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segunda-feira, 13 de agosto de 2012
Polipílula reduz níveis de colesterol e hipertensão
Estudo realizado na Inglaterra com uma pílula que mistura três medicamentos contra a hipertensão e outro para o colesterol mostrou resultados positivos. Chamada de polipílula, ela reduziu a pressão alta em 12% e o colesterol LDL em 39% em pessoas com mais de 50 anos.
A droga contém aspirina (que previne entupimento dos vasos sanguíneos do coração), uma substância que combate o colesterol e dois medicamentos que controlam a pressão arterial. O teste envolveu 84 pacientes e foi o primeiro a usar a polipílula em pessoas selecionadas com base apenas na idade.
A polipílula foi usada tanto em pessoas consideradas de risco moderado e que não têm bons resultados com dieta e exercícios e em outras pessoas com risco elevado, que já tiveram infarto ou derrame. A análise dos médicos é de que os resultados podem se repetir em pacientes de todas as idades.
O cardiologista Armando Márcio Gonçalves, do Hospital Badim e da Sociedade Brasileira de Cardiologia, alerta, no entanto, que a polipílula não pode ser considerada garantia de proteção total. “As pessoas que tomam o comprimido precisam ter uma vida saudável”, afirma.
Pílula não afasta riscos
Segundo o médico, os adultos precisam praticar atividades físicas regulares e seguir dieta balanceada. “A pílula pode dar a falsa impressão de que o indivíduo está protegido contra tudo”, avisa. Além disso, o número de testes é considerado pequeno. Para Gonçalves, os estudos não foram contundentes. “O argumento dos cientistas é que a pílula deveria ser distribuída em larga escala para a população acima de 50 anos. Mas o benefício não tem sido tão grande”, alega.
Remédio é capaz de reduzir em até 60% riscos de infarto ou derrame
O Brasil participou da primeira fase de testes do estudo internacional da pílula, no ano passado. Os resultados, publicados em maio de 2011 na revista “PLoS One”, mostraram que a pílula é capaz de reduzir em até 60% o risco de infarto e derrame em pessoas com risco moderado. Na pesquisa, esses pacientes tinham idade média de 60 anos, eram obesos e tinham pressão arterial e colesterol pouco elevados, além de outros fatores de risco.
A maioria dos que participaram do estudo não precisava tomar a medicação, mas não conseguia controlar o risco com outras medidas. Na segunda fase da pesquisa, também realizada no País, o medicamento foi testado exclusivamente em pacientes que já tiveram infarto ou AVC e tomam os remédios separadamente.
Fonte: O Dia
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