Segundo dados da Sociedade Mundial de Endometriose (SME) 176 milhões de mulheres sofrem de endometriose em todo o mundo. No Brasil, esta doença atinge cerca de seis milhões de pessoas. “Caracterizada pela presença de tecidos semelhantes ao endométrio fora do útero, esta patologia pode causar cólicas, dores durante a relação sexual e dificuldade de engravidar”, explica Dr. Alysson Zanatta, ginecologista do Hospital Santa Luzia, em Brasília.
Além do desconforto abdominal, outros sintomas podem indicar endometriose. “Fortes cólicas acompanhadas de náuseas e dores na região lombar também podem ser sinais da enfermidade. Porém, há mulheres que não apresentam nenhum destes sintomas e/ou não têm complicações para engravidar. Por isso, elas devem ter um acompanhamento regular da saúde ginecológica”, esclarece o especialista.
O médico alerta que aquelas que têm histórico familiar desta doença devem ter atenção redobrada. “Se a sua mãe tem endometriose, você tem cerca de 7 vezes mais chances de sofrer deste problema ao longo da vida. Por isso, mulheres que têm histórico genético desta doença precisam ficar muito atentas à saúde ginecológica, desta maneira é possível fazer o diagnóstico precocemente e iniciar um tratamento”, ressalta.
E não esqueça de que o acompanhamento médico deve ser iniciado desde as primeiras menstruações. “Ao contrário do que muitos pensam, nem sempre é normal sentir muita cólica durante a adolescência, isto pode indicar que algo não está indo bem. As meninas que sentem dores muito fortes precisam de uma atenção especial, já que sete em cada 10 mulheres que têm cólicas fortes durante a adolescência poderão ser diagnosticadas com endometrioses no futuro”, observa.
Tratamentos
O diagnóstico da endometriose pode ser feito pela história clínica, por meio do exame de toque vaginal, da ultrassonografia transvaginal e/ou da ressonância magnética. “Uma vez detectada a doença, a mulher deve ser orientada sobre qual o melhor tratamento para o seu caso. Em geral, aquelas que sentem apenas dor podem tomar medicação hormonal para controlar os sintomas ou se submeterem à cirurgia para remoção total dos focos da patologia, a qual costuma ser mais efetiva. Já para as que têm dificuldade de engravidar, são indicados os tratamentos de reprodução assistida e/ou o procedimento cirúrgico”, conclui o ginecologista.
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