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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

As diferenças entre fertilização e inseminação artificial



Basicamente, o que difere a fertilização da inseminação é a maneira como os óvulos são fecundados.

A inseminação artificial consiste em injetar espermatozóides diretamente no útero da mulher e então fecundar o óvulo e gerar o feto. Para potencializar as chances de isso acontecer, a paciente toma uma medicação à base de hormônios, como o HCG, que estimula a ovulação. O sêmen do parceiro é colhido em laboratório e os espermatozóides com maior mobilidade, que têm mais potencial de criar bebês, são separados e injetados no útero. Aí é só torcer para engravidar e vingar.

Já a fertilização in vitro é um procedimento mais complexo. Ela é indicada quando as tubas uterinas, canais que ligam os ovários ao útero, originalmente chamados trompas de falópio, são obstruídas, impedindo a fertilização natural.

O tratamento começa com injeções diárias à base de hormônios usados no procedimento da inseminação. Depois, o médico realiza a ultrassom transvaginal, em que um pequeno bastão envolto com camisinha e gel lubrificante é introduzido na vagina. Ele extrai entre 1 a 3 óvulos, que vão para o laboratório. Lá, ficam em uma estufa com 100 mil espermatozóides (uma mixaria, já que a ejaculação normal tem de 40 a 100 milhões de celular reprodutivas). Depois de 24 horas, um espermatozóide fecunda um óvulo e bingo: temos um bebê a caminho.

Mas nem sempre a técnica funciona: 40% das tentativas dão certo (o que é muito? A taxa de fertilização dos humanos é de 15 a 20%). Só então o embrião é transferido para o útero, onde irá se desenvolver.
Fonte: Super Interessante

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Exame de sangue com proteína C-reativa avalia resposta imunológica ao tratamento da infecção em pacientes com câncer



Pesquisadores do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino, IDOR, coordenaram um estudo realizado em conjunto com o INCA, Instituto Nacional de Câncer, e Universidade Nova de Lisboa, envolvendo 154 pacientes com câncer e quadro de infecção grave, sendo que 86 deles apresentavam neutropenia (ausência ou baixa quantidade de glóbulos brancos) e 68 não.

A pesquisa, conduzida por Dr. Jorge Salluh, tem como objetivo realizar o diagnóstico e acompanhamento da infecção por meio do exame de sangue com a proteína C-reativa, avaliando a resposta imunológica aos quadros infecciosos logo no início do tratamento com medicamentos (antibióticos, antifúngicos), antes mesmo que o organismo do indivíduo comece a dar os primeiros sinais de melhora da infecção, como baixar a febre.

A grande vantagem é que um exame simples e barato, já bastante utilizado pelos médicos para outros fins como avaliação de risco cardiovascular e mesmo diagnóstico de infecção em pacientes com a imunidade normal, pode indicar a resolução clínica da infecção num prazo curto de tempo, de até 72 horas.

Outro benefício é que o resultado do teste fica pronto em aproximadamente 30 minutos. O estudo pode, num futuro próximo, influenciar as próximas diretrizes e recomendações para monitoração do tratamento nos casos de pacientes com câncer e infecções graves.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

O perigo dos energéticos e isotônicos



Os isotônicos repõem os sais minerais perdido nas transpirações. Os energéticos dão uma dose extra de energia para aguentar a malhação ou a balada. Mas os especialistas alertam: abusas destas bebidas pode fazer mal à saúde.

Os especialistas dizem que as bebidas não são proibidas, mas não devem ser utilizadas em excesso. Eles recomendam soluções mais naturais, como água de coco ou suco de frutas.

De acordo com a nutricionista do Rios D’Or, Dr. Verônica Lima, o maior risco está no consumo de energéticos e isotônicos por menores de 18 anos. No primeiro caso, a cafeína e a taurina presentes no energético podem aumentar a pressão arterial e causar taquicardia, distúrbios do sono e dores de cabeça.

“Já os isotônicos podem resultar em sobrecarga dos rins e coração. A quantidade de minerais destas bebidas é muito alta para esta faixa etária”, explica Verônica.

Misturar energético com uísque ou vodka também é preocupante. Pesquisa publicada pela Revista Médica da Austrália mostrou que o número de atendimentos por overdose de álcool com energético aumentou cerca de 441,6% em um dos estados do País.

