita por animais domésticos.



- A transmissão que ocorre através dos gatos ganhou especial atenção nos centros urbanos, apesar do tatu também ser considerado um importante transmissor, que neste caso não manifesta a infecção. Pode ocorrer pela arranhadura, mordida ou secreção da ferida do animal doente. Outros casos foram descritos esporadicamente, por picada de insetos ou mordedura de ratos, cães, peixes e cavalos – destaca a infectologista.  


 O tratamento proposto como primeira opção é com o antifúngico Itraconazol por no mínimo 90 dias, por produzir menos efeitos adversos, quando comparado ao uso do Iodeto de Potássio - esse por 12 semanas. Outros antifúngicos também podem ser utilizados como fluconazol, terbinafina, ou anfotericina B. No entanto, este tempo de tratamento inicial pode variar de acordo com a resposta clínica, sendo necessário acompanhamento médico em até 6 meses para avaliação da alta definitiva.

Porém, o ideal é a prevenção. Segundo a especialista, há diversas formas de evitar a esporotricose, entre elas uso de luvas ao manusear plantas, que também podem apresentar os fungos.

- Para se prevenir da doença é bom ter cuidado na manipulação das lesões dos animais doentes e, se possível, isolamento até o fechamento das lesões; castrar gatos doentes, a fim de evitar a saída do animal à rua; cremar animais mortos para o fungo não se perpetuar na natureza; limpar dos cômodos com hipoclorito de sódio; e usar luvas no manuseio de plantas e animais com lesões ulceradas ativas.

quarta-feira, 6 de junho de 2018

Homens são menos preocupados com a saúde, revela especialista

Prevenção é o melhor caminho para vida saudável

Exames de rotina, ida a médicos para cuidados com a saúde e observação de sintomas e mudanças no organismo não está entre as prioridades dos homens. Quem aponta essas questões é o Dr. Ênio Usiglio, cardiologista do Hospital Norte D’Or.

- Em geral, os homens são menos preocupados com a própria saúde que as mulheres. Isso fica evidente em dados que mostram que eles vão menos ao médico que as mulheres e geralmente demoram mais tempo para recorrer aos serviços de saúde quando apresentam algum sintoma. Isso faz com que geralmente cheguem com casos mais avançados e graves, dificultando o tratamento e as chances de cura de algumas doenças – destaca o especialista.


De acordo com o médico, não existe uma idade certa para começar a se preocupar com a saúde ou fazer exames. A prevenção é o melhor caminho para evitar problemas, seja com a prática de atividades físicas, com a manutenção do peso, ingerindo pouco sal e gorduras, ou mesmo buscando ajuda médica quando surgirem sintomas.

As doenças cardiovasculares, especificamente o acidente vascular cerebral e o infarto agudo do miocárdio, são as duas principais causas de morte entre os homens (e entre as mulheres) no mundo todo. Isso se explica por fatores de risco que o indivíduo vai acumulando ao longo da vida: sedentarismo, sobrepeso/obesidade, diabetes, tabagismo, elevação dos níveis de colesterol e principalmente um grande vilão que é a hipertensão arterial.

- O que vemos na sociedade de um modo geral é que esses fatores estão muito presentes, contribuindo para que as doenças cardiovasculares continuem a ser a principal causa de morte. Fatores genéticos também estão envolvidos, especialmente quando parentes de primeiro grau do sexo masculino foram acometidos por infarto miocárdico ou acidente vascular cerebral abaixo de 55 anos, e do sexo feminino abaixo de 65 anos – aponta Dr. Ênio.

Grande parte dessas doenças pode ser evitada com simples medidas, que não são seguidas pelos homens.  O cardiologista finaliza com algumas dicas para quem quer se cuidar.
·         Redução da ingesta de sal para 5 gramas por dia (normalmente ingerimos mais do que o dobro dessa quantidade, principalmente em alimentos industrializados e processados);
·         Redução da ingesta de frituras, açúcar e carne vermelha, preferindo carnes brancas. Evitar alimentos processados pela indústria e ingerir diariamente frutas, verduras e legumes;
·         Praticar atividade física regularmente. Atividade aeróbica (caminhar, por exemplo) por 30 minutos continuamente, 4 a 5 vezes na semana;
·         Interromper o tabagismo;
·         Controle adequado da hipertensão e diabetes. Aqui, além das medidas acima, medidas específicas para cada caso se aplicam. Seguir a recomendação médica e nutricional é fundamental para o controle de tais doenças.


segunda-feira, 21 de maio de 2018

Cardiologista do Hospital São Luiz responde se paixão pelo esporte pode influenciar no coração

Durante a Copa do Mundo do Brasil, em 2014, um homem de 69 anos morreu após um quadro de infarto, durante o jogo entre Brasil e Chile. Segundo algumas reportagens publicadas na época, ele começou a se sentir mal ainda durante a partida no Mineirão e foi encaminhado para uma unidade de saúde particular.

Agora, a pouco mais de mês para a estreia do Brasil na Copa do Mundo da Rússia, o Dr. André Feldman, coordenador da Cardio D’Or, serviço de cardiologia dos Hospitais São Luiz, unidades Anália Franco e São Caetano e do Hospital Villa-Lobos, fala sobre o quanto a paixão pelo esporte pode influenciar na saúde do coração.



“A probabilidade de acontecer um infarto apenas por conta da emoção passada durante a partida é pequena, e não chega ao ponto de recomendarmos que as pessoas deixem de assistir aos jogos. Ainda se falarmos em prevenção, essa questão está mais ligada aos cuidados do dia a dia”, orienta Feldman.

Durante as partidas, em que todos estão vidrados e torcendo a cada lance, os níveis de ansiedade aumentam e automaticamente estimulam a elevação da pressão arterial. São cerca de 1h30 a 2h de estresse absoluto, período de maior atenção, pois o organismo libera uma série de hormônios, como adrenalina, noradrenalina e cortisol, responsáveis pelo aumento da frequência cardíaca e “aperto” dos vasos sanguíneos, conjunto de fatores responsáveis pela elevação da pressão.

O momento em que ocorre o aumento da pressão, o coração, cérebros e outros músculos recebem uma quantidade maior de sangue, elevando os esforços de cada um e há o aumento das chances de ocorrência de eventos cardíacos, como o infarto, por exemplo. “Em um paciente que já tenha histórico de alguma doença do coração, esses esforços podem funcionar como um fator de risco. Se ainda sim ele for hipertenso, as chances podem crescer”, explica o cardiologista.

Além da tensão que envolve assistir as partidas, existe o clima gerado pela Copa do Mundo que facilita as pessoas a confraternizarem com mais ingestão de bebida alcoólica e tabagismo, facilitadores para o aumento da pressão arterial.

Fora dos eventos cardíacos, o enrijecimento da musculatura, causado pela tensão das partidas, pode levar a dores no pescoço, ombros e até torcicolo. Como medida preventiva, ter um lugar adequado para uma melhor postura, pode favorecer e evitar o aparecimento das dores.

O golaço de toda essa questão está no campo da prevenção. “Manter um estilo de vida regrado, com alimentação saudável e prática de atividade física faz toda a diferença”, finaliza.

quarta-feira, 16 de maio de 2018

Especialista do Hospital Assunção explica a relação entre distúrbios hormonais e aumento de peso



Há momentos em que as pessoas começam a observar que estão aumentando de peso. Mudam a dieta, começam a fazer exercícios físicos, mas não é suficiente para eliminar os quilos a mais. O paciente pode não perceber é que a alteração do peso não está relacionada apenas ao estilo de vida, mas com possíveis disfunções hormonais, que podem ocorrer tanto nos homens quando nas mulheres.

