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segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Evite queimaduras com fogos de artifício

As festas de fim de ano estão chegando e a presença de fogos de artifício é indispensável em muitas comemorações. Mas além de produzirem bonito espetáculo, se manuseados de forma incorreta eles são perigosos. “As queimaduras provocadas por esses artefatos podem ser bastante graves”, alerta o cirurgião plástico Marcelo Borges, coordenador do SOS Queimaduras e Feridas do Hospital São Marcos, no Recife.

Apenas em 2015, a unidade de saúde atendeu 25 pacientes com queimaduras ocasionadas por fogos. Para evitar acidentes, dicas simples podem ser adotadas. A primeira é no momento da compra: verifique a validade e origem dos fogos e não utilize materiais de fabricação caseira. Outro fator fundamental para garantir a segurança é seguir corretamente as instruções do fabricante. Além disso, nunca aponte os fogos na direção de outras pessoas ou da rede elétrica e não permita que crianças manuseiem o produto. “Também fazemos um alerta importante sobre a ingestão de bebidas alcóolicas. Com a perda dos reflexos, o risco de acidentes aumenta. Portanto, é prudente que a pessoa que irá manusear os fogos durante as festas não tenha bebido”, reforça o cirurgião.

Em caso de queimadura:

– Se houver chamas nas roupas ou cabelos, role a vítima no chão ou utilize um cobertor para apagar o fogo;
– Lave o ferimento em água corrente, mas não utilize sabão;
– Não coloque gelo, pois isso queima ainda mais a pele e piora o ferimento;
– Não utilize manteiga, pomadas ou outras substâncias;
– Evite tocar na área queimada;
– Procure atendimento médico.

Referência – O SOS Queimaduras e Feridas possui mais de 40 anos de trabalho. O serviço referência oferecido inicialmente pelo Hospital São Marcos foi estendido aos demais Hospitais da Rede D’Or São Luiz em Pernambuco – Esperança Recife e Esperança Olinda. Pioneiro, o serviço foi o primeiro implantado em hospital privado em todo Norte e Nordeste. A equipe atende em média 1.500 novos pacientes a cada ano.

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Casos de pedras nos rins são mais comuns durante o verão

No dia 21/12 começa o verão e é preciso se preparar para evitar problemas relacionados às altas temperaturas. Nos dias mais quentes do ano, as pessoas transpiram mais, mas nem sempre ingerem mais água. O problema é que, quando a água perdida não é reposta, os rins passam a trabalhar menos. Isso favorece o acúmulo de sais e proteínas e a formação de cálculos renais. Desidratação, causas genéticas e excesso de sódio são as principais causas da formação de pedras nos rins.

Outras substâncias comuns que podem causar este problema são: níveis elevados de cálcio, oxalato, ácido úrico e fósforo, diminuição de citrato e aumento de cistina. “O cálculo pode ser formado por uma ou mais substâncias associadas. O mais comum é o de oxalato de cálcio. Doenças de outros órgãos que produzem excesso dessas substâncias também podem levar a formação de cálculos”, explica o Dr. Jorge Fares, coordenador de nefrologista do Hospital São Luiz Morumbi.



Segundo o especialista, doenças genéticas podem levar à formação de cálculos. Quando há presença de familiar com cálculo, aumenta a incidência da doença, porém, muitos pacientes não têm histórico familiar. Se o paciente tem predisposição e não se hidrata adequadamente, apresenta maior chance de desenvolver uma ou mais pedras.

Quando há uma primeira crise renal, na maioria dos casos pode-se identificar uma ou mais causas, mas às vezes as alterações não são encontradas facilmente. Por isso, é necessário procurar o médico para investigar e fazer exames. De acordo com o resultado, o tratamento é individualizado, com medicações para corrigir o que estiver alterado. “A investigação da causa é muito importante para evitar novos cálculos ou diminuição na formação dos existentes”, diz o nefrologista.

A conduta médica depende de cada caso: se o cálculo é único ou não, sua localização, tamanho que possa ser eliminado sozinho ou com associação de aumento de líquidos e medicações, se há infecção, se está obstruindo o rim ou causando dor intensa ou se necessita de intervenção do urologista. O tratamento varia entre conduta clínica ou intervenção por endoscopia, laparoscopia ou cirurgia.

De uma forma geral, uma orientação importante é beber em torno de dois litros e meio de líquidos por dia, como água e sucos naturais. Os medicamentos, no entanto, não devem ser tomados sem a prescrição do médico, porque a medicação deve ser específica para a alteração encontrada no paciente.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Câncer de pele poderá atingir mais de 180 mil pessoas este ano

Especialistas alertam sobre prevenção e tratamento da neoplasia mais frequente no Brasil

A exposição excessiva e sem proteção aos raios solares podem deixar marcas muito além do bronzeado. O câncer de pele é o mais frequente no Brasil, representando 30% de todos os tumores malignos registrados. Especialistas também destacam o crescimento de neoplasias nas áreas como pescoço, orelha, nuca e braço pelo uso insuficiente de proteção. Seguindo a linha das campanhas Outubro Rosa e Novembro Azul, o Dezembro Laranja foi criado para alertar sobre a exposição excessiva aos raios solares e os riscos de câncer de pele, doença que poderá atingir mais de 180 mil pessoas ainda este ano, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca).

 - Observamos que apesar da divulgação sobre a importância do uso do filtro solar, a população não se protege do sol como deveria e isso é muito preocupante, principalmente no Brasil, em que a incidência de raios solares ocorre durante o ano inteiro, sendo mais intenso no verão. É fundamental a conscientização de que medidas simples de proteção podem evitar a maioria dos casos de câncer de pele – destaca a dermatologista do Hospital Oeste D’Or, Valéria Stagi.



A neoplasia que acomete a pele se divide em dois tipos: não melanoma e melanoma. Dentre os cânceres não melanoma, há o carcinoma basocelular (CBC) que é o mais frequente, menos agressivo e causado pela exposição inadequada ao sol; e o carcinoma espinocelular ou epidermoide (CEC), mais agressivo e de crescimento mais rápido. Já o melanoma é o mais grave dos tumores de pele devido à sua alta possibilidade de metástase.

 - O tratamento do melanoma depende do estágio da doença. Na fase inicial, geralmente é indicada a cirurgia para a retirada do tumor. Já na fase avançada, ou seja, quando ocorre a metástase e a doença já se espalhou para além da pele, o câncer é incurável na maioria dos casos. Entretanto, no cenário atual, o tratamento com as novas terapias é capaz de aumentar a sobrevida do paciente e oferecer uma melhor qualidade de vida – ressalta a oncologista clínica do Grupo Oncologia D’Or, Andreia de Melo.

Fatores de risco – Além das pessoas que tomaram muito sol ao longo da vida sem a proteção adequada, indivíduos com a pele, cabelos e olhos claros têm mais chances de sofrer o câncer de pele CBC, assim como aqueles que têm albinismo ou sardas pelo corpo. Outros fatores de risco como história prévia de câncer, histórico familiar de melanoma, pintas escuras, doenças congênitas que se caracterizam pela intolerância total da pele ao sol, queimaduras externas, lesões crônicas e tumores múltiplos, além de lesões escuras da pele com alterações celulares pré-cancerosas, também precisam de atenção.

São grandes as chances de cura para os tumores de pele se descoberto precocemente. Manchas, bolinhas que sangram facilmente, feridas que não cicatrizam, crescimento ou aparecimento de pintas são os principais sintomas do câncer de pele. É recomendado que um especialista seja procurado, imediatamente, após a identificação destes sinais, para verificação.

Conheça as principais formas de prevenção do câncer de pele:
- Usar chapéus, camisetas e protetores solares;
- Evitar a exposição solar e permanecer na sombra entre 10 e 16h (horário de verão);
- Usar filtros solares diariamente com fator de proteção solar (FPS) 30, no mínimo. Reaplica-lo a cada duas horas, a cada mergulho no mar ou piscina, ou ao secar o corpo com toalha.
- Ao observar o crescimento ou mudança de forma de pintas, procurar imediatamente um especialista.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Dicas sobre introdução de alimentos sólidos para as crianças

Pediatra do Hospital São Luiz afirma que rejeição só deve ser considerada significativa depois de oferecer dez vezes

Antes dos seis meses, não é necessário oferecer para as crianças qualquer complemento alimentar ao leite materno, que é suficiente para suprir todas as necessidades nutricionais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno exclusivo até esta idade e, de acordo com os especialistas, a amamentação deve ser mantida, se possível, até os dois anos.

A partir do sexto mês, portanto, é possível introduzir outras comidas, como sucos de fruta pela manhã e papinhas de fruta no período da tarde. “Esses alimentos são introduzidos no intervalo das mamadas e a quantidade deve ser aumentada gradativamente com o passar do tempo. Estes dois exemplos são preparatórios para a papa salgada, que se inicia algumas semanas depois disso” esclarece o Dr. Cid Pinheiro, pediatra do Hospital São Luiz Morumbi.