Os pesquisadores alertam que o energético não reduz o efeito da bebida, como se pensa. Pelo contrário, você passa a ter uma pessoa bêbada e agitada. E muitas vezes o número de doses da bebida aumenta por ter um gosto mais agradável.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Operação cardíaca pouco invasiva eleva sobrevida dos idosos


Risoleida Franco Bandeira, de 105 anos, conta que um dos segredos para se manter com saúde é não parar de se mexer. "Leio jornal, faço palavras cruzadas. Faço de tudo para não ficar paradona." Com tanta vitalidade, nem parece que ela foi submetida a dois procedimentos cardíacos nos últimos anos.

Dona Risoleida, que nasceu em Belém (PA) e mora no Rio, é a paciente mais velha do país a ter trocado a válvula aórtica por cateter, de maneira pouco invasiva. Ela fez o procedimento quando tinha 103. E, no ano passado, precisou colocar um stent ("mola" que abre a artéria) por causa de uma angina.

Antes da troca, sentia falta de ar e muito cansaço. Hoje, diz estar "muito bem". "Já posso tomar meu vinho e minha cervejinha", conta.

A substituição da válvula é indicada para quem tem estenose aórtica grave. A doença é típica da terceira idade - atinge até 5% dos idosos com mais de 75 anos. O problema é causado pela calcificação natural da válvula, o que pode dificultar ou até impedir a passagem do sangue do ventrículo direito do coração para o resto do corpo.

Até há pouco tempo, a troca era feita apenas por meio da cirurgia convencional, em que se abre o peito do paciente, um procedimento que requer internação longa (de dez a 12 dias, incluindo UTI) e um pós-operatório difícil. Alguns podem levar até dois anos se recuperando, por conta da idade.

Mais de um terço dos pacientes que precisam fazer a troca da válvula por ter estenose grave não pode ser submetido à cirurgia por causa de idade avançada ou doenças que aumentam o risco de morte na operação.

Seria o caso de dona Risoleida, mas ela pôde ser operada por meio de um cateter, que entra pela virilha do paciente e leva ao coração uma válvula nova, feita de metal e material biológico.

COMPROVAÇÃO

A troca de válvula por cateter já é praticada há quatro anos no Brasil e estudos agora comprovam sua eficácia na redução da mortalidade.
Uma pesquisa publicada no "New England Journal of Medicine" mostrou que o procedimento reduz o risco de morte dos idosos pela metade em um ano. Estima-se que, sem o tratamento, a estenose grave provoca a morte em até dois anos.

Mas segundo Marcos Valério de Resende, chefe do serviço de ecocardiografia do Hospital São Luiz, ainda não se sabe se a nova válvula é segura como a outra, usada na cirurgia convencional. "Não temos o resultado a longo prazo porque é algo novo."

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Lichia para chapar a barriga



Além de levíssima, a lichia é uma ótima aliada no emagrecimento graças a uma substância que regula as células de gordura. Guarde o nome dela: cianidina.

Se o critério para fazer parte da sua dieta, ainda mais no verão, é não pesar na balança, saiba que essa fruta de origem chinesa é uma das menos calóricas, ainda mais se comparada com outras delícias que aportam nos supermercados nesta época de festas de final de ano.

"A licha tem apenas 6 calorias, o que representa, mais ou menos, 0,3% do que um adulto pode comer ao longo de um dia", estima a nutricionista Dra. Raquel Magalhães, do Hospital Copa D’Or.

Ou seja, se devorar dez unidades suculentas, só irá gerar energia o suficiente para tostar em uma atividade bem simples, como fazer a cama ou arrumar a mala para um final de semana na praia.

Mas a leveza do fruto não é o único argumento a seu favor na discussão de estratégias antiobesidade. Um estudo da Universidade de Hokkaido, no Japão, analisou a perda de gordura abdominal em voluntários que receberam extrato de lichia. "Ao final de dez semanas, eles derreteram 15% a mais de gordura na região da barriga do que os participantes tratados com placebo", explica o médico Jun Nishihira, que conduziu a pesquisa. Ele até revelou sua suspeita: o efeito se deve à cianidina.

A cianidina é um pigmento que tinge a casca de vermelho e, apesar da brancura da polpa, também se faz presente nela, ainda que em quantidades bem menores — mas incrivelmente eficientes na ação sobre as gorduras.

