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quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
Morte súbita: quem corre este risco?
A morte súbita é uma morte natural, instantânea, sem sinais de trauma, ou violência. Em geral, ocorre até uma hora após o início dos sintomas, mas quando decorrente de exercício físico, pode se desenvolver de seis a 24 horas após a atividade.
No mundo, anualmente, cerca de 0,1 a 0,2% da população é vítima de morte súbita.
A morte súbita pode atingir tanto pessoas sadias, como doentes; de sedentárias a atletas. Contudo, a incidência de morte súbita em jovens, durante atividade física, é muito baixa. Apenas uma em cada 200.000 pessoas aparentemente saudáveis falece dessa forma a cada ano. Já os atletas devem tomar mais cuidado, pois as estatísticas indicam que as chances deles são de 20 a 25 vezes maiores.
Por outro lado, pessoas sedentárias que resolvem se exercitar de forma vigorosa e ocasional, os ‘atletas de fim de semana’, correm risco muito maior do que quem pratica atividade física regular.
Abaixo dos 35 anos de idade, as principais causas de morte súbita são:
• doenças congênitas (que nascem com o indivíduo, mas não necessariamente hereditárias),
• miocardites (inflamação do coração),
• cardiomiopatias (aumento do coração)
• arritmias (um problema relacionado à velocidade, ou ao ritmo dos batimentos cardíacos)
• distúrbios de ordem genética e enfermidades adquiridas, como Doença de Chagas.
Já acima dessa faixa etária, a principal é a doença arterial coronariana (angina e infarto). A obesidade, o tabagismo, a hipertensão arterial, a diabetes mellitus e o colesterol aumentado são fatores que ampliam as chances de desenvolver doenças cardiovasculares e, consequentemente, de ter morte súbita.
Os sintomas mais comuns da arritmia são:
• Palpitações cardíacas: sensação de que o coração pulou uma batida ou está batendo muito forte;
• Batimento cardíaco lento;
• Batimento cardíaco irregular;
• Sensação de pausa entre os batimentos cardíacos;
• Entre os sintomas mais sérios, estão: ansiedade, fraqueza, tonteira, dor de cabeça leve, transpiração, falta de fôlego e dor no peito.
Caso sinta algum desses sintomas, procure um cardiologista.
Dra. Olga Ferreira de Souza
Coordenadora do Serviço de Arritmia Cardíaca da Rede D’Or
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