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segunda-feira, 17 de abril de 2017

Democráticos e populares: conheça os prós e contras da corrida de rua e do crossfit

Exercícios praticados com atenção e acompanhamento médico trazem inúmeros benefícios

Até dezembro deste ano, a Grande São Paulo receberá mais de 56 corridas de rua. Por outro lado, o número dos chamados boxes, academias de crossfit, tem se popularizado a cada ano. Esses dados mostram o crescimento e a popularização desses dois esportes. O que pode ser considerado um estímulo para deixar o sedentarismo de lado e iniciar alguma atividade física.

Enquanto a corrida se mostra mais democrática e abrangente, o que não exige muitos cuidados, o crossfit desponta como uma variação de força, que requer alguns cuidados. Não se engane, o médico do esporte do iFor, Eduardo Bernardo, hospital de ortopedia da Rede D’Or São Luiz, recomenda que antes de iniciar a prática de qualquer atividade física é necessário que o paciente seja visto pelo especialista, a fim de evitar eventuais surpresas. “Grande porcentagem da população tem problemas articulares no joelho, coluna e região lombar, mas não sabe, uma vez que não se expõe às atividades de impacto e acreditam que não precisam de acompanhamento médico”, explica.



Todo esporte, por menor que seja sua carga de impacto, pode lesionar o paciente, como é o caso da corrida. Por isso, a pessoa deve tomar muito cuidado e não praticar nenhum exercício por conta própria. Para cada um há uma técnica e postura que se precisa manter, além da necessidade de um tênis adequado e treinos individualizados.

“Cada pessoa possui uma forma física e é capaz de aguentar uma carga de treino exclusiva. Esses cuidados são importantes pra evitar problemas de saúde. Pacientes sedentários e acima do peso, por exemplo, não devem iniciar por uma corrida, mas optar por atividades sem nenhum impacto, como: bicicleta, natação, hidroginástica ou musculação. É importante ganhar um pouco de força antes de começar as atividades”, esclarece Dr. Eduardo Bernardo, médico do esporte do iFor.

Já no crossfit, justamente por sua grande intensidade, a incidência de lesões musculares é relativamente alta. Principalmente em iniciantes, que se encantam pelos exercícios e supostos benefícios e acabam exagerando nas cargas. Segundo o especialista, a falta de instrução pode levar o praticante a esse exagero e, consequentemente, às lesões. Nesse caso, demanda-se alto grau de supervisão de profissionais especializados, sobretudo para os que ainda não desenvolveram qualidades físicas mínimas para suportar os complexos exercícios. A orientação profissional vai garantir ao atleta um padrão motor para executar os movimentos da forma correta e evitar lesões.

Um estudo publicado pela Journal of Strength and Conditioning Research, em 2013, alertou para o índice de lesão extremamente alto provocado pelo Crossfit. Dos praticantes da modalidade pesquisados, 73,5% tiveram algum tipo de lesão, dentre os quais, 7% foram submetidos a cirurgias, na maioria dos casos, nos ombros e coluna.


 Por sua vez, se os exercícios forem executados com atenção e acompanhamento médico, podem trazer inúmeros benefícios. A corrida é responsável por reduzir a gordura corporal, melhorar a ansiedade, tensão, qualidade do sono, os níveis de colesterol e a força de membros inferiores, fortalece a capacidade cardiovascular e pulmonar, auxilia na redução da osteoporose e diminuição da pressão sanguínea.

No caso do crossfit, o praticante pode desenvolver todas as valências físicas de modo amplo e geral, promove aumento de força e resistência musculares, melhora o sistema cardiorrespiratório, a coordenação motora, a agilidade, o equilíbrio e a precisão, além do controle ou diminuição de peso.

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