"Vale lembrar que não existem alimentos milagrosos para o emagrecimento", alerta Mirian Martinez, nutricionista do Hospital e Maternidade São Luiz, ao ouvir a notícia. "A lichia pode, sim, dar uma força se associada a uma dieta equilibrada e à prática de atividade física para cumprir essa função."

Não adianta se esbaldar com ela e, em seguida, comer um panetone inteiro, por exemplo. Por falar em se esbaldar, Nishihira não determinou ainda a quantidade ideal de frutinhas a ser consumida para perder centímetros na cintura. Então coma à vontade, sem dispensar acompanhamentos saudáveis.

Outro encanto da lichia é ser uma fonte de vitamina C: com apenas seis frutas, você já alcança a recomendação de ingestão diária do nutriente de um jeito doce, doce...

Só que, justamente por ser rica em vitamina C, a frutinha exige alguns cuidados. Quando submetida ao calor ou em contato com a luz, a substância se perde. Por isso, deve ser armazenada em locais frescos e escuros e, de preferência, ser consumida in natura.

Fonte: http://bugroon.blogspot.com

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Esporte e disciplina para as crianças



Domingo será um dia especial para mais 1.500 crianças cariocas. Elas, que mal aprenderam a andar, participarão da corrida de São Sebastiãozinho, evento que faz parte das comemorações do dia do padroeiro da cidade.

O grande número de crianças inscritas não surpreende alguns pais que incentivam os filhos à prática de esportes atraídos pelos benefícios que, agora, a ciência confirma.

Uma revisão de estudos publicada na revista científica Archive of Pediatrics & Adolecent Medicine indicam que crianças que realizam atividades físicas apresentam melhor rendimento na escola.

“A explicação está na maior capacidade de concentração e no raciocínio mais rápido estimulado pelo esporte”, explica Dr. Angelo Leal, médico chefe do serviço de pediatria do Hospital Quinta D’Or.

Os benefícios, contudo, já são velhos conhecidos dos pais. A assistente administrativa, Juliana dos Reis, não titubeou quando a filha Yasmim completou 3 anos. “Matriculei no balé, depois ela passou para o jazz, capoeira e agora, com 11 anos, vôlei. Ela é uma criança disciplinada por causa do esporte”, afirma Juliana.

O médico Carlos Stipp esperou mais tempo para iniciar o filho. João Pedro, hoje com 10 anos, nada desde os seis. “Além dos benefícios físicos, o João também ganhou concentração e aprendeu a ser mais organizado. Mente sã em corpo são”, diz Stipp.

João e Yasmim já confirmaram presença na corrida de domingo. O interesse deles pelo esporte é usado pelos pais como moeda de troca pelo bom comportamento e dedicação aos estudos. Mas a medida parece nem ser necessária. Só a prática já teria este efeito.

“As crianças precisam gastar energia. Assim elas ficam mais tranquilas quando voltam para casa, além de concentradas e menos agressivas”, afirmou o pediatra Angelo Leal.
Fonte: Jornal Extra

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Especialistas dão dicas para a Corrida de São Sebastião




A Corrida de São Sebastião abre, há quase 30 anos, o calendário oficial do Rio de Janeiro convidando aqueles que gostam de praticar e cuidar da saúde a calçar um par de tênis e simplesmente correr, sejam sozinhos ou com milhares de pessoas.

Este ano, a Rede D’Or São Luiz fará, pela primeira vez, o atendimento médico das duas etapas – a dos adultos, no Aterro do Flamengo, em 20/01, e a São Sebastiãozinho, para crianças e adolescentes, no Estádio Célio de Barros, no dia 15/01.

E para que o evento seja somente motivo de boas lembranças, reunimos alguns especialistas que darão dicas importantes para a preparação dos corredores.

O QUE COMER?

A nutricionista Juliana Martins, do Hospital Copa D’Or, orienta uma alimentação leve, porém rica em carboidratos no dia anterior à corrida e de uma a no máximo três horas antes da atividade física.

Massas e pães, por exemplo, garantem aquela energia extra necessária para aguentar todo o percurso. Esta recomendação vale para crianças, adultos e idosos. Evitar a ingestão de alimentos gordurosos, que são de difícil digestão, e abusar dos líquidos (água e água de coco) e das vitaminas e minerais, é regras. Frutas são alimentos ideais, pois alimentam e hidratam.

Durante a corrida, a nutricionista recomenda a hidratação a cada 20 minutos. Se a corrida for longa, intercalar com bebidas isotônicas, que não são recomendadas para crianças. Este tipo de substância é recomendável somente para os adultos.