O endocrinologista do Hospital Assunção, da Rede D’Or São Luiz, dr. Luiz Akira Hata responde a 5 perguntas que podem ajudar a esclarece o tema:

1. Quais são os distúrbios hormonais que podem alterar peso?
Vários são os distúrbios hormonais que podem resultar o aumento do peso corpóreo. Listo alguns mais comuns: Síndrome de Cushing, por exemplo, que ocorre quando há um aumento anormal nos níveis de cortisol sanguíneo, hormônio liberados excessivamente em resposta ao estresse; a Síndrome dos Ovários Policísticos, em que há aumento de hormônios masculinos (andrógenos) levando a um ganho de massa muscular e, consequentemente, ao aumento do peso corpóreo; o Hipertireoidismo, quando a diminuição dos hormônios tiroideanos ocasionam maior retenção de líquidos corporais e aumento do peso; e o Hipogonadismo, ou falência dos ovários ou testículos, que causam acúmulo de gordura abdominal.

2. Quais são as causas dos distúrbios hormonais?
As causas podem ser tumorais malignas ou benignas, doenças acusadas por mutações genéticas, destruição da glândula por radiação nuclear (radioterapia) ou uso de determinados medicamentos como antiarrítmicos, cortisonas ou medicamentos para terapia de câncer.

3. Como diagnosticar e trata-los?
O diagnóstico se dá através de uma boa análise clínica e exames específico. Já o tratamento é feito com dosagens dos hormônios em laboratórios.

4. Quando é necessário passar por um procedimento cirúrgico?
Em casos de tumores malignos e dependendo da avaliação do médico, em alguns casos benignos também é necessário passar por cirurgia.

5. Como conviver com estes distúrbios e que hábitos tem que ser mudados?
É preciso fazer um acompanhamento clínico regular, monitoramento laboratorial periódico dos hormônios, não interromper a terapia hormonal, evitar comidas industrializadas, fast-foods, refrigerantes, sucos de caixinhas, bebidas alcoólicas e praticar muito esporte. Importante ressaltar que as alterações hormonais podem causar aumento de peso, porém não são as principais causas para a epidemia de obesidade que assola o mundo. A obesidade advém na sua grande maioria das vezes pelos maus hábitos alimentares e estilo de vida ruim.

sexta-feira, 4 de maio de 2018

O que você precisa saber sobre câncer infantil e a importância do diagnóstico precoce

O câncer é composto por uma série de doenças que têm em comum a multiplicação anormal de células, que pode ocorrer em qualquer lugar do corpo humano e em qualquer idade. Em pessoas com menos de 18 anos corresponde a 2% dos casos de câncer.

Os mais comuns nessa faixa etária são as leucemias, que afetam os glóbulos brancos e representam quase 60% dos casos de câncer infantil, seguidos dos tumores do sistema nervoso central e os linfomas (sistema linfático). Há, também, os tipos exclusivos da faixa pediátrica, que quase nunca são vistos em adultos: os retinoblastomas, que acometem o fundo do olho, e o tumor de Wilms, que afeta o rim.



Segundo Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Brasil, o câncer já representa a primeira causa de morte (8% do total) por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos, assim como em países desenvolvidos.

A Dra. Viviane Sonaglio, oncologista pediátrica do Hospital da Criança, da Rede D’Or São Luiz, explica que o câncer infantil tem característica de crescimento muito acelerada, pois as crianças possuem tecidos ainda embrionários com capacidade de reprodução muito rápida. “Essas diferenças reforçam a importância de um diagnóstico precoce. Até por isso as respostas ao tratamento são mais rápidas”, pondera a especialista.

O tratamento é diferente dos adultos, mas também é composto por quimioterapia, radioterapia ou cirurgia, combinados ou não. A radioterapia é usada em casos mais específicos, como câncer de rim. A Dra. Maria Lúcia Pinho, cirurgiã pediátrica do Hospital da Criança, da Rede D’Or São Luiz, explica que nesta faixa etária as cirurgias têm bastante importância, pois ajudam a frear o avanço da doença. “Em alguns casos a cirurgia pode ser fundamental para a cura, devendo ser planejada a retirada do tumor em um ou mais procedimentos”.

O câncer infantil não tem prevenção, por isso a enorme importância destinada ao diagnóstico precoce. A Dra. Viviane explica que os sintomas são muito comuns a outras doenças desta faixa etária, queixas bastante comuns em prontos-socorros. Entretanto, algumas dicas podem acelerar o diagnóstico:

Uma febre mais prolongada, que não responde a medicamentos ou associada a outros sintomas, como gânglios aumentados;
Infecções de repetição, que acabam levando a criança várias vezes ao hospital;
Perda de peso inexplicável e contínua;
Dor persistente nos ossos e nas articulações, com intensidades que prejudicam as brincadeiras ou atividades;
Dores de cabeças acompanhadas de vômitos, geralmente na parte da madrugada;
Caroços que não cedem – costumam aparecer no pescoço, axilas, virilhas e abdome.

“Quando a criança tem o acompanhamento de um pediatra desde cedo, o especialista consegue entender as diferentes características e sintomas de cada doença, seja para excluir uma suspeita mais séria ou confirmá-la”, orienta Sonaglio. Com o diagnóstico precoce, as chances de cura passam dos 70%, em boa parte dos casos. A doença em estágio avançado diminui consideravelmente essas chances.

Quando há diagnóstico positivo para o câncer, é importante que a criança seja acompanhada por uma equipe especializada em oncologia pediátrica, composta por médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, além de subespecialistas em outras áreas da medicina. É essencial o paciente buscar um local que tenha equipamentos com tecnologia de ponta para a realização de todos os exames que possam ajudar no tratamento, além de um departamento de patologia qualificado.

segunda-feira, 23 de abril de 2018

Treinamento, alimentação e descanso são o tripé para a prática saudável de exercícios físicos


Especialista dá dicas para iniciar a prática esportiva e evitar lesões 

Quer começar a praticar atividades físicas, mas não sabe bem como entrar nessa “caminhada”? O primeiro passo é buscar um especialista para avaliar suas condições físicas e orientar quanto a melhor forma de iniciar. Neste sentido, o ortopedista Rodrigo Rezende, responsável pelo Centro de Ortopedia do Hospital Rios D’Or destacou alguns pontos importantes, principalmente, para evitar lesões.


1) Consulte um médico antes de começar
O check-up é o ponto mais importante na avaliação prévia ao início da atividade física. O ideal é buscar por um cardiologista e um ortopedista para fazer uma avaliação dos seus sistemas cardiorrespiratório e músculo articular.


2) Faça aquecimentos
Antes de começar a praticar exercícios, faça o aquecimento indicado pelo profissional de atividade física. Isso eleva a temperatura corporal e deixa o músculo mais preparado para o que for exigido dele. O aquecimento não precisa acontecer durante muito tempo, basta executá-lo corretamente. Dependendo da atividade que será realizada e de seu preparo, cinco a dez minutos serão suficientes. Comece de maneira lenta e vá acelerando aos poucos, gradualmente.


3) Dedique-se ao fortalecimento muscular
Seus músculos são a proteção para seus ligamentos e articulações. Eles absorvem consideravelmente a tensão que seria direcionada para as partes mais sensíveis do seu corpo. Construir uma musculatura de qualidade vai diminuir consideravelmente a probabilidade de se lesionar.


