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quinta-feira, 24 de julho de 2014

O que é o AVC e como diagnosticá-lo?




O escritor paraibano Ariano Suassuna, de 87 anos, foi enterrado hoje na região metropolitana do Recife. Ele estava internado desde a última segunda-feira, quando sofreu um AVC hemorrágico.

O AVC (Acidente Vascular Cerebral), popularmente conhecido como derrame cerebral, é uma lesão decorrente de uma ruptura nas artérias que irrigam o sistema nervoso central. Esta ruptura pode causar uma hemorragia, caso do AVC hemorrágico, ou uma obstrução na circulação sanguínea, caso do AVC isquêmico.

O neurologista do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim, Dr. Álvaro Pentagna, explica que há fatores de risco modificáveis e não modificáveis. “Entre os não modificáveis, estão a idade – quanto mais velho o indivíduo, maior a chance de sofrer um AVC – e o histórico familiar.” Os homens, em geral, têm maior risco, mas mulheres depois da menopausa também têm predisposição aumentada.

”Entre os fatores modificáveis, estão hipertensão, diabetes, tabagismo, obesidade, alteração nos níveis de colesterol e triglicérides, infarto, arritmia, apneia do sono e sedentarismo”. O especialista afirma que para diminuir a possibilidade de sofrer o AVC, os pacientes que apresentam estes fatores devem mudar os hábitos e fazer os tratamentos específicos.

Os sintomas mais frequentes do AVC são:

- Fraqueza motora de um lado do corpo;

- Dificuldade na articulação da fala, na expressão e na compreensão da linguagem falada e escrita;

- Falta de coordenação e desequilíbrio;

- Perda do campo visual e visão dupla;

- Dor de cabeça repentina, como se tivesse levado uma pancada;

- Alteração súbita de consciência.

Qualquer pessoa, ainda que leiga, pode perceber se alguém próximo está sofrendo um AVC. Para isso, ela deve pedir que o indivíduo realize três exercícios básicos. Esta avaliação é conhecida como Escala de Cincinatti (Cincinnati Stroke Scale) e indica a probabilidade da ocorrência de um AVC.

Passo 1 – Peça para a pessoa dar um sorriso forçado. Se apresentar a boca torta em um dos lados, é um sinal de que pode estar sofrendo um AVC.

Passo 2 – Peça para elevar os braços na altura do tórax. Caso não consiga levantá-lo ou se um dos braços começar a cair, também é um sintoma.

Passo 3 – Peça para dizer algumas palavras. Se ele não conseguir ou disser coisas fora de contexto ou desconexas, isso também sugere um AVC.

Dr. Álvaro recomenda que, na ocorrência de qualquer um desses sinais, o paciente deve ser levado imediatamente ao pronto-socorro. O neurologista explica que “até seis horas após o início dos sintomas, ainda é possível desobstruir a artéria, no caso de AVC isquêmico”. Caso o indivíduo tenha sofrido um AVC hemorrágico, o tratamento é a observação e, em alguns casos, a cirurgia. Em ambos os casos, o paciente fica internado por um período, que varia de acordo com a gravidade da doença.

De acordo com o Ministério da Saúde, entre 2000 e 2010, a mortalidade por AVC no Brasil caiu 32% em pessoas até 70 anos.

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