Ao fim do exercício, Juliana afirma que ingerir alimentos ricos em proteína faz com que o organismo absorva melhor os nutrientes e restaure a fadiga muscular, nos trinta minutos posteriores. Consumo de bebidas alcoólicas, como cerveja, não é uma boa opção para os atletas, uma vez que são muito calóricos.

COM QUE CALÇADO EU VOU?

Leonardo Rocha, chefe do setor de Ortopedia do Hospital Copa D’Or, salienta a importância que o participante deve dar ao conforto do calçado.

“Devem ser acolchoados, leves e que se adaptem bem ao formato dos pés tanto na parte dos dedos quanto no sistema de amortecimento do impacto no calcanhar”. O médico também lembra que deve-se prestar atenção ao tipo de pisada: Pronada, Neutra ou Supinada na hora da aquisição do calçado.

ALONGAR ANTES OU DEPOIS?

Para prevenir lesões, o ortopedista é categórico ao aconselhar a importância do alongamento tanto para adultos quanto para os mais novos. “Um bom alongamento antes das atividades ajuda a evitar lesões musculares de sobrecarga (overuse), tendinites e câimbras, que são as lesões mais comuns.

Em casos de entorses ou outros tipos de traumas, a recomendação é parar imediatamente o exercício, pedir ajuda e se dirigir a algum local arejado, onde possa ser visto pela organização da prova”, orienta.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Rede D’Or se prepara para combater possível epidemia de dengue




Dados recentes do Ministério da Saúde e pesquisas publicadas pela Fiocruz e pelo Instituto D’Or revelam que, nos primeiros meses de 2012, podem ocorrer epidemias de dengue em 48 cidades brasileiras, além de alto risco de contágio em outros 500 municípios.

Para atender com qualidade os pacientes durante este cenário, a Rede D’Or desenvolveu um plano estratégico preventivo que colocará em prática no Rio de Janeiro, São Paulo e Recife.

“O plano engloba o treinamento das equipes médicas com foco na compreensão do diagnóstico e do tratamento através da elaboração de um prontuário-modelo. Este documento padronizado tem como diferenciais a classificação dos níveis de gravidade por meio de cores distintas”, afirma o Dr. João Pantoja, superintendente médico da Rede D’Or.

Além da adoção destes processos, a Rede D’Or irá adaptar os espaços físicos dos hospitais, criar tendas para hidratação, oferecer soro oral nas filas de espera e elaborar materiais de divulgação com dicas para prevenção, sintomas e sinais de alerta. É previsto também o aumento do corpo funcional.

Outra ação importante é a adequação do processamento de exames complementares (laboratoriais e imagem) nos próprios hospitais para otimizar a deliberação dos casos.

“O principal esforço que os hospitais devem promover para a cura dos casos mais graves é apressar o diagnóstico para diminuir o tempo de espera, do diagnóstico ao tratamento. A orientação da população com instruções para cuidados posteriores, como, por exemplo, o retorno ao hospital para acompanhamento da doença e preparação de soro caseiro também são atitudes fundamentais para que não tenhamos números altos de falecimento por dengue”, orienta o chefe da emergência do Hospital Copa D’Or, Dr. Marcelo London.

A infectologista Danielle Borghi treina equipes de médicos e enfermeiros do Copa D’Or e do Hospital do Corpo de Bombeiros há dez anos para enfrentar epidemias no Rio de Janeiro, tendo estado à frente das duas emergências em 2002 e 2008, anos considerados históricos pelo alto número de casos. A médica fornece as seguintes dicas para detecção e cuidados relacionados à doença:

São SINAIS DE ALERTA (motivos para o paciente procurar a unidade de atendimento médico mais próxima):

• diminuição repentina de febre;
• dor muito forte na barriga;
• sangramento de nariz, boca ou outros tipos de hemorragias;
• tontura ao mudar de posição (deitar, sentar, levantar);
• diminuição do volume de urina;
• vômitos frequentes ou com sangue;
• dificuldade de respirar;
• agitação ou muita sonolência;
• suor frio;
• pontos ou manchas vermelhas ou roxas na pele.

São RECOMENDAÇÕES:

• beber muito líquido (água, suco de frutas, soro caseiro, sopas, leite, chá e água de coco);
• permanecer em repouso;
• mulheres com dengue devem continuar a amamentação.