Já a consistência dos alimentos tem de ser adequada conforme o nascimento da dentição da criança, para possibilitar que ela corte e esmague os sólidos, além de evitar engasgos e sufocamento. “A papa salgada é iniciada no almoço e, após uma boa aceitação, inicia-se também no jantar”, diz o pediatra.

Mas alguns tipos de alimentos devem ser evitados pelo máximo de tempo possível, como é o caso dos que contêm açúcar. “Os doces não são recomendados às crianças, já que podem levar à obesidade na infância e, posteriormente, trazer complicações tais quais diabetes e hipertensão arterial na fase adulta”.

Segundo o especialista, a refeição deve ser atrativa para as crianças, por isso é importante a variação de sabores, cores e formas no prato, tornando o momento mais prazeroso Além disso, os pequenos devem receber todo tipo de alimento independentemente da preferência da família.

Caso seu filho, a princípio, pareça não gostar de um ingrediente específico, não se preocupe: “Novos alimentos precisam ser introduzidos e os pais não devem considerar como um evento de grande importância quando a criança recusá-lo. A rejeição de uma determinada comida só será considerada significativa após a oferta de, pelo menos, dez vezes” ressalta o Dr. Cid.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Voluntários desenvolvem atividades humanizadas em hospitais

Carinho e dedicação geram benefícios à saúde e a recuperação de pacientes internados

“Quando se faz o bem, o bem retorna”. Esta é uma frase comum entre as pessoas que dedicam parte de sua vida ao próximo, através de trabalhos voluntários, oferecendo gratuitamente o que se tem de melhor: amor, compaixão e alegria. Mesmo em uma sociedade onde as questões pessoais são muito latentes, ainda é possível perceber o aumento no número de voluntários que existem no Brasil. Nos corredores dos hospitais, por exemplo, é perceptível a importância de ações voluntárias para os pacientes, principalmente para crianças que passam grande parte dos seus dias internadas. Pensando nisso, a Rede D’Or São Luiz, ao lado de instituições parceiras, desenvolve projetos especiais para estes meninos e meninas.



Mas, afinal, qual é a importância do voluntariado? Dr. Jorge Moll Neto, diretor-presidente do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR), foi o primeiro neurocientista no mundo a concluir que fazer uma boa ação ativa áreas do cérebro relacionadas com o prazer, o bem-estar e o sentimento de pertencimento.

É o que também pensa o Instituto Rio de Histórias, projeto da Associação Viva e Deixe Viver, que realiza visitas semanais para contação de histórias, nos hospitais Rios D’Or, em Jacarepaguá; Copa D'Or, em Copacabana; Oeste D'Or, em Campo Grande; e o Hospital Estadual da Criança, em Vila Valqueire. Tais atividades lúdicas e recreativas auxiliam a criança no enfrentamento da doença, além de atuar como agente terapêutico, contribuindo para uma melhor qualidade de vida.

Além dos medicamentos indicados pelos especialistas, a presença do trabalho voluntário para os pequenos internados contribui para a humanização do tratamento. A psicóloga do Hospital Caxias D’Or, Teresa Eder destaca a importância do contato do voluntário com a criança. “Sempre que possível, incentivo a realização dessas visitas para esses pacientes. É bom estimular momentos confortantes para eles”, explica a especialista.

A Trupe Miolo Mole, outro parceiro da Rede D’Or São Luiz, visita semanalmente inúmeras crianças na unidade de Jacarepaguá e de Vila Valqueire para apresentações teatrais e brincadeiras. O grupo de palhaços realiza vínculos não só com pacientes, mas também com seus familiares e equipe médica. Assim como a Comunhão da Alegria que marca presença na pediatria do Hospital Quinta D’Or e no Centro de Oncologia D'Or, para apresentações musicais. Para eles, a música não é apenas um entretenimento, mas também uma forma de acalmar e proporcionar bem-estar durante o tratamento.

Oferecendo o seu melhor – Em meio a tanta dor, atos altruístas representam um papel relevante tanto para quem os pratica quanto para os que recebem. No fim das contas, todos saem ganhando. Não importa a habilidade do voluntário, pode ser artística, terapêutica ou até um bom papo. É grande a variedade de ações deste tipo desenvolvidas nas unidades hospitalares.

Seja voluntário no Hospital Estadual da Criança – Os pequenos pacientes adoram receber visitas e participar de atividades divertidas com os voluntários. Mas, também seus pais e familiares merecem este carinho e apoio. São bem-vindas diversas habilidades, como trabalhos manuais, artesanato; apresentações musicais e teatrais.


“O Hospital Estadual da Criança é concebido no conceito de multi especialidades para o tratamento dos pequenos pacientes. Além de uma equipe de especialistas altamente competentes, a assistência é oferecida com o complemento de ações humanizadas, lideradas por psicólogos, pedagogos, terapeutas ocupacionais, contando ainda com o apoio de voluntários. Tudo no intuito de fazer com que o tratamento e a estadia hospitalar sejam mais confortáveis para os pacientes e seus familiares, mantendo o foco na segurança do paciente”, declara Dr. Lúcio Abreu, diretor de qualidade do hospital.


Para se candidatar a voluntário no Hospital Estadual da Criança:
Ligue para o Grupo de Apoio à Família - (21) 3369-9650 - ramal: 241
É necessário ter mais de 18 anos, disponibilidade 04 horas/1x por semana e lógico, gostar muito de criança.

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Câncer Infantil: Pequenos sinais podem salvar vidas

As últimas quatro décadas são marcadas pelo progresso no desenvolvimento do tratamento do câncer infantil. Estima-se que cerca de 70% das crianças acometidas de câncer podem ser curadas, se diagnosticadas precocemente e tratadas em centros especializados. Muitas são as conquistas obtidas pela equipe do Hospital Estadual da Criança, localizado no Rio de Janeiro, no tratamento de cerca de 200 pacientes. Submetidas a assistência no HEC, a maioria dessas crianças usufrui de boa qualidade de vida, após o tratamento.

- Para atingir possibilidades reais de cura do câncer infantil, é fundamental o diagnóstico precoce. Os pais devem estar alertas para o fato de que a criança não inventa sintomas. No entanto, na maioria das vezes, os sintomas estão relacionados a doenças comuns na infância, o que não deve ser motivo para descartar a visita ao pediatra para avaliação mais detalhada – ressalta Dra. Patrícia Moura, responsável pelo Serviço de Oncohematologia pediátrica do Hospital Estadual da Criança, administrado pelo Instituto D’Or de Gestão de Saúde Pública.

A manifestação do câncer infantil pode não diferir muito de doenças benignas (sem maior gravidade) comuns nessa faixa etária. Muitas vezes, a criança ou o jovem está em razoáveis condições de saúde no início da doença, e por isso, chegam aos centros especializados de tratamento com a doença em estágio avançado por diversos fatores: desinformação dos pais; medo do diagnóstico de câncer; desinformação dos médicos.


A causa da maioria dos casos de câncer pediátrico ainda é desconhecida, causando questionamentos e angústias nos pais. Alguns casos são resultado da predisposição genética – apenas 5% dos cânceres são herdados dos pais para filhos, mas ao contrário do que ocorre com os adultos, o câncer infantil não está associado a fatores como dieta, falta de exercícios físicos e, muito menos, ao uso de cigarro e álcool. Os tumores mais frequentes na infância e na adolescência são as leucemias, os do sistema nervoso central e linfomas.

- O conhecimento do pediatra para a desconfiança do câncer é determinante para um diagnóstico seguro e rápido. Partimos que o diagnóstico é feito a partir da história clínica suspeita e exame físico detalhado; exames laboratoriais como hemograma completo e exames bioquímicos; e exames de imagem de acordo com achados do exame físico e/ou da história clínica, que pode ser desde um raio x simples até exames mais elaborados como ressonância nuclear magnética – explica a oncohematologista.

O tratamento do câncer infantil é determinado com base no tipo e estadiamento da doença. As opções podem incluir quimioterapia, cirurgia, radioterapia e outros tipos de tratamento. Em muitos casos, é necessário apenas um destes tratamentos ou combinações deles. Cabe ressaltar que tratamento de crianças é diferente do tratamento de pacientes adultos, e o ideal é que a criança possa ser tratada em centros pediátricos, onde outras crianças também estejam recebendo tratamento. Também é muito importante que a família participe ativamente do tratamento da criança, dando segurança e confiança a mesma.

- O Hospital Estadual da Criança é concebido no conceito de multi especialidades para o tratamento dos pequenos pacientes. Além de uma equipe de especialistas altamente competentes, a assistência é oferecida com o complemento de ações humanizadas, lideradas por psicólogos, pedagogos, terapeutas ocupacionais, contando ainda com o apoio de voluntários. Tudo no intuito de fazer com que o tratamento e a estadia hospitalar sejam mais confortáveis para os pacientes e seus familiares, mantendo o foco na segurança do paciente – declara Dr. Lúcio Abreu, diretor de qualidade do hospital.

