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quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Sintomas da falta de vitamina B12 envolvem depressão, cefaleia e alterações psiquiátricas

O complexo B é formado por um conjunto de 8 vitaminas. A vitamina B12 é especialmente importante para o bom funcionamento do cérebro e do sistema nervoso, ajudando a manter a saúde das células nervosas. “Ela está envolvida no metabolismo de diversas células do corpo humano e sua deficiência pode determinar alterações no corpo e na síntese proteica de ácidos graxos”, explica o Dr. Celso Cukier, nutrólogo do Hospital São Luiz Morumbi.

 

Como os animais não produzem a vitamina B12, ela deve ser obrigatoriamente ingerida. De acordo com o médico, as melhores fontes estão na carne​, frutos do mar e produtos fortificados. A restrição da ingestão desta vitamina pode levar à sua deficiência, fazendo com que o paciente possas desenvolver um tipo de anemia ter e alterações neurológicas.

Por isso, vegetarianos devem ter acompanhamento profissional para verificar se existe essa deficiência nutricional. Quando detectada, é necessário receber suplementação farmacológica. “​Os idosos também precisam ficar atentos a esta questão. Com a idade, reduzimos a produção de substâncias pelas células parietais do estômago. Entre essas, encontra-se a substância responsável por auxiliar a absorção da vitamina B12, permitindo a esse grupo desenvolver quadros de deficiência”, diz o especialista.

Os sintomas da falta de vitamina B12 envolvem fadiga, letargia, perda de memória, depressão, cefaleia​ ​e alterações psiquiátricas​. Segundo o nutrólogo, o controle dos níveis de vitamina B12 deve ser feito com dosagens seriadas, pois o excesso também não é bom. “Os marcadores poderão voltar ao normal a partir do primeiro mês de tratamento, mas há quadros avançados de difícil reversão, que podem durar meses ou não melhorarem”.

Por isso, os grupos de risco deverão ter acompanhamento médico periódico, para que qualquer alteração laboratorial seja corrigida antes que a manifestação clínica se instale​. 

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Conheça 5 DST’s para se proteger durante o Carnaval

Causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos, as doenças são transmissíveis, principalmente, por contato sexual, sem o uso de preservativo

O final de semana de pré-carnaval em São Paulo levou mais de 2 milhões de pessoas às ruas. Um aglomerado de gente curtindo uma das maiores festas do ano na cidade. Mas, o destaque nesse período não deve ser só a folia. A prevenção para evitar a transmissão das doenças sexualmente transmissíveis, popularmente conhecidas como DST’s, é importante. Dessa forma os foliões podem se divertir sem correr riscos.

