Embora muitas vezes caia no esquecimento e seja mais comum em crianças, a doença pode acometer os adultos que não foram vacinados na infância ou que receberam aplicação inadequada, por exemplo. O problema é que em adultos a doença pode surgir de uma forma mais perigosa com risco de complicações.
A infectologista Eloísa Ayubi (CRM 55867), do Hospital e Maternidade Assunção explica em entrevista para o Diário Web que essa doença é altamente contagiosa, sendo que a transmissão acontece basicamente por via aérea. Seu período de incubação é de 12 a 24 dias.
“A caxumba, conhecida como parotidite epidêmica, é uma doença viral caracterizada pela infecção de uma ou mais glândula salivares, geralmente a parótida. Tem como agente etiológico um vírus.” Eloísa explica que o sinal clínico mais característico da doença é o aumento de uma ou ambas as glândulas parótidas, sendo que outros órgãos também podem ser acometidos.
“Esse inchaço leva a dor local e o paciente também pode apresentar febre, amigdalite e dores no testículo em 20% dos casos. Um terço das infecções por esse vírus são assintomáticas.”
De acordo com a médica, também é indicado uma terapia de suporte, pois a doença pode causar algumas complicações: em adolescentes e adultos pode haver um comprometimento do sistema nervoso central (meningoencefalite) e dos testículos (orquiepididimite), capaz de resultar em surdez e esterilidade, apenas em indivíduos do sexo masculino, durante ou após a puberdade.
O diagnóstico é feito pelos sintomas, que são bem característicos. “Podemos utilizar exames laboratoriais como sorologia para complementação do diagnóstico”, explica a médica. Já a prevenção deve ser feita ainda na infância. Segundo a infectologista, a vacina confere imunidade de 97% contra a infecção natural.
“Os anticorpos da mãe protegem os filhos durante os primeiros seis meses de vida. Os adultos podem ser vacinados em qualquer idade em esquema de uma dose apenas.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário