A doença de Alzheimer é uma enfermidade
degenerativa, incurável e multifatorial. Isso quer dizer que pode ser causada
por uma variedade de fatores de risco genéticos e ambientais. Normalmente, ela
afeta pessoas idosas, mas você sabia que a patologia pode se manifestar em pacientes
com menos de 65 anos de idade? Quando isso ocorre, ela é considerada precoce e sugere
um componente genético mais forte.
Segundo o Dr. Claudio Meilman Ferreira,
neurologista do Hospital Caxias D’Or, “apesar de rara, a ocorrência precoce da
enfermidade é mais frequente em famílias com histórico em que ela é muito
presente. Há casos em que a doença não salta gerações e pode afetar o avô, o
pai, o filho e o neto”.
Os sintomas da manifestação
precoce são semelhantes aos do Alzheimer de início tardio: um dos mais comuns é
a falha da memória para fatos recentes. A patologia evolui lenta e
progressivamente para dificuldades relacionadas à fala e linguagem, percepção
espacial, problemas para realizar atividades rotineiras como tomar banho e
trocar de roupa. “A doença também gera alterações do comportamento e prejudica
funções como planejar e realizar uma atividade, perceber os erros e fazer uma
comparação com o planejamento”, afirma Dr. Claudio.
A piora dos sintomas ocorre de
maneira distinta entre os doentes e a velocidade da progressão da patologia
também varia de pessoa para pessoa. Entretanto, a literatura médica diz que a
sobrevida média de um paciente depois do diagnóstico é de 3 a 8 anos.
“Apesar dos grandes avanços da
tecnologia, o diagnóstico de probabilidade ainda é feito com base em critérios
clínicos, ou seja, depende da avaliação do caso - história, sinais, sintomas, e
exames físicos”, explica o neurologista. Por este motivo, é essencial o
acompanhamento médico regularmente.
O tratamento do Alzheimer é
baseado no uso de drogas que retardam a morte celular ou suprem o cérebro de
substâncias químicas. Como a enfermidade não tem cura, o objetivo é melhorar
alguns sintomas e retardar a evolução da doença. Atualmente, há muitos estudos
em andamento sobre novos medicamentos e também muita esperança. Mas nada de
concreto”, completa Dr. Claudio.
O Grupo de Apoio a Familiares de
Pessoas com Alzheimer do Hospital Rios D’Or realiza um trabalho de apoio e
autoajuda aos familiares e cuidadores de pessoas com a doença.
Os encontros são temáticos e têm
como objetivo divulgar técnicas e conhecimento para as pessoas que convivem com
o paciente. As palestras são gratuitas e ocorrem mensalmente, na última
quinta-feira do mês, das 15h às 18h, no Auditório do Hospital. Neste mês de
maio, excepcionalmente, o encontro acontecerá na penúltima quinta, dia 22. O assunto abordado será “Queda de idosos
– impacto e prevenção”.
Para se inscrever, entre em
contato pelo e-mail marketing@riosdor.com.br
ou pelos telefones (21) 2448-3646 ou 2448-3549.
Nenhum comentário:
Postar um comentário