4) Faça alongamentos
Muita gente contesta a importância do alongamento antes da atividade física, mas fato é que ser flexível previne diversos tipos de dores e de lesões. Uma boa elasticidade faz com que os tendões, os músculos e os ligamentos tenham chances menores de lesão, além de permitir que você execute movimentos mais amplos sem tantos problemas. Mas, para isso, é preciso ter prática diária. Inicie de forma gradual e vá aumentando o alongamento, sem forçar o seu limiar de dor.


5) Correção do gesto esportivo
Em outras palavras, quando estamos desenvolvendo uma habilidade nova, seja correr, escalar, chutar, devemos primeiro aprender como fazer aquilo corretamente. Depois corrigir toda a forma e postura, refinando a técnica. Só então vamos adicionar potência no que estamos fazendo. Lapidar a postura exata para executar uma técnica vai fazer toda diferença, inclusive aplicando isso para o cotidiano. Todas essas atividades podem causar lesões graves se feitas com desleixo.


6) Mantenha uma boa alimentação
A dieta é fundamental para os atletas de final de semana. Além de dar a energia necessária para praticar os exercícios físicos, ficar dentro do peso ideal é muito importante para evitar lesões. Antes da prática, o ideal é um prato com carboidratos de boas fontes, como alimentos integrais, verduras, legumes e frutas. Para manter a forma, costumamos restringir as calorias que ingerimos. Quando entram menos calorias do que o corpo precisa para se manter, ele entra em um estado catabólico, ou seja, o corpo se alimenta dos músculos.

Assim como comer demais e estar acima do peso são fortes indicadores de que uma lesão está a caminho, ingerir menos calorias do que o necessário também pode ocasionar contusões, seja pelo processo de catabolismo ou por pura falta de nutrientes responsáveis pela recuperação dos músculos, ligamentos e ossos. Sendo recomendado uma boa combinação de carboidratos com proteínas, para restaurar os músculos. O ideal é consultar um nutricionista para descobrir a alimentação ideal.


7) Utilize equipamento adequado
Não basta praticar todos esses procedimentos acima se, por exemplo, não usar os equipamentos adequados e corretamente. Por exemplo, praticar exercícios físicas descalço, ou ainda com tênis desadequado, pode gerar mais prejuízos que benefícios.


8) Atenção as dores durante o exercício
Procure observar qualquer relação entre dores mais agudas com os movimentos das articulações. Se alguma dor impedir você de se movimentar da forma normalmente costuma, é um grande sinal de que é hora de visitar o ortopedista. Cuidado com dores que não são musculares.


9) Descansar é necessário
O tripé do treinamento deve ser equilibrado: se um lado falhar, de nada adiantou todos os outros. Treinamento, alimentação e descanso devem andar juntos. Com muita frequência, na busca por resultados mais rápidos, negligenciamos a base mais óbvia. Quando nos empolgamos com alguma atividade nova, queremos fazer aquilo o máximo de vezes possível. Quando começamos a notar os resultados queremos triplicar a frequência da atividade em busca de mais resultados. Vamos aumentando a carga até sobrecarregarmos a máquina e, com isso, ela falha. Perdermos grande parte do trabalho por falta de equilíbrio.

terça-feira, 10 de abril de 2018

Saiba tudo sobre os distúrbios oftalmológicos mais frequentes que acometem os idosos e crianças

Os problemas oftalmológicos podem ser simples desconfortos até malformação ocular do bebê

Os livros e a tela do computador parecem mais distantes a cada dia. As receitas de bolo parecem mais escuras. As simples dificuldades para enxergar no dia a dia podem ser centenas de doenças que afetam os olhos e comprometem a visão. As causas são variadas, podendo decorrer de lesões, do processo de envelhecimento ou até mesmo se desenvolver por processos crônicos ou congênitos.

Dentre as queixas oftalmológicas mais comuns estão os erros de refração que são responsáveis pela maioria dos distúrbios: astigmatismo (causa visão borrada), miopia (dificuldade de enxergar de longe), hipermetropia (dificuldade de enxergar de perto) e presbiopia (visão cansada para perto) são muito comuns nos consultórios.



“Esses erros de refração podem acontecer por causa do tamanho do globo ocular, pela irregularidade da córnea ou porque os meios óticos estão opacos”, explica o Dr. Andre Luis Pellizzon, oftalmologista do Hospital Assunção, da Rede D’Or São Luiz.

Há também alguns distúrbios considerados mais graves, que podem surgir ainda na infância. Os tumores oculares, a catarata congênita (quando o bebê já nasce com o cristalino lesionado) e pode causar cegueira, o estrabismo (desvios de um dos olhos do eixo visual) e os erros de refração muito altos.

Já nos adultos, existe a preocupação com o glaucoma (doença que atinge o nervo ótico e envolve a perda de células da retina) e a catarata (perda da opacidade do cristalino, normalmente associada à idade), além das complicações oculares causadas pelo diabetes e hipertensão arterial.

Nos dias de hoje, os diagnósticos são mais precisos com o uso de equipamentos computadorizados, que garantem receitas de óculos e planejamento cirúrgico mais precisos. Temos como exemplo, o microscópio eletrônico, que é capaz de avaliar as células da córnea detalhadamente e há equipamentos que fazem a análise completa do fundo do olho.

O Dr. André explica que as cirurgias são indicadas quando há o risco de perda da visão, em doenças como catarata, glaucoma e da retina. “Outra indicação frequente são os casos em que o paciente deseja corrigir os distúrbios de refração (miopia, hipermetropia e astigmatismo), principalmente os casos mais acentuados”, explica.


A prevenção se dá a partir de visitas anuais, independente da idade, pois o oftalmologista consegue visualizar qualquer sinal de mínima alteração.

quarta-feira, 4 de abril de 2018

Médico faz alerta para necessidade de boas noites de sono


Especialista destaca que distúrbios podem gerar diversos problemas ao organismo





A discussão sobre distúrbios e a necessidade de boas noites de sono para o funcionamento completo e ideal do organismo tem sido uma discussão cada vez mais importante. Em conversa com o Dr. Renato Calil, pneumologista e especialista em medicina do sono do Hospital Caxias D’Or, destacamos os fatores que levam a problemas com o sono, possíveis tratamentos e dicas para noites “bem dormidas”.

1- Qual é a importância de uma noite de sono bem dormida na saúde e na qualidade de vida de uma pessoa?
Durante o sono, nosso organismo realiza funções importantíssimas com consequências diretas à saúde, como o fortalecimento do sistema imunológico, secreção e liberação de hormônios (hormônio do crescimento, insulina e outros), consolidação da memória, isso sem falar no relaxamento e descanso da musculatura. Sua privação provoca importantes alterações no ritmo biológico, na condição ambiental e em fatores orgânicos, como sonolência excessiva, dificuldade de concentração, déficit de memória, irritabilidade, fadiga física e mental, alteração de humor, manifestações psicopatológicas, neurológicas, voz lenta, aumento da sensibilidade dolorosa etc. Em razão disso, qualquer interferência na quantidade ou na qualidade do sono importará em sensíveis alterações nas atividades cotidianas dos indivíduos. Os distúrbios do sono podem estar relacionados com diversas doenças, entre elas, hipertensão, diabetes, depressão, obesidade. Os distúrbios do sono, como vimos, causam, entre outros males, significativa redução do alerta. O Brasil é recordista mundial em acidentes de trânsito e as duas maiores causas desses acidentes são o álcool e o sono (incidência sete vezes maior quando comparada aos motoristas em geral). Comprometem, ademais, o desempenho social da pessoa e a vida profissional.