As doenças sexualmente transmissíveis (DST) são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos, transmitidos, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal), sem o uso de preservativo masculino ou feminino, com uma pessoa que esteja infectada.
As doenças com muito risco de transmissão são AIDS, sífilis, gonorreia, condiloma acuminado, causado por HPV, hepatite B, entre outras. A maioria destas doenças são assintomáticas e transmitidas por sexo ou manipulação de objetos perfuro-cortantes.
A Dra. Regia Damous, infectologista do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim orienta que todas as pessoas devem entender as questões entre relação sexual e transmissão de doenças tipo DST e pensar na sua prevenção. “Independente da sua prática sexual, o indivíduo deve usar camisinha, masculina ou feminina”, orienta.
Conheça um pouco mais sobre as doenças:
HIV/aids
O que é: doença causada pelo vírus HIV, que acomete o sistema imunológico humano, deixando o organismo suscetível a outras doenças.
Como é transmitida: pelo sexo (vaginal, oral ou anal) sem preservativos (camisinha), pelo compartilhamento de objetos perfurocortantes contaminados ou da mãe para o bebê na gravidez, parto ou amamentação.
Ser portador do vírus HIV é o mesmo que ter AIDS? Não. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas podem transmitir o vírus a outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas, por exemplo, como as citadas acima.
Sífilis
O que é: uma infecção causada pela bactéria Treponema pallidum. Pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (sífilis primária, secundária, latente e terciária). Nos estágios primário e secundário da infecção, a possibilidade de transmissão é maior.
Como é transmitida: por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada, ou da mãe infectada para a criança durante a gestação ou o parto. O uso correto e regular da camisinha masculina ou feminina é uma medida importante de prevenção da sífilis. O acompanhamento da gestante durante o pré-natal contribui para o controle da sífilis congênita.
Gonorreia
O que é: também é conhecida como blenorragia, é uma infecção sexualmente transmissível, de muito fácil transmissão. É causada por uma bactéria chamada de Neisseria gonorrhoeae, que infecta o canal da uretra, sendo conhecida também pelo nome de uretrite gonocócica.
Como é transmitida: usar camisinha é a única maneira de evitar a doença. No entanto, se a pessoa foi infectada, deve procurar atendimento médico imediato para receber tratamento adequado e eficaz.
Condiloma acuminado
O que é: doença causada pelo vírus HPV (Papiloma vírus Humano) é um vírus que pode levar a uma grande variedade de lesões no ânus e nos órgãos genitais. Atualmente, há mais de 200 tipos de HPV descritos, sendo que aproximadamente 40 tipos infectam a regiões genital e anal e pelo menos 20 subtipos estão associados ao câncer do colo uterino. A maioria das infecções são assintomáticas ou não aparentes.
Como é transmitida: o uso de preservativo nas relações sexuais reduz o risco de desenvolvimento de condiloma acuminado e de lesões de alto grau no colo uterino. No caso de infecção na vulva, na região pubiana, perineal e perianal ou no escroto, o HPV poderá ser transmitido apesar desse método preventivo. O preservativo feminino, que cobre também a vulva, evita, de forma mais eficaz a trans¬missão, se utilizado desde o início da relação sexual.
Como prevenir: a manutenção da higiene pessoal e a vacinação contra o HPV são outras medidas de prevenção.
Herpes 
O que é: doença causada por 2 tipos de vírus que propiciam a formação de bolhas, principalmente, na parte externa da vagina e do pênis, entre outros locais. Essas bolhas costumam estourar e formar feridas doloridas. Este é um exemplo de DST que a pessoa que foi contaminada pode permanecer com a doença por muito tempo sem saber que é portadora, pois ela só se manifesta em determinadas ocasiões, tais como muito estresse.
Como prevenir: evitar contato próximo com pessoas que estejam com lesões de herpes orais ou genitais se houver contato com as mãos, higienizar as mãos prontamente. Se já é portador, ao se expor ao sol usar filtros solares.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Especialista dá dicas de como estimular o bebê durante a gestação

Conversas, músicas e o próprio contato físico na barriga geram muitos benefícios e tornam a experiência da maternidade ainda melhor

Estudos comprovam o que o sentimento já sabia. O contato com o bebê ainda dentro do útero é possível e contribui no desenvolvimento cognitivo e no fortalecimento dos laços familiares. Dra. Glaucimara Nunes, coordenadora da maternidade dos Hospitais Real D’Or e Oeste D’Or comenta o assunto e dá dicas de como potencializar esta comunicação e conhecimento, gerando uma sintonia especial ao longo da gestação.



Ainda durante a gestação, o bebê escuta e sente o que se passa com a mãe?

Muitos estudos confirmam que o bebê desenvolve uma sensibilidade muito grande – com a formação de seus órgãos sensitivos, capaz de absorver os sentimentos da mãe durante a gestação. A partir do quinto mês já está sendo formado o aparelho auditivo, o que permite que todos os sons externos sejam escutados pelo bebê. Portanto, é indicado que a mãe, o pai e familiares conversem com o bebê e demonstrem sensações de afeto.

A maneira com que a mulher se comporta, durante a gestação, pode interferir no desenvolvimento do bebê? De que maneira?