Sinais e sintomas de alerta do câncer infantil:
Dores de cabeça e vômitos pela manhã;
Caroços no pescoço, nas axilas e na virilha, ínguas que não resolvem;
Dores nas pernas e nas articulações que não passam e atrapalham as atividades da criança;
Manchas arroxeadas na pele, como hematomas ou pintinhas vermelhas (petéquias);
Aumento de tamanho de barriga;
Febre prolongada;
Perda de peso;
Palidez inexplicada (anemia) e prostração;
Brilho branco em um ou nos dois olhos quando a criança sai em fotografias com flash.

Principais tipos de câncer infantil:
Leucemia – É o câncer mais comum na infância. As leucemias têm origem na medula óssea, o tutano dos ossos, onde é normalmente produzido o sangue. Manifesta-se com dor nos ossos ou nas articulações, palidez, manchas roxas, sangramentos, febre, abatimento, entre outras. O diagnóstico das leucemias se faz através do mielograma, exame do sangue de dentro do osso. Existem vários tipos de leucemia: Leucemia Linfoide Aguda (LLA), Leucemia Mieloide Aguda (LMA), Leucemia Mieloide Crônica (LMC) e Leucemia Linfoide Crônica (LLC - só em adultos). As leucemias podem ter índices de cura de até 80% quando tratadas com quimioterapia. Em alguns casos, estão indicados também radioterapia e transplante de medula óssea.

Tumores do Sistema Nervoso Central – Os tumores do sistema nervoso central, cérebro e cerebelo são os tumores sólidos (que não leucemias e linfomas) mais frequentes em crianças. Os sintomas mais comuns são dor de cabeça e vômitos pela manhã, tontura e perda do equilíbrio, alteração visual, entre outros. O diagnóstico do tipo exato de tumor é feito durante a cirurgia. Os tumores benignos são tratados apenas com cirurgia. Para os tumores malignos são, em geral, necessárias também quimioterapia e /ou radioterapia.

Linfomas – Os linfomas são tumores que acometem os gânglios e o baço (sistema linfático). Existem dois tipos principais de linfomas: Linfoma de Hodgkin e Linfoma Não Hodgkin. A maioria dos casos começa com adenomegalias ("ínguas" – aumento de volume dos gânglios) que vão crescendo no pescoço, nas axilas na região inguinal ou intra-abdominal. A criança pode apresentar febre prolongada, perda de peso, aumento do baço, entre outros. O diagnóstico dos Linfomas de uma forma geral é feito através de uma série de exames laboratoriais e de imagem, mas somente confirmado na maioria dos casos através da biópsia de um gânglio aumentado de tamanho. O tratamento é feito com quimioterapia e em alguns casos radioterapia. 

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Mamilos não são polêmicos: especialista do Hospital São Luiz dá dicas para a amamentação em público

Amamentar é um ato de saúde para mãe e bebê. Porém, apesar de ser um direito, muitas mulheres ainda sofrem preconceito ou se sentem constrangidas de amamentar em público. Patricia Scalon, consultora e enfermeira do Grupo de Apoio de Aleitamento Materno (GAAM) da Maternidade São Luiz Itaim, ressalta que a amamentação dever ser sobre livre demanda, sempre que o bebê estiver com fome, pois isso garantirá que ele cresça saudável e receba o alimento mais completo que existe.

“O leite materno protege contra inúmeras doenças, tem um papel importantíssimo na imunidade do bebê e diminui a chance de desenvolver alergias como rinite, dermatite, asma e outras”, explica a especialista. Além destes benefícios, protege e repara o intestino da criança, diminuindo a cólica, e é fundamental para o desenvolvimento da arcada dentária. Já para as mães, protege contra câncer de mama e ovários, diabetes e auxilia na perda de peso adquirida na gravidez.


Para Patricia, o principal desafio ao amamentar em público é encontrar um lugar confortável para a mãe e o bebê. As mulheres não devem se preocupar com os olhares dos curiosos, mas apenas pensar no bebê e aproveitar esse momento independente de onde estejam. A seguir, a enfermeira dá informações importantes para facilitar a ocasião:

Quais são as principais orientações para amamentar fora de casa?

É importante ter um local onde a mãe possa se sentar confortavelmente e apoiar as costas para que o bebê consiga realizar a pega correta. O corpo e a cabeça do bebê deverão ficar alinhados e encostar no corpo da mãe. O queixo tem que tocar o peito e o nariz ficar afastado da mama. O bebê precisa pegar toda região areolar, não só o mamilo. Além disso, a mãe deve higienizar bem as mãos com água e sabão e, se possível, complementar com álcool gel 70%. A roupa confortável, com abertura frontal, como botões, também facilita. 
  
Pode ser prejudicial deixar de amamentar na rua por constrangimento? Por quê?

Sim, porque o bebê poderá ficar irritado e choroso, uma vez que os momentos de fome não são respeitados. A mama poderá ficar muito cheia, com pontos endurecidos e dolorosos, devido ao excesso de leite. Isso dificulta a pega na próxima mamada.

Extrair o leite em casa para amamentar depois é uma opção viável?

Não, pois durante o transporte o leite poderá ser contaminado. O correto seria ordenhar e armazenar em bolsas térmicas com gelo para garantir a qualidade do alimento. Mas, para oferecer o leite ordenhado, é necessário aquecer em banho-maria e servir no copinho ou colherzinha previamente esterilizada, pois a mamadeira pode levar ao desmame precoce. Desta forma, é muito mais fácil oferecer a mama, para que o bebê possa mamar em qualquer lugar, na temperatura ideal, na quantidade que desejar e livre de contaminação.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Conheça as Maternidades da Rede D'Or São Luiz

As maternidades da Rede D'Or São Luiz oferecem acompanhamento em todas as fases da gestação. Veja a lista de unidades que contam com o serviço. Para saber mais sobre os hospitais da Rede, acesse: http://rededor.com.br/unidades.aspx

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Conheça sete dúvidas que as mulheres têm sobre mamografia

Médica do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim responde às questões mais comuns que surgem nas consultas

O câncer de mama tem até 95% de chances de cura se for detectado precocemente. A melhor forma de se obter o diagnóstico é por meio da mamografia, um exame de imagem que ajuda a detectar alterações nas mamas. Porém, seja por falta de informações claras ou por medo de sentir dor durante o procedimento ou receio do diagnóstico, muitas mulheres ainda deixam de realizar o teste.

No mês da campanha Outubro Rosa, é importante esclarecer questões que ainda afastam as mulheres do exame. Por isso, a Dra. Daniela Setti, ginecologista e mastologista do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim, responde algumas dúvidas sobre o assunto:

1. Sou muito jovem para fazer o exame? Qual é a idade mínima?

A mamografia é um exame de diagnóstico por imagem, que tem como finalidade estudar o tecido mamário. Esse tipo de exame pode detectar nódulos mesmo que ainda não sejam palpáveis. “O rastreamento consiste em realizar mamografia anual em mulheres com 40 anos ou mais”, explica. Para mulheres com histórico familiar, a mamografia deve ser feita anualmente a partir dos 35 anos de idade.



2. Ninguém da minha família teve câncer de mama. Devo me preocupar mesmo assim?

Segundo a especialista, a maioria das mulheres que tem câncer de mama não tem histórico familiar da doença. Portanto, mesmo assim o rastreamento mamográfico deve ser feito de qualquer maneira.

3. A radiação da mamografia é arriscada?

A mamografia utiliza raios-X para formar a imagem da mama. O risco associado à exposição à radiação é mínimo, principalmente quando comparado com o benefício.

4. A mamografia dói?

A mamografia é um exame muito rápido. Pode provocar dor em algumas mulheres, dependendo da sensibilidade individual, mas é tolerável. O desconforto provocado pelo exame é breve. De acordo com Daniela, algumas dicas podem ajudar:

Agende seus exames quando suas mamas estiverem menos sensíveis, ou seja, após o período menstrual.
Tome um analgésico antes do exame para aliviar a dor.

5. Não tenho nódulos na mama. Mesmo assim tenho de fazer mamografia?

Com o exame é possível detectar nódulos bem pequenos, que não são palpáveis. Os tumores em estágio inicial, com diagnóstico precoce, têm chance de até 95% de cura. Daí a importância da realização do exame.

6. Tenho seios muito densos. O autoexame é suficiente para mim?

O autoexame deve ser realizado mensalmente, logo após o período menstrual, mas não é suficiente. Caso a mulher note qualquer alteração nas mamas, deverá procurar o médico imediatamente. “As mulheres que não menstruam devem eleger um dia no mês para fazer o autoexame”, ressalta a médica.

7. Faço autoexame todos os meses, então não preciso fazer mamografia?

Sim, precisa fazer mamografia a partir de 40 anos. Se sua mamografia não está clara em função das mamas densas, poderá ser feito um segundo exame de imagem, por exemplo, ultrassom ou ressonância magnética.

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Diagnóstico precoce do Câncer de Mama reduz até 25% da mortalidade


Descobrir o câncer de mama no estágio inicial aumenta a chance de sobrevida e permite tratamento conservador (com preservação da mama). Este alerta indica que a realização de exames de alta tecnologia, como a tomossíntese – também conhecido como mamografia digital 3D, é capaz de detectar tumores pequenos (menores que 10 milímetros), não palpáveis, ou seja, impossíveis de serem identificados no autoexame.