Como preparar o SORO CASEIRO:

• sal de cozinha (1 colher de café);
• açúcar (2 colheres de sopa);
• água potável (1 litro).

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Morte súbita: quem corre este risco?




A morte súbita é uma morte natural, instantânea, sem sinais de trauma, ou violência. Em geral, ocorre até uma hora após o início dos sintomas, mas quando decorrente de exercício físico, pode se desenvolver de seis a 24 horas após a atividade.
No mundo, anualmente, cerca de 0,1 a 0,2% da população é vítima de morte súbita.

A morte súbita pode atingir tanto pessoas sadias, como doentes; de sedentárias a atletas. Contudo, a incidência de morte súbita em jovens, durante atividade física, é muito baixa. Apenas uma em cada 200.000 pessoas aparentemente saudáveis falece dessa forma a cada ano. Já os atletas devem tomar mais cuidado, pois as estatísticas indicam que as chances deles são de 20 a 25 vezes maiores.

Por outro lado, pessoas sedentárias que resolvem se exercitar de forma vigorosa e ocasional, os ‘atletas de fim de semana’, correm risco muito maior do que quem pratica atividade física regular.

Abaixo dos 35 anos de idade, as principais causas de morte súbita são:

• doenças congênitas (que nascem com o indivíduo, mas não necessariamente hereditárias),
• miocardites (inflamação do coração),
• cardiomiopatias (aumento do coração)
• arritmias (um problema relacionado à velocidade, ou ao ritmo dos batimentos cardíacos)
• distúrbios de ordem genética e enfermidades adquiridas, como Doença de Chagas.

Já acima dessa faixa etária, a principal é a doença arterial coronariana (angina e infarto). A obesidade, o tabagismo, a hipertensão arterial, a diabetes mellitus e o colesterol aumentado são fatores que ampliam as chances de desenvolver doenças cardiovasculares e, consequentemente, de ter morte súbita.

Os sintomas mais comuns da arritmia são:

• Palpitações cardíacas: sensação de que o coração pulou uma batida ou está batendo muito forte;
• Batimento cardíaco lento;
• Batimento cardíaco irregular;
• Sensação de pausa entre os batimentos cardíacos;
• Entre os sintomas mais sérios, estão: ansiedade, fraqueza, tonteira, dor de cabeça leve, transpiração, falta de fôlego e dor no peito.

Caso sinta algum desses sintomas, procure um cardiologista.

Dra. Olga Ferreira de Souza
Coordenadora do Serviço de Arritmia Cardíaca da Rede D’Or

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Cuidado com as enchentes




Os alagamentos causados pelas chuvas típicas do verão expõem muitas pessoas à lama e à água suja. Este contato pode ser danoso à saúde, pois aumentam as chances de contágio de doenças como leptospirose, dengue, hepatite A e diarréia.

De acordo com o infectologista do Hospital e Maternidade São Luiz, Dr. Orlando Jorge Gomes da Conceição, os cuidados devem ser redobrados para controlar a proliferação dessas doenças.

Com as enchentes, as pessoas têm contato com esgotos e, muitas vezes, o lençol freático é contaminado, facilitando tanto a transmissão de doenças como a proliferação de seus vetores – como o mosquito Aedes Aegypti, causador da dengue.

De acordo com o infectologista, dores pelo corpo e de cabeça, diarréia, vômito, febre e pele amarelada podem ser sinais de dengue, leptospirose ou de hepatite A. “Os sintomas de algumas patologias podem demorar de dois até 30 dias para se manifestar, por isso é importante ficar atento a qualquer indício e procurar um médico”, afirma Orlando Jorge.

Algumas das doenças causadas pelo contato com a água da chuva têm sintomas parecidos. “É importante que, assim que sentir algum sintoma, a pessoa que esteve em contato com águas de enchentes procure atendimento médico urgente”, diz o especialista.

Além disso, a prevenção deve sempre ser feita. “É recomendável que as pessoas busquem evitar ao máximo o contato com as águas de enchentes e tomem cuidado com o manuseio e a ingestão de alimentos e de bebidas”, diz o infectologista.