É indicado sempre que a mãe procure se manter mais calma possível, conversando com seu bebê desde a descoberta da gestação, transmitindo um ambiente de paz e tranquilidade – que são fatores relevantes para o bom desenvolvimento do feto. Quando a gestante se encontra envolvida a fatores de estresse e irritabilidade, estas sensações são percebidas pelo bebê e podem comprometer que sejam crianças saudáveis, pois é possível que esta mãe desenvolva diabetes gestacional, picos hipertensivos e outras situações que podem ocasionar, inclusive em um parto prematuro.

Há um período indicado para iniciar o estímulo ao bebê, ainda na barriga?

Aconselho que a gestante inicie o contato com o bebê desde a confirmação da gravidez, demonstrando o quanto é querido e desejado – esta relação afetiva também é fundamental que tenha a participação do pai e familiares.

O estímulo ao bebê é um fator ainda muito relevante para a mulher, pois a gestação envolve muitas mudanças, como no funcionamento do organismo, na estética corporal e também nas dosagens hormonais. Esta conscientização de que está se tornando mãe, no estreitamento dos laços afetivos com o bebê, pode contribuir significativamente para que o período da gestação seja mais tranquilo e evitar que ocorra a depressão pós-parto – é preciso que a mãe se prepare física e emocionalmente para este novo momento.

Como deve ser este estímulo ao bebê durante a gestação?

São muitas as formas possíveis para estimular o bebê durante a gestação e a mais importante é a demonstração de afeto. Pode parecer simples, mas traz benefícios inúmeros para o bebê a gestante.
Além disso, há outras condutas que podem contribuir, como:

Musicoterapia: A técnica prevê que a mãe coloque músicas calmas e tranquilas para escutar durante a gestação. Podem ser cantigas infantis, músicas instrumentais, ou mesmo sons que remetam a natureza. Estudos confirmam que os bebês que foram expostos a musicoterapia durante a gestação apresentam um desenvolvimento mais saudável, além de serem mais calmos.

Massagem: Estimular o bebê com o contato físico na barriga também é uma alternativa de demonstrar afeto. O carinho, associado a palavras de amor, são percebidos pelo bebê.

Exercícios: A prática de exercícios físicos direcionados a gestante é uma boa forma de estimular o bebê. Hidroginástica e Yoga são os mais indicados, quando supervisionados por profissionais aptos e autorizados pelo médico que acompanha a gestante. Estes são momentos dedicados ao bebê que fazem bem de forma geral para a gestação.

Como o pai pode participar deste processo?

A participação do pai durante toda a gestação é muito importante, e ele é ator fundamental na interação e estímulo ao bebê. É perceptível os ganhos no desenvolvimento do bebê durante a gestação quando o pré-natal da gestante tem o acompanhamento do pai, seja nas consultas e/ou exames. Além do estreitamento dos laços com o filho, a presença do pai tende a transmitir maior segurança a gestante.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Febre Amarela: Campanhas conscientizam quanto a necessidade de vacinação

Imunização completa se dá em torno de dez dias depois da aplicação da vacina

Com a confirmação de casos de Febre Amarela no Estado do Rio de Janeiro, e a maior busca por vacinação, muitas dúvidas surgem. Diante disso, a Dra. Silvia Oliveira, infectologista do Hospital Rios D’Or esclarece os principais pontos.

Quem pode tomar a vacina?

A recomendação do Ministério da Saúde é que as pessoas a partir dos 9 meses até os 60 anos, que ainda não tenham recebido nenhuma dose da vacina, sejam imunizadas. Acima desta idade, é preciso avaliação médica individualizada.



Quem não pode tomar a vacina?

• Grávidas e mulheres que estão amamentando bebês menores de 6 meses
• Doentes com câncer que fazem quimioterapia ou radioterapia
• Pessoas com alergia a ovos ou derivados
• Portadores de HIV ou qualquer doença que atinja o sistema imunológico
• Transplantados
• Portadores ou pessoas com história pregressa de doença do timo, lúpus, doença de Addison e artrite reumatoide

Qual o período de proteção para quem toma a vacina contra a febre amarela?

De acordo com a recomendação da Organização Mundial da Saúde, o Ministério da Saúde segue os padrões internacionais da dose única. Ou seja: apenas uma dose da vacina contra a febre amarela é capaz de imunizar pelo resto da vida.