2- Existem diferenças nas necessidades de sono das mulheres e dos homens? E nos fatores que interferem na capacidade de dormir logo e na qualidade do sono?
Normalmente cada organismo necessita de um número de horas diferente para uma boa noite de sono e isto varia muito com a idade, no entanto os estudos mostram uma tendência quando analisamos pela diferença entre mulheres e homens:

MULHERES

● Necessitam em média de 6,8 horas do sono;

● São mais vulneráveis a insônia. As mulheres que dormem com homens que roncam são três vezes mais suscetíveis;

● Preferem dormir mais cedo e acordar mais cedo;

● Levam em média apenas 9 minutos para adormecer.


HOMENS

● Precisam em média de 6,2 horas de sono;

● São mais suscetíveis a ter apneia (interrupção temporária da respiração);

● Tendem a querer dormir mais tarde e acordar mais tarde;

● Levam em média 23,2 minutos para adormecer.


3- Quando é hora de procurar ajuda médica de especialistas em sono? Que sintomas indicam isso?
Cerca de 50% da população brasileira possui algum distúrbio do sono. No geral, as principais manifestações são as apresentadas abaixo e devem seguir acompanhamento com um especialista:

- Insônia (sintoma frequente, chegando a atingir cerca de ½ de certas populações);

- Sonolência diurna excessiva (observado, principalmente, em pacientes com distúrbios respiratórios relacionados ao sono);

- Apneia do sono (afeta 4% da população mundial e é considerada o mais grave distúrbio do sono);

- Ronco;

- Sonambulismo, Pesadelos, Terror do sono, Bruxismo;

- Epilepsia do sono;

- Distúrbios dos movimentos rítmicos (movimento de membros);

- Distúrbios comportamentais (distúrbios depressivos, esquizofrenia, alcoolismo, dependência de drogas).

4- Gostaria que você listasse de 5 a 10 hábitos / atitudes / fatores externos / fatores internos que prejudicam a capacidade de a pessoa pegar no sono ou a qualidade do sono em si. E explicasse brevemente cada item.
1- Usar a cama para leitura, ver televisão ou alimentar-se. Prefira a sala ou outro ambiente. A cama deve estar relacionada como ato de dormir. A luminosidade da TV ou o ato de ler podem deixar a pessoa desperta;

2- Evite ficar na cama sem dormir. Se necessário levante e faça uma atividade calma até ficar sonolento novamente. Ficar na cama rolando de um lado para outro gera estresse e piora a insônia;

3- A luminosidade e ruídos no ambiente diminuem o relaxamento ao se deitar. O quarto deve estar silencioso e com baixa ou nenhuma luminosidade;

4- O uso de álcool e de cafeína (café, refrigerante, chá preto) pelo menos 6 horas antes do seu horário de dormir podem causar insônia, pois são substâncias estimulantes. O álcool ainda pode piorar o ronco e provocar insônia no meio da noite;

5- Alimentar-se próximo ao horário de dormir pode causar refluxo e insônia;

6- Cochilos durante o dia podem atrapalhar seu sono à noite;

7- O ócio pode prejudicar o sono. Procure ocupar-se durante o seu dia.

8- Exercícios no período noturno podem alterar o sono. O ideal é que se faça atividades físicas regularmente, porém evite exercícios fortes no final do dia, prefira os períodos da manhã ou almoço. No final do dia, os exercícios precisam ser mais leves como alongamento ou caminhadas, e pelo menos 4 horas antes de dormir.

9- Deitar e se levantar em horários irregulares. Procure sempre deitar e se levantar em horários regulares todas as noites.

10- Deitar na cama para dormir sem estar com sono. A pessoa poderá ter dificuldade para dormir.

5- Temperaturas mais baixas ajudam a pegar no sono? Como acontece esse processo?
Em geral, a temperatura ideal para dormir fica entre 21 e 23 °C, o que é considerado um clima ameno, como o da primavera ou do outono. Além disso, o corpo pode sofrer com o excesso de frio. Um dos principais incômodos causados pelo ar mais frio, sempre mais seco, é o ressecamento das vias aéreas, o que pode exacerbar alergias e abrir caminho para doenças infecciosas, causadas por vírus, fungos e bactérias.

Por isso, além de manter uma temperatura amena no ambiente, é preciso deixá-lo o mais arejado possível, e caso necessite usar ar condicionado, deve-se manter os filtros do ar condicionado sempre limpos. O ideal é limpar os filtros a cada seis meses, mesmo que você só utilize o aparelho de vez em quando. O calor excessivo durante a noite é uma das principais causas de insônia. A temperatura elevada do corpo impede que a pessoa pegue no sono. A pressão sanguínea se eleva com o calor e o organismo fica num estado de alerta. Ao contrário, o ambiente mais frio convida ao sono. Ele resfria o corpo e estimula a circulação periférica, mantendo pés e mãos mais aquecidos, pois estimulam o sono.

6- A primeira hora de sono tem uma importância enorme para a construção dos músculos dos atletas. É verdade? Como acontece?
Na primeira fase do sono, o corpo relaxa, descontrai os músculos que passam muito tempo durante o dia tensos. A respiração fica mais suave, melhorando a pressão sanguínea. Geralmente é o sono leve, onde você experimenta um entrar e sair do sono, sendo facilmente acordado. O movimento dos olhos e os movimentos do corpo desaceleram. Você pode experimentar movimento espasmódico de pernas ou outros músculos.

7- A ida excessiva ao banheiro a noite pode prejudicar a qualidade do sono?
Sim. Quando acordamos no meio da noite, fragmentamos o sono e consequentemente diminuímos o tempo de permanência nas fases mais tardias e relaxantes do sono (sono REM). Não podemos esquecer que, às vezes, acordar à noite para ir ao banheiro é sinônimo de distúrbio do próprio sono, como por exemplo os pacientes com síndrome de apneia obstrutiva

8- O que fazer no caso de pessoas que bebem muita água e costumam acordar mais de duas vezes para ir ao banheiro?
Ingerir líquidos é importante para manter o equilíbrio do nosso corpo, porém, orientamos que seja ingerido no máximo um copo com água ao deitar para dormir. Durante o sono normal é ocasionada a queda da pressão arterial e por outras questões relacionadas a alguns hormônios, o nosso sistema urinário passa a diminuir a taxa de filtração e consequentemente acabamos formando menos volume de urina no período do sono e na maioria das vezes não acordamos à noite para urinar. Orientamos estas pessoas que normalmente acordam para ir ao banheiro que evitem uso de bebidas alcoólicas no período noturno, que avaliem possíveis riscos para síndrome de apneia do sono ou o uso de medicamentos, tais como, diuréticos ou chás naturais.

9- Chás ou calmantes naturais podem ajudar essas pessoas a dormirem melhor e não acordarem tanto?
Sim. Alguns chás, tais como camomila, maracujá, valeriana, erva-cidreira, lavanda, entre outros, auxiliam no relaxamento e consequentemente ajudam na indução do sono.

terça-feira, 27 de março de 2018

Casos de doenças respiratórias podem aumentar com a chegada do outono


Crianças e idosos são principais afetados pela mudança de clima 

A chegada do outono, com a queda de temperatura e baixa umidade do ar, pode causar aumento de casos de doenças respiratórias, inflamatórias e alérgicas. Os fatores são potencializados em ambientes fechados, principalmente em crianças, idosos e em pacientes crônicos.

Levantamento feito pela Emergência Pediátrica do Hospital Barra D’Or apresentou um aumento de, aproximadamente, 30% no atendimento a bebês e crianças com alergias respiratórias, como renite e asma, viroses respiratórias e bronquiolite. O vírus influenza causa o resfriado comum e, em raros casos, pode evoluir em bebês menores de 6 meses para uma pneumonia viral. De acordo com a coordenadora da emergência pediátrica do hospital, Carla Dall Olio, o sistema imunológico imaturo e a ausência de algumas vacinas deixam os pequenos ainda mais vulneráveis. “A amamentação é uma importante forma de proteção”, ressalta.

