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segunda-feira, 7 de maio de 2012

Mitos e verdades sobre a alimentação durante o parto


Alguns médicos ainda são contra as parturientes se alimentarem durante o trabalho de parto, porém sabemos que essa preocupação é caso a parturiente precise de uma cesárea com anestesia geral. As chances disso acontecer são praticamente nulas.

Crença de que mulher deve ficar em jejum para dar à luz não resiste à revisão científica de vários estudos; comida deve ser leve. Em nome do conforto, vale até comer enquanto o bebê não chega. Uma revisão recente de cinco estudos científicos concluiu não haver provas de que a alimentação durante o parto normal faz mal à mulher.

O trabalho avaliou dados de 3.130 mulheres e foi publicado pela Cochrane, rede internacional de revisão de pesquisas. A crença de que a mulher deve ficar em jejum vem dos anos 1940, quando foi levantado o alerta de que, durante uma anestesia geral, haveria maior risco de vômito e de o alimento do estômago ser aspirado pelos pulmões, causando problemas à paciente.

Mas a anestesia aplicada na gestante só atinge o abdômen e os membros inferiores, tornando mínimo o risco de reaspiração dos alimentos. Na verdade, a alimentação pode ajudar a mulher: como ela pode esperar até 16 horas para o bebê nascer, precisa de uma fonte de energia.

A exceção ocorre no caso de uma cesariana agendada. A cirurgia requer oito horas de jejum para alimentos sólidos e seis horas para líquidos. “Se o parto for normal, mas houver suspeita de que a mulher não vai ter dilatação, também é melhor evitar a alimentação”, diz a ginecologista Márcia da Costa, coordenadora médica da maternidade do Hospital São Luiz -unidade Itaim.

Experiência A fisioterapeuta Luciana Morando, 27, já sabia que poderia se alimentar durante as contrações, caso sentisse fome. Foi internada às 11h, e seu filho, Guilherme Mendes Morando, nasceu depois das 20h, tempo suficiente para ela almoçar e lanchar. “Achei importante comer. Parto é trabalho mesmo.

 Tive mais energia para o momento da expulsão.” Os alimentos devem ser leves como grelhados, purê, arroz e vegetais, para não piorar um eventual mal-estar causado pela dor, segundo a ginecologista Márcia da Costa. “Se ela estiver indisposta, pode tomar sopa. Vai do desejo da paciente.” Se ela estiver sem apetite, o médico pode manter os níveis de glicemia com soro.

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