Sintomas:

50% podem evoluir na forma grave com a febre mais alta, pele e olhos amarelados, vômitos e fezes muito escuros (aspecto de “borra de café”), diminuição significativa da urina e confusão mental – podendo ser fatal, evoluindo com choque e insuficiência múltipla dos órgãos.

Transmissão:

Em regiões rurais, o vetor da febre amarela é, principalmente, o mosquito Haemagogus. Já no meio urbano, o responsável pela transmissão é o Aedes aegypti, mesmo vetor da dengue, zika e chikungunya.

Importante:

No Estado do Rio de Janeiro, a vacinação está sendo realizada de forma gradativa, para todos os cidadãos. A imunização ocorre em média com 10 dias, portanto, se torna ainda mais importante esta antecedência em caso de viagens para áreas de risco (regiões de matas e rios).

Existem campanhas espalhadas por diversos Estados, portanto, procure o posto de saúde mais próximo e informe-se. A vacina também pode ser encontrada em clínicas particulares.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Cuidados com a pele no verão

Aproveitar o sol, com moderação e protetor solar, traz benefícios ao organismo

A pele, o maior órgão do corpo humano, deve ter atenção redobrada no verão – estação mais quente do ano. Isso porque é comum que neste período algumas doenças tenham maior incidência, como herpes e micoses. Além disso, são frequentes as queimaduras por sol. O que também é importante é lembrar que os raios ultravioletas são essenciais para a síntese da vitamina D, ativo na regulação do metabolismo do cálcio, entre inúmeros outros benefícios. Portanto, sol com moderação é indicado para todos.



A dermatologista do Hospital Rios D’Or, Dra. Helena Reich Camasmie, esclarece algumas questões sobre os principais cuidados necessários com a pele:

Quais as indicações para a proteção da pele no verão?

O uso regular do filtro solar é o principal cuidado, e deve ser aliado ao uso diário de hidratantes aplicados, preferencialmente, após o banho. Utilização de chapéus e bonés, óculos escuros e roupas com fator de proteção solar também são importantes. Não se pode esquecer da ingestão de água que deve ser de ao menos 2 litros por dia.

O uso do protetor solar é recomendação diária. Nos períodos de exposição solar mais intensa o fator de proteção tem que ser maior? Qual a indicação?

O fator de proteção solar (FPS) mínimo recomendado é de 30, mas pode variar em função da cor da pele. Mais importante que o FPS é a reaplicação constante do filtro e em quantidade suficiente. No período entre 10h e 16h a exposição solar deve ser evitada.

Quais as orientações para uso do protetor solar?

Aplicar sempre o filtro 30 minutos antes da exposição solar, reaplicar de 2/2 h e sempre após mergulhos no mar ou piscina. Evitar o uso de bronzeadores. Procurar sempre por um filtro com proteção UVA e UVB. Crianças a partir dos 6 meses também devem fazer uso, conforme recomendação do pediatra.

Quais são os perigos do bronzeamento excessivo?

O excesso de exposição solar causa dano às células da pele, podendo resultar em queimaduras e bolhas, além de estar associado ao aumento na incidência de tumores de pele, como os carcinomas basocelular, espinocelular e melanoma – o câncer de pele.

Quais doenças têm maior ocorrência neste período?


Nesse período é comum a reativação do vírus herpes simples, pois a exposição solar excessiva é um dos fatores precipitadores de recorrências. Devemos ter atenção para queimaduras provocadas por frutas cítricas, como limão, figo e caju. Sempre que houver contato com essas frutas, lembrar de lavar bem as mãos antes da exposição solar. A incidência de micoses também aumenta devido a maior sudorese, pois os fungos se proliferam mais em ambientes quentes e úmidos.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Brincadeira de criança pode gerar acidentes graves

Condutas de primeiros socorros contribuem para minimizar consequências

Quedas, cortes, fraturas e queimaduras. Estas são algumas das principais ocorrências quando as brincadeiras infantis não têm um desfecho positivo. Saber como conduzir os momentos de lazer de forma segura é tão importante quanto saber como agir em caso de acidentes. Os cuidados iniciais, até a indicação de encaminhamento ao serviço de emergência médica reduzem as possíveis sequelas, que podem se agravar de acordo com o fato ocorrido, em casos extremos, chegando ao óbito.