Segundo Carla, para minimizar os problemas respiratórios em crianças, o ideal é evitar lugares fechados com grande aglomeração e contato com pessoas resfriadas ou com infecções de vias aéreas. Nesta época do ano, é válido também oferecer muito líquido, realizar inalações com soro fisiológico e colocar uma vasilha com água no quarto da criança.

Cuidado com os idosos

Os idosos também são muito afetados pelas mudanças climáticas do outono. O ambiente mais úmido, o confinamento em casa e o pouco contato com o sol podem influenciar no aumento de infecções respiratórias e virais, além da pneumonia. Em dias mais frios é comum que os idosos passem mais tempo em casa com janelas fechadas, facilitando a proliferação dos vírus.

No Hospital Copa D’Or, o atendimento a esses pacientes com alergias respiratórias dobra em relação às demais estações. “É importante que eles aproveitem os dias de sol para abrir as janelas, se hidratem, evitem lugares fechados, lavem as mãos constantemente e se vacinem contra a gripe” – explica o geriatra do Hospital Copa D’Or, Rodrigo Serafim.

Outra recomendação importante é esterilizar os aparelhos de nebulização antes de utilizá-los. As roupas também merecem atenção especial, pois é comum que se retirem cobertores e casacos do armário durante esse período. Lavá-los antes do uso, assim como lavar roupas de cama com frequência e deixar os travesseiros expostos à luz solar também ajudam no combate aos ácaros, minimizando os riscos de doenças respiratórias.

quarta-feira, 21 de março de 2018

Síndrome de Down: saiba tudo sobre a condição que acomete 1 a cada 500 partos


Saiba mais sobre a gravidez, os primeiros cuidados e o desenvolvimento de uma criança com essa condição 

O dia 21 de março foi escolhido para ser o Dia Internacional da Síndrome de Down. A data que celebra a trissomia do cromossomo 21 é mais uma forma de chamar atenção à condição.

As pessoas possuem 22 pares de cromossomos e dois cromossomos sexuais (XX ou XY), sendo uma metade recebida da mãe e a outra parcela do pai. Por uma falha na divisão celular, às vezes o óvulo possui um cromossomo 21 a mais, resultando três cópias do cromossomo 21 (trissomia) no bebê, ao invés de duas. A condição afeta 1 em 500 gestações.

A presença da trissomia pode ter diferentes manifestações entre os casos, mas uma característica comum a todos esses indivíduos é a ocorrência de dificuldade para o aprendizado (déficit intelectual). Em 50% dos casos, há malformações cardíacas e, em uma proporção ainda menor, no trato digestivo, que fica entre 10 e 15% dos casos. Porém são problemas que podem ser perfeitamente corrigidos com cirurgia.

O diagnóstico pode acontecer durante o pré-natal ou logo após o parto. A síndrome nem sempre é descoberta durante o pré-natal. Mas mais de dois terços dos bebês apresentam sinais no exame de ultrassonografia morfológica de primeiro trimestre, que é realizado na 12ª semana de gestação.

Após os testes de rastreamento apontarem alguma suspeita, os especialistas podem sugerir a realização da amniocentese, que consiste em retirar um pouquinho do líquido amniótico, a “água” em que o bebê está nadando. O Dr. Eduardo Augusto Brosco Fama, ginecologista e obstetra especialista em medicina fetal do Hospital e Maternidade Brasil, explica que nem sempre as mães querem realizar esse procedimento. “Ele envolve um risco em torno de 0,2% de perda da gestação, pois envolvem a inserção de uma agulhinha na barriga. Porém, o mais importante é que as parturientes entendam que o risco é muito menor quando realizado em um ambiente hospitalar de qualidade e de referência em medicina fetal, oferecendo toda a segurança à parturiente e ao feto” orienta o especialista.

Dr. Eduardo explica ainda que as mamães precisam seguir todas as orientações dadas pela equipe multidisciplinar logo após a descoberta, pois isso pode tornar todo o processo mais simplificado. “Toda essa preparação traz resultados positivos para a melhora e nos próximos passos na vida do bebê”, observa Fama.

É importante ressaltar que as crianças com essa condição são capazes de aprender, expressar opiniões, emoções, trabalhar e namorar. A estimulação feita pela família com apoio de uma equipe multidisciplinar é fundamental para o desenvolvimento. Os bebês com essa condição demoram mais para sentar, falar e andar, por exemplo. O aprendizado vai depender do estímulo, da persistência e do cuidado.

terça-feira, 20 de março de 2018

O mês de Março reforça a importância da prevenção do câncer renal


Março é o mês de conscientização do câncer renal, neoplasia silenciosa que geralmente é diagnosticada em exames de imagem solicitados para outros fins. O período serve para alertar a prevenção da doença cujos sinais - sangue na urina, fadiga, perda de apetite e dor lombar de um lado - geralmente só aparecem em estágio avançado. Entre as medidas para prevenir a doença estão manter hábitos saudáveis, como não fumar, praticar atividade física e evitar bebida alcoólica.

Rafaela Pozzobon, oncologista clínica do Grupo Oncologia D’Or, explica que a maioria dos pacientes não apresenta sintomas até o seu avanço e que 25% dos pacientes são diagnosticados com a neoplasia já em estágio avançado ou metastático. “O câncer renal é uma doença pouco frequente e bastante agressiva. Apesar da falta de sintomas, a realização de exames de imagens por outras indicações vem contribuindo para o aumento da frequência da detecção precoce da neoplasia de forma incidental colaborando para melhores resultados no tratamento, já que a doença é descoberta em estágio mais inicial”, comenta a oncologista.

Segundo Rafaela, o câncer renal é – em sua maioria – resistente aos tratamentos mais comuns, como a quimioterapia e a radioterapia, necessitando o uso de terapias mais avançadas. “Temos no Brasil alguns novos métodos, como a imunoterapia que, desde dezembro do ano passado, também é usada no combate ao câncer renal. Essas novas terapias têm proporcionado uma maior sobrevida e melhora na qualidade de vida, toxicidade favorável e resposta duradoura”, finaliza.

Alguns fatores externos podem contribuir para o desenvolvimento deste tipo de câncer, como o tabagismo, a hipertensão e a obesidade. “Pacientes com doença policística renal adquirida, expostos a componentes tóxicos, como o cádmium e o asbesto, e que tenham feito uso prolongado de analgésicos, estão dentro do grupo de risco para a neoplasia”, informa Rafaela Pozzobon.

quarta-feira, 7 de março de 2018

Dia Internacional da Mulher

Sororidade
Empatia e solidariedade entre as mulheres

Por mais que não esteja em dicionários formais, a palavra sororidade já é usada há mais de 40 anos por feministas.

O que propomos na campanha deste ano pelo Dia Internacional da Mulher é incentivar que esta atitude seja praticada no nosso dia a dia.

Um movimento de mulheres e de todos contra o preconceito e por direitos iguais.

Mulheres que colaboram umas com as outras, compartilham informações relevantes e incentivam que outras mulheres cuidem da sua autoestima, saúde e qualidade de vida.



Conheça o significado de sororidade segundo o dicionário Priberam, em constante atualização por uma equipe de linguistas:

so·ro·ri·da·de 
(larim soror, -oris, irmã + -dade)
substantivo feminino
1. Relação de união, de afeição ou de amizade entre mulheres, semelhante à que idealmente haveria entre irmãs.
2. União de mulheres com o mesmo fim, geralmente de caráter feminista.

terça-feira, 6 de março de 2018

Medidas simples podem ajudar a prevenir a conjuntivite, doença comum no verão

No verão, é comum o aumento no número de casos de conjuntivite, uma inflamação da conjuntiva, membrana transparente e vascularizada que está localizada sobre a parte branca dos olhos (esclera). Segundo o Dr. Vicente Vitiello Neto, oftalmologista do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim, a causa infecciosa é a mais frequente.

