Hoje abordaremos um tema delicado: como tornar possível a gravidez de um casal HIV sorodiscordante sem que o bebê seja contaminado pelo vírus. Esses casais são aqueles em que um parceiro é soropositivo e o outro, soronegativo.
Trata-se de um assunto muito importante porque a maior parte dos 40 milhões de pessoas infectadas pelo vírus do HIV é composta de adultos heterossexuais em idade reprodutiva, uma vez que a relação sexual desprotegida é a principal via de contaminação tanto para homem, como para a mulher.
Até algum tempo atrás, descobrir que se era positivo para o vírus HIV era quase uma sentença de morte. Mas, com o grande progresso das terapias anti-virais, boa parte das pessoas contaminadas pelo vírus não chega a manifestar a síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA ou AIDS) provocada por ele. Felizmente, hoje, essas pessoas podem manter seu ritmo de vida normal, tornando possível seguir com os planos e sonhar com a ideia de constituir uma família.
Um casal HIV sorodiscordante pode, sim, ter um bebê sem o vírus HIV. Isso é possível porque, na verdade, não é o espermatozoide que contem o vírus, mas as outras células presentes no sêmen. Assim, a reprodução assistida pode tornar o sonho da maternidade possível por meio das técnicas de inseminação intra-uterina e fertilização in vitro. Nessas técnicas, é feita a seleção dos espermatozóides com maior chance de fertilização, bem como o isolamento das demais células presentes no sêmen, principal fonte de contaminação na relação sexual sem proteção.
São procedimentos já feitos há muitos anos em várias clínicas da Europa, que realizam tratamentos para obtenção da gravidez em casais cuja mulher é HIV-negativo e o homem, HIV-positivo, sem qualquer registro de casos de contaminação das mulheres ou dos bebês. A gravidez sem risco ao bebê também é possível nos casos em que a futura mamãe é HIV-positivo. Para isso, existem critérios médicos e laboratoriais que permitem a liberação da mulher para gravidez.
Em qualquer situação, no entanto, estejam infectados ambos ou apenas um dos parceiros, é preciso ter em mente que a gravidez deve ser sempre um trabalho conjunto do médico infectologista, do especialista em reprodução assistida e do casal que tanto deseja conceber.
Por Dra. Maria Cecília Erthal
Ginecologista e obstetra, diretora clínica do Centro de Fertilidade da Rede D'Or
Trata-se de um assunto muito importante porque a maior parte dos 40 milhões de pessoas infectadas pelo vírus do HIV é composta de adultos heterossexuais em idade reprodutiva, uma vez que a relação sexual desprotegida é a principal via de contaminação tanto para homem, como para a mulher.
Até algum tempo atrás, descobrir que se era positivo para o vírus HIV era quase uma sentença de morte. Mas, com o grande progresso das terapias anti-virais, boa parte das pessoas contaminadas pelo vírus não chega a manifestar a síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA ou AIDS) provocada por ele. Felizmente, hoje, essas pessoas podem manter seu ritmo de vida normal, tornando possível seguir com os planos e sonhar com a ideia de constituir uma família.
Um casal HIV sorodiscordante pode, sim, ter um bebê sem o vírus HIV. Isso é possível porque, na verdade, não é o espermatozoide que contem o vírus, mas as outras células presentes no sêmen. Assim, a reprodução assistida pode tornar o sonho da maternidade possível por meio das técnicas de inseminação intra-uterina e fertilização in vitro. Nessas técnicas, é feita a seleção dos espermatozóides com maior chance de fertilização, bem como o isolamento das demais células presentes no sêmen, principal fonte de contaminação na relação sexual sem proteção.
São procedimentos já feitos há muitos anos em várias clínicas da Europa, que realizam tratamentos para obtenção da gravidez em casais cuja mulher é HIV-negativo e o homem, HIV-positivo, sem qualquer registro de casos de contaminação das mulheres ou dos bebês. A gravidez sem risco ao bebê também é possível nos casos em que a futura mamãe é HIV-positivo. Para isso, existem critérios médicos e laboratoriais que permitem a liberação da mulher para gravidez.
Em qualquer situação, no entanto, estejam infectados ambos ou apenas um dos parceiros, é preciso ter em mente que a gravidez deve ser sempre um trabalho conjunto do médico infectologista, do especialista em reprodução assistida e do casal que tanto deseja conceber.
Por Dra. Maria Cecília Erthal
Ginecologista e obstetra, diretora clínica do Centro de Fertilidade da Rede D'Or
Clique no ícone e ouça a Dra. Maria Cecília Erthal falando sobre gravidez em casais sorodiscordantes
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