- Crianças de 5 a 10 anos, geralmente, são vítimas de quedas devido as brincadeiras. Seja enquanto correm, ou mesmo no uso de bicicletas e similares, é indicado que estejam supervisionadas por adultos e, sempre que possível, utilizem equipamentos de segurança. A atenção também tem que ser dada aos bebês e crianças menores de 2 anos, que podem vir a cair da cama, principalmente se dormirem com os pais. Após quedas sem lesões aparentes, é preciso que as crianças sejam observadas e em caso de vômito, sonolência ou forte dor de cabeça, levadas ao serviço de emergência para uma avaliação mais específica – destaca Dra. Carla Dall Olio, coordenadora da emergência pediátrica do Hospital Barra D’Or.



Outro ponto de atenção quanto as brincadeiras é o risco de ingestão de objetos. A curiosidade associada a disponibilidade de pequenas peças podem ser uma armadilha. Bebês de 1 a 2 anos estão na fase oral e tendem a colocar na boca tudo o que encontram. Embora seja uma fase importante para o desenvolvimento, deve ser monitorada por adultos para evitar que tenham acesso a elementos perigosos.

- A garganta tem cerca de 3cm de diâmetro, sendo espaço suficiente para ingestão de objetos que podem causar o sufocamento ou, em caso de ingestão ou aspiração total, serem direcionados a órgãos como estômago e pulmão. O risco também é iminente com feijão e outros alimentos, como amendoim, quando colocados na cavidade nasal e/ou auricular. Além disso, sacolas e embalagens plásticas devem ser guardados em lugares seguros. É preciso que todo o ambiente de acesso destas crianças seja observado, e que os brinquedos sejam recolhidos após o uso, para a prevenção de acidentes – pontua a pediatra.

Saiba quais são os outros riscos quando o assunto envolve crianças e acidentes, e o que fazer:

Queimaduras: Podem acontecer devido ao forte calor produzido por brinquedos, principalmente se estiverem conectados a tomadas, mas também em outros ambientes da residência – principalmente a cozinha. É indicado que o local seja lavado com agua corrente, para resfriar, mas não se deve esfregar a área queimada. Após esta primeira etapa, deve-se buscar atendimento em uma unidade de emergência para avaliação de cuidados adicionais.

Ingestão de objetos: No primeiro momento, o indicado é ligar para 190 para que o Corpo de Bombeiros oriente os protocolos iniciais de expulsão do objeto. Uma outra possibilidade é que o contato seja feito com a emergência pediátrica de referência, para onde a criança será encaminhada. Não é indicado tentar retirar o objeto com pinças e outros materiais, sob o risco de empurrar o objeto, contribuindo com a obstrução.

Medicamentos e produtos de limpeza: As intoxicações são frequentes oriundas da ingestão destes produtos, pois devido a aparência (coloração forte) são atrativos para as crianças. Devem ser guardados nos frascos originais, em armários altos e/ou trancados. Em caso de contato com produtos que possam causar intoxicação, é preciso identificar o que causou o acidente e, se possível. Se houve ingestão, não é indicado oferecer líquidos ou provocar vômito, mas sim levar para avaliação médica, que pode ter a indicação de lavagem estomacal de acordo com o fato. Se o contato foi com pele ou com os olhos, o local deve ser lavado com bastante água e, caso perceba irritação da área, buscar atendimento médico.

Cortes: Objetos cortantes ou pontiagudos devem sempre ser restritos ao acesso de crianças, para evitar acidentes. Caso ocorra, se o corte for superficial, a área deve ser lavada em água corrente, com sabão neutro, podendo ser feito – diante da necessidade, um curativo simples. No entanto, em caso de corte profundo, a área além de lavada deve ser comprimida para evitar o sangramento excessivo, até a chegada em uma unidade de emergência. O ideal é que este tempo não exceda seis horas para a realização da sutura, assim como as demais terapêuticas de prevenção, como vacina antitetânica.