"A tomossíntese é utilizada para aumentar o desempenho da mamografia no rastreamento do câncer de mama. Na tomossíntese, a imagem da mama é adquirida em bloco e depois são recriadas imagens com um milímetro de espessura, permitindo detectar pequenas lesões escondidas na glândula", afirma a coordenadora do Centro de Mama do Quinta D'Or, Ellyete Canella, especialista em Radiologia Mamária.



Se o diagnóstico for precoce, a mortalidade em decorrência do câncer de mama pode ter uma redução de até 25%. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a estimativa para este ano é de que sejam registrados 57.960 novos casos de câncer de mama no país. O Inca ainda destaca que o diagnóstico tardio da doença é o principal fator de morte da mulher brasileira – 27% descobrem este tipo de câncer em estágio já avançado.

Embora o autoexame seja muito disseminado, não é a estratégia mais indicada para descobrir precocemente a existência de nódulos nas mamas. A única estratégia comprovada, capaz de detectar a doença em fase pré-clínica e capaz de reduzir a mortalidade é a mamografia, recomendada para as mulheres acima de 40 anos, anual ou bianual, podendo ser complementada com a tomossíntese. No entanto, há sinais que podem ser facilmente percebidos e servem de alerta para a busca de um diagnóstico.

"Alguns indicativos podem ajudar a reconhecer se há algo de errado nos seios, entretanto, nem sempre são definitivos de câncer. Nódulos duros palpáveis que permanecem por vários dias, pele da mama tipo ‘casca de laranja’ ou muito vermelha, abaulamentos ou retrações na superfície da mama, caroços nas axilas que não têm correspondência com uma inflamação, são alguns dos destaques", cita Gilberto Amorim, oncologista e Coordenador de Oncologia Mamária do Grupo Oncologia D’Or.

Prevenção, fatores de risco e tratamento

Sabe-se que para o câncer de mama não há prevenção primária, como vacina, mas uma vida saudável, fundamentada em alimentação balanceada e atividade física são considerados os maiores fatores de prevenção para qualquer doença. Este fato se confirma, pois, além do histórico familiar de casos da doença, também se tornam fatores de risco para o câncer de mama a obesidade e o tabagismo.

- O tratamento vai depender do tamanho do tumor na época do diagnóstico. Tumores pequenos (menores que 2 cm) geralmente são tratados com cirurgia conservadora da mama. Tumores grandes (maiores que 5 cm) geralmente são tratados por quimioterapia e depois por cirurgia. Hoje sabe-se que o câncer de mama é uma doença com vários perfis, então o tratamento é muito individualizado. A doença benigna também tem várias expressões, as mais comuns são os fibroadenomas (tumor sólido benigno) e os cistos (nódulos com líquido). Algumas lesões são caracteristicamente benignas, mas a maioria necessita de uma biópsia para a diferenciação, pois ambas as doenças (benigna e maligna) podem ter a mesma expressão clínica e/ou radiológica – explica a radiologista Ellyete Canella.

Centro de mama do Quinta D'Or

O Centro de Mama do Quinta D'Or reúne o que há de mais moderno em prevenção e diagnóstico por imagem da mama, incluindo a Mamografia Digital com Tomossíntese, uma tecnologia inovadora que permite detecção de lesões sutis e apresenta menor taxa de retorno dos pacientes para estudos complementares. Este é o primeiro Centro de Mama do Rio de Janeiro para atendimento integral. Com a segurança e conforto do Hospital Quinta D'Or, possui certificação internacional e oferece também suporte no tratamento cirúrgico e adjuvante. Dispõe de exames diagnósticos: Mamografia Digital com Tomossíntese; Ultrassonografia mamária; Procedimentos invasivos (biópsias guiadas: percutâneas e cirúrgicas) e Ressonância Magnética.

#SeLigueNosSinais – Durante o mês de outubro, o Grupo Oncologia D'Or realiza uma campanha nacional com o objetivo de conscientizar a população para a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama. A hashtag Se Ligue Nos Sinais (#SeLigueNosSinais) promete mobilizar as redes sociais do Grupo, que contarão com pílulas diárias sobre os principais exames e sinais de alerta da doença.

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Hospital Caxias D'Or inaugura o leito PPP (pré-parto, parto e pós parto)

A Maternidade do Hospital Caxias D'Or inaugurou o leito PPP (pré-parto, parto e pós-parto), com uma estrutura adaptável, específico para o acompanhamento do trabalho de parto até o nascimento do bebê. Toda a assistência à mulher é prestada em um só espaço, não necessitando mudar de ambiente. 


O Centro Obstétrico fica localizado em um espaço anexo ao centro cirúrgico, com conexão direta e imediata para as salas cirúrgicas, sendo igualmente isolado do meio externo, seguindo todas as normas de segurança para o paciente. Este setor é estruturado para que todo o processo de parto normal ocorra de forma segura e em ambiente apropriado.

Além do leito PPP, o Centro Obstétrico é equipado para o nascimento do bebê, para que o mesmo seja imediatamente assistido e possa logo estar em contato direto com a mãe, poucos minutos após o nascimento. Sempre respeitando o desejo da paciente quanto à realização de anestesia-analgesia de parto, além da escolha do parto normal ou da cesariana.

  

Caso haja necessidade de realização de uma cirurgia de emergência, a sala de cirurgia encontra-se a poucos metros do PPP, no mesmo ambiente de centro cirúrgico, aumentando a segurança perante à complicações, muitas vezes imprevisíveis frente a um trabalho de parto.

A equipe é preparada para a individualização do caso de cada gestante, focada na realização de um parto tranquilo, respeitando os anseios da paciente, sempre baseado nas melhores evidências científicas. 

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Alzheimer: uma doença que não pode cair no esquecimento

Pequenos esquecimentos no dia a dia são comuns para as pessoas que levam uma vida agitada. Mas, quando são frequentes e associados a idade, é preciso atenção, pois pode ser o indício de um caso de Alzheimer. A doença, citada como “mal da saúde mental”, é responsável por 70% dos casos de demência, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em um universo de 47,5 milhões de pessoas. A estimativa é de que até 2050 cerca de 130 milhões de pessoas recebam o diagnóstico de Alzheimer, em sua maioria, idosos acima de 65 anos.

Como a causa específica do Alzheimer ainda não é conhecida, assim como sua cura, o tratamento visa atenuar os sintomas e garantir qualidade da vida ao portador da doença. No entanto, cuidar de um idoso com Alzheimer pode ser extremamente desgastante. Por isso, multiplicam-se os grupos de apoio a familiares e cuidadores, para a troca de experiências, como o que acontece mensalmente no Hospital Rios D’Or. A iniciativa, gratuita, tem como foco orientar e esclarecer as pessoas que estão diretamente ligadas ao cuidado do paciente com Alzheimer.



- O Alzheimer é uma doença que não atinge apenas o paciente, uma vez que as pessoas que estão diretamente em contato com a pessoa com o diagnóstico acabam sendo afetadas emocionalmente. Além dos esquecimentos e/ou repetições de histórias do passado, características iniciais do processo, a pessoa com Alzheimer tende, em estágios mais avançados, esquecer como são executadas as tarefas pessoais. Portanto, o familiar precisa cuidar também do próprio bem-estar emocional para a condução do cuidado e, incentivar, sempre que possível, que o paciente permaneça em suas atividades – destaca a psicóloga Mariana Guedes, líder do Grupo de Apoio a Familiares de Pessoas com Alzheimer, no Rios D’Or.

Quando Rosângela Vasconcelos ficou sabendo que sua mãe tinha Alzheimer, há 12 anos, foi um momento muito delicado. Entre consultas com neurologistas, exames e todos os cuidados direcionados a sua mãe, Dirce Vasconcelos – hoje com 84 anos, Rosângela percebeu a necessidade de também buscar apoio para lidar de maneira melhor com toda esta situação. Foi quando teve conhecimento do Grupo de Apoio a Familiares de Pessoas com Alzheimer, no Rios D’Or, e, desde então, participa assiduamente.

- Ao participar dos encontros tenho uma sensação de partilha muito importante. Percebo que eu e minha família não estamos sozinhos nesta realidade e que a troca das histórias acaba confortando todos os participantes. As orientações repassadas pelos especialistas do Rios D’Or são significativas para a conduta do cuidado e também confirmam que muito do que já fiz para proporcionar melhor qualidade de vida à minha mãe fiz foi acertado, inclusive, estimulando a prática de atividades – relata Rosângela.

A manutenção de atividades do cotidiano, assim como a prática de exercícios físicos, são alternativas para manter o paciente com Alzheimer ativo, estimulando os comandos do cérebro e, em alguns casos, retardando o esquecimento. Estudos da neurociência, inclusive, já comprovaram que a prática de exercícios físicos é capaz de diminuir o risco de desenvolver diversas doenças, e o Alzheimer é uma delas.

- Curiosamente, a atividade física parece ter mais influência positiva no envelhecimento cerebral e na prevenção das demências do que a manutenção de atividade intelectual pós-aposentadoria, algo que sempre foi muito repetido. Atos simples como subir escadas e caminhar podem reduzir os riscos de desenvolvimento da doença.

