Este post é uma continuação do post que fizemos no Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais. Nele, falamos sobre o que é a hepatite e quais os tipos existentes.
Tratamento da
hepatite
Nas hepatites agudas A e B, recomenda-se o repouso relativo,
o aumento da ingestão de líquidos, a preferência por alimentos saudáveis e a
não ingestão de bebidas alcoólicas. Nestes
casos, não há medicamentos
específicos e o acompanhamento médico é importante para que haja certeza de que
a recuperação ocorreu.
Ana Maria
Pittella, coordenadora dos Serviços de Clínica Médica e de Hepatologia do
Hospital Quinta D’Or, afirma que na
hepatite crônica B há várias opções de tratamentos, incluindo drogas orais (Tenofovir,
Adefovir, Interferon, Lamivudina, Entecavir e Telvibudina). Todos os pacientes
em uso dessas medicações devem ser monitorados pelo médico.
Na hepatite C, a especialista explica que o tratamento vai
depender de uma série de fatores: “da carga viral, que significa a quantidade
de vírus no organismo do paciente, do genótipo ou variante do vírus, do grau da
lesão hepática (existência ou não cirrose), de doenças associadas, e se houve
ou não resposta a tratamento prévio”.
A maioria das pessoas com hepatite C aguda não tem sintomas
e, por desconhecer a existência da doença, não é tratada. Dra. Ana Maria
reforça, portanto, que se a infecção for confirmada, a medicação deve ser
instituída de forma precoce. “Em casos de hepatite crônica C, confirmada por
exames de laboratório e em amostra de fragmento de biopsia do fígado, deve ser instituída
a terapêutica antiviral combinada”.
A médica esclarece que recentes avanços no número e no tipo
de medicações para tratar hepatite C estão disponíveis. O FDA (Agência de
Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos) tem aprovado o uso de diversas
drogas para o tratamento da doença. “Nos dias atuais, vivenciamos momentos de
esperança na terapêutica da hepatite C, com propostas de redução do tempo de
tratamento e possibilidade de inclusão de pacientes antes não contemplados nos critérios
para terapêutica. Podemos também antecipar regimes de drogas de uso
exclusivamente pela via oral”, afirma Dra. Ana Maria.
Como prevenir-se
A vacinação é o meio mais eficaz e conveniente de se
prevenir contra a hepatite A. Ela é aplicada em duas doses, em geral, com
intervalo de seis meses. Outras formas de evitar a disseminação da doença é
lavar sempre as mãos com água e sabão, sobretudo após uso de sanitários e antes
do preparo de alimentos.
Dra. Ana Maria esclarece que indivíduos que não foram expostos
à hepatite B devem tomar a vacina contra a doença, uma vez que a imunização é o
melhor meio de se prevenir.
“Não existe vacina contra a hepatite C, portanto sua
prevenção está baseada em alerta e orientação. Não se deve partilhar, de
maneira alguma, instrumentos perfuro-cortantes que, após serem colocados em
contato com o sangue de uma pessoa, possam recortar a sua pele. Além disso, em
presença de outras doenças sexualmente transmissíveis, a transmissão pode ser
facilitada pela via sexual, pouco significativa no caso da Hepatite C. Havendo
contato sexual com parceiro desconhecido, é recomendável o uso de preservativos”,
esclarece.
Para os portadores do vírus C, recomenda-se individualizar o
uso de alicates ou cortadores de unhas, tesouras, escovas de dente, navalhas ou
aparelhos de barbear, seringas ou objetos perfuro-cortantes. Eles também não
devem doar sangue, hemoderivados, órgãos ou sêmen e não devem consumir bebidas
alcoólicas. Também é importante que estejam vacinados contra os vírus A e B da
hepatite.
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