Os principais tipos de conjuntivites são a viral, a bacteriana e a alérgica. De acordo com o especialista, as virais são as mais frequentes em nosso país, além de serem transmitidas mais facilmente e apresentarem maior sintomatologia. As epidemias do verão são geralmente de causadas por vírus. “A aglomeração de pessoas e locais turísticos com piscinas bem como a desinformação sobre a doença facilitam a sua disseminação”, acrescenta o Dr. Vicente.



Para evitar contrair a doença, o oftalmologista recomenda sempre lavar sempre as mãos com água e sabão, carregar álcool gel consigo e, principalmente, não levar as mãos aos olhos. Também evitar entrar em piscinas de uso coletivo em regiões de epidemia, como aconteceu em Caldas Novas (GO) no início deste ano.

A doença pode acometer um ou os dois olhos por um período de uma semana a 15 dias. Entre os principais sintomas estão: coceira, olhos avermelhados e lacrimejantes, sensação de areia ou ciscos, secreção amarelada (quando é bacteriana) ou esbranquiçada (no caso da doença causada por vírus), além de pálpebras inchadas e grudadas ao despertar e visão borrada. Ao apresentar estes sinais, procure um médico.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Sintomas da falta de vitamina B12 envolvem depressão, cefaleia e alterações psiquiátricas

O complexo B é formado por um conjunto de 8 vitaminas. A vitamina B12 é especialmente importante para o bom funcionamento do cérebro e do sistema nervoso, ajudando a manter a saúde das células nervosas. “Ela está envolvida no metabolismo de diversas células do corpo humano e sua deficiência pode determinar alterações no corpo e na síntese proteica de ácidos graxos”, explica o Dr. Celso Cukier, nutrólogo do Hospital São Luiz Morumbi.

 

Como os animais não produzem a vitamina B12, ela deve ser obrigatoriamente ingerida. De acordo com o médico, as melhores fontes estão na carne​, frutos do mar e produtos fortificados. A restrição da ingestão desta vitamina pode levar à sua deficiência, fazendo com que o paciente possas desenvolver um tipo de anemia ter e alterações neurológicas.

Por isso, vegetarianos devem ter acompanhamento profissional para verificar se existe essa deficiência nutricional. Quando detectada, é necessário receber suplementação farmacológica. “​Os idosos também precisam ficar atentos a esta questão. Com a idade, reduzimos a produção de substâncias pelas células parietais do estômago. Entre essas, encontra-se a substância responsável por auxiliar a absorção da vitamina B12, permitindo a esse grupo desenvolver quadros de deficiência”, diz o especialista.

Os sintomas da falta de vitamina B12 envolvem fadiga, letargia, perda de memória, depressão, cefaleia​ ​e alterações psiquiátricas​. Segundo o nutrólogo, o controle dos níveis de vitamina B12 deve ser feito com dosagens seriadas, pois o excesso também não é bom. “Os marcadores poderão voltar ao normal a partir do primeiro mês de tratamento, mas há quadros avançados de difícil reversão, que podem durar meses ou não melhorarem”.

Por isso, os grupos de risco deverão ter acompanhamento médico periódico, para que qualquer alteração laboratorial seja corrigida antes que a manifestação clínica se instale​. 

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Conheça 5 DST’s para se proteger durante o Carnaval

Causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos, as doenças são transmissíveis, principalmente, por contato sexual, sem o uso de preservativo

O final de semana de pré-carnaval em São Paulo levou mais de 2 milhões de pessoas às ruas. Um aglomerado de gente curtindo uma das maiores festas do ano na cidade. Mas, o destaque nesse período não deve ser só a folia. A prevenção para evitar a transmissão das doenças sexualmente transmissíveis, popularmente conhecidas como DST’s, é importante. Dessa forma os foliões podem se divertir sem correr riscos.

As doenças sexualmente transmissíveis (DST) são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos, transmitidos, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal), sem o uso de preservativo masculino ou feminino, com uma pessoa que esteja infectada.
As doenças com muito risco de transmissão são AIDS, sífilis, gonorreia, condiloma acuminado, causado por HPV, hepatite B, entre outras. A maioria destas doenças são assintomáticas e transmitidas por sexo ou manipulação de objetos perfuro-cortantes.
A Dra. Regia Damous, infectologista do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim orienta que todas as pessoas devem entender as questões entre relação sexual e transmissão de doenças tipo DST e pensar na sua prevenção. “Independente da sua prática sexual, o indivíduo deve usar camisinha, masculina ou feminina”, orienta.
Conheça um pouco mais sobre as doenças:
HIV/aids
O que é: doença causada pelo vírus HIV, que acomete o sistema imunológico humano, deixando o organismo suscetível a outras doenças.
Como é transmitida: pelo sexo (vaginal, oral ou anal) sem preservativos (camisinha), pelo compartilhamento de objetos perfurocortantes contaminados ou da mãe para o bebê na gravidez, parto ou amamentação.
Ser portador do vírus HIV é o mesmo que ter AIDS? Não. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas podem transmitir o vírus a outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas, por exemplo, como as citadas acima.
Sífilis
O que é: uma infecção causada pela bactéria Treponema pallidum. Pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (sífilis primária, secundária, latente e terciária). Nos estágios primário e secundário da infecção, a possibilidade de transmissão é maior.
Como é transmitida: por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada, ou da mãe infectada para a criança durante a gestação ou o parto. O uso correto e regular da camisinha masculina ou feminina é uma medida importante de prevenção da sífilis. O acompanhamento da gestante durante o pré-natal contribui para o controle da sífilis congênita.
Gonorreia
O que é: também é conhecida como blenorragia, é uma infecção sexualmente transmissível, de muito fácil transmissão. É causada por uma bactéria chamada de Neisseria gonorrhoeae, que infecta o canal da uretra, sendo conhecida também pelo nome de uretrite gonocócica.
Como é transmitida: usar camisinha é a única maneira de evitar a doença. No entanto, se a pessoa foi infectada, deve procurar atendimento médico imediato para receber tratamento adequado e eficaz.
Condiloma acuminado
O que é: doença causada pelo vírus HPV (Papiloma vírus Humano) é um vírus que pode levar a uma grande variedade de lesões no ânus e nos órgãos genitais. Atualmente, há mais de 200 tipos de HPV descritos, sendo que aproximadamente 40 tipos infectam a regiões genital e anal e pelo menos 20 subtipos estão associados ao câncer do colo uterino. A maioria das infecções são assintomáticas ou não aparentes.
Como é transmitida: o uso de preservativo nas relações sexuais reduz o risco de desenvolvimento de condiloma acuminado e de lesões de alto grau no colo uterino. No caso de infecção na vulva, na região pubiana, perineal e perianal ou no escroto, o HPV poderá ser transmitido apesar desse método preventivo. O preservativo feminino, que cobre também a vulva, evita, de forma mais eficaz a trans¬missão, se utilizado desde o início da relação sexual.
Como prevenir: a manutenção da higiene pessoal e a vacinação contra o HPV são outras medidas de prevenção.
Herpes 
O que é: doença causada por 2 tipos de vírus que propiciam a formação de bolhas, principalmente, na parte externa da vagina e do pênis, entre outros locais. Essas bolhas costumam estourar e formar feridas doloridas. Este é um exemplo de DST que a pessoa que foi contaminada pode permanecer com a doença por muito tempo sem saber que é portadora, pois ela só se manifesta em determinadas ocasiões, tais como muito estresse.
Como prevenir: evitar contato próximo com pessoas que estejam com lesões de herpes orais ou genitais se houver contato com as mãos, higienizar as mãos prontamente. Se já é portador, ao se expor ao sol usar filtros solares.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Especialista dá dicas de como estimular o bebê durante a gestação

Conversas, músicas e o próprio contato físico na barriga geram muitos benefícios e tornam a experiência da maternidade ainda melhor

Estudos comprovam o que o sentimento já sabia. O contato com o bebê ainda dentro do útero é possível e contribui no desenvolvimento cognitivo e no fortalecimento dos laços familiares. Dra. Glaucimara Nunes, coordenadora da maternidade dos Hospitais Real D’Or e Oeste D’Or comenta o assunto e dá dicas de como potencializar esta comunicação e conhecimento, gerando uma sintonia especial ao longo da gestação.



