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quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Testosterona não é um hormônio exclusivo dos homens

Apesar de muitos acharem que a testosterona é um hormônio exclusivamente masculino, ele também está presente no corpo de mulheres e crianças. Ao longo da vida, os níveis desta substância podem sofrer algumas variações. Porém, nem sempre, isto indica algum problema, e a reposição deste hormônio deve ser feita com bastante cuidado.

“Nos homens, a testosterona é responsável por características como pelos e voz mais grossos e musculatura robusta. Este hormônio é produzido pelo organismo masculino desde a gestação. Nas mulheres, ele é responsável, principalmente, pela libido. É importante ressaltar que a queda da testosterona pode ocorrer em ambos os sexos. Porém, nem sempre os baixos níveis deste hormônio indicam a necessidade de reposição. A interrupção ou diminuição importante da produção de testosterona pelo homem, com o envelhecimento, não é uma certeza no sexo masculino. Bem como o termo ‘andropausa’ que não é utilizado para o sexo masculino. Contudo, quando ocorre a queda importante da testosterona, nós a denominamos de DAEM (distúrbio androgênico do envelhecimento masculino). Nestes casos específicos, está autorizada a reposição hormonal masculina”, explica Dr. Diogo Mendes, urologista do Hospital Santa Luzia, em Brasília.



O médico observa que este tipo de tratamento só é indicado quando o paciente apresenta sintomas característicos da queda hormonal. “A baixa da testosterona pode ocorrer em todas as etapas da vida. Porém, há pessoas que convivem normalmente com as pequenas doses desta substância no organismo. Por isso, só é recomendada a reposição quando esta é acompanhada de alguns sinais que indicam impacto no corpo, como perda de massa muscular, diminuição da libido, queda de pelos, entre outros”, completa.

Dr. Diogo Mendes esclarece ainda que, quando necessária, a reposição pode ser feita por meio de injeções, cremes, vitaminas ou medicamentos fitoterápicos. “É sempre importante lembrar que este tipo de tratamento não deve ser feito de forma contínua, pois altos níveis de testosterona no organismo podem causar inibição do hipotálamo (região do cérebro que regula a produção de hormônios), ocasionando danos nos testículos e podendo levar até mesmo a infertilidade. No caso da existência de câncer de próstata, está formalmente contra indicada a reposição de testosterona seja tópica ou injetável”, afirma.

Este alerta também vale para aqueles que fazem uso de anabolizantes. “Em geral, estes compostos contêm altos níveis de testosterona, o que pode causar disfunções sexuais e infertilidade em homens e mulheres, além da evolução das características masculinas no organismo feminino”, conclui o urologista.

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