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quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Sangue novo, vida nova

O doador de sangue é personagem fundamental para a recuperação de muitos pacientes. Apesar de o Brasil contar com milhares de doadores de sangue, esse percentual ainda está abaixo do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é entre 3,5% e 5% de sua população. Em nosso país, o percentual não chega a 2%.



São várias as barreiras a serem vencidas para conseguir um doador voluntário de sangue. Muitas pessoas sequer sabem o tipo sanguíneo e fator Rh e grande parte só se sensibiliza quando algum parente necessita de transfusão. “Costumo dizer que acreditamos que nunca iremos precisar de uma doação de sangue, no entanto uma cirurgia ou mesmo um acidente pode nos colocar na situação de receptor. Dessa forma, tento convencer cada vez mais pessoas a se tornarem doadores”, diz o médico Marco Antonio Alves, gestor da Emergência do Hospital Esperança Recife (PE).

Pessoas entre 18 e 65 anos, com boa saúde e acima dos 50 kg podem se tornar doadores. E o mais importante: homens podem doar sangue a cada dois meses e mulheres a cada três. Além disso, uma só bolsa de sangue pode ajudar mais de um paciente. Isso porque os hemocomponentes – concentrado de hemácias, concentrado de plaquetas e plasma – são separados e destinados a quem precisar, o que inclui pessoas com anemia, que passaram por cirurgias ou que se encontram em tratamento do câncer. “Ou seja, dá pra ajudar bastante com uma única doação. Sem contar que doar sangue é um gesto de amor e caridade com o próximo”, incentiva o médico.

Cada pessoa doa cerca de 450 ml de sangue. Entre o cadastro, triagem e coleta, são em média 50 minutos. E o organismo repõe o volume de sangue doado ainda nas primeiras 24 horas após a doação. “É importante derrubar alguns mitos, como doar sangue enfraquece ou dói, nada disso é verdade”, reforça.

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