Ainda durante a gestação, o bebê escuta e sente o que se passa com a mãe?

Muitos estudos confirmam que o bebê desenvolve uma sensibilidade muito grande – com a formação de seus órgãos sensitivos, capaz de absorver os sentimentos da mãe durante a gestação. A partir do quinto mês já está sendo formado o aparelho auditivo, o que permite que todos os sons externos sejam escutados pelo bebê. Portanto, é indicado que a mãe, o pai e familiares conversem com o bebê e demonstrem sensações de afeto.

A maneira com que a mulher se comporta, durante a gestação, pode interferir no desenvolvimento do bebê? De que maneira?

É indicado sempre que a mãe procure se manter mais calma possível, conversando com seu bebê desde a descoberta da gestação, transmitindo um ambiente de paz e tranquilidade – que são fatores relevantes para o bom desenvolvimento do feto. Quando a gestante se encontra envolvida a fatores de estresse e irritabilidade, estas sensações são percebidas pelo bebê e podem comprometer que sejam crianças saudáveis, pois é possível que esta mãe desenvolva diabetes gestacional, picos hipertensivos e outras situações que podem ocasionar, inclusive em um parto prematuro.

Há um período indicado para iniciar o estímulo ao bebê, ainda na barriga?

Aconselho que a gestante inicie o contato com o bebê desde a confirmação da gravidez, demonstrando o quanto é querido e desejado – esta relação afetiva também é fundamental que tenha a participação do pai e familiares.

O estímulo ao bebê é um fator ainda muito relevante para a mulher, pois a gestação envolve muitas mudanças, como no funcionamento do organismo, na estética corporal e também nas dosagens hormonais. Esta conscientização de que está se tornando mãe, no estreitamento dos laços afetivos com o bebê, pode contribuir significativamente para que o período da gestação seja mais tranquilo e evitar que ocorra a depressão pós-parto – é preciso que a mãe se prepare física e emocionalmente para este novo momento.

Como deve ser este estímulo ao bebê durante a gestação?

São muitas as formas possíveis para estimular o bebê durante a gestação e a mais importante é a demonstração de afeto. Pode parecer simples, mas traz benefícios inúmeros para o bebê a gestante.
Além disso, há outras condutas que podem contribuir, como:

Musicoterapia: A técnica prevê que a mãe coloque músicas calmas e tranquilas para escutar durante a gestação. Podem ser cantigas infantis, músicas instrumentais, ou mesmo sons que remetam a natureza. Estudos confirmam que os bebês que foram expostos a musicoterapia durante a gestação apresentam um desenvolvimento mais saudável, além de serem mais calmos.

Massagem: Estimular o bebê com o contato físico na barriga também é uma alternativa de demonstrar afeto. O carinho, associado a palavras de amor, são percebidos pelo bebê.

Exercícios: A prática de exercícios físicos direcionados a gestante é uma boa forma de estimular o bebê. Hidroginástica e Yoga são os mais indicados, quando supervisionados por profissionais aptos e autorizados pelo médico que acompanha a gestante. Estes são momentos dedicados ao bebê que fazem bem de forma geral para a gestação.

Como o pai pode participar deste processo?

A participação do pai durante toda a gestação é muito importante, e ele é ator fundamental na interação e estímulo ao bebê. É perceptível os ganhos no desenvolvimento do bebê durante a gestação quando o pré-natal da gestante tem o acompanhamento do pai, seja nas consultas e/ou exames. Além do estreitamento dos laços com o filho, a presença do pai tende a transmitir maior segurança a gestante.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Febre Amarela: Campanhas conscientizam quanto a necessidade de vacinação

Imunização completa se dá em torno de dez dias depois da aplicação da vacina

Com a confirmação de casos de Febre Amarela no Estado do Rio de Janeiro, e a maior busca por vacinação, muitas dúvidas surgem. Diante disso, a Dra. Silvia Oliveira, infectologista do Hospital Rios D’Or esclarece os principais pontos.

Quem pode tomar a vacina?

A recomendação do Ministério da Saúde é que as pessoas a partir dos 9 meses até os 60 anos, que ainda não tenham recebido nenhuma dose da vacina, sejam imunizadas. Acima desta idade, é preciso avaliação médica individualizada.



Quem não pode tomar a vacina?

• Grávidas e mulheres que estão amamentando bebês menores de 6 meses
• Doentes com câncer que fazem quimioterapia ou radioterapia
• Pessoas com alergia a ovos ou derivados
• Portadores de HIV ou qualquer doença que atinja o sistema imunológico
• Transplantados
• Portadores ou pessoas com história pregressa de doença do timo, lúpus, doença de Addison e artrite reumatoide

Qual o período de proteção para quem toma a vacina contra a febre amarela?

De acordo com a recomendação da Organização Mundial da Saúde, o Ministério da Saúde segue os padrões internacionais da dose única. Ou seja: apenas uma dose da vacina contra a febre amarela é capaz de imunizar pelo resto da vida.

Sintomas:

50% podem evoluir na forma grave com a febre mais alta, pele e olhos amarelados, vômitos e fezes muito escuros (aspecto de “borra de café”), diminuição significativa da urina e confusão mental – podendo ser fatal, evoluindo com choque e insuficiência múltipla dos órgãos.

Transmissão:

Em regiões rurais, o vetor da febre amarela é, principalmente, o mosquito Haemagogus. Já no meio urbano, o responsável pela transmissão é o Aedes aegypti, mesmo vetor da dengue, zika e chikungunya.

Importante:

No Estado do Rio de Janeiro, a vacinação está sendo realizada de forma gradativa, para todos os cidadãos. A imunização ocorre em média com 10 dias, portanto, se torna ainda mais importante esta antecedência em caso de viagens para áreas de risco (regiões de matas e rios).

Existem campanhas espalhadas por diversos Estados, portanto, procure o posto de saúde mais próximo e informe-se. A vacina também pode ser encontrada em clínicas particulares.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Cuidados com a pele no verão

Aproveitar o sol, com moderação e protetor solar, traz benefícios ao organismo

A pele, o maior órgão do corpo humano, deve ter atenção redobrada no verão – estação mais quente do ano. Isso porque é comum que neste período algumas doenças tenham maior incidência, como herpes e micoses. Além disso, são frequentes as queimaduras por sol. O que também é importante é lembrar que os raios ultravioletas são essenciais para a síntese da vitamina D, ativo na regulação do metabolismo do cálcio, entre inúmeros outros benefícios. Portanto, sol com moderação é indicado para todos.



