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sexta-feira, 13 de junho de 2014

Seu filho sofre bullying na escola?

Um estudo publicado este ano pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revelou que os estudantes com excesso de peso são os que mais sofrem bullying -  assédio ou intimidação por parte de uma pessoa ou grupo, intencional e repetido, sem motivo aparente, que pode ocorrer sob a forma de violência física ou psicológica.

Denominado “Discriminação contra os estudantes obesos e muito magros nas escolas brasileiras”, o levantamento foi baseado nos número da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar de 2012, que traçou o perfil antropométrico dos estudantes a partir de entrevistas com 110 mil crianças e adolescentes.

Entre as meninas, 17% das que se consideraram “muito gordas” afirmaram que sofrem bullying com frequência. Entre os meninos, o número é ainda maior: 23,7% dos que se consideraram “muito gordos” disseram que são intimidados devido a sua aparência física.

Segundo a Dra. Carolina Costa, psiquiatra do Hospital Barra D’Or, “o bullying tem grande impacto na saúde mental, mas pode também ter impacto na saúde física através de sintomas psicossomáticos. As vítimas, geralmente, têm dificuldade de denunciar os agressores e passam a sofrer de baixa autoestima, o que pode repercutir na idade adulta”.

A especialista alerta que os pais devem ficar atentos a alterações no comportamento dos filhos, uma vez que há uma série de sinais que podem indicar que há algo errado no colégio. “Eles podem variar entre dores ou marcas de agressões, isolamento social, aversão ou resistência de ir à escola, tristeza, irritabilidade ou agressividade, dores de estômago, cólicas intestinais, queda no rendimento escolar, automutilação até, em casos extremos, tentativas de suicídio.”

Caso os pais ou responsáveis notem algum comportamento estranho, os profissionais da coordenação ou os professores devem ser procurados para esclarecer a situação e tomar as devidas providências.

Dra. Carolina orienta que “a ajuda profissional deve ser procurada sempre e o mais precoce possível para que não haja exposição crônica ao bullying e para que sejam estimuladas novas habilidades de enfrentamento da situação pela vítima”. O tratamento mais utilizado é a psicoterapia. Em casos mais graves, um psiquiatra prescreverá medicamentos antidepressivos.



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