Abaixo as doenças causadas pelo contato com enchentes:

Dengue

Com as chuvas, muitos locais armazenam água limpa e parada, facilitando o surgimento de criadouros e, consequentemente, de mosquitos. Os sintomas da doença são febre alta, dores de cabeça, dores retro-oculares, cansaço e manchas pelo corpo. A atenção deve ser redobrada e deve-se evitar manter em casa objetos como pneus, baldes, vasos ou quaisquer outros recipientes que mantenham a água parada, funcionando como criadouro para os mosquitos.

Diarréias

Várias são as possíveis causas de diarréia, como, por exemplo, as bactérias, os vírus e também alguns parasitas.

Nesta época do ano, observa-se uma maior ocorrência de surtos relacionados ao norovírus. Este vírus resiste às condições ambientais, sendo caracterizado por ter alta transmissibilidade, através de água, dos alimentos contaminados, de contato com objetos, ou nadando em piscinas e lagos.

Os locais de ocorrência desses surtos incluem restaurantes, refeições de avião, navios de cruzeiros, escolas, assim como grupos de pessoas em férias, em locais como praias, estâncias turísticas, parques aquáticos e outros com grandes aglomerações humanas. Os sintomas são principalmente vômitos, diarréia e febre. Acomete crianças e adultos e tem geralmente curta duração, em média dois ou três dias.

Leptospirose

A doença é transmitida por urina de animais infectados, principalmente dos roedores, e é considerada potencialmente fatal. A bactéria pode ser adquirida por meio do contato da água contaminada com feridas na pele ou nas mucosas. Os sintomas variam desde formas leves, às vezes assintomáticas, febre, dores musculares, dor de cabeça, até quadros graves, com icterícia e insuficiência renal e de outros órgãos.

Hepatite A

A doença afeta o fígado e é de transmissão oro-fecal. Muitas vezes, as pessoas infectadas, especialmente as crianças, não têm sintomas, mas continuam sendo potenciais transmissoras do vírus. Quando aparecem, os sintomas são vômitos, náuseas, dor abdominal, hipoatividade e aumento do fígado, acompanhado de icterícia (coloração amarelada da pele e das mucosas). Ressaltamos que esta é uma infecção que pode ser prevenida através do uso de vacinas seguras e efetivas, administradas a partir de um ano de idade.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Respire fundo!




Chega de desculpas! O ano de 2012 já começou oficialmente e todo mundo que uma vida mais saudável. Por isso, o Blog fala hoje sobre a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, a DPOC.

A Doença pulmonar obstrutiva crônica é o termo médico usado para denominar um conjunto de doenças do trato respiratório, cujos componentes principais são bronquite crônica e enfisema pulmonar, manifestados separadamente ou em conjunto.
É um problema respiratório grave, crônico e irreversível, que progride paulatinamente e pode ser incapacitante, já que diminui significativamente a capacidade respiratória.

As principais causas do DPOC são o tabagismo - incluindo também a exposição passiva ao fumo. Há também casos raros em que um fator genético determina a deficiência de enzimas relacionadas à destruição das estruturas dos pulmões, podendo agravar a doença.

Fumantes e ex-fumantes com mais de 40 anos são os mais predispostos, já que o cigarro traz danos a todas as vias respiratórias.

Os principais sintomas da DPCO são: falta de ar, encurtamento e dificuldade na respiração, tosse, produção de catarro, fadiga muscular e dificuldade para realizar tarefas simples do cotidiano, como tomar banho, vestir-se, caminhar e subir escadas.

A DPOC pode ser controlada, mas depende diretamente de quão precoce é o diagnóstico. No caso dos fumantes, o tratamento começa pelo abandono do cigarro. O paciente deve recorrer a medicamentos que ajudem a lidar com os sintomas causados pela falta do tabaco.

Outro ponto fundamental é o aspecto multidisciplinar da terapia. Com o avanço da medicina moderna nos campos da imunização, farmacologia, reabilitação e fisiatria, cirurgia torácica, anestesia e pneumologia intervencionista, existe uma real oportunidade de impactar a qualidade e duração de vida dos indivíduos afetados por esta patologia.

A opção da reabilitação pulmonar, por exemplo, apesar de não reduzir o número de crises, internações, ou aumentar a expectativa de vida, inclui um programa de exercícios individualizado, para que se diminua a incapacidade e as limitações impostas pela doença. Já a oxigenioterapia, quando bem indicada, comprovadamente aumenta a expectativa de vida do enfermo, prevenindo complicações.

Por Dr. João Pantoja
Coordenador de Pneumologia da Rede D’Or