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terça-feira, 3 de março de 2009

Diagnóstico e tratamento de miomas

Grande parte dos miomas é descoberta durante o exame de rotina, pois na maioria dos casos, eles não incomodam a mulher. Mais uma boa razão para ir regularmente ao ginecologista. A necessidade de tratamento do problema está relacionada com a presença de sintomas e a escolha da melhor opção deve ser feita em conjunto com o médico. Mas é preciso atenção, pois quanto mais tempo se leva para diagnosticá-los e tratá-los, mais os casos se complicam.

Mesmo que o ginecologista tenha percebido o aumento do útero da mulher - sintoma que indica a presença de mioma - o diagnóstico só poderá ser confirmado pela realização da ultrassonografia abdominal, que é um exame simples e indolor. Tal técnica possibilita que o médico determine o tamanho, a forma e a textura do útero.

Existem várias maneiras de se tratar os miomas. Geralmente, a primeira opção do médico costuma ser a medicamentosa: remédios à base de hormônios para combater as hemorragias uterinas, ou de substâncias que promovem reduções temporárias no tamanho dos miomas. Caso esses mecanismos não surtam o efeito desejado, a outra opção são os procedimentos cirúrgicos.

Hoje já existem alternativas bem menos agressivas que a retirada do útero (histerectomia), mas em alguns casos, quando os miomas se desenvolvem demais, pode ser a única opção. A miomectomia, extirpa apenas os miomas e conserva o útero. Ela pode ser realizada por meio de três técnicas: por laparotomia, laparoscopia e videohisteroscopia.

Na laparotomia, é feito um corte transversal no abdômen e, em seguida, no útero, para a retirada do mioma. Essa foi a única opção durante muitos anos, até surgirem as novas técnicas de videoendoscopia. Quando feita por laparoscopia, a miomectomia consiste em pequenas incisões na parede abdominal e costuma ser recomendada para miomas em pequena quantidade e tamanho, em geral intramurais, subserosos, ou pediculados. Já a videohisteroscopia é indicada exclusivamente para os miomas inseridos na cavidade uterina, ou seja, submucosos. Ela é feita com a utilização do vídeohisteroscópio, utensílio de 3mm de diâmetro, que é introduzido através da vagina e do colo uterino até o útero, permitindo a análise dessa área e a excisão do mioma submucoso.

Por
Dra. Fernanda Chagas
Radiologista do Centro de Diagnóstico e Tratamento de Miomas da Rede D'Or
Dra. Maria Cecília Erthal
Ginecologista e Obstetra. Médica-diretora do Centro de Fertilidade da Rede D'Or

Clique no ícone e ouça a Dra. Fernanda Chagas falando sobre o diagnóstico e tratamento de miomas




3 comentários:

Anônimo disse...

Olá! Uma amiga me indicou o blog e estou acompanhando desde o primeiro dia. É bom encontrar um lugar onde as mulheres podem tirar as dúvidas de saúde com profissionais qualificados. Gostei principalmente de vcs terem abordado o assunto dos miomas: tenho 36 anos, ´vários casos nas mulheres das famílias e tenho sentido alguns sintomas, como menstruação irregular e dores na hora de ter relações. Mas da última vez que fui a um ginecologista, há quase 1 ano, ele disse que eu não tinha nada e, com a correria da rotina, acabei não procurando outro médico depois. Por isso, gostaria de saber de quanto em quanto tempo é indicado que uma mulher da minha idade se consulte no ginecologista, e quais são os principais exames para detectar os miomas.
Obrigada!
Marisa

Espaço Saude da Mulher disse...

Na sua idade, o ideal é uma consulta com o ginecologista a cada ano. E, nessa oportunidade, os exames que devem ser realizados são:

- exame preventivo do colo do útero (Papanicolau);
- ultrassonografia transvaginal;
- ultrassonografia das mamas.

Por meio da ultrassonografia transvaginal, os miomas podem ser identificados.

Dra. Maria Cecília Ethal
Ginecologista

Unknown disse...

Olá! Tenho 20 anos e descobri que estou com um mioma. Ele foi diagnosticado através de uma ultrassonografia transvaginal. Neste mesmo exame detectaram um cisto também. Gostaria de saber se fazendo esse exame é mesmo possível diagnosticar com precisão o que é cisto e mioma e se isso tudo não pode ter sido confundido no laudo.
Obrigada,
Camila.
cah.shashi@gmail.com