"Um único cigarro fumado por uma gestante é capaz de
acelerar em poucos minutos os batimentos cardíacos do feto. Isto revela quão
rápido a nicotina e outras substâncias do tabagismo atingem o bebê”, afirma Dr.
Renato Abelha, pneumologista do Hospital Rios D’Or.
As grávidas que fumam podem ter uma série de complicações.
As mais frequentes são: abortos espontâneos, nascimento prematuro, bebês com
baixo peso, mortes fetais, problemas com a placenta e episódios de hemorragia.
O especialista ressalta ainda que os problemas continuam
mesmo após o parto. A nicotina passa pelo leite materno e é absorvida belo bebê
durante a amamentação.
Os males do tabaco
Quem fuma tem 20 vezes mais risco de contrair câncer de
pulmão do que quem não fuma. O cigarro é responsável por 90% dos casos de
câncer de pulmão e este é a primeira causa de morte por câncer em nosso país. Das
4.000 substâncias tóxicas existentes no cigarro, mais de 40 são cancerígenas.
Os derivados do tabaco não atingem apenas o pulmão, mas também
causam câncer de boca, faringe, esôfago, pâncreas, mama, além de doenças
cardiovasculares como infarto, angina e Acidente Vascular Cerebral (AVC) e
doenças respiratórias obstrutivas (DPOC).
Segundo o Dr. Renato, fumar vicia até mais do que as drogas
ilícitas. “Como é amplamente permitido e, muitas vezes incentivado, o ato de fumar
se torna hábito e, para muitos, o cigarro é ignorado como causador de
dependência.”
Entretanto, quem decide parar de fumar percebe o vício nos
momentos de “fissura”. Por este motivo, “a
terapia comportamental cognitiva, ou seja, o conjunto de atitudes, informações,
entendimentos a respeito da sua dependência e como contorná-la - se mostra como
intervenção fundamental”, explica.
Em casos com grau elevado de dependência química à nicotina,
é necessário o uso de intervenção medicamentosa. São remédios de “primeira
linha”, por exemplo, a bupropiona e a vareniclina.
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