Além da prevenção, a prática de exercícios físicos também pode minimizar os sintomas do Alzheimer, melhorando a “comunicação” entre as áreas cerebrais afetadas pela doença. O exercício aumenta tanto a expressão gênica quanto a proteína do BDNF, substância que favorece a formação dos neurônios – explica Paulo Mattos, médico e pesquisador do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR).

- É indicado que familiares e cuidadores permitam que os pacientes com Alzheimer continuem desempenhando suas atividades, desde que monitorados, pois sabe-se que a precisão dos movimentos, inclusive dos reflexos, é reduzida devido a doença. Assim, é importante que convivam com outras pessoas, conversem, dancem, leiam e façam outras atividades, mantendo o corpo e a mente em movimento – afirma a fisioterapeuta do Rios D’Or, Patrícia Fernandes.
 
Identificar dentro os hábitos anteriores ao diagnóstico as ações preferidas é uma das alternativas indicadas pelos especialistas. Rosângela recordou que sua mãe sempre gostou de dançar, e, em um dos encontros com as bisnetas percebeu que Dirce sorria ao ouvir cantigas de roda. Esta foi a iniciativa para que a brincadeira se tornasse constante em casa, beneficiando a interação familiar e, principalmente, proporcionando momentos de alegria e movimento para Dirce.

Clínica da memória - O Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) mantém no Rio de Janeiro o serviço “Memory Clinic”, primeiro do estado a oferecer os diversos exames necessários para o diagnóstico de demência. Com o intuito de justamente avaliar indivíduos com queixas de memória, o serviço utiliza os protocolos mais modernos de investigação, como avaliação clinico-neurológica, neuroimagem e neuropsicologia, além do exame de líquor.

- Pelo fato do IDOR ser um centro de pesquisa, muitas investigações precisam esclarecer aspectos importantes sobre demência. Por exemplo, quais fatores determinam se o estágio intermediário, o Comprometimento Cognitivo Leve, irá progredir para demência ou não – finaliza o Paulo Mattos.

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Corrida x Mulheres: conheça 8 mitos e verdades

Especialista do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim explicou dúvidas frequentes sobre a prática da corrida pelas mulheres

Uma das vantagens da corrida é ser um exercício que pode ser praticado em quase qualquer lugar. Muitos são os benefícios deste esporte, mas algumas dúvidas podem surgir para as mulheres que estão iniciando nesta modalidade. Por isso, a Dra. Sílvia Gomyde Casseb, ginecologista e obstetra do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim, médica do esporte e especialista em exercícios na gravidez, ajudou a desvendar 8 mitos e verdades sobre o assunto.

Vale lembrar, ainda, que o ideal é fazer uma avaliação médica e procurar o auxílio de um educador físico para verificar se está tudo certo com a saúde e evitar lesões.



1. Correr acelera o envelhecimento?

Mito. A corrida ajuda a produzir radicais livres, por isso algumas pessoas deduzem que faz envelhecer, mas isso não é verdade. “Devemos diferenciar o que é envelhecimento em cada tecido do corpo. A pele sofre mais com radicais livres e a corrida pode gerar flacidez na pele. Por outro lado, o sistema cardiocirculatório de quem corre rejuvenesce, ocorre diminuição da frequência cardíaca em repouso. Isso contribui para retardar o envelhecimento”, explica a ginecologista.

2. Faz as mamas e as nádegas caírem?

Verdade. As mamas e as nádegas podem sofrer com a gravidade e o impacto repetitivo da corrida. Por isso, é importante sempre usar roupas de contenção e sustentação. “Para as mamas, a maioria das mulheres se lembra de usar top, mas, para as nádegas, muitas se esquecem da sustentação. Aqueles shorts largos não são indicados.”

3. Acaba com a celulite?

Parcialmente verdade. A corrida, por ser um exercício aeróbio, pode contribuir para o emagrecimento e aumento da circulação sanguínea e, indiretamente, melhorar a celulite. Mas isso não é suficiente para acabar com esse mal.

4. É indicado em períodos de TPM ou menstruação?

Verdade. As substâncias liberadas durante o exercício podem melhorar o humor, a autoestima e até quadros de dor leve. Portanto, podem ser ótimos no período pré-menstrual. “No período menstrual, a modalidade pode ser praticada sem problema algum. Não tem efeitos positivos ou negativos em relação a cólicas e sangramento”, afirma a médica.

5. Mulheres grávidas podem praticar corrida?

Verdade. A especialista diz que mulheres que já corriam podem continuar correndo na gestação, mas devem passar por avaliação especializada de um médico do esporte e de um obstetra. “Os treinos de corrida exigem adaptações em cada período da gestação, dependem do tipo de gestação e se vão surgir complicações obstétricas com o desenrolar da gravidez. A avaliação do especialista é imprescindível para a segurança da mãe e do bebê.”

6. A corrida provoca varizes?

Mito. Segundo a Dra. Sílvia, a corrida evita problemas circulatórios de estase, que são aqueles onde o sangue fica parado ou mais lento dentro dos vasos. Como a modalidade aumenta a frequência cardíaca, o sangue corre mais rápido nos vasos e isso evita a formação de varizes. O impacto dos pés no chão não é suficiente para formar varizes. “O que pode ocorrer é a ruptura de pequenos vasos superficiais, que podem ficar mais aparentes, dando um aspecto de rendilhado embaixo da pele.”

7. As mulheres se lesionam mais do que os homens?

Verdade. A estrutura óssea do quadril feminino é mais larga, formando uma angulação maior com a patela, um osso do joelho. Isso proporciona alterações angulares do quadril ao pé e, consequentemente, faz com que as mulheres estejam mais suscetíveis a lesões.

8. Correr estimula a libido?

Verdade. “A corrida proporciona modulação hormonal favorável para os hormônios sexuais. Além disso, eleva endorfinas, neurotransmissores e autoestima”. Isso contribui para que a libido melhore ou se mantenha mesmo com o avançar da idade.

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Homens dão menos atenção à saúde

Cada vez mais pesquisas comprovam que a saúde, mais do que genética, é consequência das escolhas e estilos de vida. Hábitos saudáveis e acompanhamento preventivo são o caminho para o envelhecimento com qualidade de vida. Observa-se que os homens costumam dar menos atenção à saúde e realizam menos consultas médicas, porém, com o aumento da expectativa de vida do brasileiro, que passou a viver, em média, 75,2 anos, segundo o IBGE, é cada vez mais importante que as consultas e exames façam parte da sua rotina.



Visando incentivar os cuidados com a saúde do homem, o Hospital Caxias D´Or criou o Centro Avançado de Urologia, que oferece aos pacientes consultas médicas - segmentadas em subespecialidades, exames de apoio ao diagnóstico e atendimento hospitalar – em caso de procedimentos cirúrgicos -, com qualidade científica e tecnológica.

- O trabalho desenvolvido no Centro Avançado de Urologia é baseado na medicina personalizada. Nossas equipes multidisciplinares avaliam os casos separadamente para que os tratamentos sejam individualizados, aumentando a taxa de recuperação dos pacientes - explicou o Dr. André Cavalcanti, urologista responsável do Hospital Caxias D'Or.

Investigação da infertilidade masculina, doenças da próstata, tratamento do cálculo urinário, Uro-Oncologia e medicina sexual com tratamento de disfunção erétil, ejaculação precoce e implantes de próteses penianas são algumas das subespecialidades oferecidas no Centro que disponibiliza também de profissionais especializados em urologia feminina.

A Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde recomendam que todos os homens acima de 40 anos realizem exames preventivos de dois em dois anos. Caso apresente alguma patologia na família, a idade para o começo das ações preventivas deve ser a partir dos 35 anos. Os órgãos de saúde alertam ainda que, acima de 50 anos, a avaliação deve ser feita, no mínimo, duas vezes ao ano.

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Entenda a importância do esporte para pessoas com deficiência

Especialista do Hospital São Luiz ressalta que atividades trazem autoestima, convívio social e qualidade de vida

As Paralimpíadas Rio 2016, maior evento do mundo voltado às pessoas com deficiência, acontecem entre os dias 7 e 18 de setembro. Por isso, o Hospital e Maternidade São Luiz faz um alerta sobre a importância da atividade física também para as pessoas com deficiência. 

O esporte é considerado um meio de inclusão social democrático, capaz de reunir uma enormidade de benefícios, sendo ainda mais importante para as pessoas com deficiência. As atividades ajudam a melhorar a autoestima, convívio social e, consequentemente, a qualidade de vida. “Cada item dessa lista se encaixa como um quebra-cabeça”, explica o dr. Ari Zekcer, ortopedista do Hospital e Maternidade São Luiz Anália Franco. 


Entretanto, sempre ficam questionamentos a cerca de qual modalidade é indicada para cada tipo de deficiência. Para o dr. Ari, as modalidades devem ser definidas por um senso comum entre médico, educador físico, e principalmente pela própria pessoa. “O beneficiado deve escolher o esporte em que melhor se adapta, mas, de um modo geral, a natação é um dos esportes mais completos e com pouca carga”, sugere. 