Orientações do Inmetro:

- No ato da compra, exigir o selo de identificação da conformidade ou selo de certificação. Ele demonstra que o produto atente a requisitos mínimos de segurança estabelecidos em normas e regulamentos.

- Não comprar produtos no comércio informal, mas sim no comércio legalmente estabelecido. Os produtos comprados no comércio informal, geralmente mais baratos, na quase totalidade dos casos são produtos irregulares, falsificados e, apenas como exemplo, podem conter substâncias tóxicas na sua composição. Exija sempre a nota fiscal do estabelecimento onde comprou para que haja responsabilidade social em caso de acidente ou defeito no produto.

- Antes de entregá-los às crianças, leia atentamente as instruções de uso, que orientam quanto ao uso seguro do produto. Cuidados especiais devem ser observados na retirada das embalagens, que podem ter grampos metálicos, papéis com tintas inadequadas, etc.


- Particularmente, para brinquedos, deve ser dada atenção à faixa etária recomendada para o produto. Peças pequenas, em especial, são muito perigosas se usadas por crianças com idades inadequadas. Cabe total atenção nos lares onde existam crianças com diferentes faixas etárias.

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Doenças de verão: Dermatologista destaca seis principais ocorrências

Cuidados envolvem prevenção e tratamento com acompanhamento de especialista

No período do verão aumentam as doenças de pele. Micoses e queimaduras são as mais frequentes, e podem ocorrer devido à falta de cuidado apropriado e/ou pelo favorecimento da condição climática. Algumas destas são facilmente tratadas, mas outras exigem um acompanhamento médico mais específico e tratamentos mais longos. A dermatologista do Hospital Oeste D’Or, Dra. Valéria Stagi, destaca as doenças mais frequentes nesta estação, com orientações sobre prevenção e tratamento.



Tíneas cruris (micose na virilha) – Causada por fungo, acomete principalmente as áreas de dobras da pele – como virilha e axilas, apresenta eritema e hipercromia (mancha escura), e geralmente causa prurido (coceira). Seu aparecimento é favorecido pelo calor e humidade, portanto, é indicado evitar permanecer por longos períodos com roupas molhadas, seja por água ou suor. O tratamento é feito com antifúngico tópico ou oral – para lesões maiores.

Pitiríase versicolor (manchas brancas) – Conhecida como micose de praia ou pano branco, é causada por um fungo. Há casos em que a micose já existe, sem demonstração aparente, e esta ocorre devido à exposição ao sol. Aparece com mais frequência nas costas e pode ter maior recorrência em algumas pessoas devido ao tipo de pele. O tratamento é mais extenso, pois normalmente a área acometida da pele é maior do que a visualmente atingida pelas manchas. É preciso que também seja tratado o couro cabeludo, pois é uma área facilmente acometida, embora seja mais difícil identificar a lesão.

Larva migrans (bicho geográfico) – O contágio é feito através do contato com areia contaminada por fezes de animais, o que frequentemente acontece em praia e também parques. A larva entra na pele e seu deslocamento provoca marcas, que se assemelham a um mapa. O tratamento é feito com creme antiparasitário.

Miliária (brotoeja) – Embora muito comum em crianças, a brotoeja também pode ocorrer em adultos, principalmente nas áreas de dobras, como pescoço e braços. Para prevenir, é importante evitar a permanência de longos períodos em locais de muito calor. Para tratar, nos casos mais brandos pode-se utilizar de talco líquido e/ou cremes hidratantes, e nos casos graves é indicado o uso de antibióticos com corticoide.

Herpes solar – É muito comum que as pessoas já tenham tido contato com o vírus da herpes e se apresente devido a baixa imunidade e a exposição ao sol. É mais comum que a herpes se manifeste nos lábios, mas outras partes do corpo também podem ser acometidas. Uma das formas de prevenir é aplicando protetor solar, e o tratamento é feito com creme antiviral.

