A epidemia de ebola que atinge
Guiné, Serra Leoa e Libéria, na África Ocidental, já é considerada pela
Organização Mundial da Saúde (OMS) a maior desde que o vírus foi descoberto, em
1976. O vírus ebola dá nome à enfermidade, também conhecida como “febre
hemorrágica do ebola”.
Dr. Marcus Cardoso,
infectologista do Hospital Norte D’Or, explica que “a doença tem uma evolução
drástica, com taxa de letalidade que chega a 90%, e pode atingir qualquer
pessoa, independentemente da idade e gênero”.
O contágio é realizado por secreções corporais, como o suor,
a saliva, o sêmen, além do sangue e até das fezes. O contato com os órgãos do
indivíduo contaminado e até com vítimas fatais também pode transmitir a doença.
Por este motivo, as pessoas mais infectadas são profissionais de saúde e
familiares.
“Por não ter saneamento básico adequado, o contágio nesses países
ocorre ainda mais rapidamente. E como não há vacina nem tratamento específico
contra o vírus, apenas contra os sintomas, a transmissibilidade da doença é
muito alta”, afirma o especialista.
Os sinais da enfermidade costumam surgir entre 3 a 7 dias
após o contágio. Os sintomas são febre súbita, debilidade intensa, dores
musculares, de cabeça e de garganta, seguidas de vômito, diarreia e erupções na
pele. A ocorrência de hemorragias internas (em órgãos, por exemplo) e externas
(em feridas na pele), é o que causa a maior parte das mortes.
Para prevenir a doença, recomenda-se isolar os casos
suspeitos, cozinhar bem os alimentos, não tocar em animais selvagens, além
evitar visitar os locais onde ocorre o surto. Os profissionais de saúde devem
lavar as mãos regularmente, usar máscaras, óculos, luvas e jaleco de manga longa.
O vírus ebola é transmitido ao ser humano por animais
silvestres. Acredita-se que os
hospedeiros naturais são os morcegos frutíferos. Entretanto, chimpanzés e
gorilas já foram registrados como hóspedes acidentais.
O Ministério da
Saúde afirma que o risco do ebola chegar ao Brasil é muito baixo.
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