As vacinas terapêuticas são a maior promessa no tratamento do câncer. Sendo usadas durante o tratamento e não de forma preventiva, ela ajuda a combater o tumor carregando antígenos que estimulam a defesa do organismo contra proteínas que, em geral, são parte do material genético do tumor.
Mesmo sendo testadas há décadas, poucas dessas vacinas foram aprovadas. É preciso mais estudos de eficácia. Além disso, elas não são tão acessíveis. Para o câncer de próstata, por exemplo, existe a Provenge, nos EUA, que custa mais de US$ 90 mil cada aplicação e precisa ser manipulada em fabrica.
Há também vacinas contra o câncer de pele mais grave, o melanoma. A ipilimumabe, de aplicação na veia a cada três semanas, quatro doses que estimula os linfócitos T e está em aprovação no Brasil.
Alexandre Palladino, do Centro de Oncologia da Rede D’Or, acredita que as vacinas podem fazer a diferença. “O mecanismo de ação das vacinas é complexo, mas a proposta é aumentar a atividade do sistema imunológico contra o tumor. Por enquanto elas não fazem parte da prática clínica”, diz.
Muitas das terapias imunológicas, como as vacinas complementando a quimioterapia no câncer, hoje são baseadas em celular dendríticas. As vacinas contra o câncer são promissores e possivelmente estarão disponíveis nos próximos anos. Porém, o câncer é uma doença complexa e não tem uma solução única para todos os casos. Ele continuará a ser tratado com quimioterapia, radioterapia, terapia-alvo e vacina, dependendo de cada caso.
Há vacinas com novos tratamentos oncológicos em dezenas de centros no Brasil. Esses estudos devem ser questionados pelos pacientes e discutidos com os médicos. Isso porque nem todos se enquadram nos critérios para as terapias experimentais.
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