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terça-feira, 4 de julho de 2017

Confira dicas para largar o tabaco

Estratégias motivacionais e bons hábitos estão entre as dicas para abandonar o vício

Apesar das constantes campanhas de conscientização sobre os malefícios do cigarro, o tabagismo continua sendo a principal causa de morte evitável no mundo com sete milhões de óbitos por ano. Caso não haja mudanças nas políticas mundiais, tal número poderá chegar a 8 milhões em 2030. Esses dados foram publicados recentemente na revista científica The Lancet, que também demostrou que metade das mortes relacionadas ao cigarro no mundo se concentra em 4 países: China, Estados Unidos, Rússia e Índia. O Brasil ocupa a oitava posição na lista dos países com maior índice de mortes por causa do fumo no mundo.


No Brasil, mesmo com a clara tendência de queda do número de fumantes em decorrência das políticas nacionais antitabagistas, a oncologista clínica do Grupo Oncologia D’Or, Tatiane Montella, ressalta que os números ainda são preocupantes. “Houve uma redução de homens fumantes, eles passaram de 29% para 12%, já as mulheres de 19% para 8%. Entretanto, seguimos como um dos dez países com maior índice de tabagismo no mundo”, explica.

O tabaco pode aumentar em cerca de 30 a 40 vezes o risco de desenvolver o câncer de pulmão ao longo da vida, inclusive fumantes passivos que têm cerca de 2 a 3 vezes mais chances de ter esse tipo de neoplasia. Aproximadamente 90% dos casos de câncer de pulmão tem o cigarro como causa principal.

"A melhor forma de prevenção do câncer de pulmão é não fumar. Caso esse hábito já exista, abandoná-lo o quanto antes é o primeiro passo para evitar não apenas este tumor, como também os localizados na cavidade oral, na laringe, no esôfago, na bexiga, no pâncreas e no estômago", ressalta Tatiane Montella.

Menos fumantes, mais qualidade de vida

Ainda que o número de fumantes no Brasil tenha caído mais da metade, as campanhas contra o tabagismo e as orientações de profissionais de saúde buscam uma maior redução, pois estes dados representam milhões de fumantes que, diariamente, submetem suas vidas, e as de terceiros, aos danos provocados pelo cigarro.

“É aconselhável que o fumante procure ajuda médica quando já estiver pensando em largar o fumo, mesmo que não se sinta completamente pronto para isso. A nossa parte é usar estratégias motivacionais para fortalecer esse desejo. Focamos na parte positiva, em vez da negativa, pois dá mais certo pensar nos benefícios, do que nas doenças que serão evitadas. Além disso, se precisar, usamos tratamentos medicamentosos para retirar gradualmente a nicotina do corpo, para que o ex-fumante não tenha abstinência”, explica Dr. Renato Azambuja, pneumologista do Hospital Barra D’Or.

Outro conselho para quem está deixando de fumar é praticar atividades físicas, pois elas estão relacionadas às sensações de bem-estar e prazer parecidas com as que a nicotina desperta no cérebro. Além disso, elas evitam o aumento de peso, pois geralmente quem está deixando o hábito de fumar costuma compensar a ansiedade comendo. Para não ter efeitos colaterais indesejados, a dica é dispor de alimentos de baixa caloria, mais saudáveis, como frutas e legumes.

Quanto mais jovem a decisão de interromper o hábito, maior será o benefício clínico, pois essa atitude reduz o risco de doenças e promove o real ganho de sobrevida.




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