Sempre que se faz esporte, o corpo produz endorfina, substância que traz sensação de bem-estar e diminuição do stress do dia-a-dia. Para a pessoa com deficiência, essa sensação traz um benefício ainda maior, pois atua também na melhora de autoestima. 

Respeitar as limitações, adequando modalidades e objetivos pessoais são imprescindíveis, além do acompanhamento e atenção na execução dos movimentos. É necessário respeitar todas as normas de segurança, evitando novos acidentes e o mais importante, estimular sempre o desenvolvimento da potencialidade individual.

Confira abaixo as modalidades mais usuais e melhor adaptáveis, de acordo com cada deficiência:

Visual: atletismo, ciclismo, futebol, judô, natação, goalball, hipismo, halterofilismo e esportes de inverno.

Auditiva: atletismo, basquetebol, ciclismo, futebol, handebol, natação, vôlei, natação, e muitas outras (quase as mesmas das pessoas sem deficiência, pois não existem grandes limitações dos deficientes auditivos).

Física: atletismo, arco e flecha, basquetebol em cadeira de rodas, bocha, ciclismo, esgrima em cadeira de rodas, futebol para amputados e paralisados cerebrais, halterofilismo, hipismo, iatismo, natação, rugby, tênis em cadeira de rodas, tênis de mesa, voleibol sentado e para amputados.

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Amamentação durante a primeira hora de vida do bebê reduz riscos de doenças e de morte

Profissionais que atuam nas maternidades contribuem com o estímulo a amamentação esclarecendo dúvidas e orientando condutas

O nascimento de um bebê é um momento de muita alegria, mas também de muitas dúvidas, principalmente relacionadas à amamentação. No entanto, a principal certeza de mães e especialistas é que são muitos os benefícios do leite materno, o que é reforçado pela Unicef que afirma que se o bebê for amamentado na primeira hora de vida são reduzidos os riscos de doenças e até de morte. A conduta do estímulo à amamentação já é uma prática recorrente nas maternidades da Rede D’Or São Luiz, que dispõe de profissionais capacitados para tirarem as dúvidas das gestantes e familiares, desde as consultas no pré-natal até a alta hospitalar.

Amamentar os bebês na primeira hora de vida passa anticorpos e nutrientes pelo leite materno e também pelo contato com a pele da mãe, que também são beneficiadas, pois a sucção do leite materno está associada a diminuição do risco de sangramento uterino. Por isso, em nossa maternidade estimulamos a amamentação no primeiro contato – ressalta o pediatra Gustavo Ferreira Pinheiro, coordenador da UTI Neonatal do Hospital Oeste D’Or.

Segundo a Unicef, mais da metade dos recém-nascidos do mundo não são amamentados na primeira hora de vida. De acordo com o estudo, atrasar a primeira amamentação para o longo do dia aumenta a chance de morte no primeiro mês de vida em 40%, enquanto que o atraso de mais de 24 horas aumenta esse risco em 80%.



Em muitos casos, a demora na amamentação - ou ainda a recusa, está ligada diretamente as diversas dúvidas, principalmente em “marinheiras de primeira viagem”, quanto à produção do leite, ao tipo de bico do seio e sobre a posição correta para amamentar o bebê. Especialistas dizem que estes e tantos outros questionamentos são normais, e, por isso, a orientação de profissionais - ainda na maternidade - é fundamental para que esse momento seja o mais prazeroso possível para a mãe e seu bebê.

Ainda durante o pré-natal, seja nas consultas médicas ou nas visitas guiadas, as gestantes das maternidades da Rede D’Or São Luiz recebem orientação sobre sua anatomia mamária e como estimular a formação do bico, caso seja necessário. Após o nascimento do bebê, as mães são acompanhadas pelos profissionais dos Hospitais que orientam como as mães podem controlar a ansiedade para que não transformem o ato de amamentar em um desafio por vezes desgastante.

Observar a posição da boca do bebê é fundamental para o sucesso da amamentação. O bebê precisa abocanhar uma boa parte do seio, ou seja, não só o bico, mas também a auréola. A pega errada pode causar fissura no bico do seio e a baixa ingestão pode causar hipoglicemia no bebê, pois a nutrição pode não ser suficiente. É preciso que as orientações passadas sejam corretas, para estimular a amamentação, já que os medos e os mitos muitas vezes causam a desistência - explica a fonoaudióloga Teresa François, coordenadora de fonoaudiologia da maternidade do Hospital Oeste D’Or.

Outra questão que gera insegurança nas mães é a qualidade do leite. É comum acharem que “o leite é fraco” e por isso optam pelo complemento, sem a indicação médica. Especialistas apontam que o leite materno tem fases diferentes e que são importantes para o desenvolvimento do bebê, mesmo que tenha a aparência de ser mais ralo (aguado). Segundo a Organização Mundial da Saúde, o aleitamento materno deve ser exclusivo durante os primeiros seis meses de vida do bebê e, a partir dessa idade, além do leite materno, o bebê deve receber alimentos complementares como papinhas e frutas.

Incentivamos a amamentação através da conscientização dos benefícios do aleitamento materno para mãe e bebê. Realizamos uma avaliação individual para que cada paciente receba a orientação necessária para seu caso - esclarece Andréia Xavier, coordenadora da rotina de enfermagem da maternidade do Hospital Caxias D’Or.

Tipos de mamilos:

Normal ou Protuso

A maioria das mulheres têm mamilo normal. O bico é proeminente e fica rígido quando é estimulado. Quando o bico é muito largo, o bebê pode fazer a pega incorreta abocanhando, apenas, o mamilo, podendo causar fissuras. Caso isso aconteça, é necessário trocar a posição da amamentação para que a maneira correta seja encontrada e para que o bebê não tenha contato com a fissura.

Plano

O mamilo plano não é nem “para fora” e nem “para dentro”. Para esse tipo de bico as conchas preparatórias desde a gestação, além de exercícios e bombinhas de sucção, são indicados. Fazer com que o bebê abocanhe o máximo de aréola possível também é importante.

Invertido ou Pseudoinvertido

É voltado para dentro. O bico pode ser “extraído” aos poucos com as mesmas técnicas usadas no caso dos planos. É o que gera mais obstáculos para amamentar, já que o leite não sai com facilidade. O pseudoinvertido tem a mesma aparência, mas ao ser estimulado, fica proeminente e, assim, o bebê mama sem problemas.

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Linfoma não-Hodgkin, silencioso e fatal

Segundo INCA a expectativa de casos é de 10.240 para este ano no Brasil

Linfoma é um tipo de patologia rara que acomete os gânglios linfáticos. Em outras palavras, é um tipo de câncer que compromete o sistema imunológico atrapalhando o corpo no combate às infecções. Um dos linfomas mais comuns é o de não-Hodgkin – segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o número de casos duplicou nos últimos 25 anos, principalmente entre pessoas com mais de 60 anos. A estimativa de ocorrências da doença para este ano é de 10.240, sendo desses 5.210 em homens e 5.230 em mulheres. A doença, inclusive, já acometeu celebridades como os atores Reinaldo Gianechini, Edson Celulari, e também a Presidente afastada, Dilma Rousseff e o Governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão.



Dr. Gustavo Bettarello, hematologista do Hospital Santa Luzia, em Brasília, conta que embora perigoso, esse linfoma pode não apresentar sintomas: “na maior parte dos pacientes, ocorre um inchaço nos gânglios linfáticos localizados no pescoço, axila e virilha". Bettarello explica que pacientes não apresentam dor, e por isso é recomendado que se analise o próprio corpo e caso constate algum inchaço sem motivo aparente, o médico deve ser procurado o quanto antes.

“Para o diagnóstico específico, é fundamental a realização de uma biópsia. Depois disso, encaminhamos o paciente para o melhor tratamento dependendo do tipo histológico e do estágio do linfoma. Na maioria dos casos a doença é curável”, tranquiliza o médico. “Em grande parte dos pacientes, é indicado o tratamento quimioterápico, às vezes associado à imunoterapia (anticorpos monoclonais). Em alguns casos, pode ser necessário radioterapia e em outros selecionados, podemos somente observar clinicamente o paciente e acompanhar o caso de perto, sem necessidade de tratamento imediatamente. Em casos mais agressivos do linfoma, o transplante de medula óssea pode ser também indicado”.

GRUPOS MAIS COMUNS
A patologia se desenvolve com mais facilidade em pessoas que apresentam problemas de imunidade baixa, como portadores do vírus HIV, por exemplo. Além disso, doenças genéticas hereditárias também se encaixam nesse quatro. Dr. Gustavo ainda comenta que é comum o paciente se desesperar logo que o linfoma é diagnosticado, mas garante que os tratamentos são muito eficientes hoje em dia. “Em caso de notar o surgimento de gânglios, febre vespertina, sudorese noturna ou perda de peso sem motivo aparente, busque orientação especializada”, finaliza.

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Cresce número de idosos a procura de atividade física


Exercícios trazem bem-estar, principalmente aos que possuem mais de uma doença


Durante os meses de agosto e setembro, não se fala em outro assunto no Brasil se não Olimpíada e Paraolimpíada, ou seja, esportes. E engana-se quem pensa que fazer exercícios tem idade especifica. A atividade física é importante para todas as idades e traz benefícios importantes para os idosos, por exemplo.

