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quarta-feira, 30 de maio de 2012

Conheça a trombólise, um eficiente tratamento utilizado contra o AVC



O Acidente Vascular Cerebral, mais conhecido como AVC, é o principal responsável pela perda de capacidade produtiva e sequelas funcionais na população e o segundo maior causador de mortes no mundo – são cerca de 6 milhões de óbitos por ano, de acordo com a OMS.

 Para mitigar e até eliminar os danos causados pela doença, está sendo empregado em diversos hospitais ao redor do mundo a trombólise, tratamento responsável por dissolver o coágulo que existe na corrente sanguínea, diminuindo a chance de possíveis sequelas. Normalmente ela é aplicada na veia do paciente ainda na sala de emergência.

Entretanto, a equipe médica também pode realizar a trombólise intra-arterial, na qual o paciente passa por um cateterismo cerebral de emergência e um time de especialistas pode utilizar a mesma droga diretamente na artéria ocluída.

Na Unidade Neurointensiva do Hospital Copa D’Or, o neurologista Bernardo Liberato já utiliza este procedimento há seis anos e afirma que a medicação pode aumentar em 30% as chances de o paciente viver sem sequelas no longo prazo.

 “Não é preciso estrutura complexa para oferecer este tratamento, apenas uma emergência que disponha de tomografia e da medicação em estoque, além de um protocolo implementado com equipes de médicos treinados”, explica.

 Procedimentos 

A trombólise é indicada para casos de AVC isquêmico, quando a artéria está obstruída, e deve ser aplicada no período máximo de quatro a cinco horas após o início dos sintomas. “O tratamento não muda as chances de o paciente viver ou morrer após sofrer um Acidente Vascular Cerebral. O benefício desta medicação, mediante um diagnóstico feito com precisão e agilidade, é o aumento das chances de uma vida sem sequelas”, afirma o médico.

 Embora não seja obrigatório que o neurologista faça a aplicação da trombólise pessoalmente, o ideal é que o atendimento seja coordenado por um médico com experiência no assunto para minimizar as chances de complicações.

 “Os hospitais privados brasileiros com estrutura adequada já adotaram mais o procedimento do que a média dos hospitais americanos, por exemplo. Ou seja, temos excelentes médicos que já administram a técnica. O que ainda é muito baixo é o volume de atendimento na esfera pública, e isso é preocupante, visto que o brasileiro está envelhecendo e ainda somos um país com níveis socioeconômicos baixos”, avalia o neurologista.

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