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terça-feira, 12 de junho de 2018

Esporotricose: doença popular em animais de estimação pode passar para os donos


O nome é difícil, mas a forma de transmissão é simples em caso de pouco cuidado. A esporotricose é uma micose subcutânea causada por um fungo que pode contaminar animais e humanos. Geralmente afeta a pele e os vasos linfáticos próximos a ela, mas pode também afetar ossos, pulmão e articulações.
 

- A doença geralmente é benigna, restrita a pele, tecido celular subcutâneo e vasos linfáticos. A disseminação da doença pode ocorrer para os ossos e outros órgãos. E a inalação do fungo pode ocasionar pneumonia – explica Dra. Silvia Oliveira, infectologista do Hospital Rios D’Or.

O fungo causador da doença (sporothrix schenkii) vive disseminado na natureza, no solo, palha, madeira, vegetais e plantas. Por isso pode ser considerada doença ocupacional ou ligadas a atividades de lazer e no passado também era conhecido como “doença dos jardineiros”. Apesar disso, nas grandes cidades a transmissão tem sido feita por animais domésticos.



- A transmissão que ocorre através dos gatos ganhou especial atenção nos centros urbanos, apesar do tatu também ser considerado um importante transmissor, que neste caso não manifesta a infecção. Pode ocorrer pela arranhadura, mordida ou secreção da ferida do animal doente. Outros casos foram descritos esporadicamente, por picada de insetos ou mordedura de ratos, cães, peixes e cavalos – destaca a infectologista.  


 O tratamento proposto como primeira opção é com o antifúngico Itraconazol por no mínimo 90 dias, por produzir menos efeitos adversos, quando comparado ao uso do Iodeto de Potássio - esse por 12 semanas. Outros antifúngicos também podem ser utilizados como fluconazol, terbinafina, ou anfotericina B. No entanto, este tempo de tratamento inicial pode variar de acordo com a resposta clínica, sendo necessário acompanhamento médico em até 6 meses para avaliação da alta definitiva.

Porém, o ideal é a prevenção. Segundo a especialista, há diversas formas de evitar a esporotricose, entre elas uso de luvas ao manusear plantas, que também podem apresentar os fungos.

- Para se prevenir da doença é bom ter cuidado na manipulação das lesões dos animais doentes e, se possível, isolamento até o fechamento das lesões; castrar gatos doentes, a fim de evitar a saída do animal à rua; cremar animais mortos para o fungo não se perpetuar na natureza; limpar dos cômodos com hipoclorito de sódio; e usar luvas no manuseio de plantas e animais com lesões ulceradas ativas.

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