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sexta-feira, 20 de maio de 2011

Depressão e estresse crônico são venenos para o organismo, dizem especialistas


















Começou o dia já estressado? Melhor parar e contar até 10. É que o estresse crônico é um grande vilão da saúde e qualidade de vida, podendo causar problemas ao coração e diminuir as defesas do organismo, como mostra matéria publicada no portal UOL.

Depressão e estresse crônico são venenos para o organismo, dizem especialistas

Por Carla Prates
Especial para o UOL Ciência e Saúde

Principal marca da sociedade contemporânea, que forma indivíduos competitivos, estressados e ansiosos, o estresse crônico é um dos maiores inimigos da saúde, principalmente a do coração. O estresse também pode atuar na diminuição das defesas do organismo, tornando-se um dos fatores de risco para o surgimento da maioria das doenças. Esse “ataque” ao sistema imunológico é normalmente citado pelos pesquisadores que relacionam as emoções e o desenvolvimento do câncer.

Por estarem presentes no dia a dia, algumas situações estressantes podem se tornar crônicas, como uma relação conjugal tensa, um trabalho com muitas responsabilidades ou condições inadequadas, recursos financeiros insuficientes, pouca ajuda de amigos e familiares, etc.

O estresse pode ou não interferir na saúde dependendo da intensidade em que os acontecimentos estressantes ocorrem e do modo como as pessoas lidam com esses fatores, se eles chegam a modificar a percepção de mundo de cada um ou até interferir negativamente em comportamentos saudáveis.

Depressão e rancor

Além do estresse crônico, o cardiologista Elias Knobel, do Hospital Israelita Albert Einstein, explica que uma pessoa muito deprimida e desmotivada também está mais suscetível a desenvolver uma doença coronariana. Além disso, outra pesquisa americana citada no livro “Coração...É Emoção” (Ed. Atheneu) também relaciona os sintomas depressivos a uma incidência maior de hipertensão arterial.

A depressão é um dos principais fatores que dificulta os tratamentos médicos de modo geral, pois torna a recuperação mais lenta e desestimula hábitos saudáveis. “O indivíduo deprimido geralmente não tem ânimo para fazer exercícios ou se alimentar bem, fatores importantes para a recuperação”, acrescenta o cardiologista Elias Knobel.

A psicóloga Ana Lucia Martins da Silva, que participou do livro, concorda que o maior perigo das emoções está na sua influência sobre o comportamento e as escolhas de cada um. “Uma pessoa ansiosa pode optar por uma alimentação pouco saudável ou por comer desordenadamente e isso leva a outras doenças. Um indivíduo com depressão pode ter uma vida sedentária, resultando em complicações cardiovasculares”, esclarece a médica.

Segundo Knobel, se a depressão vier acompanhada de sintomas como irritação, ódio, rancor e ira pode ser ainda mais perigoso. “Há um tipo de depressão, difícil de ser diagnosticada por ser pouco conhecida, porém, potencialmente prejudicial ao coração, cujos sintomas são diferentes da depressão clássica que conhecemos (a pessoa desanimada, triste). Os indivíduos com essa depressão ficam discutindo por tudo, são ranzinzas, cheios de ódio e rancor. E não há nada pior do que esses sentimentos do ponto de vista coronário, principalmente se o sujeito for hipertenso e diabético”, esclarece o cardiologista.

Confira a matéria no site do UOL.

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