O descompasso não fica feio apenas na pista de dança: a alteração no ritmo do coração pode ser um sinal de arritmia, uma mudança de frequência no batimento cardíaco.
Segundo o cardiologista Miguel Moretti (CRM:59352), do Hospital e Maternidade São Luiz, o distúrbio é provocado por problemas estruturais do coração, cujos sintomas se resumem a palpitações, taquicardia e sensações de batimentos mais fortes no peito ou pulso.
Estima-se que mais de 300 mil pessoas falecem por morte súbita ao ano no Brasil, e a principal causa desta ocorrência se dá por problemas cardiovasculares, sendo que as arritmias cardíacas respondem a 90% dos casos, conforme estudo realizado pelo Deca (Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular).
O levantamento ainda destaca que os homens apresentam, naturalmente, maior incidência em problemas cardíacos, respondendo por uma média de 60% dos casos.
A melhor forma de identificar o problema é o eletrocardiograma, mas segundo Moretti, o ideal é que esta avaliação seja realizada no momento em que ocorre o descompasso cardíaco.
Caso não seja possível, o uso do Holter – aparelho que permanece conectado ao paciente durante 24 horas registrando a frequência cardíaca – também é uma alternativa para diagnosticar a doença. “Quando o coração ultrapassa 100 batidas por minuto, sem que o corpo necessite desta aceleração como, por exemplo, durante exercício físico, significa a presença de arritmia”, explica.
Os tratamentos variam de acordo com o paciente. Segundo o cardiologista, alguns casos pedem apenas o controle com uso de medicação específica, enquanto outros podem exigir a necessidade de implantes no coração, como o marca-passo ou um cardiodesfibrilador.
Ele ainda ressalta a importância de uma boa alimentação, manter os exames de rotina em dia e consultas regulares ao médico mediante sintoma de arritmia, para prevenir um possível agravamento do quadro.
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