A dermatologista do Hospital Rios D’Or, Dra. Helena Reich Camasmie, esclarece algumas questões sobre os principais cuidados necessários com a pele:

Quais as indicações para a proteção da pele no verão?

O uso regular do filtro solar é o principal cuidado, e deve ser aliado ao uso diário de hidratantes aplicados, preferencialmente, após o banho. Utilização de chapéus e bonés, óculos escuros e roupas com fator de proteção solar também são importantes. Não se pode esquecer da ingestão de água que deve ser de ao menos 2 litros por dia.

O uso do protetor solar é recomendação diária. Nos períodos de exposição solar mais intensa o fator de proteção tem que ser maior? Qual a indicação?

O fator de proteção solar (FPS) mínimo recomendado é de 30, mas pode variar em função da cor da pele. Mais importante que o FPS é a reaplicação constante do filtro e em quantidade suficiente. No período entre 10h e 16h a exposição solar deve ser evitada.

Quais as orientações para uso do protetor solar?

Aplicar sempre o filtro 30 minutos antes da exposição solar, reaplicar de 2/2 h e sempre após mergulhos no mar ou piscina. Evitar o uso de bronzeadores. Procurar sempre por um filtro com proteção UVA e UVB. Crianças a partir dos 6 meses também devem fazer uso, conforme recomendação do pediatra.

Quais são os perigos do bronzeamento excessivo?

O excesso de exposição solar causa dano às células da pele, podendo resultar em queimaduras e bolhas, além de estar associado ao aumento na incidência de tumores de pele, como os carcinomas basocelular, espinocelular e melanoma – o câncer de pele.

Quais doenças têm maior ocorrência neste período?


Nesse período é comum a reativação do vírus herpes simples, pois a exposição solar excessiva é um dos fatores precipitadores de recorrências. Devemos ter atenção para queimaduras provocadas por frutas cítricas, como limão, figo e caju. Sempre que houver contato com essas frutas, lembrar de lavar bem as mãos antes da exposição solar. A incidência de micoses também aumenta devido a maior sudorese, pois os fungos se proliferam mais em ambientes quentes e úmidos.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Brincadeira de criança pode gerar acidentes graves

Condutas de primeiros socorros contribuem para minimizar consequências

Quedas, cortes, fraturas e queimaduras. Estas são algumas das principais ocorrências quando as brincadeiras infantis não têm um desfecho positivo. Saber como conduzir os momentos de lazer de forma segura é tão importante quanto saber como agir em caso de acidentes. Os cuidados iniciais, até a indicação de encaminhamento ao serviço de emergência médica reduzem as possíveis sequelas, que podem se agravar de acordo com o fato ocorrido, em casos extremos, chegando ao óbito.

- Crianças de 5 a 10 anos, geralmente, são vítimas de quedas devido as brincadeiras. Seja enquanto correm, ou mesmo no uso de bicicletas e similares, é indicado que estejam supervisionadas por adultos e, sempre que possível, utilizem equipamentos de segurança. A atenção também tem que ser dada aos bebês e crianças menores de 2 anos, que podem vir a cair da cama, principalmente se dormirem com os pais. Após quedas sem lesões aparentes, é preciso que as crianças sejam observadas e em caso de vômito, sonolência ou forte dor de cabeça, levadas ao serviço de emergência para uma avaliação mais específica – destaca Dra. Carla Dall Olio, coordenadora da emergência pediátrica do Hospital Barra D’Or.



Outro ponto de atenção quanto as brincadeiras é o risco de ingestão de objetos. A curiosidade associada a disponibilidade de pequenas peças podem ser uma armadilha. Bebês de 1 a 2 anos estão na fase oral e tendem a colocar na boca tudo o que encontram. Embora seja uma fase importante para o desenvolvimento, deve ser monitorada por adultos para evitar que tenham acesso a elementos perigosos.

- A garganta tem cerca de 3cm de diâmetro, sendo espaço suficiente para ingestão de objetos que podem causar o sufocamento ou, em caso de ingestão ou aspiração total, serem direcionados a órgãos como estômago e pulmão. O risco também é iminente com feijão e outros alimentos, como amendoim, quando colocados na cavidade nasal e/ou auricular. Além disso, sacolas e embalagens plásticas devem ser guardados em lugares seguros. É preciso que todo o ambiente de acesso destas crianças seja observado, e que os brinquedos sejam recolhidos após o uso, para a prevenção de acidentes – pontua a pediatra.

Saiba quais são os outros riscos quando o assunto envolve crianças e acidentes, e o que fazer:

Queimaduras: Podem acontecer devido ao forte calor produzido por brinquedos, principalmente se estiverem conectados a tomadas, mas também em outros ambientes da residência – principalmente a cozinha. É indicado que o local seja lavado com agua corrente, para resfriar, mas não se deve esfregar a área queimada. Após esta primeira etapa, deve-se buscar atendimento em uma unidade de emergência para avaliação de cuidados adicionais.

Ingestão de objetos: No primeiro momento, o indicado é ligar para 190 para que o Corpo de Bombeiros oriente os protocolos iniciais de expulsão do objeto. Uma outra possibilidade é que o contato seja feito com a emergência pediátrica de referência, para onde a criança será encaminhada. Não é indicado tentar retirar o objeto com pinças e outros materiais, sob o risco de empurrar o objeto, contribuindo com a obstrução.

Medicamentos e produtos de limpeza: As intoxicações são frequentes oriundas da ingestão destes produtos, pois devido a aparência (coloração forte) são atrativos para as crianças. Devem ser guardados nos frascos originais, em armários altos e/ou trancados. Em caso de contato com produtos que possam causar intoxicação, é preciso identificar o que causou o acidente e, se possível. Se houve ingestão, não é indicado oferecer líquidos ou provocar vômito, mas sim levar para avaliação médica, que pode ter a indicação de lavagem estomacal de acordo com o fato. Se o contato foi com pele ou com os olhos, o local deve ser lavado com bastante água e, caso perceba irritação da área, buscar atendimento médico.

Cortes: Objetos cortantes ou pontiagudos devem sempre ser restritos ao acesso de crianças, para evitar acidentes. Caso ocorra, se o corte for superficial, a área deve ser lavada em água corrente, com sabão neutro, podendo ser feito – diante da necessidade, um curativo simples. No entanto, em caso de corte profundo, a área além de lavada deve ser comprimida para evitar o sangramento excessivo, até a chegada em uma unidade de emergência. O ideal é que este tempo não exceda seis horas para a realização da sutura, assim como as demais terapêuticas de prevenção, como vacina antitetânica.

Orientações do Inmetro:

- No ato da compra, exigir o selo de identificação da conformidade ou selo de certificação. Ele demonstra que o produto atente a requisitos mínimos de segurança estabelecidos em normas e regulamentos.

- Não comprar produtos no comércio informal, mas sim no comércio legalmente estabelecido. Os produtos comprados no comércio informal, geralmente mais baratos, na quase totalidade dos casos são produtos irregulares, falsificados e, apenas como exemplo, podem conter substâncias tóxicas na sua composição. Exija sempre a nota fiscal do estabelecimento onde comprou para que haja responsabilidade social em caso de acidente ou defeito no produto.

- Antes de entregá-los às crianças, leia atentamente as instruções de uso, que orientam quanto ao uso seguro do produto. Cuidados especiais devem ser observados na retirada das embalagens, que podem ter grampos metálicos, papéis com tintas inadequadas, etc.


- Particularmente, para brinquedos, deve ser dada atenção à faixa etária recomendada para o produto. Peças pequenas, em especial, são muito perigosas se usadas por crianças com idades inadequadas. Cabe total atenção nos lares onde existam crianças com diferentes faixas etárias.