No Hospital Ifor, especializado em ortopedia em São Bernardo do Campo (SP), pertencente à Rede D’Or São Luiz, os médicos tem notado crescimento significativo de idosos na busca por atividade física.

Assim como em qualquer faixa etária, os exercícios para idosos são de extrema importância para a melhora da saúde. Geralmente possuem doenças, como hipertensão, problemas com o colesterol, diabetes, dores articulares em decorrência do desgaste articular, depressão e apresentam sobrepeso ou obesidade; e em muitos casos, estão associadas umas às outras. A boa notícia é que a atividade física consegue auxiliar no controle dessas condições, melhorando a qualidade de vida do paciente.



Para o especialista em Medicina do Esporte do Hospital Ifor, Dr. Carlos Eduardo Pereira Melo, os idosos estão mais engajados em ter hábitos saudáveis. “Não vimos essas mudanças nas gerações dos nossos avós, por exemplo, onde não era tão frequente praticarem atividade física. Atualmente recebo pacientes que querem correr maratonas, completar provas de triathlon”, destaca. O médico acredita ainda que isso é um reflexo direto desta exposição nas mídias a favor da atividade física. “Eles vem buscar atendimento com objetivos pessoais no esporte”, completa.

É importante que, não somente os idosos, mas todos que vão começar atividades físicas realizem avaliação médica antes da prática. Os exames visam buscar alguma condição que o impossibilite de realizar exercícios naquele momento, e tratá-la.

A rotina de avaliação é composta por exame de teste ergométrico, que busca detectar problemas cardíacos induzidos pelo esforço, mesmo que os que nunca tenham apresentado sintomas. É identificado, pois na exposição do esforço apresentado, os médicos podem enxergar a existência de algum processo patológico, minimizando assim os riscos.

A maioria dos idosos hoje chega ao consultório questionando sobre a possibilidade de realizar hidroginástica, por terem a ideia de que é a única atividade recomendada para a faixa etária. “Podemos indicar também pilates ou musculação. Inicialmente eles desconfiam, mas ao explicar os benefícios de cada uma, acabam se interessando também por elas. São impedidos de praticar esportes somente aqueles que possuem doenças cardiovasculares ou osteoarticulares”, explica. De uma maneira geral, as atividades indicadas devem envolver flexibilidade, equilíbrio, com, por exemplo, as funcionais, musculação e aeróbicas.

Todos esses benefícios refletem ainda na diminuição do risco de quedas, considerado um tema importante na saúde do idoso, pois melhora a força muscular, o equilíbrio, a cognição e a coordenação motora.

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Saiba quais são as lesões mais comuns que podem ser provocadas pela corrida

Especialista do Hospital São Luiz explica medidas importantes pra tomar antes de começar a praticar esse esporte

A aproximação das Olimpíadas pode acabar motivando muitas pessoas a começar ou retomar alguma prática esportiva. Uma das modalidades que desperta interesse é a corrida, que já é um esporte muito popular no Brasil. Mas, para começar a correr, engana-se quem pensa que é preciso apenas de um tênis e disposição.

O Dr. Sergio Mainine, ortopedista do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim, recomenda dois cuidados principais antes de começar este esporte: fazer um exame médico geral e procurar a orientação de um educador físico. No check-up, a parte cardiológica deve ser avaliada e, se o médico achar necessário, ele também pode indicar um ortopedista para verificar o aparelho músculo-esquelético.

“Além da avaliação inicial, pelo menos a cada seis meses precisa fazer um acompanhamento geral”, afirma o especialista. Um médico do esporte poderá dizer se tudo está indo bem e se não há lesões sendo desenvolvidas. Até a alimentação deve ser repensada.



De acordo com o Dr. Sergio, as lesões mais comuns causadas por este esportes são as distensões musculares. Este ano, o velocista jamaicano Usain Bolt, recordista mundial nos dos 100 e 200 metros rasos, teve um estiramento na coxa esquerda que o fez desistir de disputar a final dos 100m rasos da seletiva jamaicana para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

As tendinites, inflamações nos tendões, também são relativamente comuns em corredores. A atividade, se praticada de forma muito intensa ou errada, pode ainda causar dores articulares e até artrose devido ao impacto. “Causas menos comuns são a fratura de estresse e traumas decorrentes de quedas. A pessoa que corre está sujeita a um acidente, mas meias e calçados adequados ajudam a prevenir”.

Já as fraturas de estresse acontecem principalmente nos membros inferiores, especialmente na tíbia e no fêmur, por causa de uma sobrecarga, por um treinamento agressivo ou intensificado. Como não é uma fratura repentina, provoca dor progressiva.

Mas não são apenas os atletas que estão sujeitos a essas lesões. “Elas podem afetar os amadores até com mais frequência, porque muitos deles começam por conta própria ou com alguém que já corre há algum tempo e tenta acompanhar o ritmo”, diz o médico.

O preparo não adequado, sem acompanhamento profissional, com pisada errada e vícios de postura, pode provocar muito mais lesões do que um treinamento apropriado. Também é ideal, antes dos treinos, fazer um trabalho de base, de alongamento e fortalecimento muscular.

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Veja as vantagens para a saúde de diferentes modalidades de esportes

A prática de atividade traz resultados visíveis ao corpo, à mente e até as relações interpessoais no ambiente familiar e profissional

A cerimônia de abertura das Olimpíadas 2016, no Rio de Janeiro acontece dia 5 de agosto de 2016 e marca o início oficial do evento. Nos próximos dois meses, os esportes estarão entre os assuntos mais comentados no mundo todo. Mas, tudo isso não deve ficar apenas nas redes ou nas rodas de conversa, já que a prática regular de exercícios físicos apresenta inúmeras vantagens para o corpo, principalmente para os que têm acima de 60 anos.



Para o Dr. Joaquim Grava, ortopedista do Hospital São Luiz , os benefícios da prática esportiva, independentemente da modalidade, podem ser sentidos no mesmo grau. “Os três pontos mais importantes são: praticar com regularidade e segurança, sem esquecer-se da avaliação médica antes de começar a prática”, orienta.

Os detalhes abaixo são exemplos que mostram como cada atividade tem propósitos diferentes e, por isso, como é essencial o acompanhamento profissional para avaliar qual o esporte mais indicado para cada um.

Basquete
Ótimo para a saúde do coração, o basquete é uma atividade aeróbia, que ajuda no desenvolvimento do condicionamento físico. Como na corrida, trabalha quadríceps, glúteos e panturrilha. Para os membros superiores, fortalece o tríceps, o bíceps, os ombros e os punhos.

Boxe
Excelente para o desenvolvimento da coordenação motora, da resistência muscular, da força e da flexibilidade. O esporte também desenvolve habilidades como velocidade, tempo de reação e resistência cardiovascular.

Futebol
Entre os benefícios do esporte mais popular do mundo e o mais amado do Brasil estão o ganho de massa muscular, melhora no desempenho e na resistência física.

Handebol
Aprimora a coordenação motora e trabalha diversos grupos musculares, como bíceps, antebraços, tríceps, glúteos e pernas.

Judô
O esporte desenvolve força, flexibilidade, coordenação motora, equilíbrio e reflexos.

Natação
Durante os movimentos na água, quase todos os grupos musculares são ativados, aumentando a frequência cardíaca e, consequentemente, o consumo de oxigênio pelo organismo.

Tênis
Atividade melhora a coordenação motora, aumenta a força muscular e fortalece ossos e articulações.

Triathlon
Está é uma opção para uma pessoa que já é atleta e deseja fazer um upgrade nos treinos. O esporte engloba três modalidades: natação, ciclismo e corrida, e você pode aproveitar os benefícios das três práticas em uma só.

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Especialista em medicina do esporte orienta como diminuir dores nas articulações no inverno

Médico do Hospital ifor explica que dores acometem idosos em sua maioria; obesidade pode deixa-las ainda mais intensas

O frio pode ser uma temperatura prazerosa para algumas pessoas, mas para outras é prejudicial e doloroso. Esta é a época em que esportistas e pessoas com idade mais avançada passam a reclamar de dores nas articulações - popularmente conhecidas como juntas. Estudos apontam que essas dores afetam pacientes portadores de doenças articulares como artrites, artroses e, até mesmo, pacientes pós-operatórios de cirurgias ortopédicas.



Os médicos do ifor, hospital especializado em ortopedia em São Bernardo do Campo (SP), pertencente à Rede D’Or São Luiz, orientam os pacientes realizar atividade física e alongamento para a diminuição das dores.

Existem várias hipóteses para o aparecimento desse desconforto como, por exemplo, a mudança da pressão do ar em climas mais frios. No entanto, a mais aceita é a de que em dias de baixas temperaturas os músculos se contraem involuntariamente para manterem o aquecimento, que faz com que o sangue saia das articulações em direção ao tronco. Uma segunda hipótese apontada é a de que o frio deixa os terminais nervosos, que levam a sensação de dor ao cérebro, mais sensíveis.

