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terça-feira, 6 de março de 2012

Mitos e verdades sobre a fertilidade

Engravidar é um processo único para cada mulher: algumas conseguem com mais facilidade, outras precisam se submeter a tratamentos de fertilização. Essa dificuldade pode surgir por diversos fatores, mas o mais comum está associado aos hormônios relacionados com a fertilidade.

A ginecologista Maria Cecília Erthal, do Centro de Fertilidade da Rede D’Or, junto com uma equipe de outros especialistas, conversou com a edição atual da revista Marie Claire e ajudou a desvendar várias dúvidas que acabam surgindo no imaginário feminino:

Tomar pílula anticoncepcional, ou pílula do dia seguinte, por muito tempo diminui as chances de engravidar.
MITO:
como elas são feitas para simular os hormônios que existem no organismo feminino, elas dificilmente causam algum tipo de problema para engravidar. Muito pelo contrário: o seu uso pode ajudar no tratamento de problemas que impedem a gravidez, como miomas, cistos e endometriose. Porém, os métodos contraceptivos injetáveis podem atrapalhar as chances de engravidar a curto prazo, pois eles ficam mais tempo no corpo humano. Já a pílula seguinte, se usada da forma correta, não prejudica nem auxilia na tentativa de engravidar.

Atletas ou mulheres que se exercitam muito possuem mais dificuldade para engravidar
VERDADE: a prática excessiva de exercícios altera a produção hormonal, o que pode interferir no ciclo menstrual e até no processo de ovulação.

Um aborto (espontâneo ou não) diminui as chances de engravidar
MITO: o aborto não está diretamente ligado com a impossibilidade de uma futura gravidez, mas se a mulher passar por mais de 3 abortos espontâneos o casal precisa passar por uma avaliação para saber o que está ocorrendo e evitar que isso se repita em uma futura gestação. O atendimento no pós-aborto precisa ser feito com muita atenção, pois qualquer erro ocasionado no local onde o embrião é implantado pode, sim, afetar as chances de uma nova gravidez.

Uma boa alimentação influencia os hormônios da fertilidade
VERDADE: com o corpo bem alimentado e saudável, as chances da taxa de fertilidade se encontrar em um nível satisfatório para a gravidez são altas, assim como a obesidade e o baixo peso são fatores que podem dificultar uma gravidez, devido às alterações hormonais e inflamatórias que eles causam. Uma boa alimentação, que propicie a produção de hormônios da fertilidade, precisa ser bem variada, contendo um pouco de tudo: proteínas, carboidratos, gorduras, fibras minerais e vitaminas.

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