Dificuldade para pegar no sono, acordar várias vezes durante
a noite, cansaço constante e insatisfação com a qualidade do sono são alguns
dos alertas que ajudam a diagnosticar a insônia – distúrbio que afeta mais de
40% dos brasileiros, segundo estatísticas da Organização Mundial da Saúde
(OMS).
A insônia afeta
diretamente a saúde física e psíquica. Segundo Álvaro Pentagna, neurologista do
Hospital e Maternidade São Luiz Itaim, quem sofre desse mal pode apresentar
alterações de humor, dificuldade de concentração, baixa resistência, perda de
apetite e da libido, falhas de memória e agressividade. “Vítimas de insônia
devem apresentar mais de um desses sintomas, além da privação constante de
sono, pelo menos três vezes por semana. Se essa rotina persistir por mais de
três meses, temos a chamada insônia crônica. Se for inferior a três meses é,
então, a chamada insônia aguda”, explica o neurologista.
O distúrbio também está associado a quadros depressivos e de
ansiedade. Segundo o especialista, existem vários tipos de insônia, podendo ser
a causa ou consequência de uma depressão ou transtorno de ansiedade. Isso
acontece, pois a falta de sono afeta o bom funcionamento do sistema nervoso
central e a manutenção do equilíbrio geral do organismo.
O tratamento é determinado pelo tipo de insônia. Por isso, é
importante identificar o que motivou a privação do sono, ou seja, se é
proveniente de uma doença física, mental ou decorrente de fatores ambientais.
Em alguns casos é necessário o uso de medicamentos.
Para minimizar os sintomas da insônia e melhorar a qualidade
do sono, Álvaro Pentagna também sugere incluir hábitos saudáveis à rotina e a prática da chamada higiene do sono, que reúne dicas para ter uma noite
tranquila.
Higiene do sono
- Respeitar os horários fisiólogos do seu organismo
- Ter horários regulares para dormir e acordar
- Ter um ambiente de dormir adequado: limpo, escuro, sem
ruídos, organizado e confortável
- Evitar o consumo de bebidas alcoólicas e a base de cafeína
no período da noite
- Priorizar o consumo de alimentos leves à noite
- Evitar o uso de celulares, computadores e tablets antes de
dormir
- Preferência pela prática de atividades físicas pela manhã
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