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terça-feira, 12 de maio de 2009

Síndrome metabólica: cuidado com ela!










Com o aumento do sedentarismo e do consumo de alimentos industrializados ricos em açúcar e gordura, a síndrome metabólica tem se tornado uma condição cada vez mais comum entre as mulheres. Ela se caracteriza por um conjunto de fatores que, reunidos, resultam em aumento de risco para doenças cardiovasculares, como o infarto do miocárdio e o acidente vascular cerebral.

Usualmente, relaciona-se a síndrome metabólica à deposição de gordura central e à diminuição da sensibilidade dos tecidos à ação do hormônio insulina (resistência insulínica). As manifestações costumam se iniciar na vida adulta e pioram com o envelhecimento. Aos 50 anos, a incidência é duas vezes maior que aos 30. Os indícios da síndrome são percebidos pelo aumento da circunferência abdominal, da pressão arterial, dos níveis de glicemia, ácido úrico, triglicerídeos, colesterol Ldl (mau colesterol) e redução do colestrol Hdl (bom colesterol).

Muitas vezes, a mulher não percebe as alterações até que surjam complicações, principalmente as cardiovasculares. Mulheres com ovários policísticos, por exemplo, estão sujeitas a desenvolvê-la, mesmo sendo magras.

O risco de mortalidade cardiovascular a que estão expostas pacientes com síndrome metabólica é elevado. Por isso, estar atenta aos fatores de risco é muito importante para saber se você pode estar desenvolvendo essa condição. São eles:

- Aumento da circunferência abdominal: acima de 88 cm em mulheres;
- Distribuição da gordura corporal no centro do corpo, ou relação elevada cintura/ quadril;
- Elevações da pressão arterial, maior ou igual a 130/85 mmHg, ou uso de anti-hipertensivo;
- Glicemia de jejum maior ou igual a 100 mg/dL, com ou sem diabetes;
- Aumento de triglicerídeos maior que 150 mg/dL e colesterol HDL (bom colesterol) menor que 50 mg/dL; e
- Aumento de ácido úrico.

Atenção: se você está com sobrepeso ou obesidade, é sedentária, e possui pelo menos três fatores dos citados acima, procure seu médico para uma avaliação clínica. Dieta adequada e atividade física são as primeiras medidas, para prevenção e controle da sindrome metabólica. Um endocrinilogista poderá fazer seu escore de risco cardiovascular e indicará o tratamento adequado, antes que o problema avance.

Por Dra. Vera Cuoco
Endocrinologista da Rede D'Or


Clique no ícone e ouça a Dra. Vera Cuoco falando sobre a síndrome metabólica




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