Sobre o que você quer saber?







quinta-feira, 2 de julho de 2009

Distúrbios da tireóide














A tireóide é uma glândula muito importante para o bom funcionamento do corpo. Localizada, na região anterior do pescoço, secreta os hormônios: T3 total e livre (triiodotironina) e T4 total e livre (tetraiodotironina), que estimulam o crescimento e desenvolvimento do organismo, além de controlar várias funções como a produção de energia e calor, além de um terceiro hormônio, chamado calcitonina, muito importante na regulação do metabolismo do cálcio.

O funcionamento da tireóide depende do equilíbrio desses hormônios e do TSH (hormônio tireoestimulante), produzido pela hipófise, outra glândula endócrina. Existem vários distúrbios da tireóide, mas os mais comuns são o hipotireoidismo (baixa ou nenhuma produção de hormônios) e o hipertireoidismo (produção exagerada de hormônios), sendo que as mulheres são mais atingidas do que nos homens.

O hipo e o hipertereoidismo podem ocorrer tanto em recém nascidos e crianças, quanto em adultos e suas causas são diversas. O hipotireiodismo é caracterizado pelos seguintes sintomas: pele seca e áspera; lentidão; edema (inchaço) das pálpebras; sensação de frio; pele fria; língua grossa; déficit de memória; cabelos ásperos; constipação intestinal; ganho de peso; queda de cabelos; edema corporal ou de membros inferiores; rouquidão; aumento do fluxo menstrual; anemia; palpitações; dor precordial; nervosismo; tonturas; e aumento das gorduras no sangue (colesterol e triglicerídeos). Em crianças, pode causar déficit de crescimento.

O hipertireoidismo, por sua vez, pode apresentar as seguintes manifestações: taquicardia; bócio (aumento do volume da tireóide); tremor nas mãos; pele quente e úmida; alterações nos olhos; arritmia cardíaca; nervosismo; sudorese excessiva; aumento do calor; fadiga; perda de peso; falta de ar; aumento do apetite; aumento da frequência de evacuações; e distúrbios menstruais.

É importante saber que os médicos aconselham, no caso do hipotireoidismo, além de pessoas diante dos sinais e sintomas descritos anteriormente, o rastreamento de pacientes nos seguintes casos: acima de 60 anos (sobretudo mulheres); com presença de bócio; história de radioterapia para cabeça e pescoço; pessoas que tenham feito cirurgia prévia na tireóide; com histórico de doença auto-imune tireoidiana na família; com colesterol elevado; faça uso de lítio e amiodarona; e mulheres em gestação.

Já para o hipertireoidismo, a investigação pode ser feita em qualquer idade, desde que o paciente apresente alguns dos sintomas, ou em caso de presença de bócio e diante de historia familiar, mesmo que sem sintomas.

O diagnóstico é feito pelo endocrinologista, primeiramente por meio de exame físico, avaliação dos sintomas relatados e pela história pessoal e familiar. Além disso, podem ser solicitados também exames de laboratoriais e radiológicos que confirmem o diagnóstico. Se você percebe que algo na sua saúde não vai bem e possui uma combinação dos problemas elencados acima, vale a pena procurar um especialista para investigação e tratamento adequado.


Por Dra. Vera Cuoco
Endocrionologista da Rede D'Or


Clique no ícone e ouça a Dra. Vera Cuoco falando sobre os distúrbios da tireóide




Nenhum comentário: