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quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Amamentação durante a primeira hora de vida do bebê reduz riscos de doenças e de morte

Profissionais que atuam nas maternidades contribuem com o estímulo a amamentação esclarecendo dúvidas e orientando condutas

O nascimento de um bebê é um momento de muita alegria, mas também de muitas dúvidas, principalmente relacionadas à amamentação. No entanto, a principal certeza de mães e especialistas é que são muitos os benefícios do leite materno, o que é reforçado pela Unicef que afirma que se o bebê for amamentado na primeira hora de vida são reduzidos os riscos de doenças e até de morte. A conduta do estímulo à amamentação já é uma prática recorrente nas maternidades da Rede D’Or São Luiz, que dispõe de profissionais capacitados para tirarem as dúvidas das gestantes e familiares, desde as consultas no pré-natal até a alta hospitalar.

Amamentar os bebês na primeira hora de vida passa anticorpos e nutrientes pelo leite materno e também pelo contato com a pele da mãe, que também são beneficiadas, pois a sucção do leite materno está associada a diminuição do risco de sangramento uterino. Por isso, em nossa maternidade estimulamos a amamentação no primeiro contato – ressalta o pediatra Gustavo Ferreira Pinheiro, coordenador da UTI Neonatal do Hospital Oeste D’Or.

Segundo a Unicef, mais da metade dos recém-nascidos do mundo não são amamentados na primeira hora de vida. De acordo com o estudo, atrasar a primeira amamentação para o longo do dia aumenta a chance de morte no primeiro mês de vida em 40%, enquanto que o atraso de mais de 24 horas aumenta esse risco em 80%.



Em muitos casos, a demora na amamentação - ou ainda a recusa, está ligada diretamente as diversas dúvidas, principalmente em “marinheiras de primeira viagem”, quanto à produção do leite, ao tipo de bico do seio e sobre a posição correta para amamentar o bebê. Especialistas dizem que estes e tantos outros questionamentos são normais, e, por isso, a orientação de profissionais - ainda na maternidade - é fundamental para que esse momento seja o mais prazeroso possível para a mãe e seu bebê.

Ainda durante o pré-natal, seja nas consultas médicas ou nas visitas guiadas, as gestantes das maternidades da Rede D’Or São Luiz recebem orientação sobre sua anatomia mamária e como estimular a formação do bico, caso seja necessário. Após o nascimento do bebê, as mães são acompanhadas pelos profissionais dos Hospitais que orientam como as mães podem controlar a ansiedade para que não transformem o ato de amamentar em um desafio por vezes desgastante.

Observar a posição da boca do bebê é fundamental para o sucesso da amamentação. O bebê precisa abocanhar uma boa parte do seio, ou seja, não só o bico, mas também a auréola. A pega errada pode causar fissura no bico do seio e a baixa ingestão pode causar hipoglicemia no bebê, pois a nutrição pode não ser suficiente. É preciso que as orientações passadas sejam corretas, para estimular a amamentação, já que os medos e os mitos muitas vezes causam a desistência - explica a fonoaudióloga Teresa François, coordenadora de fonoaudiologia da maternidade do Hospital Oeste D’Or.

Outra questão que gera insegurança nas mães é a qualidade do leite. É comum acharem que “o leite é fraco” e por isso optam pelo complemento, sem a indicação médica. Especialistas apontam que o leite materno tem fases diferentes e que são importantes para o desenvolvimento do bebê, mesmo que tenha a aparência de ser mais ralo (aguado). Segundo a Organização Mundial da Saúde, o aleitamento materno deve ser exclusivo durante os primeiros seis meses de vida do bebê e, a partir dessa idade, além do leite materno, o bebê deve receber alimentos complementares como papinhas e frutas.

Incentivamos a amamentação através da conscientização dos benefícios do aleitamento materno para mãe e bebê. Realizamos uma avaliação individual para que cada paciente receba a orientação necessária para seu caso - esclarece Andréia Xavier, coordenadora da rotina de enfermagem da maternidade do Hospital Caxias D’Or.

Tipos de mamilos:

Normal ou Protuso

A maioria das mulheres têm mamilo normal. O bico é proeminente e fica rígido quando é estimulado. Quando o bico é muito largo, o bebê pode fazer a pega incorreta abocanhando, apenas, o mamilo, podendo causar fissuras. Caso isso aconteça, é necessário trocar a posição da amamentação para que a maneira correta seja encontrada e para que o bebê não tenha contato com a fissura.

Plano

O mamilo plano não é nem “para fora” e nem “para dentro”. Para esse tipo de bico as conchas preparatórias desde a gestação, além de exercícios e bombinhas de sucção, são indicados. Fazer com que o bebê abocanhe o máximo de aréola possível também é importante.

Invertido ou Pseudoinvertido

É voltado para dentro. O bico pode ser “extraído” aos poucos com as mesmas técnicas usadas no caso dos planos. É o que gera mais obstáculos para amamentar, já que o leite não sai com facilidade. O pseudoinvertido tem a mesma aparência, mas ao ser estimulado, fica proeminente e, assim, o bebê mama sem problemas.

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