A arritmia cardíaca é a alteração no ritmo das batidas do
coração. Quando o órgão bate mais rápido – mais de 100 batimentos por minuto
(bpm), o evento é chamado de taquicardia. Quando bate mais lento – menos de 60
bpm, é denominado bradicardia.
O coordenador da Cardiologia Intervencionista do Hospital e
Maternidade São Luiz, de São Paulo, Marcelo Cantarelli, explica que normalmente
a doença se origina por problemas no sistema elétrico do coração. Quando as
células do músculo cardíaco começam a gerar batimentos fora do sistema
elétrico, surgem as arritmias. Elas podem se formar dentro dos ventrículos –
parte inferior do coração -, como nos átrios – parte superior do órgão.
Além dos distúrbios elétricos, outras causas das arritmias
são medicamentos que aumentam a excitabilidade das células do coração, a
ansiedade, o estresse, o tabagismo e as bebidas alcoólicas. As doenças
cardiovasculares, por serem muito frequentes, também são causas de arritmias. No
Brasil, outro fator a ser considerado é a Doença de Chagas.
Dr. Marcelo esclarece que algumas arritmias são extremamente
benignas. Outras, porém, podem levar à morte súbita, que é a morte inesperada
em que a pessoa tem uma parada cardiorrespiratória e não consegue chegar ao
hospital a tempo de ser atendida. O infarto agudo do miocárdio – mais comum a
partir dos 50 anos - corresponde a 70% dos casos de morte súbita.
Outro tipo de arritmia é a fibrilação atrial, mais frequente
entre os idosos. Ela consiste no batimento rápido e irregular dos átrios e não
causa morte súbita, mas pode levar ao derrame cerebral (AVC) que, em dois
terços dos casos, é incapacitante. Estima-se que cerca de 10% das pessoas acima
de 75 anos possuem esta doença.
Para prevenir as arritmias, Dr. Marcelo recomenda que o
paciente se consulte regularmente com um clínico geral ou cardiologista. Este
profissional avaliará se o indivíduo possui algum fator de risco. A alimentação
adequada e a prática de exercícios físicos também são essenciais na prevenção
de arritmias.
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