A memória vai enfraquecendo e o raciocínio
já não é mais o mesmo. Fatores que para muita gente são características normais
do envelhecimento, são também os sintomas iniciais de uma das doenças mais
comuns entre idosos do mundo todo: o Alzheimer. Estima-se que cerca de 35,6
milhões de idosos sofrem com o mal em todo o mundo, 1,2 milhão apenas no
Brasil.
O Mal de Alzheimer ocorre em
aproximadamente 50% a 60% dos casos de demência entre idosos. O brasileiro com
Alzheimer leva mais de três anos para obter o diagnóstico, já que os sintomas
como perda de memória, dificuldade de raciocínio e desorientação são geralmente
associados ao processo de envelhecimento. Outros sintomas incluem mudança de personalidade e da capacidade
de julgamento.
Cerca de 10% das pessoas com mais de 65
anos e 25% com mais de 85 anos podem apresentar algum sintoma dessa
enfermidade. Com a evolução da doença, o idoso com Alzheimer apresenta uma
deterioração progressiva e irreversível de suas funções intelectuais, comunicação
e capacidade de realizar suas tarefas cotidianas. Após o diagnóstico, o tempo
médio de sobrevida varia de oito a dez anos.
A causa específica do Alzheimer ainda
não é conhecida, assim como sua cura. O tratamento visa atenuar os sintomas e
garantir um mínimo de qualidade da vida ao portador da doença. No entanto,
cuidar de um idoso com Alzheimer pode ser extremamente desgastante. Por isso,
multiplicam-se os grupos de apoio a familiares e cuidadores, para a troca de
experiências.
O Hospital Rios D’Or, na Freguesia, Rio
de Janeiro, é um dos locais que oferece esse tipo de auxílio. O Grupo de Apoio
a Familiares de Pessoas com Alzheimer é formado por uma equipe
multidisciplinar, que inclui neurologistas, fonoaudiólogos, geriatras e
psicólogos. Criado há quatro anos, o Grupo realiza encontros mensais sobre
diversos assuntos relacionados ao Alzheimer e à melhoria do bem-estar do
paciente.
“O mal de Alzheimer acaba fazendo com
que o idoso perca a capacidade de cuidar de si mesmo, ele volta a ser como uma
criança, e cuidar deste idoso demanda uma atenção muito grande. Por isso, não é
raro ver familiares que abandonam a própria vida para cuidar destes pacientes.
O Grupo de Apoio é importante como um suporte nesta situação tão sacrificante,
esclarecendo questões da doença, oferecendo dicas de cuidados e, o mais
valioso: permitindo a troca de informações entre familiares. É importante saber
que não se está sozinho”, explica a Maria Helena Manhães Rocha,
psicóloga do hospital Rios D’Or e uma das fundadoras do Grupo.
Com o aumento da expectativa de vida e o
envelhecimento da população mundial, a Organização Mundial de Saúde (OMS) já
prevê que o número de casos de demência, e consequentemente, de Alzheimer, irá
mais que dobrar até 2050. Na América Latina, esse aumento irá ultrapassar os
500%. Conhecer melhor a doença pode não prepará-lo para o seu aparecimento, mas
com certeza ajudará na forma de lidar com ela.
Mais informações sobre o Grupo de Apoio
a Familiares de Pessoas com Alzheimer do Hospital Rios D’Or em www.facebook.com/grupoapoioalzheimer.
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