Qualquer pessoa pode sofrer essas alterações biológicas e sentir essas dores, mas os idosos são as pessoas que têm maior prevalência de doenças articulares, e por conta disso é a fatia da população mais acometida.

Além disso, há também a parcela da população que soma esse problema ao excesso de peso. A obesidade gera um estresse mecânico nas articulações o que pode piorar o quadro de dor.

Para o especialista em Medicina do Esporte do Hospital ifor, Dr. Thiago Bernardo Carvalho de Almeida, é importante que essas pessoas façam alongamento e aqueçam a região mais prejudicada. “A dor deve ser sempre interpretada como sinal de alerta, pois é a maneira como nosso corpo responde aos diferentes estímulos. Porém nem sempre a dor relacionada à atividade física significa algum problema”, explica.

O médico recomenda ainda, o aquecimento pré-treino, que também tem se apresentado como um grande aliado no combate às lesões. “Manter-se hidratado também é uma dica importante que deve ser seguida”, finaliza.

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Hipotireoidismo: entenda as causas da doença e os principais sintomas

Endocrinologista do Hospital São Luiz explica também o diagnóstico e o tratamento

Localizada na região anterior do pescoço, a tireoide é uma glândula do sistema endócrino responsável pela produção dos hormônios T3 e T4, que controlam o metabolismo. O distúrbio mais comum nesta glândula é o hipotireoidismo, que acontece quando a tireoide não está conseguindo produzir esses hormônios em quantidade suficiente.

A principal causa deste problema é uma doença autoimune chamada hipotireoidite de Hashimoto, quando o organismo começa a produzir anticorpos contra a própria tireoide. Outras possíveis origens são a retirada da glândula, devido a um nódulo ou câncer, e radioterapia na região cervical, por exemplo.




De acordo com o Dr. Alex Leite, coordenador da equipe de Endocrinologia das unidades Itaim e Morumbi do Hospital São Luiz, por ser uma característica genética, se um membro da família é portador dessa doença, os demais devem ficar atentos, já que as chances de desenvolvê-la são maiores neste caso.

Entre os principais sintomas estão fadiga, intolerância ao frio, queda de cabelo, pele seca, sonolência, dores no corpo, depressão, dificuldade de memorização, constipação intestinal, rouquidão, unhas fracas, ganho de peso e frequência cardíaca mais baixa do que o normal. Nas mulheres, a doença pode alterar a menstruação e também a fertilidade.

O diagnóstico é feito por meio da análise clínica e laboratorial. “Como os sintomas não são tão específicos, se ocorrer suspeita clínica é necessário confirmar com os exames. Se o paciente apresentar essa sintomatologia, pode procurar um clínico geral ou um endocrinologista”, explica o Dr. Alex.

Se o paciente demorar a ser diagnosticado ou não for tratado corretamente, pode ter perda de rendimento, piora progressiva dos sintomas e evoluir para um quadro mais severo. “Nas crianças, o diagnóstico tem que ser precoce para não comprometer o desenvolvimento neurológico e o crescimento”, diz o especialista.

Apesar de não ter cura, o hipotireoidismo tem controle. O tratamento é feito através da reposição de hormônio tireoidiano, via medicação oral. O desafio maior é o ajuste da dose do paciente, que é individualizada e feita com base nos sintomas e nos exames. Se a dose não for apropriada, a pessoa pode persistir com os sintomas. Porém, quando a reposição acontece adequadamente, o indivíduo recupera as condições normais e não tem qualquer perda na qualidade de vida.

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Doenças respiratórias aumentam durante inverno

A chegada da estação mais fria do ano e as baixas temperaturas deixam o ar mais seco. A baixa umidade facilita a propagação de vírus e bactérias, dificulta a eliminação de secreção nas vias aéreas e favorece a instalação de bactérias no aparelho respiratório. Por essa soma de fatores é necessário redobrar a atenção com a saúde, principalmente das crianças, pela fragilidade de seus sistemas imunológicos que são os principais alvos das conhecidas doenças de inverno.

Entre as doenças de maior incidência estão aquelas causadas por infecções do trato respiratório, frequentemente provocadas por vírus que são transmitidos de pessoa para pessoa.

Segundo Carla Dall`Olio, coordenadora da Emergência Pediátrica do Hospital Barra D'Or, doenças de quadro respiratório representam 52% dos atendimentos na emergência durante esse período, sendo 23% desses atendimentos relacionados à síndromes gripais seguidos pela asma, sinusite, otite, pneumonia e bronquiolite.

Crianças são mais vulneráveis pela fragilidade de seus sistemas imunológicos

- O aglomerado de pessoas em um mesmo ambiente com janelas e portas fechadas facilita a proliferação dos vírus. É por isso que o número de casos de gripe, resfriado, amidalite, entre outras, se multiplica durante o inverno - comentou a pediatra.

Carla Dall`Olio explicou que os pais devem ficar atentos à criança: “Febre, coriza e espirros em menores de dois anos são sinais para procurar a emergência. O especialista vai avaliar se há indicação do antigripal - que faz parte do protocolo de tratamento do Ministério da Saúde. Os principais sintomas em crianças, acima dos dois anos, que aconselho uma consulta médica são o cansaço excessivo, respiração em ritmo diferente do normal e dificuldade de se alimentar”.

Manter a vacinação em dia, lavar as mãos com frequência, usar álcool em gel antes do contato com as crianças, arejar os ambientes da casa e consumir frutas e vitamina C são algumas simples precauções para evitar o contágio.

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Conheça 5 mitos e verdades da cirurgia plástica no inverno

Cada estação do ano tem características específicas na recuperação do paciente que passa por uma cirurgia plástica. A temperatura não é determinante para o sucesso do procedimento, mas pode colaborar em alguns aspectos no pós-operatório.

Segundo o Dr. Marcos Sammartino, cirurgião plástico do Hospital São Luiz Jabaquara, há uma maior demanda dos pacientes entre junho e agosto, por uma decisão pessoal, já que é época de férias escolares, inverno e maior chance de programação. Este também é um período que traz vantagens na recuperação comparada ao verão, como menos inchaço, menor chance de edemas e, consequentemente, mais conforto na recuperação.

O especialista esclarece 5 mitos e verdades da cirurgia plástica relacionada às estações do ano. Veja:

1- Na maioria das vezes, os pacientes optam pelo procedimento cirúrgico no inverno para estarem recuperadas no verão

VERDADE – O número de cirurgias plásticas e corretivas aumenta em até 60% com a chegada do outono e inverno. Dependendo da cidade, esse número é ainda maior, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Para o Dr. Marcos, esse aumento acontece devido a alguns fatores, entre eles estarem recuperadas no verão. São eles: período de férias escolares, época em que os pacientes conseguem se organizar melhor para sair de licença; clima mais ameno para a utilização dos acessórios pós-operatórios e época do ano em que as pessoas ficam mais em casa, o que ajuda na recuperação, por conta do repouso; e claro, estar pronto para a chegada do verão, pois terão tempo hábil para a recuperação e liberados para a exposição ao sol e contato com a água do mar, por exemplo.



2- A cirurgia plástica no inverno é mais segura do que no verão

MITO – Com a evolução da medicina, há diversos recursos que possibilitam a realização de procedimentos com segurança e bem sucedidos em qualquer período do ano. A boa condição clínica dos pacientes é fator determinante para a cirurgia plástica, além de ser essencial é o cuidado com o pré e pós-operatório;

3- A recuperação da cirurgia plástica no inverno é mais rápida, já que a temperatura é alterada

MITO – Em termos gerais não há diferença no resultado, já que a temperatura corpórea se regula de acordo com a externa. Porém no inverno, a chance de ter um edema pós-operatório é menor comparado ao verão. Mas é importante reforçar que o fator determinante na recuperação são as condutas tomadas pelo paciente, que devem ser adequadas às orientações do especialista.

4- O uso da cinta modeladora é mais confortável no inverno

VERDADE – Para a recuperação de alguns tipos de intervenção é recomendado o uso cinta modeladora por mais de um mês, período pós-cirúrgico, e o uso é realmente mais confortável em climas mais amenos e/ou frio, pois a pressão da cinta incomoda mais no verão, quando o corpo tende a ficar mais inchado naturalmente.

5- As pessoas escolhem fazer cirurgia plástica no inverno, pois podem aproveitar o período com menor exposição ao sol, para fazer mais de um procedimento

MITO – Independente da exposição ao sol, é importante esclarecer para o paciente que não deve ser feito mais de dois procedimentos por vez, e nunca devem estar associados a uma mesma região. Caso contrário, a exposição do corpo é maior, a recuperação torna-se mais complicada e o risco de complicações aumenta consideravelmente. Mas evitar a exposição ao sol, o que no inverno é mais fácil, é um fator positivo, pois diminui a chance de manchas no pós-operatório.

“O importante é que o paciente esteja apto a submeter-se ao procedimento, tempo hábil para recuperação e principalmente, seja atendido por um cirurgião qualificado. Orientação importante que valem tanto para o verão quando para o inverno”, finaliza o Dr. Marcos Sammartino, cirurgião plástico do Hospital São Luiz Jabaquara.