Fitofotodermatoses – É uma reação provocada na pele devido ao contato com agente químico associada à exposição solar, o que pode causar um processo inflamatório ou queimadura. Geralmente é provocada por limão e outras frutas cítricas, algumas plantas e perfumes, portanto, é importante evitar o manuseio destes produtos caso haja exposição ao sol. Se não for possível, deve-se lavar bem as áreas com água e sabão imediatamente, seguida da aplicação de fotoprotetor. Para o tratamento, se a lesão for leve é indicado o uso de protetor solar, pois a pele tende a clarear com o tempo. Em lesões mais exuberantes, o tratamento deve ser feito com cremes contendo corticoides e antibióticos, ou até mesmo com cremes próprios para queimaduras. É importante destacar que, na ocorrência de bolhas, torna-se uma queimadura de segundo grau, exigindo cuidados mais específicos.

Acne – A exposição ao sol tende a provocar a produção de mais sebo na pele, potencializando a presença de acne. Há casos também em que o uso de produtos inadequados – como os cremes mais oclusivos – pode provocar o mesmo efeito. O uso de protetor solar oil free, e sabonetes mais adstringentes é uma boa alternativa para prevenção.

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Câncer de pele: entenda a doença e saiba como se prevenir

Fique atento às suas pintas, qualquer sinal de mudança consulte o dermatologista

Não é comum que as pessoas considerem a pele como um órgão. Porém é o maior do nosso corpo e pode ficar doente, inclusive pelo câncer. Como em todas as variações dessa doença, quanto mais precoce é o diagnóstico, maiores são as chances de recuperação do paciente.


O câncer de pele pode ter diversas manifestações, que variam de uma pequena pinta, uma ferida que não cicatriza, uma crosta que não sai até uma pinta que mudou de cor ou tamanho. Todo ano são feitas campanhas de conscientização como o Dezembro Laranja, responsável por falar à população um pouco mais sobre a doença, prevenção e tratamento.



O Dr. Marcelo Calil, oncologista dos Hospitais São Luiz Itaim, Morumbi e Jabaquara, sugere que as campanhas sejam massificadas, a fim de que as pessoas conheçam mais sobre o câncer de pele e aprendam todas as formas de prevenção. “Muitos ainda não usam protetor solar diariamente ou se expõem ao sol em horários inadequados”, orienta.

Para facilitar o diagnóstico do câncer de pele, os especialistas criaram um método chamado de ABCD das pintas:

A – assimétrica – Ocorre quando uma metade da pinta está diferente da outra.
B – bordas irregulares – As margens da pinta parecem difusas e indefinidas.
C – mais de uma cor – A pinta não tem a mesma cor em toda sua superfície.
D – diâmetro – Quando elas começam a aumentar de tamanho.

Caso o paciente observe uma ou duas pintas com essas características, é recomendado que vá imediatamente ao dermatologista para uma avaliação. Já uma pinta com somente duas dessas especificidades, é necessário realizar um exame para uma melhor avaliação, chamado dermatoscopia, que analisa a pinta com um microscópio.

Quando a pessoa identifica apenas uma característica descrita acima, a orientação é que o acompanhamento seja feito apenas com autoexame de observação mensal e consultas médicas de rotina com o dermatologista.

Os cânceres de pele mais frequentes são o carcinoma basocelular e o espinocelular, geralmente são localmente invasivos, ou seja, aumentam de tamanho e se aprofundam, mas não se espalham. Já o melanoma e alguns outros tipos raros de câncer de pele podem acometer outras partes do corpo.

A prevenção do câncer de pele se dá, principalmente, pelo uso do filtro solar, evitando as queimaduras solares com exposição ao sol entre às 10h e 16h e o uso de medidas complementares de proteção, como chapéus, bonés, viseiras e óculos de sol.

O tratamento para o câncer de pele é geralmente cirúrgico e, dependendo do caso, precisa de medidas complementares, como imunoterapia.