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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

20% das mulheres brasileiras não fazem o exame Papanicolau















Pesquisa divulgada pelo Instituto nacional do Câncer, Inca - veja matério do O Globo Online - revela um fato muito grave: 20% das mulheres brasileiras não fazem o exame preventivo. O teste, que tem como objetivo fazer o diagnóstico precoce das lesões precursoras do câncer do colo do útero, deve ser realizado por todas as mulheres, sexualmente ativas ou não, uma vez ao ano. Caso o resultado seja negativo por três anos seguidos, o intervalo pode aumentar de acordo com a orientação médica.

Também chamado de preventivo, o Papanicolau é um procedimento simples e barato.. Primeiramente, o ginecologista faz um exame externo da vulva. Em seguida, introduz o espéculo, também conhecido como bico de pato, pelo canal vaginal para permitir a visualização do colo do útero. O tamanho do instrumento varia de acordo com a idade e o número de filhos da paciente. Mulheres virgens também podem submeter-se ao exame. Ele coleta material da vagina e do colo uterino e envia para ser examinado em laboratório por um patologista.

O Papanicolau é um teste de triagem, logo, não define diagnósticos definitivos. Mas ele determina se há alterações nas células cervicais que, se não tratadas, podem evoluir para um câncer. Nesse caso, outros exames são necessários para a confirmação. Além disso, o exame genital periódico também pode detectar infecções viróticas como, por exemplo, verrugas genitais e herpes. Além disso, alterações hormonais, principalmente de progesterona e estrogênio, também podem ser observadas com o exame.

As mulheres devem se conscientizar da importância do exame preventivo regular e o poder público disponibilizar a estrutura necessária para que todas tenham acesso a ele. Associando isso à vacinação contra o HPV em larga escala, será possível reduzir as taxas de incidência de câncer do colo de útero no país, que em 2010 devem ultrapassar assustadores 18 mil novos casos.


Dr. Humberto Tindó
Chefe do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Quinta D'Or

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Tratamento com ultrassom para miomas é destaque na revista Veja

Matéria de capa da Veja, de 6 de janeiro de 2010, traz um especial sobre a revolução do laser na medicina. Nela, um box destaca como a tecnologia do ultrassom também tem avançado, sendo responsável por uma gama cada vez maior de tratamentos não invasivos, inclusive para tumores uterinos.

Ondas sonoras e curativas

Divulgação














DOIS EM UM
Paciente é submetida a tratamento contra miomas uterinos em máquina que combina a precisão da ressonância magnética com a força de ondas de ultrassom


As ondas de som - ou ultrassom - também cumprem um papel relevante na medicina. Conforme a frequência em que elas são emitidas, podem ser usadas tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento de diversas doenças. Utilizado em baixa frequência, o ultrassom rastreia o organismo fornecendo informações sobre diversos órgãos, especialmente os tecidos moles, aqueles que contêm mais água. Como um sonar, ele emite ondas sonoras que, ao encontrar um órgão, recebem os ecos correspondentes. Esses ruídos são transformados em imagens por um computador e, a partir delas, os médicos elaboram o diagnóstico dos pacientes. Quando programado para frequências mais elevadas, o ultrassom ganha poder de destruição. Nessas condições, o impacto das ondas sonoras desintegra cálculos renais, miomas uterinos e tumores de próstata. Nos anos 80, foi criado um aparelho que permitiu a utilização combinada dos tipos de ondas. As mais fracas indicam a localização da estrutura a ser destruída e, em seguida, as ondas mais intensas aniquilam o alvo. É o que os médicos chamam de terapia de ondas de choque.

Nos últimos cinco anos, o ultrassom vem sendo substituído por exames de ressonância magnética, a mais avançada tecnologia no campo dos exames de imagem para tecidos moles. Os equipamentos mais modernos conseguem detectar alterações minúsculas, de apenas 0,5 milímetro de diâmetro. Há, ainda, aparelhos que combinam ressonância magnética com ultrassom de alta frequência. O primeiro deles foi desenvolvido pela empresa israelense Insightec e se chama ExAblate 2000. Por enquanto, seu uso está aprovado apenas para alguns tratamentos, como na região pélvica. Os estudos mais recentes sugerem que, em alguns casos, o novo equipamento pode vir até a substituir cirurgias abertas. Pesquisadores do Hospital Infantil da Universidade de Zurique, na Suíça, obtiveram sucesso em operações para a retirada de tumores em regiões profundas do cérebro. A meta agora é testar o procedimento em pacientes vítimas de Parkinson. Aprovado pela agência de controle de medicamentos dos Estados Unidos, a FDA, o ExAblate começou a ser adquirido por instituições brasileiras. Seu preço: 1 milhão de dólares, contra os 50 000 dólares dos aparelhos de ultrassom tradicionais.

Leia a matéria completa no site da revista Veja